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Ensaios-->Memorial do Comunismo: Revolução Cultural Chinesa -- 27/06/2007 - 15:51 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Revolução Cultural Chinesa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Cultural_Chinesa

A Revolução Cultural na China foi lançada em 1966 por Mao Tse Tung (obs: usa-se também Mao Zedong). A intenção dos mentores da revolução era combater o surgimento de classes e categorias privilegiadas, além de desejar revitalizar o espírito da revolução chinesa , e principalmente acabar com o modo de vida da cultura burguesa. Foi realizada basicamente pela Guarda Vermelha e teria paralisado o progresso material e tecnológico do país. Seus princípios inspiraram a constituição.


A Revolução

A Revolução Cultural Chinesa (ou, de modo completo, Grande Revolução Cultural Proletária) foi um movimento de massas na República Popular da China dentre os anos de 1966 e 1976, por parte de estudantes e trabalhadores, contra a burocracia que tomava conta do Partido Comunista Chinês. Incidentalmente ou intencionalmente, o movimento acabou enfraquecendo os adversários de Mao Zedong que ganhavam força então. (A Revolução Cultural representou uma depuração partidária, contra o revisionismo que se insinuava.) O processo foi oficialmente terminado por Mao em 1969, mas os especialistas dizem que ele durou até o golpe contra os seguidores próximos e Jiang Qing, esposa de Mao (a Camarilha dos Quatro), 1976.

Entre 1966 e 1969 Mao encorajou a formação de comitês revolucionários (bases da Guarda Vermelha), compostos pelas mais diversas forças (militares, camponeses, elementos do partido, governo etc) e destinados a tomar o poder onde necessário. Como na intelectualidade se encontravam alguns dos inimigos da revoluçao , o ensino superior foi praticamente desativado no país.

A idéia essencial da Revolução Cultural era manter o fervor revolucionário e um estado constante de luta e superação, sem os quais, acreditava o Grande Timoneiro (apelido de Mao), a revolução comunista estaria fadada ao fracasso. Um dos antecessores (embora em sentido quase oposto) da Revolução Cultural foi o chamado Desabrochar de Cem Flores ('Que desabrochem cem flores, cem escolas de pensamento...'), na década anterior.

Além disso, a Revolução pretendia tornar cada unidade econômica chinesa (fábricas, fazendas, etc) em uma unidade de estudo e reconstrução do comunismo. Expandindo, portanto, a coletivização, o público para o campo das idéias – o que encontrava natural barreira no academicismo e no hábito de que o conhecimento só deveria ser produzido em centros específicos. Mao acreditava que a próxima fase da Revolução Chinesa seria justamente ultrapassar a revolução da ordem econômica para a ordem ideológica, para a alma do cidadão chinês. Essa é, em síntese, a justificativa para o adjetivo Cultural da revolução. Foi consequência indireta do programa conhecido como Grande Salto Adiante, lançado em 1958. O Grande Salto tinha por objetivos estruturar a produção agrária em sistema cooperativo e organizar a produção industrial, além de outros objetivos específicos como o aumento da produção de minerais através de milhões de pequenas unidades produtoras – os fornos caseiros. Em 1961 o programa foi abandonado, em razão de diversos insucessos - entre eles a morte de 'apenas' 30 milhões de chineses - e do rompimento entre a China e a União Soviética no ano anterior.

Como consequência do fracasso do Salto houve um período de grande fome no começo da década de 1960, pois a produção agrícola estava um tanto desorganizada. Na resolução da crise tiveram sucessos dois promissores elementos do Partido Comunista, Liu Shaoqi e Deng Xiaoping, que começavam então a desafiar o poder e prestígio de Mao. Liu e Deng planejavam remover poderes concretos de Mao e deixá-lo apenas como uma figura decorativa.

Mao antecipou-se aos dois golpistas e passou a atacar Liu em 1963, declarando então a idéia de luta revolucionária cotidiana e também a necessidade de promover uma limpeza nos quadros político, econômico, organizacional e ideológico da República.

Problemas com crítica intelectual nos anos seguintes levariam a um mal-estar entre os membros do governo, e finalmente em 1966 Mao iniciou a Revolução Cultural. O primeiro comitê foi formado em 29 de Maio de 1966 na Universidade Tsinghua, com o objetivo de expurgar e eliminar as oposições a Mao. É importante destacar que o próprio Lênin havia advertido quanto à necessidade de depurar o partido de tempos em tempos, para evitar a contra-revolução.

