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Ensaios-->O suicídio da Águia: Al Gore e a 5a. coluna americana -- 11/05/2007 - 12:56 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O suicídio da Águia - Parte III

por Heitor De Paola (*) em 09 de maio de 2007

Resumo: Dizer que Al Jr. se encontra metido numa vasta conspiração nada secreta para comprometer o futuro do seu país através da destruição de suas bases econômicas, morais e religiosas pode parecer demasiado. Mas é exatamente isto que vem acontecendo de forma aberta, embora fazendo uso de subterfúgios, engodos e mentiras convenientes.

© 2007 MidiaSemMascara.org


Al Gore e a quinta coluna americana

Já mostrei em artigo anterior a estreita ligação da família Gore – Al Sr. e Al Jr. – com o agente comunista, e grande oportunista, Armand Hammer. Estas relações não são produtos de fantasias paranóicas de conspiração, pois estão bem documentadas. Dizer que Al Jr. se encontra metido numa vasta conspiração nada secreta para comprometer o futuro do seu país através da destruição de suas bases econômicas, morais e religiosas pode parecer demasiado. Mas é exatamente isto que vem acontecendo de forma aberta, embora fazendo uso de subterfúgios, engodos e mentiras convenientes. É preciso deixar bem claro este ponto: é completamente aberta e documentada, só não enxerga quem não quer.


Suas “simpatias” pelo comunismo que o levaram a servir de base de apoio a Hammer no Senado, podem ser lidas em suas próprias palavras. No pleno exercício de suas funções como Vice Presidente dos EUA e pré-candidato a Presidência, declarou ao New Yorker, em 28/11/1994: “Nós temos uma arraigada antipatia pelo comunismo – ou paranóia como eu gosto de dizer” e prosseguiu tecendo considerações sobre as implicações deste sentimento na política “obsessiva” dos EUA na Guerra Fria. “Minha crença é que esta forma de doença mental – neste caso uma loucura nacional – leva a vítima a criar na realidade aquilo que mais a amedronta. É claro para mim que isto é precisamente o que os EUA estão fazendo: Criando – ou ao menos apoiando energicamente – regimes totalitários fascistas em nome de combater o totalitarismo. Grécia, Vietnã do Sul, grande parte da América Latina. Para mim, o melhor exemplo disto é o Exército Americano”. (Os negritos são meus)


O COMUNISMO NÃO EXISTE, É UM DELÍRIO PARANÓICO DE CONSERVADORES


Pela declaração acima pode-se ver que para Al Gore Jr. o comunismo não existe, nem todas as atrocidades cometidas nos países dominados por ele, nem jamais houve infiltração da KGB nas administrações americanas antes, durante e depois da Guerra Fria. Tudo não passa de uma “criação na realidade daquilo que mais amedronta os conservadores americanos”, isto é, um delírio alucinatório. Isto em 1994 quando a característica genocida dos regimes comunistas já estava exposta. Desde a década de 50 já se sabia muito desta infiltração, as investigações do Congresso sobre atividades anti-americanas – embora prejudicadas pela histeria de Joseph McCarthy - já tinham apresentado conclusões insofismáveis, o agente soviético Whittaker Chambers já havia escrito seu livro Witness (1952), o Projeto Venona já estava em pleno andamento desde 1953 (ver Venona: Decoding Soviet Spionage in America, de John Earl Haynes & Harvey Klehr). Também já se haviam aberto os arquivos de Moscou e inúmeras investigações estavam em andamento e saíam em forma de artigos que mais tarde comporiam livros. E ainda quando o uso das drogas pelas cúpulas soviética, chinesa e cubana para destruir a juventude americana já fora exposto por Joseph D. Douglass em Red Cocaine:The drugging of America and the West. Estes assuntos foram abordados mais detalhadamente, com fartas referências bibliográficas, nos meus artigos As raízes históricas do Eixo do Mal Latino-Americano I e II.


O que interessa aqui é ressaltar este uso malévolo dos conhecimentos psicológicos de que as esquerdas adoram se utilizar com a cumplicidade de psicólogos, psiquiatras, psicoterapeutas e psicanalistas que fazem de seus consultórios e das instituições onde trabalham verdadeiros centros de doutrinação ideológica. Cria-se a falsa noção de “sociedade doente” e passa-se a tratá-la de duas maneiras: os adultos, através de elaboradas técnicas psicoterápicas pervertidas para inocular a noção de delírio e alucinação quando estas não existem. As pessoas que enxergam a realidade são convencidas de que deliram e alucinam. Por outro lado, estimula-se a inveja – a base psicológica de qualquer pensamento esquerdista – e a “culpa social” pela “exclusão” e “exploração” capitalista, principalmente com pessoas enriquecidas honestamente mas que se sentem culpados por sua riqueza.


