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Artigos-->A OUTRA FACE DA DITADURA -- 25/10/2012 - 12:45 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A OUTRA FACE DA DITADURA



 




 Francisco Miguel de Moura*   





Só os poderosos podem falar a palavra “poderosos”. Meu Deus, que horror! E esses poderosos de hoje tentam fazer crer que todo o povo brasileiro, de todos os tempos, é dado a gostar de ídolos e idolatria. Lembremos alguns ídolos políticos, todos ditadores, para avivar a lembrança daqueles de fraca memória: Hitler, Mussolini, Stalin, Fidel Castro, Getulio Vargas, todos os generais-presidentes da era Militar-1964... Quando vejo, pela televisão, todo dia, a cara do “Lula, que ama Sarney, que ama Renan, que ama Collor, que ama Fulana, que não ama ninguém” (frase do jornalista Helder Caldeira, do livro ‘Pareidolia Política’, lançado recentemente, inclusive pela internet) – deixo de me perguntar: Quem é Lula? Vejo que é esse aí, encontrado por Caldeira.  “E não por acaso, lembra a poesia “Quadrilha”, de Drummond, título bastante pertinente e adequado para qualquer linha de texto onde conste o nome de dois ou mais políticos brasileiros”, completa Caldeira.  Quando vejo a cara da Dilma, que é a presidente de todos os brasileiros, dizer ao povo de Teresina, pela tevê, que votem nos “poderosos”, assim serão mais bem dirigidos, porque os cofres da Nação estarão de portas abertas para a capital do Piauí – acho que ela desceu da dignidade de primeiro mandatário da Nação Brasileira – mesmo que isto seja permitido por lei. Cadê a postura, o comedimento, o exemplo, a ética?  Quando ouço, na propaganda eleitoral, alguém dizer que o real partido de oposição existente no Brasil não gosta de bolsa escola, que se o candidato desse partido ganhar a Prefeitura, ele vai acabar com o “bolsa escola”, o “bolsa família” etc., posso avaliar a quanto chega a falta de ética deles e dos partidos aliados. Aqui, então, infelizmente, podemos dizer: “Nunca antes, neste país...” o imoralismo chegou a tanto, a mentira chegou a ser a verdade e a ditadura passou a ser a democracia. Esta é a outra face da ditadura. 


 


Quiseram adiar o julgamento do pavoroso “mensalão”, até eles próprios reconhecem: “para não atrapalhar o resultado das eleições, municipais”. A verdade é que o Poder Judiciário mostrou a trapalhada dos poderosos que se empoleiraram no poder (são oito anos de “lulação” e mais quatro da atual presidente, tudo indica), e para isto juntaram-se à pior escória do que existiu (e sobreviveu) da política brasileira do passado e do presente. O PMDB, que teve uma história tão bonita, no começo, prostituiu-se, demitindo-se de concorrer às majoritárias, para aliar-se ao PT. Os outros partidinhos sempre lamberam os grandes, não seria agora que iriam deixar de mamar nessa vaca gorda que é o Estado, sustentado pelo contribuinte – eu, os leitores, os eleitores, os comerciantes, industriais, funcionários, professores, os pobres empregados do comércio e de outras partes do núcleo produtor do país.


 


Mas o povo teresinense é firme, nunca votou errado para prefeito diretamente. Se o atual dirigente de Teresina o é Prefeito de direito, não foi eleito diretamente, pois, como sabemos, não se vota em Vice, vota-se no titular. Ele é um vice-versa: virou-se para o outro lado.


 


 Não suporto mentira, não suporto falsidade, não suporto imoralismo, sou pobre, mas meu pai já dizia: “O pobre tem que ser honesto, ter vergonha; se vier a perder a vergonha, nada sobra”. Já naqueles tempos de meu pai se sabia que havia malfeitores, desonestos, praticantes do crime de colarinho branco, na política, mas não eram tão deslavados para saírem por aí querendo ser ídolos de todo o povo. As ditaduras, como a moeda – que elas adoram - têm duas faces (se duvidar, até mais). A democracia só tem uma cara: a dos direitos humanos (onde, naturalmente, estão inclusos os deveres do cidadão). Portanto, é nela que a expressão humana se manifesta, plenamente.


 


Depois destas linhas, sinto vontade de dizer com Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”. E eu acrescento que isto é valido não só para o Brasil, mas para o mundo inteiro, especialmente em se referindo à Política (com P maiúsculo), porque esta significa cidadania, democracia, liberdade, honra, sapiência, honestidade, quando no trato do dinheiro e dos bens públicos. Mas, o que acontece é que o Estado está sendo centralizador, privatizado por um partido e para uma ideologia que há muito já morreu no mundo. E o “mensalão” mostrou essa face, e não mostrou mais porque os tribunais, pela organização de que fazem parte, não têm condição de ser tão justos quanto espera o cidadão comum, embora sejam sábios e competentes. E isto mostrou o Ministro-Relator do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, nesta frase, em poucas palavras, se forem bem decifradas: “Minha vida é de muita luta, algumas vezes em ambientes hostis. Sou um sujeito que nunca pediu nada a ninguém, nunca me curvei a ninguém e tive muita sorte”.


 ____________________        


*Francisco Miguel de Moura – Escritor, membro da APL (Teresina), da UBE-SP  e da IWA (International Writers and Artists Association) - Estados Unidos. 

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