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Cordel-->DE COMO CONHECI FERNANDO TANAJURA -- 28/06/2001 - 02:24 (J. B. Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tanajura, a quem eu não conhecia, enviou-me certa vez, um elogio a um de meus escritos. Respondi-lhe com uma trova,nestes termos.

“O belo da poesia,
Eu vou contar a você,
Não está na mente que a cria,
Mas nos olhos de quem lê.”

As suas e as minhas tréplicas resultaram num delicioso e saudável embate, composto em Redondilha Maior, que divido agora com os amigos.


O MESTRE E O APRENDIZ


Andava eu pela Usina,
Considerando o que fiz,
Quando a mim veio um mestre
Fazendo-me um aprendiz...

Esse mestre leu um pouco
De tudo o que escrevi
Mas creio que ficou louco
Por ter dito o que ouvi.

Como um mestre, sem maldade.
Fez-me tantos elogios
Que a responsabilidade
Passou a me dar calafrios...

Por um aprendiz eu ser,
Um elogio muito anima...
Por isso, pra agradecer,
Respondi com essa rima:

“O belo da poesia,
Eu vou contar a você,
Não está na mente que a cria,
Mas nos olhos de quem lê.”

O mestre então resolveu
Deixar o aprendiz tonto,
E, rápido devolveu,
Falando de bate-pronto:



“Essa história de artista
de fama, glória e porquês,
de coisa a perder de vista
só não olha quem não vê

Sou apenas um instrumento
das coisas que batem fundo,
de um sorriso, de um lamento,
das coisas belas do mundo”



Acreditando que agora
Já sabia o que não sei,
Arrisquei-me a dar um fora,
E seus versos completei:


“E como todo instrumento
por mãos hábeis orquestrado
Para se ouvir seu lamento
há que estar bem afinado.

É seu caso, meu amigo,
cuja modéstia mais crua
vem ler minha poesia
sem me apresentar a sua...”



Mas mestre é mestre, portanto,
Para ensinar a mim,
Respondeu-me com seu canto
De modéstia, mesmo assim:




“A minha está publicada
na boca que canta e lê
Muitas vezes bem falada
E que eu ofereço a você

Ela é simples, é pro povo,
não é bem pra gente fina
Se quer um gostinho novo
navega lá no Usina “




Ora essa é muito boa!
Me chamando de “finesse!
Mas que tipo de pessoa
Julga a quem não conhece?

Então ao Mestre falei
Com pensamentos enfermos.
Confesso que me exaltei,
E respondi nestes termos:




“Não sei o que o levou
a pensar que sou "finesse"
aquilo que o enlevou
era apenas uma prece

E prece a todos é dado,
basta querer, simplesmente,
é que estou emocionado
por estar em sua mente.

Inda mais modéstia eu leio
em suas declarações.
pouco importa o fim, se o meio
é que atinge os corações”



Vi então, que o prazer
Do mestre, ao me encontrar,
Era cuidar em fazer
A minha pessoa brilhar

Ele então, humildemente,
Gentilmente me lembrou
Como foi o incidente
Que essas rimas gerou:



“Pra terminar nosso papo
que começou sem receio
como sinfonia de sapos
sem princípio e sem meio

Vou lhe lembrar bem agora
do verso-motivação
que nos levou sem demora
a cantar tanta canção:

“O belo da poesia,
Eu vou contar a você,
Não está na mente que a cria,
Mas nos olhos de quem lê.”

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