Em 1 de agosto de 1966 o corpo de dirigentes da República Popular da China aprovou uma lei chamada 'Decisões acerca da Grande Revolução Cultural Proletária'. Esta lei posicionava o governo da China no apoio aos expurgos de intelectuais reacionários e imperialistas. A maior parte dos expurgos foi conduzida pela Guarda Vermelha.

Neste ano de 1966 ocorreram inúmeros expurgos de intelectuais supostamente imperialistas e reacionários. Em agosto foi organizada uma manifestação de desagravo ao Grande Timoneiro em Beijing, para a qual compareceram 11 milhões de elementos de Guarda Vermelha.

Por quatro anos, até 1969, a Guarda Vermelha expandiu suas áreas de autoridade e acelerou as ações de expurgo. Tornou-se, portanto, a principal autoridade de China, responsável por proteger o regime contra os reacionários burgueses. Alguns elementos que obtinham privilégios do sistema eram punidos de maneiras criativas, por exemplo, eram enviados para trabalho braçal em fábricas e no campo, de modo a conhecerem o dia-a-dia dos mais simples. O próprio Deng Xiaoping foi mandado para trabalhar numa fábrica de motores.

Também é importante destacar a importância, na decisão de Mao e seus colaboradores para iniciar a Revolução Cultural, das críticas específicas feitas pela peça 'Hai Rui Ba Guan' ('Hai Rui demitido do governo'), que de maneira alegórica mostrava o recente conflito entre Mao e Peng Dehuai, um dos dirigentes do Partido Comunista expulso por criticar o Grande Salto. Jiang Qing e Lin Biao conseguiram reverter a crítica desta peça em uma série de artigos defendendo Mao, o que facilmente descambou em culto de personalidade.

De outro lado, os expurgos eram mormente acompanhados de rituais de humilhação pública, como vestir os contra-revolucionários em túnicas, levá-los às ruas com cartazes pendurados no pescoço, onde eram linchados por multidões incitadas pela Guarda Vermelha. Peng Dehuai foi um dos dirigentes expurgados e humilhados publicamente, em Beijing.

Em janeiro de 1967 houve a chamada Tempestade de Xangai (comandada por Lin Biao e Jiang Qing), que tomou o poder na cidade de Xangai e o colocou nas mãos de um comitê revolucionário.

Por esse tempo, a única maneira de escapar aos expurgos era envolver-se em algum tipo de atividade 'revolucionária', embora esse envolvimento apenas garantia uma maior segurança e não afastava de vez a possibilidade de expurgo.

Rapidamente o movimento seguiu para o culto de personalidade, principalmente a partir de 1968, com a promoção de Mao a um status praticamente de deus terreno: ele seria a fonte de todas as alegrias e conquistas do povo chinês. O Livro Vermelho passou a ditar todas as regras de vida. Lin Biao também ganhou importância.

A situação saiu do controle dos dirigentes do PCC, e para conter a situação decidiu-se pelo desmantalento da Guarda Vermelha. Oficiais foram expurgados e mandados para trabalho nos campos.

Em dezembro de 1968 Lin Biao tornou-se o número dois na hierarquia do Partido, substituindo Liu Shaoqi, que foi 'banido para sempre'. Oficializou-se a subida de Biao em abril do ano seguinte, no nono congresso do PCC.

Havia rumores da desconfiança de Mao em relação ao crescente poder e influência de Liu. Em 1971, Piao, após ser denunciado como traidor, fugiu junto com sua família em um avião para a União Soviética. 'Misteriosamente' seu avião não tinha combustível suficiente para lá chegar e caiu em uma área remota da Mongólia matando Piao e família.

Com a morte de Mao Tsé Tung em 1976 terminou a Revolução Cultural. Hua Guofeng passou a dirigente máximo da China, e apesar de ter recebido a confiança de Mao enquanto ainda vivo, teve como primeiros atos a prisão dos seguidores daquele (a Camarilha dos Quatro). Deng Xiapoing pediu oficialmente sua reintegração, sendo aceito por Guofeng, e passando a dominar a política chinesa nos anos seguintes.



