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Ensaios-->Economia internacional -- 22/04/2008 - 16:02 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Regras primárias para entendimento da complexidade da economia internacional

“No Brasil quem tem um olho é rei, quem tem dois é maluco” (Olavo de Carvalho).

Ricardo Bergamini (*)

As finanças internacionais são um jogo com dois grupos de jogadores - os políticos e burocratas nos governos nacionais e os presidentes e tesoureiros das firmas gigantescas, grandes, médias e pequenas. Os funcionários do governo desejam vencer eleições e garantir um lugar seguro na história dos seus países. Os presidentes e tesoureiros das sociedades anônimas querem auferir lucros - ou pelo menos evitar perdas.

As oportunidades de lucro ocorrem porque as políticas monetárias e fiscais nacionais são inconsistentes entre si e, assim, obrigam a uma mudança nos valores da moeda nacional. Mas as autoridades nos diferentes países, normalmente, discordam quanto a qual país tomará a iniciativa em mudar o preço da moeda nacional, de modo que a mudança necessária, freqüentemente, se atrasa muito. As fortunas comerciais são feitas com base na capacidade de prever tais mudanças nos valores das moedas nacionais, ao passo que os políticos se desgastam com o resultado dessas mudanças.

A exportação de problemas nacionais é uma forma clássica de comportamento internacional. Votos estrangeiros não contam em eleições nacionais. Os custos políticos de providências internas que poderiam resolver um problema de desemprego, um problema de inflação ou um problema de indústria deprimida, normalmente, são mais altos que os custos políticos da exportação do problema. Os países subdesenvolvidos se transformam em escoadouro de problemas internos dos países desenvolvidos.

Alguns países não podem exportar seus problemas a menos que outros países os importem. Na Grande Depressão dos anos 30, as nações procuraram exportar seu desemprego através de políticas 'de passar para frente o problema', com elevação de tarifas de importação e desvalorização das suas moedas. Mas poucos países estão ansiosos em, ou dispostos a, importar o desemprego, o que não é de surpreender.

A política monetária internacional é descentralizada. Cada um dos mais de cem produtores nacionais de moeda tem seus próprios interesses e objetivos. Cada banco central quer controlar a taxa de crescimento, do seu meio circulante, as políticas dos países diferem, o mesmo acontece com suas taxas preferidas de crescimento monetário.

As firmas e os indivíduos disputam seu próprio jogo contra o pano de fundo dos valores em modificação das moedas nacionais Tomam empréstimos em moedas cujo preço esperam que caia e fazem empréstimo em moedas que esperam que subam. Alguns administradores argutos de sociedades anônimas ganharam milhões de dólares para suas empresas em fins dos anos 60 e começos dos anos 70 antecipando, corretamente, as mudanças nas taxas de câmbio.

Parte do drama das finanças internacionais inclui um modo de lograr os regulamentos nacionais. Exemplo, os bancos americanos abrem agências em Londres para evitar os regulamentos das autoridades monetárias americanas, no seu próprio país. Todas essas medidas destinam-se a aumentar a renda pessoal. Podemos afirmar que o drama das finanças internacionais reflete o contraste entre a política e a tecnologia monetária.

Como regra geral, quanto mais poderosa a burocracia, menor o campo de ação para decisões orientadas para o mercado. A burocracia afeta as decisões de várias maneiras - pelo controle da distribuição de crédito, imposto, obras, investimentos, importação, etc. É evidente que movimentos para uma economia mais aberta tenderão a enfraquecer o controle burocrático e, assim, ameaçam o futuro da burocracia.


(*) O autor é Professor de Economia.


Ricardo Bergamini
(48) 4105-0474
(48) 9976-3146
ricoberga@terra.com.br
rbfln@terra.com.br
http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini


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