Com as crianças, mediante uma combinação cruel de técnicas psicopedagógicas que enfatiza a “sensibilidade” sobre o aprendizado, a feminização e a doutrinação explícita através de modificações curriculares para formarem robôs andróginos incapazes de pensar por si mesmos e The War Against Boys, de Christina Hoff Sommers). É impossível, p.ex., que Al Gore não saiba que nove anos antes desta sua declaração o Departamento de Estado tenha dado à Carnegie Corporation autoridade para negociar com a Academia Soviética de Ciências – leia-se KGB – o desenvolvimento de novos currículos e a re-estruturação da educação americana visando a convergência (sblizhenie) com a soviética. O livro de Berit Kjos, Brave New Schools, é essencial para entender a perversão das noções educativas desde a década de 70.


As escolas e as empresas tornam-se centros de “tratamento” psicológico com dinâmicas de grupos e sobrevalorização do sentir sobre o saber e a eficiência. É o que Sommers & Satel chamam de terapismo, a idéia revolucionária de substituir a ética e a religião pela psicologia (ver One Nation Under Therapy, de Christina Hoff Sommers & Sally Satel). Terei mais a dizer sobre isto noutra oportunidade. Por agora basta levantar a dúvida sobre a “ignorância” de Gore e seus adeptos – no mundo todo, aliás!


A CONEXÃO CHINESA


Em 1999 uma Comissão bi-partidária da Casa de Representantes dos EUA, House Select Committee on US National Security and Military Commercial Concerns with the People’s Republic of China, o chamado “Cox Committee”, divulgou relatório [1] detalhado sobre as implicações para a segurança nacional das transferências de tecnologia sensível para a República Popular da China (RPC). O Comitê apresentou conclusão unânime sobre as enormes falhas de segurança nos laboratórios nucleares americanos que facilitaram o roubo de informações classificadas pela RPC, inclusive sobre o arsenal americano de ogivas termonucleares, incluindo a sua localização. Reconheceu que a espionagem chinesa atuava há anos e obtivera segredos nucleares do Laboratório Lawrence Livermore, em Los Alamos, Novo México, e que membros da administração Clinton tinham pleno conhecimento desde 1995 dos problemas de segurança no Departamento de Energia (DoE). Em 1996 o Secretário de Energia Adjunto recomendou melhoras na segurança que só foram iniciadas em 1998 “quando a administração se deu conta da enormidade do problema”. O Diretor da CIA, George Tenet, criou um painel independente para aquilatar os danos para a segurança nacional resultantes da espionagem chinesa. O relatório da CIA foi revisado por outro painel independente, chefiado pelo Almirante (4 Estrelas) da Reserva David Jeremiah, e concluíam que as bem sucedidas operações de espionagem “provavelmente aceleraram o programa chinês de desenvolvimento de futuros armamentos nucleares”.


Apesar disto, o relatório da Junta Assessora de Inteligência Estrangeira (JAIE) do governo Clinton demorou até 1999 para apresentar um hesitante relatório sobre o problema. O próprio Secretário de Energia, Bill Richardson, admitiu que “o DoE poderia ter sido ‘dramaticamente’ mais enérgico e consciente dos problemas de segurança”. Acrescentou que “seria razoável concluir, dada a magnitude e o escopo dos esforços de espionagem passados e presentes, que os achados da Comissão Cox representem apenas a ponta de um iceberg. Infelizmente o DoE provou ser institucionalmente incapaz de proteger adequadamente os segredos mais sensíveis da Nação”.


O testemunho de Warren Rudman, Chairman da JAIE perante a Comissão das Forças Armadas da Casa de Representantes [2] em 24 de junho de 1999, incluiu os seguintes “furos” de segurança:


1. Cientistas estrangeiros visitavam os laboratórios sem serem previamente investigados e sem monitoração (ambas foram suspensas em 1994 pela Administração Clinton, 1993-2001 – ver acusação adiante);


2. Sistemas classificados de computadores e redes apresentavam inúmeras vulnerabilidades;


3. Burocratas de alto nível não sabiam dizer exatamente a quem deveriam se reportar (o organograma era extremamente confuso);


4. Áreas, algumas das quais secretas, ficaram inseguras por anos;


5. Milhares de funcionários tinham recebido certificado de segurança sem nenhuma investigação prévia. Além de tudo, foram confirmados casos de espionagem cujos danos jamais serão conhecidos.


Também foi verificado que a administração Clinton/Gore diminuíra drasticamente o orçamento da contra-inteligência, enquanto o número de visitantes estrangeiros com acesso aos principais laboratórios, Lawrence Livermore e Sandia, na Califórnia, dobrou na década de 90. Concluiu-se pela necessidade de uma profunda reforma do DoE para eliminar a extrema burocratização que se havia entrincheirado nas suas diversas repartições (vale ver o organograma antigo e o novo na referência da nota 1). Foi iniciado o programa FY 2000 National Defense Authorization Act com reformas organizacionais baseadas no bom senso e com a participação ativa do Congresso. Mas notem bem: 2000 foi o último ano de Clinton/Gore quando o último perdeu as eleições presidenciais para George W. Bush.


