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Ensaios-->Memorial do Comunismo: Revanchismo no Brasil -- 11/07/2007 - 12:32 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
REVANCHISMO

http://www.ternuma.com.br/revanche.htm CORONEL

Última atualização: 31 Out 2004

1-BRIGADEIRO BURNIER - OBITUÁRIO
2-GENERAL RICARDO AGNESE FAYAD
3-CORONEL CARLOS ALBERTO B. USTRA
4-CIVIL OU MLITAR?
5-A TESTEMUNHA
6-OS PROCURADORES DE OSSOS
7-REVANCHISMO VIA GUERRILHA DO ARAGUAIA -OS PROCURADORES DE OSSOS-CAP 3
8-O TERRORISMO E AS REFLEXÕES DE 'MARCITO'
9-A VERDADE SOBRE O PARASAR
10-CARTA À JORNALISTA MIRIAM LEITÃO
11-CARTA AO CORREIO BRAZILIENSE DE BRASÍLIA 12-Pronunciamento do Dep Cel Ubiratan sobre revanchismo

Mais Artigos sobre Revanchismo

Revolvendo o passado, do Ternuma
Inquietantes indenizações, por D. Kramer
Conciliação perigosa, Revista Oficina da Informação


Arquivo

Com projeto do Presidente João Figueiredo, o Congresso Nacional aprovou, em 28 de agosto de 1979, a Lei nº 6683, conhecida como 'Lei da Anistia', a qual permitiu que os comunistas que mataram, que seqüestraram e que roubaram pudessem voltar ao país e integrar-se à vida política nacional.

Muitos deles, entretanto, ainda impregnados do ranço ideológico, extravasam seu ódio pela luta perdida, perseguindo e enxovalhando todos aqueles que, em defesa da lei e da democracia, cumpriram seu dever e lutaram contra o comunismo.

Às vítimas desse revanchismo odioso, a homenagem dos que ainda acreditam que a História lhes concederá o devido reconhecimento.



BRIGADEIRO BURNIER - OBITUÁRIO

Em 21 de Junho de 2000, o 'Jornal do Brasil' publicou o seguinte obituário:

'Oficial da linha dura'

O Brigadeiro João Paulo Burnier morreu no último dia 13 - a causa não foi informada pelos parentes, que também não revelaram o local do enterro. Oficial da Aeronáutica, durante a ditadura, era identificado como da linha-dura. Em 1959, chefiou a revolta de Aragarças, para derrubar o presidente Juscelino Kubitschek, mas fracassou. Em 1963, estudou na Escola das Américas, no Panamá, mantida pelo Exército dos Estados Unidos, fazendo cursos para a instalação do Centro de Informações e Segurança da Aeronáutica (CISA), que depois chefiou. Em 1964, apoiou o golpe militar que derrubou o presidente João Goulart. Em 1968, foi chefe da seção de informações do gabinete do ministro da Aeronáutica, Márcio de Souza e Melo, e depois chefe do gabinete. Nesse cargo, ordenou ao capitão Sérgio Miranda de Carvalho que utilizasse o Para-Sar, para eliminar opositores da ditadura. O capitão se negou e foi reformado. Em 1970, passou a comandar a 3ª Zona Aérea, no Rio, e, em 1971, com a morte sob tortura de Stuart Angel Jones, na Base Aérea do Galeão, foi exonerado. Era casado e tinha seis filhos.'

A esse respeito, escreveu o Coronel Gustavo Borges:

'Na edição de 21/06/00, o JB publicou um 'obituário' anônimo, disfarçado com moldura de 'matéria paga', repetindo as calúnias de sempre. Burnier NÃO 'ordenou ao capitão Sérgio Miranda de Carvalho que utilizasse o Para-Sar, para eliminar opositores da ditadura'. O 'Sérgio Macaco' confessou sua calúnia, em manuscrito cujas letras e assinatura são inconfundíveis. Forjou as fantásticas histórias da tortura de Stuart Angel Jones, da explosão do gasômetro e da venda da Amazônia a um general norte-americano.

Incrível, mas há quem acredite! 'Caluniai, caluniai, sempre restará alguma coisa ...' Foi uma agressão covarde, por atingir um homem morto, sob o disfarce de obituário'.

- UM TIPO INESQUECÍVEL

No ano de 1961, em Natal/RN, eu servia no 5º Grupo de Aviação, equipado com aeronaves B-26, e exercia a função de Oficial de Material do 1º/5º GAv. Naquela época estávamos enfrentando problemas, uma vez que todas as aeronaves necessitavam fazer revisão IRAN (4º Escalão) e o estado-maior da Aeronáutica havia tomado a decisão de que a revisão seria feita em Natal, pelo 1º/5º GAv e pelo Parque de Material Aeronáutico de Recife, que era o Parque apropriado.

Foi um trabalho árduo e as aeronaves, enquanto aguardavam a vez de serem revisionadas, tinham de ser submetidas ao vôo de manutenção para evitar que fossem estocadas.

Não me lembro bem da data, mas sei que foi na semana em que os soviéticos colocaram em órbita o Vostok II. Certo dia, pela manhã, estacionou em frente à Sala de Tráfego um Beech C-45 e dele desceu um Tenente-Coronel Aviador.

Este chamou o Oficial de Operações e mandou que ele reunisse todos os Oficiais na Sala do Comandante. A ordem cumprida e, pouco tempo depois, ele estava diante de toda a oficialidade.

Começou dizendo que era o Tenente-Coronel Aviador João Paulo Moreira Burnier e que naquele momento, por ordem do Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, estava assumindo o comando da Base Aérea de Natal. Não tinha em seu poder nenhum ato formal a não ser a sua palavra. E não houve quem a rejeitasse.

Logo em seguida, continuou: 'Ordem à Base! Quero que amanhã, às 7 horas da manhã, a Companhia de Infantaria de Guarda e o 2º/5º GAv estejam operando na Base Oeste. Para isso, preciso de um rancho organizado para apoiar as operações, a partir de amanhã'.

É preciso esclarecer que em Natal existiam duas Bases. A construída pelos norte-americanos no tempo da guerra, que estava funcionando, e a construída pelos brasileiros (Base Oeste), que estava sem destinação.

Todos os que ali estavam ficaram perplexos com essa ordem. Alguns até comentaram: 'Esse cara é doido'.

Houve muitas reclamações, mas a ordem foi cumprida. Às 7 horas da manhã do dia seguinte, a Base Oeste estava operando.

Naquela noite, praticamente não dormi, assistindo o deslocamento das aeronaves e da manutenção para a Base Oeste. Eram mais ou menos 23 horas quando o comandante aproximou-se de mim e ficou conversando. Ele sabia perfeitamente quem eu era, embora esse fosse o primeiro contato entre nós. De tempos em tempos o Vostok II descrevia sua órbita naquele céu estrelado, fato que me marcou.

Muitos anos depois fui saber o motivo daquela ordem. O governador do Rio Grande do Norte, Aloisio Alves, estava reivindicando a posse da Base Oeste, a fim de transformá-la na Cidade dos Meninos. A partir da mudança, a reivindicação perdeu conteúdo, pois a Base já não estava sem destinação. Estava operando.

O Tenente-Coronel Burnier tinha um temperamento explosivo, decisões rápidas e sabia perfeitamente definir seus objetivos. Trabalhar com ele, porém, não era fácil. Normalmente, enchia de assessores a Sala de Comando e passava a dar ordens simultâneas e, nesse caso, sempre havia alguém que não as entendia. Vinha, então, aquela famosa bronca e sempre alguém era preso para, logo depois, quando ele se acalmasse, ser solto.

Naquela época, eu era 1º Tenente e observei que o TC Burnier respeitava muito aqueles que não se limitavam a aceitar simplesmente suas ordens e faziam ponderações, antes de cumpri-las.

Lembro-me de uma vez que fui a Recife buscar material de suprimento e quando retornei, lá pelas 17 horas, o Cmt do Esquadrão chamou-me para comunicar que, naquela manhã, o TC Burnier tinha estado lá e mudado todo o sistema de manutenção.

O sangue subiu e falei ao Cmt de Esquadrão que iria para casa e só retornaria quando houvesse revisão da decisão do TC. Soube que o TC esperneou, quis prender-me, mas nada fez porque sabia que eu era correto no meu serviço e fiel à Organização.

Dois dias depois, o Cmt do Esquadrão mandou chamar-me, dizendo-me para prosseguir meu trabalho como achasse melhor.

Por trás do seu tipo, aparentemente atropelado, havia uma grande criatura humana que fazia questão de conhecer os problemas sociais de seus comandados, principalmente dos militares subalternos. Nunca deixou de apoiar as famílias dos seus comandados quando estavam fora, em missões prolongadas. E quantos foram atendidos gratuitamente no Instituto de Oftalmologia Penido Burnier, em Campinas, que pertencia a parente seu?

Eu mesmo contrai uma dívida de gratidão com ele, que nunca pude pagar. No final de 1961, estava de férias em Fortaleza, quando, certa noite, recebi uma ligação telefônica de um familiar dizendo que a minha mãe estava em estado de saúde desesperador, no Rio de Janeiro.

Não pensei duas vezes. Fui à Sala de Tráfego da Base Aérea de Fortaleza e expedi um radiograma urgente para o TC Burnier, notificando o problema e solicitando um transporte até o Rio de Janeiro. Isso por volta das 23 horas.

Às 4 horas, alguém da Sala de Tráfego, em Fortaleza, comunicou-me que às 4:30 iria pousar um avião C-41 para levar-me a Natal, onde estava à minha disposição uma passagem de cortesia pelo Loyde Aéreo e, caso eu não pudesse embarcar, o piloto do C-41 estava autorizado a levar-me ao Rio de Janeiro.

Pergunto: que comandante faria isso por um Tenente, ainda mais altas horas da noite? Foi essa dívida que nunca consegui saldar.

Muitos outros fatos ocorreram sob seu comando e todos passamos a admirá-lo por suas atitudes nobres, tanto no campo militar como no social.

Sua carreira militar é rica em episódios que sempre o definiram como um patriota e nacionalista, tendo participado de inúmeros eventos que fazem parte da História do Brasil.

Sua carreira, como Brigadeiro do Ar, foi cortada abruptamente por divergências políticas com grupos que almejavam o Poder.

A última vez que o vi foi no Clube da Aeronáutica, em Brasília, nos anos 80, em companhia de uma de suas filhas.

O Brigadeiro João Paulo Burnier fazia parte de um grupo de Oficiais da Aeronáutica que marcaram época no cenário político nacional.

Os tempos mudaram e ele deixa saudades. Oficiais de sua estirpe não existem mais.

Jonas Alves Corrêa, Cel Av RR


***

GENERAL RICARDO AGNESE FAYAD

O Gen FAYAD foi acusado, sem provas, de forma absurda, de colaborar com “torturadores”. Acusado por estar de jaleco branco, em seu Quartel, nos dias em que diziam, também sem provas (testemunhais, exame corpo de delito ou outra qualquer) que determinadas pessoas foram torturadas.

À época uma filha do Gen FAYAD estava gravemente enferma em Brasília. A genitora do Gen FAYAD, no Rio, bastante idosa.

O “Grupo Tortura Nunca Mais” nada disso levou em consideração, ao contrário, molestou o Gen FAYAD, dia e noite, sem cessar, na justiça, nos jornais, onde foi possível. .

Mas, que tinha a senhora genitora com o caso, por que molestá-la, sem respeito à sua idade, à condição de mãe, ao seu estado de saúde?

Para que molestá-la à noite, pelo telefone, seguidamente, perguntando-lhe se seu filho “torturador estava em casa”, se “já sabia que o torturador havia perdido sua função”, se o “seu filho torturador ia para a reserva”, se “não tinha remorso por ter um filho torturador”, etc. ?

Não estamos afirmando que os molestadores eram personalidades do “Tortura Nunca Mais”. Mas perguntamos: a quem interessariam tais torturas ? Quem estava perseguindo o Gen. FAYAD ? Seriam os amigos do Gen. FAYAD ou pessoas amigas de sua família ?

O mínimo que se pode admitir é que a sanha feroz do “Tortura Nunca Mais” contra o Gen. FAYAD, induza pessoas de personalidades fracas a procederem tais torturas contra os membros mais queridos do Gen FAYAD.

Quem tem a responsabilidade pública de destilar ódio contra o Gen FAYAD e de o apresentar como um monstro que vive no seio da sociedade?

Em out.98 o Juiz Aloísio Lima da 1ª Turma do TFR de Brasília ordenou o restabelecimento do registro do Gen FAYAD e fixou o prazo de 48 horas para o cumprimento da sentença.

O CFM e o CREMERJ recorreram da sentença.

No dia 17 Nov 98, os integrantes da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal declararam que no seu entender o CFM e o CREMERJ não tinham competência para cassar o Registro do Gen FAYAD e, por unanimidade indeferiram o recurso ajuizado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) contra a decisão da Justiça Federal que determinou a inscrição do Gen FAYAD no cadastro profissional do CREMERJ.


***

CORONEL CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA

A mídia tem procurado mostrar o período revolucionário como sendo o período do arbítrio, da violência, do desrespeito aos direitos dos cidadãos.
Ataques pessoais são feitos àqueles que trabalharam e lutaram contra o terrorismo, tachando-os de torturadores e de assassinos. Apresenta testemunhos duvidosos, feitos por pessoas impregnadas de revanchismo.
Numa posição de desforra, a esquerda revolucionária e jornalistas tendenciosos estão permanentemente atacando, de forma implacável e impiedosa, aqueles que combateram o terrorismo. Tentam e, com muita freqüência conseguem, que sejam destituídos de cargos e funções, prejudicando suas carreiras e tirando o sossego e a tranqüilidade de suas famílias.
As denúncias não são checadas, os dados não são averiguados e a imprensa, sob o amparo de não ser obrigada a divulgar a fonte nem ser responsabilizada, publica o que quer.
Quando os acusados provam a sua inocência, eles silenciam e não voltam ao assunto.
Em recente pesquisa, as Forças Armadas foram consideradas como os órgãos de maior credibilidade no País. Tornou-se, portanto, necessário, minar esta credibilidade. Daí a existência permanente desses ataques.

