Que noite! Que silêncio! Que vida!
Se surgisse um poema agora,
Que curasse um pouco essa ferida,
Ah! Eu iria à forra.
Eu seria um raio da aurora,
Mostraria a cor do meu coração,
Faria um mundo todo na hora
E seria o fim dessa escuridão.
Eu cantaria um pouco em seu ouvido,
Para fazer o medo ir embora,
Dar à vida um tanto de sentido
E alegrar o ar que há lá fora.
Depois, então, eu dormiria,
No calor do ombro seu,
Aproveitaria essa calmaria,
Para ser o berço meu.
Sim, este é o meu sonho,
A poesia em que você está.
Entenda a fé que em você ponho,
A força que sua voz me dá.
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