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Ensaios-->Parlasul responde a Fuerza Solidaria -- 25/09/2007 - 15:23 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vice-presidente do Parlasul responde a Fuerza Solidaria

por Alejandro Peña Esclusa em 25 de setembro de 2007

Resumo: O vice-presidente do Parlamento do Mercosul (Parlasul), deputado Doutor Rosinha, enviou uma carta a Fuerza Solidaria na qual “lamenta” a posição desta associação “contra o ingresso da Venezuela no Mercosul”.

© 2007 MidiaSemMascara.org

Caracas, 20 de setembro – Ontem à tarde, o vice-presidente do Parlamento do Mercosul (Parlasul), deputado Doutor Rosinha, enviou uma carta a Fuerza Solidaria na qual “lamenta” a posição desta associação “contra o ingresso da Venezuela no Mercosul”. O deputado Rosinha referia-se à Carta aberta ao Congresso do Brasil escrita por Fuerza Solidaria no passado 16 de junho, que circula amplamente nessa nação.

Rosinha, que também atua como Relator da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados do Brasil enviou, além disso, cópia do “Relatório” e do “Projeto de Decreto Legislativo” (*) que encaminhará ao Congresso, propondo a aprovação definitiva da Venezuela.

Em resposta, Fuerza Solidaria lhe enviou uma carta hoje, cujo resumo se copia na continuação:

Primeiro: nossa associação não se opõe ao ingresso da Venezeula ao Mercosul, mas pede para adiar a decisão, até que haja uma mudança de governo em nosso país.

Segundo: em seu Relatório o sr. alega que as críticas contra Chávez são irrelevantes, posto que quem adere ao Mercosul não é governo atual, mas o Estado venezuelano. Entretanto, se no próximo dia 2 de dezembro a reforma da Constituição venezuelana for aprovada, Chávez terá o controle absoluto do Estado e além disso poderá se reeleger indefinidamente.

Terceiro: em seu Relatório o sr. justifica Chávez pelo fechamento da Radio Caracas de Televisión (RCTV), argumentando que esse canal participou do “golpe de 2002” (o qual constitui um juízo de valor, baseado na propaganda do governo venezuelano). Sem dúvida, o fechamento e confisco dos equipamentos da RCTV não admitem justificativa alguma, e contrariam os preceitos democráticos do Mercosul. Ademais, o que precipitou a crise de abril de 2002 foi o massacre perpetrado pelo governo de Chávez contra manifestantes pacíficos.

Quarto: o governo venezuelano comete crimes de lesa-humanidade, viola os direitos humanos, seqüestra os poderes públicos, comete fraude eleitoral, encarcera seus adversários, reprime os meios de comunicação, destrói o setor privado da economia, intervém nos assuntos internos de outros países, e mantém relações com governos foragidos e grupos terroristas. O ingresso da Venezuela no Mercosul alentaria estas mesmas práticas na região, pondo a democracia e a segurança hemisférica em grave perigo.

Quinto: a política exterior venezuelana prejudicará o Mercosul e fechará as portas à Europa e Estados Unidos. Sirvam como exemplo as recentes ameaças do Chanceler da França, a respeito de declarar guerra ao Irã. Considerando que Chávez é um aliado incondicional de Ahmadinejad, em caso de um conflito franco-iraniano, a Venezuela e seus sócios seriam severamente afetados.

Compreendo que sua militância no Partido dos Trabalhadores (PT) o obriga a manter certa lealdade para com seus aliados políticos, como é o caso de Chávez, porém o tema que nos ocupa vai mais além das alianças circunstanciais: tem a ver com a estabilidade e a sobrevivência mesma de toda a região. Por isso, considero de vital importância que as instituições brasileiras – o Congresso, inclusive – façam uma investigação séria e detalhada da realidade venezuelana, antes de tomar uma decisão que poderia afertar-lhes negativamente durante décadas inteiras.

A associação civil Fuerza Solidaria se oferece para fornecer toda a informação que seja necessária e a comparecer ante o Congresso Nacional da República Federativa do Brasil, para ampliar os pontos de vista aqui expostos, a fim de ajudar a tomar uma decisão sábia, conveniente e bem fundamentada.


Alejandro Peña Esclusa

Presidente de Fuerza Solidaria


[*] Os interesados no Relatório e no Projeto de Decreto Legislativo podem solicitá-los ao correio info@fuerzasolidaria.org.


Tradução: Graça Salgueiro


(*) O autor é engenheiro mecânico, formado pelo Instituto de Altos Estudos da Defesa Nacional. Atualmente é Presidente da associação civil Fuerza Solidaria – www.fuerzasolidaria.org.



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