Um dos exemplos que teve maior repercussão foi o caso Bete Mendes.

A esquerda aguardava, ansiosamente, por uma boa oportunidade para denegrir a imagem do Exército Brasileiro, através do homem que, no período crítico do terrorismo, comandara o DOI/2ª/II Exército, em São Paulo, o então Major Carlos Alberto Brilhante Ustra. Afinal, após os quatro anos de seu comando, o terrorismo, em São Paulo, chegou praticamente ao fim.
O Coronel Ustra exercia, no ano de 1985, as funções de Adido do Exército junto à Embaixada do Brasil em Montevidéu, Uruguai. Pela importante função que ocupava, uma campanha contra ele, movida pela esquerda revanchista, teria repercussão internacional.

A oportunidade se apresentou quando o Presidente José Sarney programou uma visita oficial ao Uruguai.
A esquerda começou, então, ávidamente, a montar a farsa para tentar desmoralizar, lá em Montevidéu, o nosso Adido do Exército.

A então deputada Bete Mendes foi a escolhida para ser o pivô da campanha contra o Exército Brasileiro, na pessoa do Coronel Ustra.

Ela estivera presa no DOI de São Paulo, tinha imunidades parlamentares, era uma artista, e, certamente, representaria bem o papel de vítima torturada, na farsa que se armava.
Feita a excelente seleção e após alguns contatos com o pessoal de esquerda que assessorava Sarney, foi fácil incluí-la na Comitiva Oficial do Presidente que, em 12/08/85, chegou em Montevidéu.

Tudo estava preparado nos seus mínimos detalhes. As denúncias contra o Cel Ustra deveriam explodir em manchetes dos jornais e em cadeia nacional de TV, com o maior sensacionalismo, imediatamente após o retorno de Bete Mendes ao Brasil.

Se bem escreveram o roteiro desta novela, melhor o apresentaram.

No primeiro capítulo a artista principal, Bete Mendes, banhada em lágrimas, reúne a imprensa e, numa entrevista coletiva, narra o quanto sofreu, ao ver o seu “torturador” perfilado entre as autoridades, no momento em que a comitiva as cumprimentava, após a chegada no aeroporto de Carrasco. Disse ter tido um choque ao reencontrar o homem que a torturara, 14 anos atrás, mas que mesmo assim, como boa heroína de novela, estendeu-lhe a mão, tendo o Coronel agradecido pela maneira educada como o tratou.

No segundo capítulo, já empolgada pelo seu melhor desempenho como artista vítima de tortura, em entrevista exclusiva à Revista Veja, de 21/08/85, disse que quando esteve presa no DOI, “o corpo de um amigo, morto a pancadas, foi-lhe mostrado, estendido numa maca, para desequilibrá-la emocionalmente”. “Tudo isto era dirigido por ele, garante a deputada”.

No terceiro capítulo ela continua desempenhando com louvor o seu papel na farsa da esquerda. Em resposta à atitude do Ministro do Exército, General Leônidas Pires Gonçalves, que defendeu o Coronel Ustra e impediu que o mesmo fosse exonerado de suas funções, Bete Mendes escreveu-lhe uma carta, divulgando-a para a imprensa. Esta carta, entre outras acusações, continha uma denúncia terrível: “e aqueles inocentes como eu, cujos corpos eu vi, e que estão nas listas de desaparecidos?”

E assim, cada vez mais acrescentando mentiras, Bete Mendes vai alcançando os maiores índices de audiência de sua carreira de artista.

Mas, o que Bete Mendes e os autores desta novela não esperavam era a reação do Cel Ustra,que escreveu o livro “Rompendo o Silêncio”. Nele, Ustra desmente a então deputada em todos os pontos de sua denúncia, a chama de mentirosa e de farsante.

Não houve reencontro no aeroporto.

É claro que no texto montado deveria estar inserido o drama do amargo reencontro. E aí, seus autores cometeram um grande erro, que começou a tirar a veracidade do “script”. Este reencontro no aeroporto jamais existiu. As autoridades brasileiras e uruguaias foram cumprimentadas, unicamente, pelo Presidente Sarney e sua esposa, D. Marly. Bete Mendes e o restante da comitiva, ao saltarem do avião, passaram pela sala Vip e embarcaram direto no ônibus que os conduziu ao hotel. Ustra e os demais membros da embaixada estavam muito distantes.

Bete Mendes não foi torturada.

Na entrevista dada à revista Afinal, nº 44, de 02/7/85, um mês e 14 dias antes de enviar sua carta ao Presidente Sarney, a deputada assim se referiu ao período em que esteve presa no DOI: “admirador de telenovelas, o Coronel, que acabava de assumir o comando do DOI/2ª/II Ex , não conseguia entender o que fazia enclausurada, em seus domínios, aquela moça tão bonita.” “Por que a Renata do Beto Rockfeller está aqui?” – “quis saber o Coronel...” Nessa ocasião, ela não disse que fora torturada.

Por quê, em seu depoimento, durante seu julgamento, em 30/03/1971, na presença de seus advogados, não denunciou as torturas que afirmou ter sofrido? Ao contrário, chorou copiosamente e em depoimento que prestou, livre e sem qualquer coação, segundo ela, afirmou estar arrependida de sua participação como chefe do Setor de Inteligência da VAR-Palmares, uma das organizações terroristas mais violentas na época.

Bete Mendes jamais viu corpos de desaparecidos e nem do amigo morto a pancadas.

Em nenhuma lista feita por organizações de Direitos Humanos e segundo todas as fontes de esquerda consultadas, não existe qualquer subversivo ou terrorista desaparecido ou morto, no período em que a ex-deputada esteve presa (29/09/70 a 16/10/70). Se ela viesse a público e identificasse pelo menos o “seu amigo morto a pancadas”, estaria prestando um grande serviço à esquerda, que desconhece, até hoje, essa morte por ela anunciada.

Com maiores detalhes, o livro do Coronel, “Rompendo o Silêncio” (Editerra – Editorial Ltda. - Brasília) prova que Bete Mendes mentiu para se promover, para ser reeleita e para denegrir a imagem das Forças Armadas.

Desmascarada, Bete Mendes não foi reeleita à Câmara Federal e caiu no ostracismo político.

Boa artista, vez ou outra faz papéis secundários que jamais terão a audiência de seu brilhante desempenho artístico, ao interpretar o papel de heroína política, em 1985.

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CIVIL OU MILITAR

Com o noticiário atual, a confusão se estabeleceu.
O que é ser civil? O que é ser militar ? Existe ex-civil ?
Pela mídia existem hoje no BRASIL duas categorias de cidadãos a saber :
- os 'heróicos' vencidos em 64 pela contra revolução;
-os 'bandidos'vitoriosos naquela.
Em 64, a contra revolução foi feita a pedido do povo o que é comprovado pelas 'MARCHAS DA FAMÍLIA COM DEUS PELA LIBERDADE' com cerca de 1 milhão de participantes, em diversos estados do país.
Nos dias de hoje, como sempre , as FORÇAS ARMADAS são as instituições de maior credibilidade junto a opinião pública mas , apesar disso ,ela e seus componentes vêm sendo vítimas de campanhas de descrédito.
Vários exemplos podem ser citados:
-caso de FERNANDINHO BEIRA-MAR:
Confeccionaram cartaz de PROCURA-SE, com os seguintes dizeres entre outros:
'-Idade - 38 anos,cor negra e , pasmem, EX-SOLDADO DO EXÉRCITO'.
Qual o valor que tem tal dado para a captura do meliante? Quantos cidadãos no país cumpriram com seus deveres com a Pátria e, conseqüentemente são ex-soldados ?O Sr EDSON ARANTES DO NASCIMENTO, mais conhecido como PELÉ, é ex-soldado do Exército. Por que não se coloca este título quando a ele se referem?
Os dois últimos assuntos 'carro-chefe' do noticiário são:
- explosão de bomba de fabricação caseira no shopping e demissão de um ex-tenente que trabalhava na ABIN.
No caso da bomba relatam que seis soldados, comemorando a 'baixa' (saída do serviço militar) detonaram a bomba. Por que não seis civis , visto que é sabido que ao ser licenciado cidadão volta a ser civil?
No outro caso informam ser ex-tenente o 'torturador'. Onde anda a Sra ANISTIA ? Ela foi só para um lado? Já sacrificaram vários militares- Generais, Coronéis, etc...como o General Fayad, Coronel Ustra, Coronel Avólio e outros por terem sido acusados pelo Grupo Tortura Nunca Mais, sem provas. Parece que no BRASIL , de hoje, existem cinco poderes:- Executivo, Legislativo, Judiciário, Imprensa, e o todo poderoso Tortura Nunca Mais.Se o Tortura disse, não se fala mais nisso -CUMPRA-SE.Não interessa o ônus da prova.
A Anistia atendeu a TERRORISTAS, ASSASSINOS, ASSALTANTES, DESERTORES, JUSTICEIROS, SEQÜESTRADORES , permitindo que desempenhem funções públicas e premiando à famílias de mortos terroristas com quantias elevadas da ordem de 100 a 150 mil reais. Para tal medida acharam verba, enquanto para o SALÁRIO MÍNIMO está difícil de se encontrar.
Os ' heróicos' vencidos de 64 , podem ficar tranqüilos nas suas funções como algumas figuras da República, tais como:-
SR ALUISIO NUNES FERREIRA
SR HENRI PHELLIPE REICHSTUL
SR THEODOMIRO ROMEIRO DOS SANTOS
SR WILSON NASCIMENTO BARBOSA e outros mais.
No link 'Onde eles estão? ' estão explicitadas as atividades criminosas desses elementos contra o chamado ' regime militar'.
O Sr Presidente da República declarou que sente horror ao crime de tortura.Não sente o mesmo pelos outros crimes aqui citados ou os admite?
Quanto à tortura causa espécie que pessoas, reconhecidamente, contrárias ao pseudo 'regime militar', não tenham sofrido 'tortura' ou pelo menos nunca se queixaram, tais como:-
MÁRIO COVAS , JOSÉ SERRA, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO,BARBOSA LIMA SOBRINHO,CRISTÓVÃO BUARQUE, ROBERTO FREIRE, VICENTINHO,NILMÁRIO MIRANDA, LULA, ZIRALDO, CHICO BUARQUE,ETC...
Não se sabe se algum deles é ex-militar ou se são civis puros ou puros civis.
Já o Prefeito eleito do Rio, o Sr CESAR MAIA, foi soldado servindo no Forte de Copacabana. É civil ou ex-militar? Até hoje não declarou ter sido torturado.
O que a mídia está praticando é o que o Sr OLAVO DE CARVALHO chama de DESINFORMAÇÃO. Ele nos ensina que:
-DESINFORMAÇÃO LEVA AS INSTITUIÇÕES AO COMPLETO DESCRÉDITO INDUZINDO A OPINIÃO PÚBLICA A TRANSFERIR AOS AGENTES DA DESINFORMAÇÃO A CONFIANÇA QUE DEPOSITAMOS NO ESTADO, NAS LEIS E NOS COSTUMES TRADICIONAIS.
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A TESTEMUNHA
A esquerda tem memória de elefante e fúria de mulher rejeitada.'
Paulo Francis
O Coronel da reserva da Força Aérea Brasileira, Pedro Corrêa Cabral foi ( 20/ 10/ 1.993 ) e voltou a ser ( 23/ 05/ 2.001 ) a testemunha cooptada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados ( por trás está a ONG 'Tortura Nunca Mais' e seus ativistas Nilmário Miranda, Luiz Eduardo Rodrigues Greenhalgh, Carlos Tiburcio e outros) para reabrir o IP sobre a fracassada 'Guerrilha do Araguaia'. Escolhida a dedo e bem de acordo com o caráter dos selecionadores revanchistas.
O episódio tem antecedentes e semelhanças: pela ressonância via - mídia, com o da reportagem do Sr Caco Barcellos, difundida, em 1º de abril, no 'Fantástico', (que também será desmascarada) com seqüência nos dias 02 e 03 de abril no 'Jornal Nacional', como tantas outras matérias orquestradas contra as Forças Armadas; pelo conteúdo, com a similitude da matéria televisiva já citada e as orquestradas, isto é, plenas de ficção, distorções e uso indevido das finalidades da Comissão de Direitos Humanos, pelos petistas que a compõem; e pelo aproveitamento malicioso do assunto, pois é repeteco de depoimento patético, com a mesma testemunha, sobre o mesmo tema, no mesmo local, ocorrido em setembro de 1.993; como veremos no correr desta matéria ...
Começamos nos idos de 1969...
Em 02 de janeiro de 1.969, o 2º Tenente Aviador, Pedro Corrêa Cabral, decolou na aeronave T6-1470 da Base Aérea de Natal, RN, para realizar um vôo de manutenção. Ao invés de seguir as normas convencionais previstas, desviou a aeronave que pilotava para a cidade de Maxaranguape, RN, passando a realizar vôos a baixa altitude sobre o rio Maxaranguape, onde muitas pessoas, adultos e crianças, tomavam banho ou estavam nas margens. Sua imprudência e imperícia foram tamanhas que baixou demais o aparelho, atingindo 3(três) menores, matando dois (2) : Rosendo Marcelino da Silva, com 14 anos, esquartejado; Elizabete Nascimento Oliveira, com11 anos, degolada ; e ferindo, gravemente, uma terceira, Veridiano Alcântara, com 15 anos, ,com a coluna quebrada e que viveu aleijado, até os 32 anos, quando veio a falecer.
Pelos crimes cometidos foi condenado, pelo Conselho Especial de Justiça da 7ª Região Militar, em 10/06/1969, a pena de um ano e dois meses de prisão. Pena leve, para o crime cometido, como é comum neste país, até hoje. Recorreu da sentença, tendo os Ministros do Superior Tribunal Militar negado provimento às apelações do Ministério Público e do réu, em 26/09/1969.
A testemunha, em outubro de 1993, foi entrevistada pela revista 'Veja', sobre a 'Guerrilha do Araguaia', merecendo destaque na capa, devido ao seu depoimento em 20/09/1993, na Comissão Externa dos Desaparecidos Políticos da Câmara Federal. Em conseqüência, foi para a região de Xambioá, financiado por nós contribuintes, a fim de identificar os locais das 'atrocidades' que relatara. Na área, teve um 'branco' ou 'apagão', não lembrando mais nada do seu relato. Naquela época, mentiu para a revista sobre o acidente em Maxaranguape/ RN, dizendo ter matado, acidentalmente, um jangadeiro e que a causa da perda de altitude fora falha técnica.
Para maiores detalhes, e que detalhes, vejam quem é a peça, selecionada a dedo pelos 'ínclitos' revanchistas, membros da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, no 'Jornal de Natal', edição de 18/10/1993, página A13. Talvez a 'Veja' publique (duvidamos) .
Senhores e senhoras, o Coronel Aviador da Reserva, Pedro Corrêa Cabral, mentiu muito, muito mais... Passemos para o ano de 1.973, em pleno 'anos de chumbo', quando quem dizia saber a hora faria acontecer ( parafraseando Geraldo Vandré ), não souberam a hora e não fizeram acontecer. Deu no que deu, no campo e na cidade...
Em 17/01/1973, o então 1º Ten. Corrêa Cabral foi transferido da Base Aérea de Fortaleza para o 1º EMRA, em Belém, tendo se apresentado pronto para o serviço, em 18/01/74, entrando em gozo de 8 dias de dispensa. Em 31/01/74, foi qualificado piloto de L-19 ('paquera' ), aeronave de reconhecimento aéreo, que conduz o piloto e um (1) observador aéreo e nada mais, nada mais mesmo, tão exíguo é o espaço.
De 03 a 23/02/74, viajou para Marabá como piloto de L- 19, ficando estacionado no Aeroporto, executando missões de reconhecimento aéreo.
As missões de reconhecimento aéreo, para sobrevoar a área de Xambioá e outras áreas próximas, tinham o Aeroporto de Marabá como origem e destino final, não havendo possibilidade de descida em Xambioá e imediações . A distância média de Marabá para Xambioá e áreas circunvizinhas é de 130 km. As ligações ar - terra e terra - ar, normais, eram efetuadas via rádio, como é norma neste tipo de ações. Os helicópteros pousavam em áreas compatíveis com a sua capacidade operacional .
A chamada 3ª Campanha da 'Guerrilha do Araguaia', segundo o PC do B, teve início em 7 de outubro de1973, durando até mais ou menos meados de 1974. Após esta data ( segundo o 'Estudo Crítico Acerca do Princípio da Violência Revolucionária' aprovado no VIº Congresso do PC do B , em 1983, e que trata, também, da 'Guerrilha do Araguaia'), apenas alguns 'guerrilheiros' esparsos (sic) continuaram operando (página 319, do livro 'Em Defesa dos Trabalhadores e do Povo Brasileiro', Editora Anita Garibaldi, do PC do B, 2000) . Guerrilheiros esparsos, deixados à mingua, sem apoio de seus 'valorosos comandantes'? Abandonados pelo PC do B, dissidentes desgostosos , ou, talvez, pessoal suspeito de ter sido recrutado' pelo pessoal da inteligência militar ? Será...
De 05/08/74 a19/09/74, o 1ºTen Aviador, Pedro Corrêa Cabral, realizou o Curso de Piloto de Helicóptero, tendo recebido o certificado de conclusão, em 03/10/74. Somente em 10/11/74, foi considerado qualificado como 2º Piloto de Helicóptero UH - 1H.
Aqui aumentam as dúvidas e crescem os indícios e evidencias sobre ficções, mentiras e engodos do denunciante e de seus defensores ...
Segundo o relato do PC do B, na publicação 'Guerrilha do Araguaia', 3ª edição, 1.996, da Editora Anita Garibaldi, o período desta aventura guerrilheira ( aventura segundo o atual PCB, o antigo 'Partidão' e nós), durou de 1.972 a 1.974. Pelo Relatório de Ângelo Arroyo (do Comitê Central do PC do B, da Comissão Militar do Partido e um dos responsáveis pela aventura) a guerrilha, misto de maoismo e foquismo, chega até março de 1.974. Analisando os dados disponíveis, do PC do B e de outros autores da esquerda, não há relato de baixas após meados de 1974. Como data limite de baixas ocorridas, pela deficiência de dados do PC do B, podemos, talvez, chegar até agosto ou setembro de 1.974... O leitor se lembra que Pedro Corrêa Cabral só podia Ter chegado à região, como piloto de helicóptero depois de 10/11/1974 ?
Os fatos expostos da página 170 até a página 196, do livro 'Dos Filhos Deste Solo' (de autoria de Nilmário Miranda e Carlos Tiburcio, Editado pela Editorial Bomtempo e Fundação Perseu Abramo do PT, edição de 1.996), e que tratam da 'Guerrilha do Araguaia' e do PC do B, indicam os mesmos dados, já citados anteriormente, porem adicionam, na última página (196 ), o testemunho, do Cel. Av. Ref. da Aeronáutica , Pedro Corrêa Cabral, prestado na Comissão Externa dos Desaparecidos Políticos da Câmara Federal, em 20 de setembro de 1.993, sem lhe dar o nome completo e trocando seu nome no último parágrafo, para 'Pedro Lobo' (ver página 196 do livro citado). Confusão inconsciente com o terrorista Pedro Lobo de Oliveira, ex-ALN ? Estranho não citar o nome corretamente ...Codinome

