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Ensaios-->FILANTROPIA E SOLIDARIEDADE -- 13/11/2008 - 23:28 (Paulo Marcio Bernardo da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Filantropia e Solidariedade

Sabemos que a última MP (Medida Provisória) do Excelentíssimo Presidente da República diz respeito à certificação das entidades filantrópicas. Essa medida aprovada beneficiará centenas de Associações, muita delas, duvidosas e fraudadoras de suas atividades sociais. Em contrapartida, outras, sérias e honestas serão prejudicadas caso a MP não seja aprovada.

A falta de seriedade e o interesse de grupos aproveitadores prejudicam os verdadeiros e anônimos solidários. A falta de honestidade desses abutres da miséria e do sofrimento humano (lembro dos sanguessugas e dos desvios com a verba da merenda escolar) não se acanham em ganhar muito dinheiro advindos dos cofres públicos sem prestar serviços humanitários como constam em suas atribuições contidas nas documentações para funcionamento. Tal procedimento criminoso é comum, progressivo e desumano. Não existe uma “fiscalização eficaz” e as verbas continuam chegando às instituições regularmente e sendo desviadas para o enriquecimento daqueles que se prestam constituir patrimônio milionário, fruto do sofrimento e morte de idosos e crianças.

Essa torneira precisa ser fechada de vez! Nós não podemos mais aceitar que a filantropia seja usada como “fonte de renda” para desumanos imprestáveis que jamais prestaram serviços solidários e sequer conhecem uma instituição que cumpre com leal fidelidade aquilo que se propõe.

Poderíamos aqui nomear algumas Instituições que cumprem as suas atividades com honestidade, respeito e dignidade, mas preferimos não fazê-lo para não cometer injustiças com tantas outras, que sendo pequenas não recebem a luz dos holofotes do poder público ou jamais tiveram contribuições milionárias arrecadadas pela contribuição de empresários em campanhas apoiadas pela mídia.

Essas pequenas Instituições Sociais são na verdade as que promovem o assistencialismo humanitário digno de nossas atenções. Elas conseguem com míseras contribuições fazer verdadeiros milagres levando aos mais necessitados, alimentos, roupas, medicamentos, próteses, muletas, cadeiras de rodas e principalmente; o legítimo amor.

Sou incapaz de legitimar tais entidades filantrópicas, mas posso estar engajado no exército do bem. Dispondo de algumas horas por semana, um pouco de boa vontade e me doando como servidor, posso amenizar o sofrimento de um idoso ou fazer uma criança sorrir por alguns instantes.
É bem verdade também que esse “despertar humanitário” não veio sem sofrimento. Precisei amadurecer espiritualmente. Não bastou a minha simples vontade; foi necessário ser “intimado” por Deus e pela *justiça para poder descruzar os meus braços e ingressar no batalhão de infantaria do “Faça o Bem sem olhar a quem”!

Hoje faço parte de uma equipe de homens e mulheres que trabalha de forma anônima e voluntária em uma Entidade Filantrópica que atende principalmente a terceira idade, pobre, debilitada, e jovens especiais, que dependem do uso continuo de fraldas descartáveis. Essa Associação Social produz e distribuí (na cidade de Petrópolis) milhares de fraldas que são doadas (ou vendidas a preço de custo) além de andadores, muletas, cadeiras higiênicas e de rodas. Mas apesar das dificuldades financeiras, ainda consegue ajudar outras instituições na compra de alimentos, produtos de limpeza e tudo mais que envolve a manutenção de asilos de idosos e casas de atendimento a jovens especiais.

Em pouco tempo e apenas quatro horas de trabalho semanais eu recebo o maior e mais valioso salário do mundo – o aprendizado do que é solidariedade!

Hoje, ainda presenciamos, o exemplo digno de uma Senhora franzina, vestida de roupas simples, aposentada do INSS, que com 81 anos de idade chegou à Instituição e comprou 42 fraldas geriátricas por R$ 21,00.

Perguntamos a ela: - A Senhora está comprando essas fraldas para algum parente doente e acamado? Já vimos a Senhora aqui vários meses seguidos e caso a Sra. não possa pagar, não existe qualquer necessidade de pagamento.
E ela nos respondeu: Obrigado! Eu felizmente não tenho ninguém enfermo em casa, mas compro todos os meses 42 fraldas e dôo aos mais necessitados internados em um hospital do SUS. Eu não preciso saber quem vai usá-las, mas sei que estou fazendo o que posso para ajudar aos que delas necessitam. E por favor, deixem guardadas com meu nome mais 42 fraldas para a primeira quinta-feira do mês de Dezembro, pois eu virei apanhá-las, pois recebo minha aposentadoria na primeira quarta-feira do mês.

Na hora do almoço, quando saí da Associação me perguntei: Que salário maior eu gostaria de receber essa semana? Eu ganhei (pelo exemplo) muito mais do que fiz por merecer!

13/11/2008
Paulo M.Bernardo

*justiça – oportunamente escreverei sobre o assunto.



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