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Ensaios-->Memorial do Comunismo: A Teologia da Libertação -- 11/07/2007 - 16:34 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Teologia diabólica

por Marcelo Moura Coelho (*) em 23 de junho de 2005

Resumo: A Teologia da Libertação prega a primazia do material sobre o espiritual e luta por uma causa contrária aos mandamentos divinos.

© 2005 MidiaSemMascara.org


O comunista italiano Antonio Gramsci dizia que o maior inimigo do comunismo é a Igreja Católica e que a revolução comunista só terá sucesso se Ela for destruída. Entretanto, Gramsci notou que a Igreja não poderia ser destruída por meio de ataques externos, até porque em dois mil anos esse tipo de ataque abundou e mesmo assim a Igreja continuou de pé. Para o italiano, a solução era destruir a Igreja por dentro.

A infiltração de comunistas dentro da Igreja Católica começou nos anos 40 do século passado. Claro que as digitais de Stalin são encontradas nessa estratégia. Ainda que essa infiltração não se restrinja a isso, não há como negar que a Teologia da Libertação se configurou na mais poderosa tentativa de destruição, por meio de ataques internos, contra a Igreja.

Os principais líderes da Teologia da Libertação (utilizo o termo no seu sentido restrito, ou seja, no sentido marxista) são o peruano Gustavo Gutiérrez e os brasileiros Leonardo Boff e Hugo Assman, que escreveram obras como “Jesus Cristo Libertador” e “Teologia da Libertação”. Qualquer pessoa com um conhecimento mínimo de marxismo percebe que esses livros na verdade apenas aplicam os conceitos do marxismo vulgar à Teologia Cristã, subvertendo-os e os transformando em ode à revolução. Cristo é apresentado como um comunista que veio libertar o povo pobre da opressão da elite e acabou sendo crucificado pelos poderosos.

A Teologia da Libertação é algo tão contrário ao Cristianismo que confesso ter dificuldades em entender como existem cristãos que são adeptos dela. Com efeito, parece-me que seus líderes agem de má-fé e seus seguidores são no mínimo ingênuos e mal-informados. Existem várias maneiras diferentes de provar a contrariedade dessa “teologia” em relação ao Cristianismo. Uma delas é meditar sobre a primeira tentação que o Diabo dirigiu a Cristo depois dos quarenta dias de jejum pelos quais Ele havia passado:

“Então aproximou-se o tentador e lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Mas Jesus respondeu: “Está escrito: Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”. (Mt. 4, 3-4).

Segundo o falecido bispo norte-americano Fulton Sheen, “a primeira tentação de Nosso Senhor tendia a fazer dele uma espécie de reformador social, para dar pão às multidões no deserto onde nada mais podiam encontrar senão pedras. A visão de um melhoramento social sem regeneração espiritual tem constituído uma tentação à qual sucumbiram, lastimosamente, muitos homens importantes na história”.

Note-se que apenas por causa disso, a Teologia da Libertação já iria contra Cristo, pois não apenas o melhoramento social é colocado acima da regeneração espiritual, como até mesmo é colocado como condição para ela (isso para não falar que a Teologia da Libertação faz, atualmente, o papel do Diabo). Mas Cristo respondeu que há necessidades mais profundas no homem que um estômago cheio e satisfações maiores que a sensação de saciedade depois de se alimentar. E é importante ressaltar que Ele disse tudo isso de estômago vazio.

Entretanto, a passagem bíblica citada também mostra de outra forma o caráter anti-cristão da Teologia da Libertação. Cristo disse que nem só de pão vive o homem, mas de tudo aquilo que sai da boca de Deus, o que nos leva a questionar o que é que sai da boca de Deus. Dentre as várias coisas que saíram da boca de Deus, tendo em vista as propostas dos “libertadores”, é importante destacar o seguinte mandamento:

“Tu não desejarás para ti a casa de teu próximo, nem seu campo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, qualquer coisa que pertença a teu próximo” (Dt. 5, 21).

E o que é o comunismo, e conseqüentemente a Teologia da Libertação, senão o desejo da casa, do campo, dos carros, enfim, dos bens em geral do próximo? O que é a revolução comunista e a expropriação dos bens privados que a seguirá, senão uma clara afronta a este mandamento divino?

E não é só isso que sai da boca de Deus. Quando perguntado sobre qual era o mandamento mais importante, Jesus respondeu: “O primeiro é: Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor, e amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com todo o teu espírito, e com toda a tua força. O segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não existe outro mandamento maior do que estes”.

Disso surge a questão de como alguém cumpre o segundo mandamento, isto é, amar o próximo como a si mesmo, se prega a luta revolucionária e o extermínio de toda uma classe social? Obviamente, isso não é possível.

A Teologia da Libertação prega a primazia do material sobre o espiritual e luta por uma causa contrária aos mandamentos divinos. Cristo disse: “Onde está o teu tesouro, aí está também o teu coração” (Mt. 6, 21). Se o tesouro da Teologia da Libertação está neste mundo, também nele está o seu coração. E o príncipe deste mundo, como qualquer cristão sabe, é o diabo.


(*) O autor é Bacharel em Direito.




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