Nunca se sabe ...
Estes textos citados são coerentes com o do 'Estudo Crítico Acerca do Princípio da Violência Revolucionária', aprovado no VIº Congresso do PC do B (1.983), e que analisa a 'Guerrilha do Araguaia, já citado anteriormente. É interessante a abordagem 'democrática - popular' do princípio da violência revolucionária aplicado pela 'guerrilha do Araguaia...O que seria de nós ?
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados apresentou, como fato novo, o testemunho do Cel. Aviador Reformado, Pedro Corrêa Cabral, em 23 de maio de 2001, com ampla orquestração pela mídia, esquecendo-se , de alardear, durante estes longos sete anos, o seu testemunho ocorrido em 20 de setembro de 1.993. a vergonhosa ida à área do Araguaia, na época, onde teve um 'branco', de nada lembrando. Após sete longos anos, repetimos, o velho depoimento renasceu com assessoria de bons militantes do revanchismo e do radicalismo... Coisas típicas dos 'interesses' do Nilmário e do Greenhalg...
Qual ou quais as razões do 'apagão' de memória?
Primeira, o Coronel é mentiroso como comprova seu relato à revista 'Veja', quando omitiu as causas do acidente e as mortes das crianças, substituindo as mesmas por um jangadeiro sem a menor cerimonia. A 'Veja' e a Comissão da Câmara aceitaram a 'idoneidade da fonte', por 'motivos nobres'... Aconteceu o que se viu... .. Diante de uma região que desconhecia com os pés no chão, como Pedro Cabral ia reconhecer lugares que nunca visto ?
Segunda, o Coronel só concluiu seu curso de helicóptero em 19/09/1.974 e só chegou na área de operações como piloto de helicóptero em 07/11/974. Como piloto de L - 19 de janeiro a agosto de1.974, como iria testemunhar o que não poderia ter visto ?
Terceiro, o livro do Coronel é obra de ficção ou de ouvir dizer sem dizer quem falou, visando lucro ou projeção pessoal e atendendo certos interesses, inclusive de seus 'espertos' selecionadores, militantes de 'carteirinha' do revanchismo...
Quarto, só a afirmativa feita, pela boquirrota e destrambelhada testemunha, de que o Presidente Médici teria dado a ordem de eliminar todos os terroristas, bastaria para colocar em dúvida as declarações desta figura irresponsável e patética, condenada pela Justiça Militar, e mentirosa, como ficou comprovado em sua entrevista á revista 'Veja', em 1993, quando omitiu sua culpa na morte das duas crianças e a grave lesão ocasionada em uma terceira.
Como e quando tomou conhecimento? Quem transmitiu tal conhecimento ? Foi na fase das operações depois dela ?
Apostamos que os mui 'dignos' membros revanchistas da Comissão de Direitos Humanos nem ligaram. Aos mesmos só interessava, e ainda interessa, esta lengalenga para reativar a mesmice de sete anos atrás e reabrir um processo, obtendo novas vantagens ...
O problema dos que indicaram o Coronel para depor são as indenizações? Ou serão os lucros editoriais ? Não queremos crer... Podem ser certos objetivos táticos e estratégicos ainda embutidos na cachola dos perdedores 'vitoriosos', hoje gramscianos, leninistas, trotskistas, estalinistas, maoistas e fidelistas enrustidos, com ares 'reformistas', cercados por seus 'intelectuais orgânicos'. As visitas de certas pessoas a Cuba influi nestas ações de revanchismo ? Algum deputado petista tem escritório de advocacia em S. Paulo, dedicado as ações de indenização? Caso positivo podem informar à imprensa? O Aton Fon Filho trabalha neste ramo? Aonde? Olha aí o pessoal da 'velha' ALN, mandando no pedaço e no pedaço do 'partido de novo tipo', com 'estrelas e borboletas'.
Não achamos injusta a busca empreendida. Mas não usem artifícios indecorosos, como estão usando..
O que se segue não é só para o PC do B é para todos revanchistas..
Não concordamos com : a exploração dos mortos; a distorção dos fatos; a exaltação de covardes; as acusações infundadas; o falso testemunho ocular de olhos vendados; as escutas impossíveis de ouvir; acusações com a ausência do contraditório; o assassinato de civis não-combatentes; a delação de companheiros; o esquecimento de 'justiciamentos' praticados e não confessados ;os feitos 'heróicos' exaltados sem testemunho isento; o abandono de companheiros em combate; a citação de efetivos mirabolantes do inimigo para demonstrar valor decantado e pouco observado; o temor de afirmarem suas ideologias marxistas-leninistas ou de suas variantes, naquela época e até hoje, sempre travestidos de 'democratas' e defensores dos direitos humanos que nunca praticaram.
Lembramos, ainda, suas 'heróicas' jornadas 'militaristas' como: assaltantes de bancos, de carros - fortes e de supermercados; seqüestradores; assassinos de não - combatentes; ladrões de automóveis; guerrilheiros de araque sem vitórias; e 'justiceiros', eliminando companheiros após rito sumário, sem defesa ; 'professores' de marginais 'excluidos', na Ilha Grande, os quais, como bons alunos, criaram as organizações a imagem e semelhança das de seus mestres, que se projetam no presente, com suas siglas e nomes conhecidos : CV ( Comando Vermelho);CV Jovem (Comando Vermelho Jovem);Terceiro Comando ; PCC (Primeiro Comando da Capital); Amigos dos Amigos; e tantas outras.
Muitos destes antigos guerrilheiros de araque, com honrosas exceções, tiveram formação paramilitar em países estrangeiros: URSS; China Popular; Cuba e Líbia, pelo visto cursos de péssima qualidade - o curso ou os alunos .
Não colocamos as emboscadas, entre as 'jornadas heróicas' praticadas, pois elas são ações normais neste tipo de guerra e todos sabem bem disto, pois leram Che, Marighella, Ho, Giap e tantos outros. Só que nossos terroristas e 'guerrilheiros' tupiniquins leram e não aprenderam. Nós, bem...Também lemos. Alguns terroristas caíram neste tipo de ação, entre eles um suposto 'mestre', Carlos Marighella, com curso na Academia Militar de Pequim, em 1952, e vocês falam de assassinato só por causa dele ? Chorem os mortos, mas não apelem, eles sabiam as conseqüências, pensavam que era a hora, mas não sabiam o que poderia acontecer. Subestimaram adversários, não souberam avaliar condições objetivas ( meios disponíveis ) e subjetivas (apoio popular, valor de seus quadros e outros...).
VOCÊS COMEÇARAM OS 'ANOS DE CHUMBO', LEMBREM BEM, ELES COMEÇARAM EM 1961.

'A derrota do Araguaia não foi fruto de erros secundários, mas da inadequação da concepção à realidade brasileira'
Carlos Magalhães, Teoria e Política Nº 2,
Brasil Debates, S. Paulo 1.980, página 123
(...)........'este tempo todo o Partido se afastou da classe operária. Ir para o campo , mobilizar os camponeses, criar bases de apoio, desenvolver a guerra, foi o centro de nossa atividade, cujo resultado para o PC do B foi o Araguaia. No meu ponto de vista , isto está bastante ligado com o maoismo e tem muita influência do blanquismo'.
José Novais, ex - dirigente do PC do B e da CONTAG, hoje no PT, líder camponês . Jornal 'Movimento', Nº 265, de 28/07/1990, página 8
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UM CASO PARA ANALISAR...
'OS PROCURADORES DE OSSOS'

I - INTRODUÇÃO

As novas ações, projetando o tema 'Guerrilha do Araguaia' no cenário nacional, tiveram início em 23 de maio de 2001, na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, graças ao empenho do Presidente da Comissão, Deputado Federal, Pedro Pellegrino ( PT/ BA) e dos Deputados Federais, Luiz Eduardo Rodrigues Greenhalg (PT/SP, titular) e Nilmário Miranda (PT/MG, suplente), estes dois últimos os maiores beneficiários das conseqüências deste tipo de ações, que embutem forte conotação revanchista, além de outros interesses .