Um dos membros da Comissão Cox, Curt Weldon, Representante Republicano da Pennsylvania, numa entrevista coletiva à imprensa [3] em 27 de maio de 1999, revelou uma extensa rede chinesa de influencia política para ter acesso às tecnologias mais avançadas dos EUA. Afirmou que “Contrariamente às manobras de Clinton/Gore, o escândalo não se restringe aos laboratórios nucleares (...) os fatos mostram conclusivamente que os danos resultaram de políticas específicas da Administração Clinton/Gore que venderam estas informações à maior oferta”, detalhando:


- Acabaram com os controles internos do DoE para acesso a certas áreas;


- Dispensaram o Coordinating Committee on Multinational Export Control (COCOM);


- O próprio Presidente escreveu para o CEO da Silicon Graphics resumindo o plano de relaxamento de controles sobre as mais sensíveis tecnologias;


- Rebaixaram de nível a Defense Technology Security Agency (DTSA);


- Transferiram a aprovação final para transferência de informações dos Departamentos de Estado e de Defesa para o de Comércio.


Num artigo no GlobalSecurity.org [4] Weldon acrescenta que a Administração Clinton/Gore se esforçarou mais para encobrir os fatos do que para consertar os estragos. Pressionaram e perseguiram funcionários dos Departamentos de Energia e de Defesa que colaboraram para as investigações e denunciaram a inépcia da Administração, enquanto os verdadeiros responsáveis permaneceram soltos e livres. Os Democratas lançaram uma ruidosa campanha contra Weldon e encontraram sinais de corrupção na sua carreira anterior, mas jamais negaram os fatos denunciados, preferindo desacreditar o denunciante.


Em agosto do mesmo ano Kenneth R. Timmerman publicou um extenso artigo no The American Spectator reproduzido no Free Republic [5], no qual explora novas evidências dos vínculos entre as transferências de tecnologia de defesa para a RPC e as doações dos comunistas chineses para as campanhas de Clinton/Gore. “Novas evidências mostram pela primeira vez que os esforços do governo chinês em comprar influência política nos EUA levaram à tomada de decisões concretas da administração Clinton que danificaram nossa segurança nacional (...) incluindo documentos de transferências bancárias que tornaram possível rastrear contribuições específicas para campanhas realizadas pela inteligência militar chinesa; documentos corporativos de empresas de fachada; e transcrições de conversações secretas entre agentes da inteligência chinesa e o doador Johnny Chung que detalham um sistema de ocultação alegadamente acertado entre o Presidente Clinton e o Presidente chinês Jiang Zemin”.


Chung é amigo pessoal do casal Clinton e conseguiu uma colocação no Departamento de Comércio por influência de Hillary. Já em 1996 Marcy Gordon, da Associated Press relatava que outro amigo sino-americano dos Clintons, John Huang, coletor de fundos (fund-raiser) do Comitê Nacional do Partido Democrata, fora interrogado num processo civil contra o Departamento de Comércio iniciado pelo Judicial Watch, um grupo de advogados conservadores, por suspeita de conseguir fundos estrangeiros para a campanha Clinton/Gore. Entre outras coisas, Huang declarou que Hillary teria dito que “ele também é meu amigo” o que foi negado posteriormente pela Assessora de Imprensa de Hillary, Marsha Berry.


Com o início das investigações, o governo chinês ficou tão preocupado com a possível exposição pública do esquema que mandou um agente secreto a Los Angeles para ameaçar de retaliação física a Johnny Chung e sua família se ele falasse algo aos investigadores do FBI. Não há espaço para detalhar mais e sugiro aos leitores lerem o documento de Timmerman que inclui comentários e links. Esta não foi a única vez que a administração Clinton/Gore mentiu sobre operações internacionais. Sobre os custos do governo americano para combater as drogas, Clinton/Gore declararam entre 50 e 60 bilhões de dólares quando uma avaliação modesta, baseada em estatísticas tanto governamentais como privadas indica custos 3 a 5 vezes maiores. O que seria o equivalente a uma quantia maior do que a despendida em toda a Guerra do Vietnã e o número de vítimas das drogas por ano excedem o total da mesma guerra (livro já citado de Douglass).


Parece que o enfant gaté da intelectualidade esquerdista mundial é um excelente pregador de mentiras convenientes – convenientes para ele e seus aliados comunistas. Na próxima parte a mais nova delas – sobre aquecimento global – será analisada.




[1]http://armedservices.house.gov/comdocs/Publications/106thCongress/NSRs/nsr3-3energy.pdf

[2]http://armedservices.house.gov/comdocs/testimony/106thcongress/99-06-24rudman.htm

[3]http://www.fas.org/news/china/1999/pr_052799.htm

[4] http://www.globalsecurity.org/wmd/library/news/china/1999/oped_sum99.htm

[5] http://www.freerepublic.com/forum/a37916657174c.htm


(*) O autor é escritor e comentarista político, membro da International Psychoanalytical Association e Clinical Consultant, Boyer House Foundation, Berkeley, Califórnia, e Membro do Board of Directors da Drug Watch International. Possui trabalhos publicados no Brasil e exterior. E é ex-militante da organização comunista clandestina, Ação Popular (AP).




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