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Ensaios-->Breve ode ao Exército Brasileiro -- 16/04/2007 - 14:18 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
BREVE ODE AO EXÉRCITO BRASILEIRO

TERNUMA Regional Brasília

Pelo Gen. Bda RI Valmir Fonseca Azevedo Pereira

Nesta quadra lamentável, quando em nossos corações reinam a incredulidade, a descrença e, mesmo a desesperança; quando são nítidos os sinais de que a dignidade, a responsabilidade, a honestidade, a verdade e a grandeza não possuem o menor significado e são letras mortas na consciência e no caráter de tantos indivíduos; quando a corrupção, o engodo e a matreirice dominam corações e mentes; quando os mais torpes interesses se sobrelevam, amesquinhando indivíduos, cabe - nos prestar um singelo preito à nossa vetusta e respeitada Instituição. O EXÉRCITO BRASILEIRO

O Exército Brasileiro, no perpassar dos anos, edificou – se em entidade perfeitamente definida, de perene identificação com a Nação, mercê dos ventos da adversidade, sublinhando ser dotado de impoluta personalidade. Convicto, perseguiu e persegue seus objetivos, sem esmorecimento, arrostando críticas, tendo como fulcros, o seu embasamento moral, o imprescindível espírito de corpo, os excelsos valores seguidos e praticados pelos seus integrantes, que os sustentarão, enquanto portarem no peito a chama do amor à Pátria, e o sentimento de que incorporam o destino manifesto de representarem o símbolo da nacionalidade brasileira.

Herdeiro de um passado de lutas, o Exército Brasileiro ostenta o justo orgulho de, efetivamente, ter contribuído para a manutenção do extenso território nacional, evitando o malogro do esfacelamento ocorrido na América Espanhola, quando avulta a figura exponencial do 'Pacificador' e seu Patrono, Luiz Alves de Lima e Silva - o Duque de Caxias. A presença da expressão militar na evolução histórica do Brasil não se restringiu à participação em um sem - número de batalhas, dado que sua projeção extrapolou os portões dos quartéis, para do alto de sua credibilidade, e respondendo aos legítimos anseios da sociedade, ser impelido em determinados momentos, a assumir encargos, além de sua destinação constitucional.

O Exército Brasileiro, orgulhosamente credita a si uma boa parcela da base moral nacional, pois é inegável que a Nação teve a sua grandeza robustecida pelos valores militares. Uma contribuição que se estende do passado até os nossos dias, e entende como seu compromisso permanente o prosseguimento daquela participação, preservando os seus mais lídimos valores, buscando manter elevadas as virtudes militares como um apanágio indissolúvel da Instituição.

A construção do que seria a base moral da nação, entidade de indefiníveis contornos, mais percebida do que mensurável, porque trata de sentimentos e sensações, no referente à Instituição Exército, tem suas origens a partir das primeiras lutas, e da necessidade de serem estabelecidos, embora de forma primária, os instrumentos iniciais de defesa, para a preservação dos primeiros núcleos de colonização.

A Exposição de Motivos, elaborada pelo Historiador Coronel Manoel Soriano Neto, em que foi proposto o dia 19 de abril como a data magna do Exército Brasileiro, sintetiza o sentimento e a argumentação que embalam a Força:

- “Nos Guararapes foram preservadas as unidades física e espiritual do Brasil e lançados os fundamentos da grande e incomparável democracia étnica brasileira, do nacionalismo autêntico e da tradição de amor à liberdade, chamada, então, pelos libertadores patriotas, de ” Divina Liberdade”.

Tendo em vista que a gênese da nacionalidade brasileira brotava em Guararapes, quando, em 1645, as três raças formadoras da nossa gente firmaram um pacto de honra, assinando célebre proclamação, em que aparece, pela primeira vez, o vocábulo Pátria, razão pela qual foi constituída, militarmente, uma tropa, que passa a ser chamada de Exército Libertador ou “Patriota”, e que tal fato consagrou - se na 1ª Batalha dos Guararapes, travada em 19 de abril de 1648, constituindo importante fator para a formação do Exército Brasileiro;

- e, ainda, que em 19 de abril de 1971 foi criado o Parque Histórico Nacional dos Guararapes, reconhecido pelo governo Brasileiro como área de significativa importância histórica;

- é de todo o interesse para a Instituição que o dia 19 de abril seja transformado em data máxima para o Exército Brasileiro, em virtude dos feitos realizados em Guararapes, culminando com o nascimento do nosso Exército”.

Portanto, apesar do eventual descrédito e do desalento, é preciso ter Fé na Missão do Exército. Esta não é um sentimento gratuito; é um legado conquistado pelos nossos predecessores, ao longo dos anos, mercê de um trabalho paulatino, que tem sua origem nos primórdios da Nação brasileira, e prosseguiu no decurso de sua existência, até os nossos dias, trajetória que sempre enalteceu a seriedade e os propósitos da vertente militar. Ela decorre do amor á profissão e da certeza de que a Instituição tem participado, com dignidade exemplar, de todos os principais acontecimentos que marcaram a evolução política, social e econômica do País, e da crença que ela representa a própria sociedade em armas.

Podemos depreender a existência de indissolúvel ligação entre a fé, a fidelidade e a confiança. A fé decorre da harmoniosa conjunção entre si e a fidelidade, ou seja, a existência de uma lembrança ou imagem que o indivíduo tem ou preserva na sua memória em relação à Instituição, e a sua crença nos elevados propósitos dela. Verifica - se que não basta ser fiel, pois que existem os absolutamente fieis aos símbolos, indivíduos e, inclusive organismos, nos quais vicejam as condutas mais torpes.

Ao refletirmos sobre a história da Força, percebemos a existência de uma missão subjacente e subentendida, que projeta sobre a Instituição encargos que se sobrelevam acima dos fatores materiais para se colocarem no plano abstrato.

Com justo orgulho, visualizamos que o diferencial básico entre as instituições militares e as demais, reside na responsabilidade complementar, determinante na personalidade da Força, que adotando uma postura que transcende os limites propostos por qualquer entidade, partido político ou mesmo governo, cujos interesses podem ser transitórios ou conjunturais, postam – se acima delas, por terem como móvel os interesses nacionais.


VIVA O EXÉRCITO BRASILEIRO



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