A ação inicial foi caracterizada pela repetição do depoimento caricato do Cel. Aviador da Reserva, Pedro Corrêa Cabral, realizado em 20 de setembro de 1.993, na mesma Câmara, sobre o mesmo tema e com resultados, até hoje por publicar. Há evidências que, inclusive, ocultaram fatos pretéritos da vida profissional do depoente. A 'coisa' deu em nada, exceto do que tange a mensagem habitual de ataque as Forças Armadas e, em particular a Força Terrestre, que é sempre um objetivo desta facção .

Apesar da difusão pela mídia ( 24 e 25 maio ) ficar circunscrita aos habituais órgãos da imprensa, transmissores desse tipo de matéria, o assunto veio a tona, novamente, de forma inusitada, por obra e graça de certos representantes de órgão institucional federal, que parecem comungar com pensamentos ideológicos idênticos ou, no mínimo, bem próximos, aos esposados pelos representantes do revanchismo já nominados. A divulgação ocorreu nos dias 25 e 26 julho, na 'Folha de S. Paulo', e no dia 27de julho, no 'Jornal do Brasil'. As datas selecionadas parecem emoldurar as comemorações do '26 de Julho', aniversário da 'Revolução Cubana', símbolo dos radicais latino-americanos e dos amantes dos 'Direitos Humanos Marxistas - Leninistas', com direito a 'paredão', 'justiciamentos revolucionários' e tudo mais. A campanha continua e continuara, pois a força ideológica impulsiona os 'intelectuais orgânicos', em particular os atuantes no segmento da mídia.

A conduta destes jovens, zelosos de projeção pessoal, quando se metem em áreas que desconhecem, é tragicômica : fere as normas que 'dizem' defender e sobre as quais deveriam se estribar, as do Direito...

Estes estouvados defensores tentam se colocar como paladinos do Direito e da Justiça, e nunca a serviço de grupo ou partido político em luta pelo poder. Segundo comentários já veiculados pela imprensa, ficamos na dúvida...

Involuntariamente ou não, agora, mergulharam no redemoinho desta luta (político - ideológica ), contra os militares, como 'Procuradores dos Ossos da Guerrilha do Araguaia', defendendo 'jovens' na luta contra a 'ditadura'.

Desconhecimento, profunda ignorância, má fé, ou mentira ? Os combatentes que lá estavam (de acordo com os dados do PC do B) não eram só jovens, mas, sim, militantes veteranos de uma organização política radical, internacionalista, ligada, ao longo de sua história, a várias organizações políticas estrangeiras, defensoras, como ela, da luta armada e que foram o :
Partido Comunista da União Soviética (PCUS); e outros Partidos Comunistas do 'Sistema Socialista Mundial', sob a liderança dos soviéticos até 1.961/62 ;
Partido Comunista da China Popular (PCCh), de 1.961/ 62 até 1.971/72, após o 'racha' com o PCB, em conseqüência de vários fatores nacionais e internacionais, entre os quais desponta o 'Conflito Sino - Soviético', e a reaproximação entre a China Comunista e os EUA; e
Partido dos Trabalhadores da Albânia, de 1.974 / 76 até ... ?

Na atualidade, ativa sua aproximação com todos os PC ortodoxos da linha ( ML- marxista - leninista ) de base ideológica estalinista, e segue, no Brasil, uma linha oportunista, reformista 'para inglês ver'.

A luta no Araguaia foi travada por elementos do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, da Polícia Federal e outros contra a aventura deflagrada pelo PC do B, então partido marxista - leninista - pensamentos de Mao Zedong - Tupiniquim , com péssima condução estratégica, a cargo dos veteraníssimos militantes :

João Amazonas (Secretário Geral do Comitê Central do PC do B);e

Maurício Grabois ( falecido) ; Ângelo Arroyo (falecido); e Elza Monerat, todos três do Comitê Central do PC do B, sendo que os dois primeiros com curso na Academia Militar de Beijing (Pequim) .

Não eram, pois, jovens 'guerrilheiros', como a mídia quer fazer parecer. Existem outros militantes com curso na China Popular e na mesma Academia Militar (como mostraremos). Alguns destes eram corajosos, mas péssimos combatentes também no campo tático. Por sinal, um dos mais citados pelo PC do B tinha formação militar na Academia Militar chinesa e no Exército Brasileiro, Oficial R/2, dai o seu possível destaque no meio do baixo nível de preparação para a luta armada.

Outro fato é que o PC do B iniciou seu desdobramento na região a partir de 1.966, sendo seus primeiros sinais detectados no início da década de 70. Nesta fase, de montagem de infra-estrutura e preparação dos quadros, demonstrou desconhecer as reais condições objetivas e subjetivas da área, do país, e de seus próprios quadros, para a luta que poderia ser deflagrada a qualquer momento, ceifando a vida de militantes, numa aventura que jamais deveriam iniciar sem o mínimo apoio popular. Esqueceram de Mao, Che, Ho Chi Minh, Giap e do bom senso...

OBSERVAÇÃO. Os dados relacionados com a 'Guerrilha do Araguaia' : militantes; mortos; desaparecidos; locais; 'mitos' que se desfazem pelas próprias descrições; efetivos ( mirabolantes que se desmentem por simples análise ou por si só); refregas inusitadas; e outros elementos; serão só os publicados pelo PC do B e pela imprensa.

II- O'MÉTODO LEGAL' EMPREGADO.

Ao fazer um retrospecto das atuações de certos (e graças a Deus alguns poucos ) representantes da bacharelice , com as quais até concordamos em alguns casos, podemos vislumbrar um certo procedimento padrão, apesar das: trapalhadas com fitas gravadas, ao arrepio da lei; entrevistas 'fajutas'na fase 'investigativa e sigilosa';acompanhamento de órgãos de comunicação social nesta fase de investigações preliminares; vazamentos planejados para atender objetivos táticos ou estratégicos de parceiros eventuais ou permanentes; escorregadelas pela ilegalidade; e outras ações decorrentes de vaidades pessoais .

O procedimento padrão ou 'método legal' empregado por estes membros do bacharelato investigativo é mais ou menos o seguinte :
-determinado segmento político ou corporativo, de caráter revanchista ou não, fixa um objetivo de interesse;
-o indivíduo, grupo ou instituição visada é objeto da busca de dados de apoio à investigação;
-durante esta fase, em caso de interesse, o assunto, a pessoa, o grupo, ou a instituição é alvo de um vazamento planejado ( na imprensa, via militância e outros) pelo órgão investigador;
-qualquer indício que possa ser direta ou indiretamente ligado ao objetivo traçado, resultante da ação de arapongas, arapongistas, ptpongas ou procupongas deflagra uma reação em cadeia e os 'mãos limpas trapalhões' saem a campo, normalmente acompanhados por uma pessoa da imprensa para testemunhar o ato, seja ele ilegal, supostamente ilegal, ou 'preparado', apesar do segredo de justiça que a lei processual impõe nesta fase;
-um mandado de busca, se necessário, é expedido, para dar cobertura legal a ação suposta ou real;
o mandado, nem sempre é claro e transparente, devido a formulação maquiavélica do representante do bacharelato investigativo;
-caso o Juiz de 1ª Instância se mostre avesso a expedição do mandado é procurada outra instância que a substitua, ou é aguardado o momento oportuno ( entrada em férias, em licença, ou outro );
-com a expedição do mandado, um órgão policial da região, federal ou estadual, é acionado, de preferência se acostumado na atuação conjunta, ou conivente, com os doutores;
-na execução não é pedido, em princípio, nenhum detalhe esclarecedor a qualquer órgão superior do elemento investigado, mesmo se funcionário público, ou quando é feito, a forma evita a clareza ou é mesmo burra o que dificulta o entendimento e facilita as ações em curso;
-todos os dados que sirvam para realçar a versão do órgão investigador são, de imediato, passados para o repórter acompanhante que os lança para o espaço, sem problema, pois ninguém, neste nosso país do 'faz de conta', vai dar bola se é ou não questão de sigilo ou 'segredo de justiça' ;
-este procedimento configura, na realidade nossa de cada dia, a condenação prévia de pessoas perante o tribunal popular, sem denúncia, sem processo, sem sentença, pela simples versão do fato unilateral, sem contraditório, e bem do nível dos piores arapongas surgidos : os'procurapongas' irresponsáveis .

É mister não confundi-los com a imensa maioria dos profissionais que, com discrição, eficiência, dignidade, conhecimento processual e saber jurídico honram o estamento aqui analisado. Aos que, lendo este texto, possam vestir a carapuça, estimamos que tenham suas recaídas e sigam a correção processual e o espírito das leis. Neste caso nossos aplausos. Mas há os que sempre têm suas preferências político - ideológicas, desde os tempos de carteirinha universitária ( de facção ideológica da UNE ? )...

III. - ASPECTOS A DESTACAR.

1. A região do Bico do Papagaio, como a repórter designa, é uma região problemática desde antes da 'Guerrilha do Araguaia' e não só ela, mas todo seu entorno, devido a : relativa proximidade com Trombas e Formoso; influência dos garimpos do sudoeste do Pará ; a região dos baixos cursos dos rios Mearim e Pindaré, sujeitas a cíclicos conflitos étnicos e fundiários ; áreas de atuação dos movimentos de luta pela terra ( Eldorado de Carajás ); já eram conhecidas de velhos militantes como Tarzan de Castro e Manoel da Conceição e outros.
O elemento militar responsável pela garantia da lei e da ordem, neste espaço geográfico, em caso de falência do Poder Estadual, tem o dever de manter as ações ostensivas e sigilosas que, no momento oportuno, permitam o seu emprego suficiente e necessário, dentro da bitola constitucional . O 'monitoramento'(sic) da região não é fruto da Guerrilha ou do legítimo apoio aos guias, é conseqüência da própria área e seus óbices. Pensar de outra forma é besteira, ignorância, ou, como parece, má fé ideológica direcionada.

2. A assistência aos guias que apoiaram as Forças Armadas, naquela época, é ação de reconhecimento e até de proteção, contra possíveis retaliações de militantes do PC do B no passado e ao que parece agora em execução, sob nova forma. Esta forma se reveste de aparente ou provável ação legal que, mesmo se for, coage, constrange, intimida e força o confuso camponês a dar qualquer testemunho que lhe 'ponham na boca', aceitando as benesses ofertadas e colaborando com objetivos de seus ladinos interrogadores, nem sempre transparentes.

3. Agora surgem , após 27 anos, mais 40 (quarenta) novos ou renovados 'torturados' com depoimentos de testemunhos cruzados, uns conhecidos dos outros, induzidos, primeiro ao pé do ouvido, depois por comentários sobre notícias passadas sobre a guerrilha, ou leitura de publicações jornalísticas e até mesmo oficiais sobre indenizações para torturados', ficando cientes de que a autoridade que lhes ouve pode ajudá-los, desde que colaborem e descrevam as 'longínquas e possíveis' torturas, facilitando os objetivos dos inquisidores. Os supostos torturadores não são ouvidos, como é costume...E a industria das indenizações cresce...e cresce...

4. Nem os Comandos Militares da área, nem a Justiça Militar, pelo que se depreende das matérias publicadas, foram ouvidas sobre os objetivos das ações ditas legais . As ações desenvolveram-se ao longo de um bom tempo com 'campanas' que, incluso, permitissem ( e de fato permitiram) flagrantes e mandados de busca 'genéricos'... O arapongal federal e os 'procurapongas' do Serviço Secreto Revanchista trabalharam ...

5. Os 'vazamentos legais' para a imprensa são usuais, em especial para jornalistas versados em pinçar trechos de documentos para usá-los em proveito de seus objetivos pessoais ou de grupos, dando para as meias verdades o significado de verdades absolutas. São intelectuais orgânicos, voluntários ou não, de um processo em marcha. Não há contradita para suas versões, de acordo com o método.
As gravações por meio de 'grampos' ilegais, não passam a legais, acobertados pela retórica de proteção da fonte ? O uso de gravador oculto, não é meio utilizado ? A 'estória de cobertura' não é usada pelo repórter para se aproximar de um ou mais alvos, a fim de gravar, usar máquina fotográfica ou filmadora escondida , como vemos na TV e lemos em outros meios de difusão ? A obtenção de dados em fase sigilosa ou mesmo de 'segredo de justiça', para vazamento planejado pela fonte investigativa, não é usual ? Ora bolas, caras de pau ! Alguns 'jornapongas' do jornalismo investigativo e uns poucos 'procurapongas' já empregaram ou não estes artifícios de 'arapongagem' ? Por sinal quem inventou o termo 'araponga' era porque conhecia e praticava a 'arapongagem', não é? Aposto que irão contestar...

6. Ah! Ia esquecendo : o MST não é radical. É um movimento social angelical. Não invade propriedade privada ou pública, não saqueia, não destrói ,não queima, não mantém reféns, não bloqueia estradas, assegurando o direito de ir e vir, não coage camponeses de movimentos adversos ( desculpem, adversários). Respeita todas as leis, é aliado das autoridades, e quer manter o Estado Democrático Socialista , só para socialistas . Aleluia !
Esta campanha, contra as Forças Armadas, até parece coisa de gente da antiga ALN espalhados por aí, inclusive no Poder... Claro que têm aliados da antiga AP( depois APML, depois APML do B, depois, por 'entrismo', parte no PC do B, e parte na elite do Poder), da VPR, da VAR, do PCBR, da OCML - PO, e outros revanchistas bonzinhos, tão bonzinhos...
Com tanta corrupção e tanto crime organizado a dedicação na procura de ossos parece coisa estranha... ? Ou é para alimentar uma industria nascente, renascendo 'torturados' e desaparecidos' indenizáveis?
Por enquanto ficamos por aqui, porém voltaremos com mais detalhes sobre o assunto, a área, a exploração dos 'procurapongas' via mídia do jornaponga - mor e os mitos do Araguaia. E que mitos !

