Usina de Letras
Usina de Letras
13 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62283 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50671)

Humor (20040)

Infantil (5457)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6208)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->GUERRA DAS MALVINAS -- 07/01/2013 - 16:19 (edson pereira bueno leal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


GUERRA DAS MALVINAS



 



A Guerra das Malvinas começou em dois de abril de 1982 quando paraquedistas argentinos tomaram as ilhas Malvinas, cuja soberania a Argentina reivindicava, juntamente com as ilhas Geórgias do Sul.  Os militares argentinos acreditavam que não haveria reação inglesa devido á grande distância (15 mil km). No dia 3 de abril as tropas argentinas tomaram a ilha Geórgia do Sul.



 



MARGARETH TRATCHER



 



Em 28 de dezembro de 2012, o Arquivo Nacional Britânico liberou cerca de 3.500 arquivos secretos sobre o conflito.



A primeira-ministra Margareth Tratcher em depoimento a uma comissão independente, que investigou a guerra declarou:



“Eu nunca, nunca esperei que os argentinos fossem invadir as Falklands. Era uma coisa tão estúpida... era estúpido até mesmo para se imaginar, Eu achava que seria tão absurdo e ridículo que eles jamais fariam isso”.



Depois, quando a invasão se consumou, Thatcher disse ter vivido o “pior momento” de sua vida. Ela afirmou que não sabia, na madrugada em que foi avisada da ação militar, se conseguiria reconquistar o território dos argentinos. “Ninguém podia me dizer se nós poderíamos retomar as ilhas. Ninguém podia. Nós não sabíamos”.



Outro documento mostra que Tratcher ameaçou romper relações com a França, para pressionar o então presidente François Miterrand a suspender a venda de mísseis Exocet ao Peru, que poderiam cair em mãos dos argentinos. “Isso teria um efeito devastador na relação entre os nossos países, que são aliados”.



Os documentos também mostram que Tratcher chegou a admitir a possibilidade de ceder para evitar um conflito depois da invasão militar das ilhas. Seus planos não incluíam abrir mão da soberania sobre o território, mas previam medidas como a entrada de representantes da Argentina na administração local.  A proposta foi recusada pelo governo do general Leopoldo Galtieri, que forçou o início da guerra. (F S P, 29.12.2012, p. A-12).



Um dia depois da invasão, uma reunião do Conselho de Segurança da ONU ordenou a imediata retirada das tropas argentinas, mas isto não ocorreu. Os britânicos montaram uma grande frota em menos de 24 horas e conseguiram apoio americano.



Em 12 de abril os primeiros submarinos ingleses chegaram às ilhas e no dia 14 de abril os navios de guerra ingleses chegaram ao Atlântico Sul.



Os argentinos não tinham navios à altura dos britânicos. Em dois de maio, torpedos do submarino nuclear HMS Conqueror afundaram o velho cruzador argentino General Belgrano que afundou em minutos e levou 323 marinheiros consigo. Depois disso, a marinha argentina não saiu mais de suas bases.



Caças franceses Super Etendard, armados com mísseis Exocet atingiram o Sheffield em quatro de maio que depois afundou e também o cargueiro Atlantic Conveyor e o Destroier Coventry em 25 de maio. Mas nos combates aéreos, os ingleses Sea Harrier ganharam todos os duelos do francês Mirage e do israelense Dagger.  Dos 183 aviões argentinos 75 foram derrubados e dos 42 britânicos cerca de 10 foram derrubados.



A marinha argentina chegou a esconder seus submarinos a pretexto de protegê-los. Os ingleses tinham cinco submarinos nucleares e os argentinos apenas dois que não tinham condições de operar e os torpedos não funcionavam



Em 21 de maio os britânicos começaram a desembarcar nas ilhas, em quatro dias 5.500 homens e quase 10.000 toneladas de armas e munições. .



De 27 a 29 de maio na primeira grande batalha no solo, no povoado de Goose Green, 500 ingleses subjugaram 1.500 argentinos.