***

Comentário

Félix Maier

Os verbetes abaixo foram extraídos de 'Arquivos I - uma história da intolerância', de minha autoria, já disponível em Usina de Letras:


Revolução Cultural

Anunciado em 1966 por Mao Tsé-Tung, com o apoio do Exército, é um novo período de luta entre correntes partidárias, no qual os jovens deveriam criticar seus superiores e derrubar “velhos hábitos, as velhas idéias e a velha cultura”.

Milhões de estudantes maoistas criam uma “Guarda Vermelha”, que, empunhando o “Livro Vermelho” de Mao, passam a humilhar e matar os opositores do líder máximo e a queimar prédios. Intensificou-se o estudo de Marx, foram apresentadas óperas comunistas e canções revolucionárias.

Dois anos depois (1968), o movimento estudantil sacudiu o Ocidente, como o Maoismo da juventude francesa, com reflexos no Brasil, junto com a OLAS de Fidel Castro. A Revolução Cultural ocasionou 10 milhões de mortes, além de tortura física de presos, como o arrancamento da genitália (testículos e pênis), que eram assados e comidos pelos torturadores. Além dessa tortura sui generis, durante a Revolução Cultural era incentivada a prática de devorar os inimigos políticos, fato denunciado em detalhes por Zheng Yi, um fugitivo do massacre da Praça da Paz Celestial e outrora um dos mais destacados romancistas chineses (seu primeiro romance, “The Maple”, sobre a Revolução Cultural, foi usado pelo Politburo para atacar a Gangue dos Quatro).

A respeito do assunto, veja texto “Communists Eat Their Class Enemies”, de Adam Young em www.lewrockwell.com/orig/young1.html.


Revolução de 1968

A Revolução de 1968, também conhecida como “Revolução Estudantil”, sofreu as seguintes principais influências: as atividades da “quinta-coluna vermelha”, composta por militantes aliciados por agentes provenientes das “escolas de subversão e espionagem”, da União Soviética; a Revolução Cultural e o “Livro Vermelho” de Mao Tsé-Tung; as idéias pregadas por Herbert Marcuse e Daniel Cohn-Bendit; as marchas americanas – principalmente de negros – contra a Guerra do Vietnã; os ideais de liberdade na Tchecoslováquia, com Dubcek, e posterior invasão soviética do país; foquismo (guerrilhas de concepção cubana) na Bolívia, Venezuela e Guatemala; o “martírio” de Che Guevara na Bolívia, em 1967.

A Revolução Cultural foi detonada em 1966 na China por Mao Tsé-Tung, após o fracasso fenomenal do “Grande Salto para a Frente” (1958-1959). Em maio de 1968, o movimento estudantil sacudiu o Ocidente, como o maoismo da juventude francesa – onde predominavam as bandeiras vermelhas (comunistas) e as bandeiras pretas (anarquistas). O líder francês foi Daniel Cohn-Bendit e quase derrubou o Governo de Charles De Gaulle (que caiu pouco tempo depois). No dia 20 de maio, a França estava isolada do mundo, com 6 milhões de trabalhadores em greve, aeroportos e ferrovias paralisadas.

Esse movimento teve reflexos no Brasil, junto com a OLAS de Fidel Castro. Convém lembrar, que no dia 2 de julho de 1968, embarcariam para Cuba, para treinamento de guerrilha, Márcio Leite de Toledo, Agostinho Fiordelísio, Jun Nakabaiashi, Renato Leonardo Martinelli e Juan Sandor Cabezas Castillo; no dia 4 de julho, uma nota no “Jornal da Tarde” informava que esses “estudantes” tinham sido presos e que os órgãos de segurança estavam cientes dos planos de Marighela para derrubar o Governo com o apoio de Cuba.

A agitação brasileira era insuflada, principalmente por: AP, DI/GB, COLINA, PCBR, VPR e Ala Marighela (posterior ALN). Os principais líderes brasileiros eram: Vladimir Palmeira e Franklin Martins (da DI/GB); José Dirceu (da ALN), Chefe da Casa Civil da Presidência, do Governo Lula da Silva.