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REVANCHISMO VIA 'GUERRILHA DO ARAGUAIA'
CAPÍTULO 3
OS 'PROCURADORES DE OSSOS' E OS 'JORNAPONGAS'

Desde o artigo 'A Testemunha' (Capitulo 1 do revanchismo via 'Guerrilha do Araguaia), o 'Ternuma' tem dedicado um espaço para responder as quase contínuas ações da mídia, mal intencionadas ou não, algumas com preponderante viés gramsciano, abordando a 'Guerrilha do Araguaia', sempre alimentadas pelo insaciável apetite revanchista da vertente petista da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, em busca de novas indenizações 'morais e pecuniárias'. Sei lá...

Em artigo anterior ( 'Os Procuradores de Ossos', Capítulo 2 do mesmo tema), apontamos o início, o 'método legal' e os dados do processo em curso, começando com os trechos abaixo :

'As novas ações, projetando o tema 'Guerrilha do Araguaia' no cenário nacional, tiveram início em 23 de maio de 2001, na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, graças ao empenho do Presidente da Comissão, Deputado Federal, Pedro Pellegrino ( PT/ BA) e dos Deputados Federais, Luiz Eduardo Rodrigues Greenhalg (PT/SP, titular) e Nilmário Miranda (PT/MG, suplente), estes dois últimos os maiores beneficiários das conseqüências deste tipo de ações, que embutem forte conotação revanchista, além de outros interesses .'

'A ação inicial foi caracterizada pela repetição do depoimento caricato do Cel. Aviador da Reserva, Pedro Corrêa Cabral, realizado em 20 de outubro de 1.993, na mesma Câmara, sobre o mesmo tema e com resultados, até hoje por publicar. Há evidências que, inclusive, ocultaram fatos pretéritos da vida profissional do depoente. A 'coisa' deu em nada, exceto do que tange a mensagem habitual de ataque as Forças Armadas e, em particular a Força Terrestre, que é sempre um objetivo desta facção .'

O processo, foi reativado a partir de 25, 26 e 27 de julho, na 'Folha de S. Paulo', passando por outros jornais e revistas e continuando, na atualidade, no 'Correio Braziliense', devendo, pelo andor da carruagem, ter curso' ad infinitum' na mídia, conseqüente da difusão de matérias vazadas ilegalmente, na fase inquisitória, pois deveriam estar cercadas pelo segredo de justiça ( não respeitado ). Durante este processo tivemos alguns 'ensinamentos' de burrice explícita, deduzidos das 'brilhantes' demonstrações de (des)conhecimento dos 'procuradores de ossos' e de famosos 'jornapongas'. Parecem piadas, mas não são. Emergem dos escritos destes 'focapongas', frutos de entrevistas com seus 'procuradores de ossos', ou de declarações de testemunhas indicadas pelos mesmos, todas ávidas de possíveis e talvez prometidas indenizações. Vamos aos 'ensinamentos' :

-os agentes de um serviço de inteligência devem apresentar suas identidades reais, sem cobertura, para a busca de dados, seja na contra - espionagem, em particular se o alvo for estrangeiro; seja para levantar as intenções de atores radicais de conflitos potenciais, internos, que possam demandar emprego de tropa; seja, ainda, nas ações contra o crime organizado ou contra os agentes da narco - guerrilha. OBSERVAÇÃO : o último serviço de inteligência que seguiu esta linha acabou por falta de RH;

-o MST e outros Movimentos, que atuam da mesma forma, são organizações sociais 'pacíficas', cumpridoras dos preceitos legais, tais como: assegurar o pleno direito de ir e vir; proteger o direito de propriedade pública ou privada ; não portar armas letais nas suas demonstrações; não seqüestrar; não manter ninguém em cárcere privado ; não saquear; não incendiar; não constranger camponeses que se oponham as suas ações; e outros... OBSERVAÇÃO : o noticiário da imprensa de 'direita' ou da 'classe dominante' é que propaga as mentiras quase diárias sobre nossos 'pacíficos sem - terra', amigos da 'Via Campesina', das FARC e de outros 'pacifistas' internacionalistas ;

-a 'boa imprensa' deve, por dever de bitola ideológica ( 'gramsciana', na moda, ou qualquer outra de origem marxista ), explorar 'trechos de conveniência' de publicações diversas, de modo a torcer os dados e atingir o objetivo de malhar os agentes da garantia da lei e da ordem (o Exército em particular). Isto é demonstrado pela sua atuação prática, desde 1979/80. OBSERVAÇÂO: a atuação está bem exemplificada : nas ações desenvolvidas nas crises de Segurança Pública estaduais; na garantia da lei e da ordem em Paraopebas, onde o MST estava envolvido; e nas ações de apoio de Inteligência a outros órgãos, de acordo com missão recebida do Ministério da Defesa e do Comandante Supremo das Forças Armadas ;

-não devemos identificar terroristas e guerrilheiros, passados ou atuais, militantes de partidos ou organizações marxistas - leninistas, nacionais e ligados a organizações e órgãos internacionais, defensores da luta armada como forma de luta para alcançar o poder; mas, sim, identifica - los como 'democratas', criando, ao longo do tempo, uma 'estória de cobertura' para os mesmos como defensores das 'LIBERDADES DEMOCRÁTICAS', mesmo que isto contrarie as Resoluções Políticas de suas organizações, clandestinas ou não, e as suas próprias convicções, convenientemente adormecidas. OBSERVAÇÃO : ex - 'terroristas e guerrilheiros' vivos, são, em sua imensa maioria, os bons fugitivos dos anos de chumbo. O 'mérito' de suas 'lideranças' foi (e poderá ser) o sacrifício de vidas de seus companheiros ou liderados em combates dos quais estes calhordas não combateram, fugindo... Para onde ? Para Buenos Ayres (enquanto 'light'), Santiago (enquanto 'light'), Havana, Paris, Roma, Milão, Argel, Malmoe, Moscou, e outros locais ... Hoje, onde estão ? Talvez o 'Ternuma' saiba...

A atuação dos atuais 'procuradores de ossos' e seus inseparáveis 'jornapongas' faz lembrar o que ocorreu e ocorre em outros países . A ação inquisitória sobre matéria fluida e flexível, em que cabem todas as desconfianças e frustrações, fere, pela simples menção, a pessoa ou instituição acusada. O carimbo de culpado é, desta forma, firmado via mídia e alastra-se pelo país, na paranóia desenfreada da busca de quaisquer dados, verdadeiros ou não, e os conseqüentes vazamentos, ardilosamente planejados, de fatos, opiniões, sofismas, falácias e conceitos deturpados, difundidos ao talante dos 'acusadores', fato que envolve e anestesia o povo, que passa a julgar pela versão e não pelo conhecimento.

O investigado, só pelo fato de ser investigado, mesmo na fase preliminar e sigilosa das investigações, é acusado, julgado e condenado sem ser indiciado ou denunciado legalmente, graças as manchetes e matérias que dão guarida aos vazamentos ilegais praticados pelos 'guardiães da lei' e os arautos 'formadores de opinião' : os 'procuradores de ossos' e seus 'jornapongas', herdeiros do macarthismo tupiniquim, ou dos promotores dos processos de Moscou, na década de 30 do século passado.

Nas ações do MP, seus guarda - costas e 'jornapongas' na região do 'bico do Papagaio', que incidiram sobre instalações das Forças Armadas a tônica se repetiu.

O 'Mandado de Intimação com Busca e Apreensão' expedido pelo Meritíssimo. era para a requisitar : a imediata exibição de todos os documentos e materiais que os mesmos disponham sobre a Guerrilha do Araguaia e a atuação do Exército Brasileiro no Sul do Estado do Pará, os quais deverão ficar custodiados pelo Oficial de Justiça. ( o trecho é cópia do mandado expedido pelo Doutor Jeferson Schneider, Juiz Federal, 2ª Vara da Seção Judiciária de Mato Grosso, no exercício cumulativo da Subseção Judiciária de Marabá, no uso de suas atribuições legais ).

Documentos e materiais da 'Guerrilha do Araguaia' ? Coisa nenhuma, exceto 'indícios' de montagens de denúncias sobre 'torturas' e outros fatos deturpados , bem ao estilo dos 'procuradores de ossos' e dos 'jornapongas'.

Esta campanha, contra as Forças Armadas, até parece coisa de gente da antiga ALN espalhados por aí, inclusive no Poder...

Voltaremos, no futuro, com mais detalhes sobre o assunto, a área, as verdades e os mitos do Araguaia. Que verdades e que mitos !

'Justiciamento de animal' ?Não acreditam ? Perguntem ao guerrilheiro 'Zézinho' !!! Triste verdade..

Coragem, eficiência, organização, baixas em combate, efetivos em presença e outros fatos, serão apresentados e contestados com base, inclusive, na análise de documentos do PC do B e dados publicados pela 'imprensa engajada'..
.
Por falar em mitos, gostaríamos de saber : como é que uma cabeça humana fica enterrada três meses e após este tempo é desenterrada, gotejando sangue; e como o tamanho dos testículos, aumentou em 50 centímetros por ação de tortura. Deixamos para os responsáveis pelo relato, redação e publicação expor as possibilidades dos fenômenos, pelo conhecimento que devem possuir, dando credibilidade aos mesmos ( Reportagem, sobre a Guerrilha do Araguaia, publicada no dia 28 de novembro de 2001, no 'Correio Braziliense' )

Solicitamos aos bem intencionados ou não, que aguardem... Daremos notícias...
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O TERRORISMO E AS REFLEXÕES DE 'MARCITO'

O conhecido cidadão Márcio Moreira Alves, 'Marcito', outrora militante do Movimento de Libertação Popular (MLP) e ativo partícipe da Frente Brasileira de Informações, desde meados da década de 60 até meados da década de 70 do século passado, atuando com base em Paris e idas e vindas por cidades européias e do Norte da África (Argel e outras), no seu afã esquerdista contra a Revolução de Março de 1964, escreveu em 13 de setembro próximo passado, no jornal 'O Globo', um artigo intitulado 'O Preço da Ira'.

Apesar do assunto enfocar a ação terrorista contra os Estados Unidos da América, com o sabor esquerdista que lhe é peculiar, o articulista, como sempre, teve que dar uma escorregadela, ao comentar o cenário nacional.

O artigo merece reflexão, pela 'preço da ira' que transmite, pelas meias verdades que explora, pelo amplos e profundos contatos do autor, sempre bem chegado a militantes de organizações terroristas em épocas pretéritas, no Brasil e alhures, e pelo conhecimento que diz possuir sobre ações terroristas. Tanto é que cita 74 ações da direita que seriam mais significativas (sic) que as da esquerda, sem quantificar estas. Como somos contra a ação terrorista, seja destra ou sinistra, significativa ou não, gostaríamos de ver o 'douto' especialista apresentar as 74 que diz conhecer da direita e as da esquerda, que, por seu artigo e vivência, deve conhecer muito bem .

Para maior projeção de seu conhecimento nesta área, de início, o 'entendido' poderia polemizar com os autores da obra 'O Livro Negro do Comunismo', pelos dados divulgados, referentes as vítimas desta vertente ideológica na América Latina: 150.000 mortos, sem considerar a parcela dos que tombaram nas ações conduzidas pelos Partidos Comunistas fora do poder, isto é atuantes contra os governos estabelecidos, segundo o livro, duas dezenas de milhões ( ver página 16 da publicação citada).

O 'experto' Marcito identifica a doutrina do terrorismo de direita como sendo a da segurança nacional, logo defendia a segurança da Nação, contra seus inimigos, dentro ou fora da estrutura estatal . O autor parece que dá ênfase, no artigo, ao 'terrorismo de Estado' e não se explica direito. Esta posição, por sinal, foi muito usada pela esquerda, para estigmatizar países democráticos europeus que combateram facções terroristas famosas, possivelmente conhecidas do nosso 'isento' jornalista ...

É estranho e confuso o pensamento do jornalista, pois grande número de países democráticos ocidentais têm uma doutrina de segurança nacional, para se opor as ações de organizações terroristas, seja qual for o fundamento doutrinário destas ?

A esquerda, segundo o autor, 'justificava seus atos pelo convencimento da justiça de sua luta contra uma ditadura boçal, que protegia uma injusta distribuição da renda nacional'. Por certo o Sr. Márcio refere-se a luta contra a 'ditadura militar', no nosso país !

Bela justificativa...

O autor só não diz, omitindo, que esta esquerda, no Brasil e no Mundo, era composta de organizações marxistas revolucionárias e suas aliadas, defensoras, na sua quase totalidade, da ditadura do proletariado e da luta de classes. Estas organizações estavam ligadas ao PC da União Soviética, ao PC da China Popular, e ao PC Cubano, contando ainda com o apoio da OSPAAAL (Organização de Solidariedade dos Povos da Ásia, África e América Latina), também conhecida como 'Tricontinental', e da OLAS (Organização Latino Americana de Solidariedade), ambas, até hoje, com sede em Havana. Eram órgãos coordenadores do MCI , organismos a ele vinculados, para condução de suas ações revolucionárias no Terceiro Mundo. Hoje defendem posições radicais contra os 'países imperialistas' e os que julguem ser seus aliados... A visão maniqueista é a de sempre, com os 'explorados' substituídos, muitas vezes, pelos 'excluídos'.

O autor fala em convencimento da justiça com esta base doutrinária ? Viram no que deu...