De 11 a 13 de junho as tropas inglesas cercaram os argentinos na capital.



Em 14 de junho as tropas argentinas, comandadas pelo general Benjamin Menendez renderam-se após a morte de 649 argentinos, 255 britânicos e três “kelpers” (habitantes das ilhas).   (Veja, 4.4.2012, p. 103-106).  



O ex-vice-chanceler argentino na época da Guerra das Malvinas (1982), em entrevista concedida em 03/04/07, fez as seguintes revelações:



“Os militares, quando decidiram recuperar as Malvinas, acreditavam, equivocadamente, que os EUA não interfeririam, em retribuição pelos oficiais que a Argentina enviara a Honduras para treinar os contras que combatiam os sandinistas.” “Ele [Vernon Walters, embaixador especial do governo norte-americano] era uma mistura de homem do Exército e da ClA, mas muito civilizado e inteligente. Falava um impecável castelhano (...). Durante a guerra, ele entrava na sala do [ditador e general Leopoldo] Galtieri sem bater. Era um habitué da Casa Rosada e da Residência de Olivos.”.



A guerra obteve apoio generalizado por parte de uma população iludida. Este apoio incluiu inclusive a esquerda. Segundo a crítica literária Argentina Beatriz Sardo “A esquerda tinha essa fantasia tresloucada de que era uma guerra contra o imperialismo. Vi até fotos de argentinos no exterior, grupos de exilados que empunhavam a bandeira nacional e festejavam a ditadura que os havia perseguido e que matara seus companheiros. Foi um momento de enlouquecimento da sociedade”. (Veja, 13.07.2005, p. 15).



Cerca de 65% dos 10.000 soldados argentinos eram conscritos, jovens de 19 anos com apenas três meses de serviço militar obrigatório e foram levados às ilhas com fuzis antiquados, sem roupa apropriada para o frio intenso, mal alimentados e maltratados pelos superiores e tiveram que enfrentar 28.000 experientes soldados ingleses.



Segundo o ex-número dois da KGB, o general aposentado Nikolai Sergeievitch Leonov, em março de 1982 o adido soviético na capital Argentina procurou o Ministério das Relações Exteriores da junta militar do general Leopoldo Galtieri: “Inicialmente, queríamos fornecer armamentos diretamente, mas os argentinos se recusaram a fazer algo entre governos diretamente. Queriam algo no nível de empresas... Os argentinos estavam muito arrogantes, porque achavam que a operação nas Malvinas ia ser fácil. Contudo estávamos dispostos a ir muito longe, muito mais do que se pensa. Eles precisavam de mísseis terra-ar e mar-mar, mas não se atreveram a comprar armamento soviético. Então tentamos fornecer imagens de satélite da movimentação britânica no Atlântico, mas acho que eles desconfiaram dos dados que nós enviamos e os contatos morreram... Havia o fator ideológico, eles eram uma ditadura anticomunista. E havia a pressão dos EUA, que eram aliados dos ingleses, mas também apoiavam a junta. Eles perderam tudo, a guerra e o regime”. (F S P, Mais, 13.01.2008, p. 4-5).



“Independente da justa reivindicação, legitimada por títulos e direitos inalienáveis com respeito à soberania argentina das ilhas Malvinas, hoje, depois de 30 anos do desembarque nas ilhas, ha um fato impossível de negar: como a ditadura inventou uma operação bélica para lavar a cara do processo que a Argentina vivia desde 1976 e como os meios de comunicação da época, unânimes e submissos, por medo ou censura, contribuíram na construção deste relato. [...] ‘Hoje e um dia glorioso para a pátria’ ou ‘As Malvinas em mãos argentinas’, foram algumas das manchetes da imprensa daqueles dias de guerra, dias em que o ex-capitão de Fragata Alfredo Astiz – condenado a prisão perpetua por crimes de lesa humanidade - içava a bandeira argentina nas ilhas em disputa.”