A agitação atingiu várias capitais brasileiras, com destaque para Rio de Janeiro e São Paulo. No dia 28 Mar 1968, foi morto no Rio de Janeiro o estudante Edson Luís de Lima Souto, em choque de estudantes contra a polícia. Um dos ideólogos das revoltas estudantis foi o filósofo alemão radicado nos EUA, Herbert Marcuse (autor de “Eros e Civilização”, “O Fim da Utopia”), o qual achava que as minorias oprimidas, os marginalizados e os povos do Terceiro Mundo teriam potencial revolucionário para derrubar o Capitalismo e implantar o Socialismo.


“Churrasquinho chinês”

Durante a Revolução Cultural chinesa, muitos condenados à morte tinham seus corpos retalhados, assados e comidos. “Num massacre famoso, na escola de Mushan em 1968, na qual 150 pessoas morreram, vários fígados foram extirpados na hora e preparados com vinagre de arroz e alho” (“Canibais de Mao”, in revista Veja, 22 de janeiro de 1997, pg. 48-49). Essa prática de canibalismo se tornou corriqueira, no período de 1968 e 1970, quando centenas de “inimigos do povo” foram devorados em Guangxi, conforme pesquisas de Zheng Yi em Guangxi. O trabalho de Zheng Yi, dissidente exilado nos EUA desde 1992, resultou no livro “Scarlet Memorial – Tales of Cannibalism in Modern China” (Memorial Escarlate – Histórias de Canibalismo na China Moderna). Na mesma época, havia um tipo de tortura sui generis: alguns presos, ainda vivos, tinham seus órgãos sexuais (pênis e testículos) arrancados, assados e comidos, como consta no mesmo artigo de Veja: “Wang Wenliu, maoísta promovida a vice-presidente do comitê revolucionário de Wuxuan durante a Revolução Cultural, especializou-se em devorar genitais masculinos assados”.


Tortura

“Suplício ou tormento violento infligido a alguém”. (Dicionário Aurélio).

Aprovada após o episódio ocorrido na Favela Naval, em São Paulo, quando policiais foram filmados batendo em pessoas paradas em uma barreira policial, a Lei 9.455, de 7 Abr 1997, afirma que tortura é: 1) constranger alguém com uso de violência ou ameaça grave, causando-lhe dano físico ou mental para obter declaração ou confissão, provocar ação ou omissão de crime ou discriminar por raça ou credo; 2) submeter alguém sob sua guarda ou autoridade a intenso sofrimento físico ou mental, para aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo; 3) o crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia; 4) a pena é de reclusão, em regime fechado, de dois a oito anos; se houver morte, a pena é dobrada para até 16 anos; aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, deve ser condenado de um a quatro anos de prisão.

Os métodos de tortura incluem: 1) choque elétrico: aplicado nas orelhas, na boca, no nariz, nos seios, na genitália (normalmente, na posição “pau-de-arara”); 2) pau-de-arara: a pessoa torturada fica com os pés e braços amarrados junto aos tornozelos, presa a uma barra de ferro, ficando pendurada como um frango assado; 3) espancamento: pode ser com barras de ferro, paus ou toalhas molhadas; pode ser o chamado “telefone” (tapas com as mãos abertas sobre os ouvidos) ou, ainda, o “corredor polonês”, em que a vítima passa por duas fileiras de pessoas para sofrer espancamento; 4) afogamento: o “banho chinês” era feito em pias, baldes, vasos sanitários, latas, ou derramando água pelo nariz em vítima no “pau-de-arara”; 5) asfixia: feita com sacos de plástico enfiados na cabeça da vítima; 6) “pimentinha”: um magneto produzia baixa voltagem e alta amperagem, para dar choque elétrico em presos; era acondicionada em uma caixa vermelha, daí o nome de “pimentinha”; 7) tortura chinesa: perfuração com objetos pontiagudos embaixo da unha; uma outra forma de tortura chinesa, durante a Revolução Cultural, era arrancar os testículos e pênis do torturado, assá-los e comê-los na frente da vítima; 8) geladeira: o preso era colocado nu em ambiente de baixíssima temperatura; no local, havia ainda a emissão de sons muito altos, dando a impressão de estourar os ouvidos; 9) insetos e animais: os presos sofrem ameaças de cães, cobras, jacarés, baratas, além de drogas e sevícias sexuais; 10) produtos químicos: o torturado recebia soro de pentatotal, substância que fazia o preso falar, em estado de sonolência; ou era jogado ácido no rosto do preso, fazendo a pessoa inchar; 11) queimaduras: com cigarro, charuto ou isqueiro, incluíam queimaduras de seios e órgãos genitais; 12) cadeira de dragão: cadeira forrada com metal, ligada a fios, onde o preso era amarrado para receber descargas elétricas; 13) empalação: “suplício antigo, que consistia em espetar o condenado em uma estaca, pelo ânus, deixando-o assim até morrer” (Dicionário Aurélio).