Condenamos os atentados terroristas executados, ou supostamente praticados pela direita , ainda que sem vítimas, segundo o Sr Márcio. Também condenamos os atentados praticados pela esquerda, acima de duas centenas entre 1. 964 e 1. 974, sendo alguns expressivos e, infelizmente, com vítimas (QG do então IIº Exército; Aeroporto dos Guararapes; em frente ao DOPS de São Paulo; explosão do Volks, com dois terroristas mortos, em acidente de trabalho na Rua da Consolação, em São Paulo; para não falar mais ), todos não citados pelo 'isento' jornalista em seu artigo eivado de omissões ideológicas, características de 'intelectual orgânico', ainda que ignorante e mal intencionado.

Para encerrar, as organizações partidárias, movimentos e ONGs, nacionais e estrangeiras, que se afinam com países que apoiam ou financiam Organizações Guerrilheiras ou Terroristas (Cuba, Iraque, Síria e outros) poderiam ser objeto da apreciação do 'insigne' conhecedor das organizações esquerdistas radicais, maximalistas ou fundamentalistas, das quais esteve muito próximo no passado, no Brasil, na Europa e na África. Talvez não tenha perdido seus elos...

Não nos move nenhuma posição tendente a este ou aquele país no quadro estratégico internacional. O nosso Norte é aquele para o qual nossas tradições e anseios apontam e que o lema da nossa Bandeira exalta :
Ordem e Progresso.

Nosso nome define nossa posição...'Ternuma', somos contra o Terrorismo.

PS. Trechos selecionados do livro 'Um grão de Mostarda - O Despertar da Revolução Brasileira', de Márcio Moreira Alves, edição 'Seara Nova', Lisboa, 1973, páginas 30/32.

'Todas as minhas atividades parlamentares haviam sido uma longa e concatenada provocação. Éramos um punhado de parlamentares........Cobríamos com nossas imunidades toda sorte de movimentos de protesto, especialmente as manifestações estudantis e as greves operárias. Chegávamos a exercer contra os deputados da situação o que chamávamos de terrorismo cultural........Nossa estratégia era ..... a destruição completa de instituições liberais sobreviventes. Encarávamos o processo político como uma luta de classes.......Pensávamos que era altamente improvável que o proletariado pudesse optar por uma resistência clandestina e armada enquanto ainda existissem possibilidades de ações abertas e legais. Daí a necessidade de destruir as estruturas legais .( p. 30/32)

Como os leitores podem perceber, o'Marcito' era e, julgamos nós, ainda é um dos mais puros e disfarçados 'intelectuais orgânicos' da linha gramsciana, que anda por aí de braço dado com alguns 'ramos de café estrelados', os quais, segundo ele no seu livro, são desprovidos de inteligência...

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A VERDADE SOBRE O CASO PARASAR
Durante mais de 20 anos, diversos historiadores e uma série enorme de reportagens publicadas pela imprensa, no Brasil e no exterior, bem como versões levadas ao ar em programas de TV, abordaram de forma distorcida e mentirosa o chamado 'Caso PARASAR', massacrando (esse é o verbo correto) o falecido brigadeiro João Paulo Moreira Burnier, sob a alegação de que teria dado ordens, em 1968, para que militares da 1ª Esquadrilha Aeroterrestre de Salvamento, conhecida como 'PARASAR' participassem na repressão às passeatas estudantis, naquele ano, no Rio de Janeiro, bem como ordens para que políticos da oposição fossem mortos e o gasômetro, no Rio de Janeiro, fosse explodido.

Um desses historiadores, Jacob Gorender, escreveu na página 164, capítulo 'Turbulências de 68 e Fechamento Ditatorial', livro 'Combate nas Trevas', que 'o brigadeiro João Paulo Burnier havia ordenado em abril, a um grupo de 40 homens do PARASAR (unidade de busca e salvamento da Aeronáutica) a execução de um plano de terrorismo em vasta escala. O capitão intendente Sérgio Miranda de Carvalho recusou-se a obedecer as ordens do brigadeiro Burnier, chefe do gabinete do Ministro da Aeronáutica Márcio de Souza e Mello. A posição do capitão intendente(sic), apoiado por colegas, frustrou o plano terrorista, mas lhe custou a reforma e afastamento definitivo da Força Aérea, em 1969'.

Não é verdade.

Sobre o assunto, o brigadeiro João Paulo Moreira Burnier fez o que poderia fazer, na esfera militar, requerendo, sucessivamente, a diversos ministros, ser submetido a um Conselho de Justificação, processo previsto na legislação militar, para defender-se das acusações que lhes eram imputadas e das quais tomava conhecimento através da imprensa escrita, da TV e de livros publicados.

Em todo esse tempo, a imprensa e os historiadores, de modo geral, ao se referirem ao 'Caso PARASAR', muitas vezes fazendo referência e até tornando públicos documentos sigilosos, nunca mencionaram os seguintes fatos:
- que em 11 de setembro de 1968, o Ministro da Aeronáutica, Márcio de Souza e Mello, determinou a expedição de um documento a toda Força Aérea isentando o brigadeiro Burnier de qualquer responsabilidade, ante as alegações tornadas públicas pelo capitão Sérgio Miranda de Carvalho;
- que 10 anos depois, em abril de 1978, o ministro da Aeronáutica, Joelmir Campos de Araripe Macedo, mandou divulgar uma informação destinada ao conhecimento de todos os oficiais da Força Aérea, reiterando que o brigadeiro Burnier nenhuma participação tivera nos fatos que periodicamente vinham sendo publicados pela imprensa, relacionados com o 'Caso PARASAR';
- que em 29 de maio de 1980, o Ministro da Aeronáutica, DÉLIO JARDIM DE MATTOS, indeferiu um requerimento de novembro de 1979 - época em que se desencadeara uma nova fase da campanha de inverdades sobre o chamado 'Caso PARASAR' - no qual o brigadeiro Burnier solicitava a instauração de um Conselho de Justificação para que fosse julgado das acusações a si imputadas.

O Ministro DÉLIO despachou o requerimento afirmando ser desnecessária a designação de um Conselho de Justificação porque 'as acusações relacionadas com o Caso PARASAR eram inadmissíveis, após análise da documentação pertinente bem como dos registros da época'. O Despacho continha também um elogio ao brigadeiro Burnier: 'Oficial vibrante, de extrema dedicação à carreira, patriota sobejamente comprovado, de conduta digna, notável responsabilidade no cumprimento do dever e possuidor de elevado conceito entre superiores, pares e subordinados'.

Em 1985, um ano político-eleitoral, no qual muitos políticos cediam às pressões dos militares punidos pela Revolução de Março de 1964, com aspirações de anulação das punições sofridas, com promoções e ressarcimentos pecuniários, como viria a acontecer após a Constituição de 1988, o chamado 'Caso PARASAR' voltou aos jornais. Novamente o brigadeiro Burnier requereu um Conselho de Justificação, e o então Ministro da Aeronáutica, Otávio Júlio Moreira Lima, assim como seus antecessores haviam decidido, indeferiu o pedido. Em seu Despacho, escreveu o Ministro: 'Toda a documentação do caso foi pormenorizadamente reexaminada, nada se encontrando capaz de ensejar um Conselho de Justificação'. Isso significou, em outras palavras, que nada existia de que o brigadeiro Burnier tivesse de justificar-se.

Além dessas manifestações de quatro diferentes e consecutivos ministros da Aeronáutica, o capitão Sérgio Miranda, mais conhecido como 'Sérgio Macaco', ao longo dos anos tentou conseguir que sua situação de militar reformado pelo Ato Institucional nº 5 fosse revista por quatro presidentes da República, valendo-se, para tanto, de amigos e padrinhos. Não foi atendido por nenhum deles.

Em todos esses anos, uma única reportagem contou a verdadeira história do 'Caso PARASAR'. Ela foi publicada no jornal 'O Estado de São Paulo' de 20 de outubro de 1985, assinada pelo jornalista Flávio Galvão. Como - já dizia Trotsky - 'a verdade é revolucionária' , optamos por transcrevê-la a seguir:

'Da mesma natureza que a estórias do Monstro do Loch Ness e do Abominável Homem das Neves, frutos exclusivamente dos delírios da imaginação, o impropriamente chamado 'Caso PARASAR' desde 1968 freqüenta as colunas de jornais e revistas brasileiras, periodicamente, nos momentos em que escasseiam os assuntos do gosto do público ávido de sensacionalismo barato, ou então de efervescência política, como o atual, em que abundam, os pescadores de águas turvas.

Falar em PARASAR, decorridos 18 anos, torna obrigatório que se faça um retrospecto, pois somente hoje os que contam trinta ou mais anos de idade é que poderão ter alguma informação - e ainda assim nem se sabe se correta - sobre o assunto.

Derrotados em 1964, quando já se julgavam muito próximos da tomada do poder, os esquerdistas - e sob esta denominação se incluem todos os grupos e matizes, do vermelho ao róseo, dos de obediência moscovita aos cubancheros, maoístas, albaneses, etc - passado o primeiro impacto, passaram a organizar-se para o que hoje eufemisticamente chamam de 'luta armada', expressão que deve ser entendida como guerrilha e terrorismo.

Em livro recentemente publicado, ex-terrorista explicita, clara e expressamente, os objetivos desses grupos esquerdistas: 'a destruição das instituições burguesas, das forças de representação políticas tradicionais, do aparelho judiciário e das Forças Armadas'. Como se vê, não estava a esquerda interessada na restauração da plenitude democrática, muito ao contrário...

O ano de 1968 marca o início dos choques entre estudantes, manipulados pelos ativistas da minoria esquerdista, e as forças encarregadas, constitucionalmente - ainda não fora instituído o AI-5 -, de manter a Lei e a Ordem.

Em um desses choques, no Rio, morreu um estudante, o que levou a esquerda a promover uma manifestação contra o governo e contra o regime, no dia 4 de abril de 1968. Para evitar mais graves perturbações da ordem pública, montaram as autoridades uma operação de policiamento preventivo, a ser executada pelas três Forças Armadas, sob comando do Exército, mais precisamente do comandante da Divisão Blindada.

Esse comandante era o general Ramiro Tavares Gonçalves, velho conhecido dos paulistas pois aqui serviu durante largo período e já há muito na reserva depois de ter atingido o mais alto posto da hierarquia.

A participação da Aeronáutica nessa operação de policiamento foi quase simbólica, pois, como ninguém ignora, é pequeno o seu contingente de terra representado pela Infantaria de Guarda. A pedido do Exército, a 3ª Zona Aérea (hoje 3º COMAR) pôs à disposição do comandante da Divisão Blindada uma minúscula Unidade: a 1ª Esquadrilha Aeroterrestre de Salvamento, comumente conhecida por PARASAR.

Em face de maliciosas distorções ou de generalizada ignorância é de se esclarecer, desde logo, que o PARASAR é uma Unidade militar, não um grupo do Exército da Salvação, nem de escoteiros ou de bombeiros amadores. Suas funções foram definidas por Portaria expedida durante o governo de João Goulart e compreendem prestar socorro às vítimas de acidentes aeronáuticos, assegurar a sobrevivência e o resgate de aeronaves acidentadas, e executar missões especiais (grifado pelo autor do artigo) compatíveis com o preparo de seu pessoal. Militares profissionais, treinados para atuação em situações especiais de risco, os homens do PARASAR estavam adrede-recomendados para trabalhos como seria o de policiamento preventivo no dia 4 de abril de 1968, que poderia exigir rápida capacidade de avaliação, de decisão e de execução.

O comandante do PARASAR era o então major Gil Lessa de Carvalho, da Infantaria de Guarda da Aeronáutica. Foi ele quem chefiou os 14 homens (grifado pelo autor do artigo) do PARASAR (dois oficiais e 12 graduados) que, divididos em três grupos, participaram da operação de policiamento preventivo. Recebeu ele, juntamente com os outros dois oficiais - capitão Loris Arêas Cordovil e primeiro-tenente João Batista Magalhães - as necessárias instruções do general Ramiro Tavares Gonçalves que, em resposta a uma pergunta, esclareceu que se fossem agredidos ou atacados por perturbadores da ordem os homens do PARASAR, que estavam armados, deveriam defender-se. Ponto final.

A operação decorreu, felizmente, sem quaisquer incidentes.
Registre-se, logo, que com essa operação nada teve a ver o brigadeiro-do-ar João Paulo Moreira Burnier. Aliás, ele acabara de ser elevado ao generalato, recebendo suas primeiras estrelas e, aguardando designação, encontrava-se à disposição do gabinete do Ministro da Aeronáutica, então o marechal-do-ar Márcio de Souza e Mello.

Àquela época, servia no PARASAR, embora não fosse oficial combatente mas intendente, um capitão que, por ocasião da operação de policiamento realizada no dia 4 de abril, nem sequer estava no Rio, mas em Manaus, em gozo de férias.

Retornando ao Rio, esse capitão soube da participação do PARASAR, por comentários de terceiros, não tendo qualquer informação direta pela simples razão de sua ausência do Rio.

Apesar disso e como se fosse competente para decidir o que as unidades da Aeronáutica devem ou não fazer, passou a fazer críticas sobre a participação do PARASAR, afirmando - é de pasmar - que os seus homens só poderiam ser escalados para 'missões humanitárias'...

Esta é a base factual do chamado 'Caso PARASAR'. Nessa linha de comportamento que configurava transgressão disciplinar, o capitão intendente, por motivos que objetivamente se ignoram mas que se pode imaginar, licitamente, tivessem bases pessoais, ideológicas e políticas, passou a promover sub-reptícia campanha contra o brigadeiro João Paulo Moreira Burnier, um dos mais prestigiosos militares da FAB, chefe de família modelar, profissional de sólida reputação, democrata provado, anticomunista convicto e um dos articuladores da Revolução de 1964.

