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Artigos-->O QUE ESTÁ POR TRÁS DA VIOLÊNCIA EM S.PAULO? -- 07/12/2012 - 10:24 (JOSÉ RICARDO ZANI ) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos





(Artigo publicado no jornal Debate - Lins/SP)







Em meio à onda de violência que nas últimas semanas tirou a vida de dezenas de policiais em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin anunciou o aumento do seguro de vida dos policiais do Estado, de R$ 100 mil para R$ 200 mil.



A medida é positiva e muito bem-vinda, mas é exemplo de providência reativa e fragmentada. Reativa porque, como tantas outras medidas do gênero, chega depois do sangue derramado. Fragmentada porque o que se espera são correções estruturais e não apenas ações pontuais.



Pouco se esclarece sobre o que estaria por trás dos acontecimentos. Mas se levantou a suspeita de que a atual explosão de violência teria relação com uma suposta guerra particular entre a PM e o crime organizado. Tenha ou não procedência essa informação, o buraco é mais em cima e os principais problemas são de abrangência nacional. A segurança pública continua com alguns dos velhos desacertos, como a histórica dificuldade para ações integradas entre civil, militar, federal e outras forças, defasagens técnica e salarial, defasagem nos aparatos de inteligência e de rastreamento de transações financeiras (dois setores decisivos nos dias de hoje) e até o conhecido jogo de empurra entre autoridades municipais, estaduais e federais em momentos críticos, como comentou o Ministro da Justiça há poucos dias.



Felizmente, existem avanços, a começar pelo estado de S. Paulo, que conseguiu reduzir muito os crimes contra a vida nos últimos anos. No âmbito nacional, também tivemos um avanço: os investimentos da União, Estados e Municípios em segurança passaram de R$ 22,5 bilhões, em 2003, para R$ 47,6 bilhões, em 2009. Mais do que o dobro. Só que o resultado disso não apareceu. Os índices nacionais de criminalidade pouco recuaram. Estamos com médias superiores a 20 mortes violentas ao ano para cada grupo de 100 mil habitantes, enquanto o aceitável é uma relação de 10 para 100 mil, pelos padrões da ONU. Segundo especialistas, o problema é que, salvo exceções, os recursos estão sendo mal empregados e não há otimização dos instrumentos institucionais de combate ao crime. Traduzindo: problemas de gestão.



Nesses tempos em que criminosos conseguem atuar com inegável eficiência e espantosa criatividade, a segurança pública não pode se limitar a avanços pontuais, pautados pelos passos do inimigo. Isso seria brincadeira de gato e rato. Assim como as piores doenças, a criminalidade se torna irreversível depois de criar raízes. Por isso, tem de ser combatida antes que avance. Logo, só será eficaz com mudanças radicais e proativas, para atuar com foco na antecipação de ações e se posicionar décadas à frente das técnicas e estratégias dos criminosos. Isso se chama busca da excelência em gestão. Ou seja: para rato audaz, gato capaz.


 



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