Segundo Olavo de Carvalho, “o requinte soviético foi que os candidatos a empalamento não foram escolhidos entre empaladores em potencial, mas entre padres e monges, para escandalizar os fiéis e fazê-los perder a confiança na religião, segundo a meta leninista de extirpar o cristianismo da face da terra”.

“Durante esses anos (Grande Terror), cerca de 10% da vasta população da Rússia foi triturada pela máquina penitenciária de Stalin. (...) Igrejas, hotéis, casas de banho e estábulos transformaram-se em prisões; dezenas de novas prisões foram construídas. (...) A tortura era usada numa escala que até os nazistas mais tarde achariam difícil igualar. Homens e mulheres eram mutilados, olhos arrancados, tímpanos perfurados; as pessoas eram enfiadas em caixas com pregos espetados e outros dispositivos perversos. As vítimas eram muitas vezes torturadas diante de suas famílias” (Paul Johnson, in 'Tempos Modernos - O mundo dos anos 20 aos 80', Biblioteca do Exército/Instituto Liberal, Rio de Janeiro, 1994, pg. 254).

No Brasil, a tortura existiu durante os governos militares, como garante o general Adyr Fiúza de Castro, em depoimento constante do livro “Os anos de chumbo – a memória sobre a repressão”, de Maria Celina d’Araújo e outros, Editora Relume-Dumará, RJ, 1994. Porém, segundo o general Fiúza, “80% das argüições de tortura e de maus tratos dos subversivos presos eram devidos a informações e a instruções dos advogados visando à redução das penas, isto é, a denúncia desse estigma foi industriada como instrumento de pressão psicológica sobre os militantes, para que não se deixassem prender, e orquestrada para dar-lhe uma conotação institucional, ou seja, para disseminar a crença de que se tratava de uma posição intencionalmente assumida pelo governo, o que de fato não ocorreu.” (Cfr. Del Nero, in “A Grande Mentira”, pg. 339 e 340). “Se houvesse alguma instrução nesse sentido, ela já teria sido amplamente explorada.” (Del Nero, op. cit., pg. 340). “Infelizmente, os homens de ação – ao contrário dos intelectuais – não podem anular ou apagar das lembranças as suas atitudes, pedindo simplesmente que todos esqueçam o que eles escreveram, disseram ou fizeram.” (Del Nero, op. cit., pg 341, sobre a tortura e o “esqueça o que escrevi” de FHC).


Grande Salto para a Frente

Plano econômico do governo comunista de Mao Tsé-Tung (1958-59), que pretendia acelerar a industrialização da China e “superar a Grã-Bretanha em apenas 15 anos”.

Foram criadas comunas populares no campo, que deveriam produzir aço em pequenos fornos para fabricar ferramentas. O Plano foi um completo fracasso: a produção industrial caiu e as colheitas foram péssimas.

Mao renunciou à Presidência da China e foi substituído por Liu Shaoqi. Junto com a Revolução Cultural, o Plano fez de 30 a 60 milhões de vítimas. A reação de Mao veio em 1966, com a Revolução Cultural.


Veja, ainda, em 'Arquivos I' os seguintes verbetes: Convenção sobre a tortura, Dissidentes, Empalação, Escolas de subversão e espionagem, Frades dominicanos, Gulag, Hospitais psiquiátricos, Instituto 631, Kempei-Tai, Livro do Doutor Li Zhisui, Livro negro do comunismo, Lubyanka, MOLIPO, MR-8, OLAS, Ouro de Moscou, Pervaia kategoriia, “Semana Rockfeller”, Seqüestro de aviões, “Técnicas de Tortura” no site http://dxagas.vila.bol.com.br/comotort.htm., UIE, UNE, Violência estudantil e VPR.




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