Obviamente, as críticas e insinuações do capitão intendente, propaladas à sorrelfa, à socapa, não poderiam passar in albis para os escalões superiores da FAB e para o próprio Ministro da Aeronáutica. Descobriu-se que as 'idéias' dele a respeito da atuação do PARASAR - as quais configuravam erronias e heresias do ponto de vista militar - estavam infeccionando aquela pequena Unidade, sendo que a infecção já contaminava algumas outras, como, por exemplo, o 1º Esquadrão de Reconhecimento Fotográfico, com sede no Campo de Marte, em São Paulo. O Ministro da Aeronáutica entendeu que era preciso pôr fim a isso, por meio de instrução a tais unidades. Foi assim que designou o brigadeiro Burnier, que então respondia interinamente pela chefia de seu gabinete, para fazer uma palestra para os homens do PARASAR. Tal palestra foi realizada no dia 14 de junho de 1968. Nela, Burnier deixou claro que o PARASAR era uma Unidade militar e como tal podia ser empregada não apenas em missões específicas de rotina, mas também em missões especiais, à vista do treinamento especializado de seus homens.

Exemplificando, para fins didáticos, lembrou a propósito a atuação de unidades semelhantes dos Estados Unidos na guerra do Vietnã: para resgatar feridos e acidentados, elas com freqüência tinham de combater como qualquer outra Unidade - o que, aliás, o cinema tem mostrado à farta.Por outras palavras, o PARASAR podia - e pode - ser empregado e missões propriamente militares, até de combate, além de suas tarefas de busca e salvamento.

Por outro lado, Burnier procurou explicar o que são missões especiais, determinadas pela cadeia hierárquica de comando e acentuou que elas não se confundem com o que, impropriamente sob essa denominação, se realizara durante o governo de João Goulart com o objetivo de assassinar o governador da Guanabara, Carlos Lacerda, missão - como se recorda - comandada por um general, 'O Faz Tudo', e que terminou em rotundo fracasso.

Dos 7 oficiais do PARASAR que assistiram à palestra de Burnier, 6 entenderam-na perfeitamente e sempre declararam, confirmaram e corroboraram que, em síntese, esse fora o cerne dela. Somente um Oficial - aquele mesmo capitão intendente - nada entendeu ou entendeu às avessas. Nada tendo entendido, como se pode perfeitamente concluir, isso não o impediu de passar a propalar uma versão, por ele fabulada, de que o brigadeiro Burnier pregara o emprego do PARASAR na liquidação de adversários do regime e do governo e na prática de atentados como explosão de gasômetros, postos de gasolina, etc, do que se culparia, depois, os comunistas. Atente-se para, que, inicialmente, se acusava Burnier, só de preconizar o emprego do PARASAR para isso; ao longo de 18 anos, a fabulação foi-se ampliando e já se chegou a dizer que o tal capitão impediu a execução desses crimes e atentados, como se realmente em algum momento tivesse sido dada alguma ordem nesse sentido.

O capitão intendente veio a sofrer penalidades disciplinares pelas transgressões que insistia em cometer. Mas, tantas pintou e bordou que contra ele se instaurou um processo final, nos termos da legislação então vigente, que englobou tudo e que terminou com a proposta de seu alijamento da Força Aérea Brasileira e de cassação de seus direitos políticos por 10 anos.

Esse processo foi presidido pelo coronel Evandro Lima Araújo, hoje tenente-brigadeiro da reserva, e a proposta de punição acolhida pela Junta Militar que exerceu o Poder Executivo no impedimento, por moléstia, do marechal Costa e Silva. Entre os episódios iniciais e a punição medeou mais de um ano, a evidenciar que não foi uma decisão tomada de afogadilho, mas sim uma decisão que resultou de investigações e da colheita de provas.

Tudo isso foi narrado, minudentemente, pelo jornal O Estado de São Paulo, cuja isenção e responsabilidade são notórias, em suas edições de 5 de outubro de 1968 e em 12 de março de 1978, relatos esses jamais contestados. E foi à luz da apuração dos fatos realizada pelo jornal que o campeão da luta pelas liberdades democráticas, Júlio de Mesquita Filho, em editorial publicado no seu jornal, em 6 de outubro de 1968, fez o diagnóstico do chamado 'Caso PARASAR': 'Estamos, portanto, diante de um novo episódio da campanha sub-reptícia que os derrotados de março de 1964 desenvolvem na área militar para quebrar primeiro a unidade de cada Arma e, depois, a união das três Forças Armadas'.

OBS: Este documento foi escrito por um Oficial da Aeronáutica que assistiu à palestra do Brig Burnier, dia 14 de junho de 1968, acima mencionada.

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1-Cópia da carta enviada `a Jornalista Míriam Leitão de O Globo , que em sua coluna em 11 de junho, gratuitamente, tentou enxovalhar os militares.

17 de junho de 2002
Dona Míriam,
Em primeiro lugar quero lhe dizer que enviarei cópia desta carta às 26.634 pessoas que fazem parte das minhas listas, com a recomendação para que difundam.
No dia 11 de junho de 2002 a sra. teve a audácia de mandar à publicação um artigo em que começa dizendo, a propósito da emoção que lhe causou a morte do jornalista Tim Lopes: 'Houve um tempo terrível em que um dos nossos, Vladimir Herzog, foi julgado, torturado e morto pelos ditadores. Agora, Tim é julgado, torturado e morto pelos novos ditadores.' E mais adiante a sra, se queixa da perda de território 'para outras autoridades não eleitas'.
Em primeiro lugar eu e milhares de pessoas nos sentimos profundamente ofendidos por causa da sua afirmação leviana. Há quase meio século atrás, Herzog não foi nem julgado nem torturado nem morto por ditador algum. Nenhum dos militares a quem foram atribuídos postos de comando em qualquer parcela do Poder nacional, a partir da revolução de 64, fez qualquer coisa que se parecesse com isto e esta afirmação é uma infâmia.
Conheço alguns canalhas; poucos, todavia, com cara de pau suficiente para assegurar um fato que sabe ser mentira, para induzir a opinião pública a manter uma atitude de animosidade contra uma instituição permanente da nação brasileira, que são as suas forças armadas.
Se a sra. quis referir-se aos titulares do Governo, a partir do marechal Castello Branco até o General Figueiredo como os 'ditadores' capazes de cometer tais deslizes de conduta, isto foi uma atitude de hostilidade gratuita contra a própria nação de que se queixa nada fazer para defender o 'território'. E devo alertá-la de que a sra.acaba de se colocar na mesma companhia do sr. Elias Maluco porque (como ele) também a sra.não foi eleita e não recebeu mandato algum para enxovalhar a honra alheia, principalmente dos membros de uma classe respeitada como são as forças armadas nacionais. Fazer uma comparação deste porte é uma ignomínia e degrada não os militares, porque a população faz deles um juízo bem diferente do seu, mas principalmente a pessoa que se rebaixa a este nível de ódio e despeito.
Lendo e relendo o seu artigo, não consigo vislumbrar o que a sra.ganha ao conspurcar a honra alheia num veículo de grande circulação como é O Globo. Se a sra. Pretendeu referir-se como ditadores a todos os militares que ocuparam algum posto de comando naquele período da História do Brasil, isto foi uma infantilidade mesquinha e velhaca, que merece ser desmascarada. A sra. não há de imaginar que é tão poderosa e imune a críticas que possa - sem mandato algum, repito - arvorar-se em juíza da História, reescrevendo-a segundo a fantasia dos seus sonhos e a insanidade e o delírio das suas elocubrações ideológicas. Portanto, ao decidir dizer o que estava com vontade, dá-me o pleno direito de reagir em igual nível.
Alguns meses após a instauração do governo Castelo Branco a situação política já se acalmara e tendia a um desfecho institucional, quando os 'seus' amigos, obedecendo a orientação soviética, decidiram (no Congresso do Partido Comunista do Brasil) continuar em estado de guerrilha institucional apelando para o terrorismo, que foi o grande saldo negativo dos anos da Guerra Fria. Aqueles tristes anos, levaram os povos do planeta a se dividirem entre uma influência e outra e geraram conflitos absurdos, insensatos. É uma pena que a sra. tenha faltado a esta aula.
Contudo, o seu caso não é de todo perdido porque a sra. aprendeu outras coisas além de saber conjugar perfeitamente verbos como caluniar, ofender e denegrir. Se a sua professora lhe houvesse ensinado, além destes verbos, algumas atitudes como não mentir, teria sido mais fácil a sra. admitir que o povo brasileiro, em 1964, tomou um rumo e exigiu, pelas ruas do país, a deposição do presidente Goulart, o que foi acatado pelas forças armadas. Este mesmo povo (que a senhora finge que nunca existiu embora saiba que ele estava lá) foi o que em 1992 obrigou outro presidente a descer a rampa do palácio. Só que o povo que depôs Collor, que fez as Diretas Já e levantou-se para tantas outras coisas, só tem sido visto pelos seus olhos quando caminha na mesma direção para onde o seu nariz a leva e o corporativismo deixa.
Não tendo eu nenhum vínculo com as forças armadas, estou à vontade para declarar à sra. que retribuo o profundo ódio que a sra. tem pelo seu país, demonstrado na opção ideológica, no ódio por determinadas classes sociais que instiga à luta (como faz também no seu artigo absurdo), na concepção maniqueísta do mundo, e no pouco espaço que sobrou no seu cérebro para o livre exercício de pensar por si própria. Sinto muito, foi a sra. que pediu e alguém tinha de lhe dizer isto, com toda a franqueza.
A sua diatribe poderíamos atribuí-la a uma diarréia mental. Se eu dissesse isto, mesmo reconhecendo que a sra. ultrapassou o limite e aviltou o seu papel de jornalista, estaria aceitando um debate no esgoto, lugar em que não sou habitual freqüentador e onde teria desvantagens notórias. Prefiro outro tipo de arena. Quero saber como a sra. Tem a audácia de comparar os 'novos ditadores' (estes sim, bandidos comuns, facínoras, assassinos cruéis, traficantes) a altas patentes militares. Não há registro da História dos governos militares a partir de 1964, de relação delituosa destes que a sra. chama de 'ditadores', seja em relação à probidade administrativa seja em relação a maus tratos a presos. A tortura nunca foi estimulada, consentida ou praticada pelos 'ditadores' militares. A prova disto está nos muitos processos levados à conclusão, condenando diversas pessoas (estas sim, degeneradas, psicopáticas e portadoras de sérios desvios de conduta), como as que labutam em todas as profissões, mesmo entre os 'seus' jornalistas (ainda hoje um deles está indo a júri por um crime torpe). Está bem, já sei que a senhora também não foi à esta aula mas devia informar-se antes de dizer asneiras.
Então, por causa das suas repetidas faltas às aulas de História (real) do Brasil, Ética e Educação Moral e Cívica (aquela matéria onde se ensinavam as virtudes do caráter e da verdade, por exemplo), acho inútil recomendar alguma leitura mais séria do que esta carta. Mas devo recordar-lhe que foram os 'seus' amigos comunistas que me seqüestraram duas vezes, uma das quais para que eu não votasse no Congresso da UNE, a 'democrática' UNE que no começo dos anos 60 ganhava eleições na porrada, no cacete. Certa vez, numa assembléia de estudantes, tendo eu 22 anos, na Escola Nacional de Engenharia, fui atacado pelas costas por um dos 'seus' amigos comunistas, filho de um juiz comunista (mais tarde aposentado pelos 'ditadores'. Este 'camarada', num ato de grande bravura quebrou uma cadeira da escola na minha cabeça e fui acordar 2 dias depois num hospital. Numa das vezes em que fui seqüestrado, um dos 'seus' simpáticos e gentis comunistas esclareceu que eu precisava ser eliminado porque defendia a Juventude Universitária Católica (à qual nunca fui filiado!) E, além do mais, era representante da burguesia porque às vezes ia à escola dirigindo um Ford 1938.
Eu fico imaginando agora ao reler pela décima vez o seu artigo infeliz o que aconteceria se eu lhe mostrasse 10 fotos de carros com mais idade do que eu tinha na época (eu tinha 22 anos). Acho que a sra. seria incapaz de saber qual era o Ford 38, algo assim como se hoje a sra. Fosse julgada rica por andar numa Brasília amarela. Aliás, também acho que a sra. nem seria capaz de dizer um único acontecimento de valor que se tenha passado no ano de 1938 além da fabricação daquele automóvel, porque, no esforço de guardar o nome e a cara de tantos 'ditadores' e de considerar como 'seus', incontáveis amigos e camaradas comunistas, tempo nem espaço no cérebro há de ter sobrado para humanidades. Ah, dirá a sra., então o senhor é contra os comunistas? Desculpe a franqueza, estou cagando para os seus comunistas, d.Miriam, exceto pelo fato que foram eles, os 'seus' amigos, aqueles que a sra. não quer colocar entre os 'ditadores' antigos ou atuais, os que me seqüestraram duas vezes, que me espancaram, que quebraram a minha cabeça, que me impediram de ir e vir, que me obrigaram com um revólver no ouvido a abandonar o curso de engenharia, que impediram a minha transferência para outra faculdade coagindo o diretor, frágil e pusilânime, com o argumento que eu não demonstrava firmeza ideológica (marxista, é óbvio) e não poderia me misturar aos que já lá estavam. E foram estes que forjaram contra mim um acontecimento do qual escapei por pouco. E foram também estes 'seus' amigos que perseguiram o veículo do Ministério da Agricultura em que eu e mais 3 pessoas íamos de Patos de Minas a Belo Horizonte, atirando sem parar, como no faroeste, até que nós fôssemos parar na grota de um barranco, todos quebrados. Os 'seus' amigos achavam que éramos amigos dos 'ditadores', aqueles antigos a que a sra.se refere. Jamais alguém acenou em abrir um processo para me dar uma indenização, nada, como aconteceu com um monte de jornalistas, 'seus' amigos, que falsificaram papéis para se darem conta de perseguidos políticos que jamais foram.
Estes são os 'seus' amigos e o que eles me fizeram. Seria fácil para mim baixar o nível desta carta para o nível do xingamento, o mesmo que a sua falta de juízo chegou. O que poderia ganhar ao devolver-lhe as ofensas que dirigiu explicitamente a tanta gente? Quais fossem as virtudes ou defeitos da sua mãe, não seria justo envolver a memória dela nas mesquinharias que são apenas suas, insignificantemente suas.
Ontem, em frente à minha casa, 5 crianças de uns 6 anos apedrejavam carros. Isto faz parte do terror a que a sra. se reporta. Mas a sua ignorância não vê o que eu vejo todos os fins de semana: a gente pobre da favela levar quilos e quilos de pó e maconha para consumir nos bailes próximos, nas biroscas que me cercam. Que história é esta de que os ricos e a classe média é que estão mantendo o tráfico? Passe uma semana na porta da minha casa para ver se não muda de opinião. Quando perguntamos sobre o assunto, o pobre coitado diz que o pó é a alegria que lhe resta e que pode pagar. Mas os jornalistazinhos descerebrados, moradores de condomínio na Barra da Tijuca, preferem falar do que não sabem, do que não vivem e de assuntos para os quais também não foram eleitos.
A sra. já está bem crescida para saber a diferença que há entre uma opinião e uma ofensa. Não tenho que lhe ensinar isto. Esta absurda sensação de D.Quixote não me sacia o desejo de encher a sua cara de tapas, virtuais, naturalmente. Mas... se algum dos 'seus' amigos quiser fazer comigo hoje alguma 'gracinha' do tipo das que fizeram no passado, saiba que vou reagir, duplamente, pelo agravo de hoje e pelo de antes.
Finalizando, para que os meus interlocutores não fiquem frustrados, anexo um pequeno apanhado de atos praticados pelos 'seus' amigos, atos de barbarismo, insanidade e ferocidade que, no passado, ensejaram reações irracionais de algumas pessoas igualmente degeneradas, Hoje em dia a sra. não saberia dizer quem começou e quando a guerra entre árabes e judeus. Espero que a sra. e os 'seus' amigos não tomem a decisão de reviver no Brasil um conflito que aqui se passou nos anos 60 e deixou para trás a permanente idéia de volta a uma origem que se confunde com outra, com outra, com outra, um eterno círculo vicioso.