Francisco Luque, http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm? materia_id=19897 Os meios de comunicação cumpriram um papel fundamental na construção do relato da guerra das Malvinas, ha 30 anos.



 



A ditadura entrou em declínio após a aventura militar contra a Inglaterra na Guerra das Malvinas. Galtieri foi substituído pelo general Reinaldo Bignone (1982-1983).



PARTICIPAÇÃO DOS EUA E BRASIL



 



Em 28 de dezembro de 2012, o Arquivo Nacional Britânico liberou cerca de 3.500 arquivos secretos sobre o conflito. Segundo documento, às 23h30 de 31 de maio de 1982, o presidente americano Ronald Reagan (198101989), disse a Margareth Tratcher ter o apoio do Brasil para negociar a interrupção da Guerra das Malvinas antes da “humilhação total” da Argentina.



Reagan havia se encontrado com o presidente brasileiro, General João Figueiredo, duas semanas antes e ambos concordaram de que era preciso parar logo o conflito.



O americano sugeriu a Tratcher decretar o cessar-fogo e passar o controle das Malvinas para uma tropa de paz internacional. Ela recusou com o argumento de que o Reino Unido foi atacado e perdeu muitos soldados na guerra.



Na conversa, Reagan argumentou que os EUA queriam evitar a volta de um governo peronista na Argentina. Washington apoiou o Reino Unido, mas mantinha aliança com ditaduras militares que dominavam quase toda a América do Sul.



O governo Figueiredo deu apoio velado a Galtieri, mas manteve posição formal de neutralidade.



Em outros papéis liberados, o então embaixador britânico em Brasília, George Harding, acusa o governo brasileiro de fazer vista grossa ao tráfico de armas da Líbia de Muammar Ghadaffi para a ditadura argentina. Ele relata uma viagem sigilosa a Recife, onde teria ouvido de um informante que os argentinos escondiam mísseis em caixas de madeira dentro de Boeings 707 da Aerolíneas Argentinas que tiveram permissão para reabastecer em território brasileiro no caminho entre Trípoli e Buenos Aires.



Os papéis ainda registram a intensa pressão da diplomacia britânica para liberar um bombardeio Vulcan, que ficou retido na base aérea do Galeão, após invadir o espaço aéreo brasileiro, após sofrer uma pane sobre o Atlântico. Em telegrama confidencial, o embaixador Harding disse que a demora em liberar o Vulcan refletia a proximidade entre as ditaduras do Brasil e da Argentina.  Depois de alguns dias o avião foi autorizado a decolar sem armamento e mediante promessas de que não seria mais usado na guerra. (F S P, 29.12.2012, p. A-12).



 



ARGENTINA VOLTA A REINVINDICAR AS ILHAS



 



Em 2012, Cristina Kirchner, retoma publicamente a briga pela soberania das ilhas dizendo que o arquipélago é um “enclave colonial” do Reino Unido. Cristina acusou o Reino Unido de agir como “potência colonial” em carta aberta publicada em forma de anúncio em dois jornais ingleses.



“A causa das Malvinas é abraçada pela América Latina e pela grande maioria dos povos e governos do mundo, que rejeitam o colonialismo”, escreveu a presidente.



Numa resposta dura, o primeiro-ministro britânico David Cameron afirmou que a pequena população das ilhas, conhecidas no Reino Unido como Falklands, não deseja ser integrada à Argentina.



“O futuro das ilhas Falklands deve ser decidido pela população que vive lá. Sempre que foi consultada, ela disse que queria manter a sua ligação com o Reino Unido. Enquanto os habitantes quiserem continuar no Reino Unido, eles terão 100% de apoio de minha parte”, disse Cameron, rejeitando o pedido da presidente argentina.



Um novo referendo sobre a situação das Malvinas será realizado em março de 2013 e com certeza a maioria dos 2.563 moradores devem votar a favor de manter os laços com o Reino Unido. (F S P, 4.1.2013, p. A-10).



  


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui