GRANDES PENSAMENTOS(65)
A CEGUEIRA DO AMOR
A partir do momento em que se ama, o homem mais sábio não vê nenhum objeto tal como ele é. Exagera para menos as suas prórprias vantagens e para mais os menores favores do objeto amado. Os temores e as esperanças assumem instantaneamente algo de romanesco. Nada mais ele atribui ao acaso; perde o senso da probabilidade; uma coisa imaginada é uma coisa existente para efeito de sua felicidade.
Um sinal avassalador de que está perdendo a cabeça é que, ao pensar em algum pequeno fato difícil de se observar, você o vê branco e o interpreta a favor do seu amor; um instante depois, percebe que de fato ele era preto e ainda o acha conclusivo a favor do seu amor.
É então que uma alma à mercê das incertezas mortais sente com muita força a necessidade de um amigo; mas para um amante não há mais amigo, como se sabia na corte...
(Stendhal, em 'Do Amor', cap. XII, pag. 26)
LEIA TODOS OS TEXTOS DA SÉRIE 'GRANDES PENSAMENTOS'
(01) (02) (03) (04) (05) (06) (07) (08) (09) (10) (11) (12) (13) (14) (15) (16) (17) (18) (19) (20) (21) (22) (23) (24) (25) (26) (27) (28) (29) (30) (31) (32) (33) (34) (35) (36) (37) (38) (39) (40) (41) (42) (43) (44) (45) (46) (47) (48) (49) (50) (51) (52) (53) (54) (55) (56) (57) (58) (59) (60) (61) (62) (63) (64)
Ajude o autor, avaliando seus textos. Cliquei abaixo e dê sua nota! Não vai te custar nada.
LEIA TAMBÉM:
GRANDES PENSAMENTOS(64)
FALANDO A VERDADE...
GRANDES PENSAMENTOS(63)
PORTA-OVOZ DOS DOSCORAÇÕES
SOMBRIA VISÃO
GRANDES PENSAMENTOS(62)
GRANDES PENSAMENTOS(61)
GRANDES PENSAMENTOS(60)
GRANDES PENSAMENTOS(59)
SINAIS DE DECADÊNCIA DOS EUA
LIVRO: O AMANTE DE LADY CHATTERLEY - ANÁLISE
|