Lauro Henrique Alves Pinto

2-Paneco gravada:

Sr. Lauro
Que o governo militar torturou e matou é História do Brasil. Não é
opinião minha.
A democracia é feita para conviver com a divergência de opinião. Por
isto respeito a sua ainda que discorde inteiramente. Lutei pela democracia e
por isto a considero uma preciosidade a ser preservada para que jamais o
Brasil regrida ao tempo terrível em que Vladimir Herzog foi torturado e
morto pelo regime militar.
Miriam

-----Mensagem original-----
De: L Art [mailto:lart@cdclassic.com.br]
Enviada em: segunda-feira, 17 de junho de 2002 14:22
Para: Paneco
Assunto: Quem diz o que vai na cabeça deve preparar-se para levar o
troco
17 de junho de 2002
Dona Míriam,
Em primeiro lugar quero lhe dizer que enviarei cópia desta carta às
26.634 pessoas que fazem parte das minhas listas, com a recomendação
para que difundam.
No dia 11 de junho de 2002 a sra. teve a audácia de mandar à
publicação um artigo em que começa dizendo, a propósito da emoção que
lhe causou a morte do jornalista Tim Lopes: 'Houve um tempo terrível em
que um dos nossos, Vladimir Herzog, foi julgado, torturado e morto pelos
ditadores. Agora, Tim é julgado, torturado e morto pelos novos
ditadores.' E mais adiante a sra, se queixa da perda de território 'para
outras autoridades não eleitas'.
Em primeiro lugar eu e milhares de pessoas nos sentimos
profundamente ofendidos por causa da sua afirmação leviana. Há quase
meio século atrás, Herzog não foi nem julgado nem torturado nem morto
por ditador algum. Nenhum dos militares a quem foram atribuídos postos
de comando em qualquer parcela do Poder nacional, a partir da revolução
de 64, fez qualquer coisa que se parecesse com isto e esta afirmação é
uma infâmia.
............................etc.................
Lauro Henrique Alves Pinto
Rio de Janeiro
R.Alzira Valdetaro, 183
20950-070
Anexo:
'JUSTIÇA SUMÁRIA





3-Carta (réplica) ao e-mail resposta da jornalista

A carta que ontem remeti a Miriam Leitão foi por ela respondida hoje (veja acima).
Acabo de reponder na forma que se segue.
Agradeço, coletivamente, as mensagens de apoio. Mais para a frente, farei uma coletânea delas portanto, apesar dos apelos do meu provedor, podem continuar a se manifestar, contra ou a favor.
Ah, a propósito, não sou candidato a nada.
Lauro Henrique

Senhora Míriam,
A senhora tem uma opinião que é compartilhada por muita gente, muitos o fazem até com boa fé, o que não deve ser o seu caso porque a sra. insiste em afirmar um fato que além de calunioso é gratuitamente ofensivo. A sua má fé está na circunstância de que, da sua posição olímpica de jornalista, pode mentir à vontade que não será preciso provar coisa alguma, a sua palavra é suficiente porque deve ter sido ungida pelos deuses, a sua sentença é definitiva (como a do facínora Maluco, que agora - e só agora - a incomoda porque atacou um amigo seu) e é executável de imediato, sem recurso porque esta é a 'democracia' que lhe foi injetada no cérebro, como um LSD, que impede qualquer exercício de crítica.
E, ainda que a sra. procure ocultar o seu ódio autoritário sob uma camuflagem sofística, apelando à famosa frase de Monsieur François Marie Arouet, que os menos ignorantes sabem tratar-se de Voltaire, um dos maiores pensadores de França, ídolo da burguesia liberal e anticlerical no século XVIII ('Não concordo com uma só palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-las'), isto não é suficiente para livrar os indefesos leitores da ausência de debate sério, porque as suas conclusões, terminais e definitivas, são apenas farsas megáricas. São cópias fotostáticas de textos discricionários que devem ser repetidos ad nauseam até que, por excesso de exposição, tornem-se aceitos como verdades, mesmo sem serem, pelo uso de algumas das técnicas da Dialética Erística que tão bem Arthur Schopenhauer descreveu em seus últimos escritos, a técnica de debater controvérsias, na qual o objetivo final é o ganhar a disputa a qualquer preço e sem nenhuma preocupação com a verdade, com o uso sutil da argumentação caluniosa e dos truques e estratagemas que constroem a pseudo erudição atribuída aos charlatães e outros 'cientistas sociais'. É o seu caso.
O seu discurso, nas 7 linhas abaixo, como no artigo ofensivo, contém mais informações sobre a sua falta de caráter intelectual, do que quaisquer das outras pequenas coisas juvenis que a tenham tornado uma delinqüente política em Vitória.
Para terminar, ficamos então combinados. Pela sua definição, democracia é o regime em que a sra. pode xingar a minha mãe (tendo ou não razão), pode dizer o que devo fazer e pode decidir que qualquer pessoa é responsável por qualquer ato (mesmo que não seja, isto é detalhe anti-democrático) porque a SUA democracia é aquela que fazia a diferença entre O Globo e a Última Hora de Samuel Wainer, nos anos 50/60:
'Liberdade de Imprensa é o seguinte:
Em O Globo, o jornalista pode escrever o que quiser ... desde que não pense!
Na Última Hora, o jornalista pode pensar o que quiser ... desde que não escreva!'
E hoje, nós acrescentaríamos; 'E vice-versa'.

Lauro Henrique

PS: Fiz o que não devia; divulguei o meu protesto além da conta. Recebi até agora umas 600 cartas em resposta, para desespero do meu provedor. Para que a sra. não fique muito chocada com o teor de uma boa parte delas, que estão sendo retransmitidas pela web, vou fazer o favor de lhe poupar este sacrifício, até mesmo porque devo preservar a identidade deles.
LH

Retornar



De: TERNUMA BRASÍLIA
Para: SR.REDATOR CORREIO BRAZILIENSE
CC: JORNALISTA RUDOLFO LAGO ; JORNALISTA CIRCE CUNHA CORREIO ; JORNALISTA ARLETE SALVADOR ; ARI CUNHA
Enviado:: Sunday, November 10, 2002 2:48 AM
Assunto: Carta ao leitor do Correio Braziliense
Sr Redator,
A Editoria de Brasil parece que ainda não se enquadrou no Código de Ética que a Direção desse jornal adotou para estes novos rumos. Como aconselharam aos leitores do CB, recortamos e guardamos o venerável Código, a fim de agora cobrarmos coerência e respeito. A reportagem 'A história de Jair', de 10 de novembro de 2002, insiste naquele tipo de jornalismo 'investigativo' de mão única, dando foros de verdade a uma versão pela qual sugerem ser de militares a autoria de um crime não provado, com base em comentários de viés suspeito e sustentado em exame pericial que ainda nem foi realizado. Há mais de um ano, o CB alardeou aos quatro ventos a macabra exumação de túmulos procedida pela Comissão de Direitos Humanos para identificar, em ossadas de Xambioá, guerrilheiros 'barbaramente assassinados pelo Exército Brasileiro'. Agora, anunciam a realização de exame de DNA, mais de um ano após encontrarem um suposto seqüestrado, possível filho de um guerrilheiro, para que se pleiteie indenização do Estado. Ou a referida Comissão é morosa em suas perícias, ou tudo não passa de desrespeito a despojos humanos, até agora insepultos, ou afronta à inteligência do leitor, além de mais um achaque ao bolso do contribuinte.

ONG TERRORISMO NUNCA MAIS(TERNUMA) www.ternuma.com.br





12-Pronunciamento do Sr. Deputado Coronel Ubiratan na 22º Sessão Ordinária da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, em 15/04/2003

O Sr. Coronel Ubiratan – PTB (sem revisão do orador) – Sr. Presidente, Srs. deputados, telespectadores da TV Assembléia, ouvi ontem, nesta Casa, debates de deputados acusando o Dr. Calandra, que exerce uma função na Polícia Civil. Um homem que foi e é dedicado, um homem que sempre lutou e sempre se posicionou e, agora, como delegado de polícia é execrado e jogado na imprensa como se fosse um maldito, um torturador, um monstro.

Quando é a esquerda radical que coloca a luta contra o terrorismo, se dá a nítida impressão de que a luta foi contra jovens idealistas, sem experiência, que estavam fazendo apenas um movimento, quando a realidade não é bem essa: eram homens armados, preparados, treinados e que matavam friamente.

Pesquisando, eu trouxe aqui a lista daqueles que foram mortos por esses jovens idealistas. Eram homens que cumpriam com o seu dever; eram homens que trabalharam na Polícia Militar e na Polícia Civil, eram civis, comerciantes, motoristas de táxi e caixas de bancos. Todos sofreram na mãos deles.

Hoje, passado tanto tempo, ainda querem se lembrar desse pedaço e crucificar o Dr. Calandra, um nobre delegado da Polícia Civil. Ao que me consta e pelo que aprendi, a anistia total, irrestrita e ampla foi promulgada neste país, só que essas mentes que ainda querem fazer ressurgir alguma coisa ainda não se esquecem. Assim, temos ministro assaltante de bancos, temos guerrilheiros, pessoas que mataram e roubaram e hoje estão ocupando cargos de projeção no governo e ninguém está preocupado em recriminá-los e falar sobre o passado.

Mas, por dever de justiça, quero aqui citar homens nossos que morreram, que deram as suas vidas por um ideal também, porque eles lutaram e acreditaram por uma coisa que fizeram. Nossos homens eram policiais civis e policiais militares, eram homens sérios e dignos.

Faleceram: em 28 de março de 1965 o sargento do Exército Carlos Argemiro Camargo e em 25 de junho de 1966 o jornalista Edson Régis de Carvalho, morto em decorrência de atentado a bomba. Nelson Gomes Fernandes; o bancário Osiris Mota Marcondes, cujo grande mal deste senhor foi ser um caixa de banco. Acabaram com sua vida apenas para “expropriar” o dinheiro, que para mim é a mesma coisa que roubo. Agostinho Ferreira de Lima. O Sargento da PM Nelson de Barros; Mário Kozel Filho, que morreu aqui atrás, no Comando Militar do Sudeste, ao atirarem um carro com bomba, explodiram um jovem garoto que servia a Pátria. Ele estava ali cumprindo a sua obrigação, era um sentinela do Comando Sudeste, que na época chamava-se Comando do 2º Exército. Ele pagou com a sua vida. Seu grande mal foi ter sido chamado pela Pátria para servir e morreu ali por culpa dos jovens idealistas. Soldado PM Antônio Carlos Gierre, abatido quando estava de sentinela no Barro Branco, em São Paulo. Para roubarem a sua metralhadora deram cinco tiros nesse garoto que tinha apenas 22 anos; investigador de polícia José de Carvalho, durante assalto a banco, “expropriação”. Euclides de Paiva Cerqueira; Abelardo Rosa de Lima; Subtenente Joel Nunes; soldado do Exército Elias dos Santos; Sargento PM José Geraldo Coutinho; investigador de polícia Joaquim Melo e o guarda particular João Batista de Souza.

Sr. Presidente, gostaria aqui de pensar nesses homens que foram mortos pelos idealistas e pedir aos senhores que têm responsabilidade e aos senhores que estão nos assistindo em casa que façamos um minuto de silêncio em homenagem à essas vítimas.

Muito obrigado, Sr. Presidente e Srs. Deputados.




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