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Artigos-->Região Centro-Oeste . Principais Municípios -- 20/07/2012 - 08:09 (edson pereira bueno leal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos










REGIÃO CENTRO-OESTE – PRINCIPAIS MUNICÍPIOS.



Edson Pereira Bueno Leal, julho de 2012, atualizado em março de 2.013.



Segundo dados do IBGE o crescimento das cidades médias aquelas com mais de 100.000 e menos de 500.000 habitantes é o grande fenômeno nacional. Um estudo da socióloga Diana Motta e do economista Daniel da Mata, ambos do IPEA, mostra que, de 2000 a 2010 elas se converteram no verdadeiro motor do desenvolvimento brasileiro. Entre 2002 e 2007 o PIB do país cresceu a uma taxa de 4% ao ano e o das cidades médias, em média, 5,4% ao ano. Em 2010, as 233 cidades médias respondem por 28% da economia nacional e nelas vivem um em cada quatro brasileiros e, conforme afirma o economista Danilo Igliori, da USP, “A evolução das cidades médias no interior indica que o Brasil está superando uma deficiência histórica: a concentração da riqueza nos grandes centros ao longo do litoral”.

Somadas elas equivalem a um país com população maior do que a da Espanha, PIB equivalente ao suíço e renda per capita superior à chilena. Com uma classe média sólida passaram a oferecer, além de indústrias e empregos, produtos e comodidades antes oferecidos apenas nas metrópoles, com shoppings, cinemas, teatros e restaurantes, hospitais com procedimentos complexos ou converteram-se em polos de ensino superior. (Veja, 1.9.2010, p. 117)

Em 1994 com o Plano Real e a estabilização da economia muitas empresas devido ao estrangulamento das capitais optaram por interiorizar suas operações industriais e comerciais o que deu novo fôlego para a expansão das cidades médias e em 2010, 44% dos produtos industrializados saem de unidades instaladas nessas cidades. De 1994 a 2010 o número de alunos de nível superior cresceu 250% e chegou a três milhões. De 2001 a 2010 o número de agências abertas nas cidades médias cresceu a uma taxa anual de 4,5% e em 2010 esses municípios passaram a concentrar 21% dos postos de atendimento bancário existentes no país. Com isso as cidades médias ganharam independência dos grandes centros. (Veja, 1.9.2010, p. 78-80).

Em 2000, trinta cidades brasileiras tinham o status de grandes, tinham mais de 500.000 habitantes. Em 2010 já eram quarenta, com duas capitais passando para esta categoria, Aracaju e Cuiabá, e o Brasil passou a ter 20 metrópoles capitais e 20 no interior. (Revista Veja, 1.9.2010, p. 121).



O Centro Oeste deu um salto enorme em termos de desenvolvimento e a razão principal é que foi colonizado por migrantes do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, tradicionalmente os estados com melhores níveis de escolaridade. Ao migrar para os cerrados, essa gente reproduziu lá o seu estilo de vida. Além dos costumes levaram escolas e a infraestrutura urbana. O crescimento do Centro Oeste é uma demonstração da importância da educação e da cultura no desenvolvimento. (Cláudio de Moura Castro, Veja, 27.08.2008, p. 26).

Em 1968 o PIB da região correspondia a 4% do PIB do país. Em 2008 já está em 9%%. Segundo a Pnad, em 2006, o Centro Oeste teve um saldo positivo de 170.000 pessoas. No mesmo período o Estado de São Paulo teve saldo negativo de 210.000 pessoas.

O cultivo de soja e o beneficiamento do grão empregam 4,5 milhões de pessoas, 2,5% da população brasileira e desde 2.000 a área plantada teve um acréscimo de 54%%. O rebanho no Brasil chegou a 207 milhões de cabeças e o país responde por um terço da carne total exportada no planeta. Soja e gado são as principais atividades do Centro Oeste. (Veja, 40 anos, setembro de 2008, p. 192).

O Centro Oeste brasileiro, graças ao cerrado e ao gasoduto Brasil Bolívia está passando por um processo de grande expansão.

Estão sendo realizados na região do Pantanal investimentos da ordem de US$ 2,5 bilhões.

1. Programa Pantanal – projeto com oito anos de duração, orçado em US$ 400 milhões e com investimento internacional para promover o desenvolvimento sustentável, recuperar áreas degradadas como o rio taquari e investir em saneamento básico.

2. Usina Termelétrica de Corumbá – parceria entre a Petrobrás e a americano Duke Energy. Orçada em US$ 50 milhões, com capacidade para produzir 88 MW, deve estar pronta em 2002.

3. Pólo minero-siderúrgico – Começa a ser implantado em Corumbá em setembro/2001. Investimentos da ordem de R$ 1 bilhão da Vale do Rio Doce, Belgo Mineira e Vale do Rio Tinto.

4. Eco resorts – A Odebrecht vai construir dois eco resorts em Corumbá e Bonito a um custo de US$ 40 milhões

5. Pólo petroquímico – estudo da instalação em Corumbá e Porto Suarez na Bolívia com investimentos da Petrobrás e Odebrecht

6. Ramal do gasoduto Brasil Bolívia - ramal de 640 km, levando gás a Cáceres e Cuiabá, obra já concluída.

7. Hidrovia Rio Paraguai – entre Cáceres e Porto Murtinho com dois mil km, está pendente de avaliação ambiental feita pelo IBAMA. (F S P 26.08.2001, p. C-5)

O desenvolvimento da região Centro-Oeste cresceu na década 2000 2010 e se aproximou do patamar registrado pelo Sudeste. Dos 465 municípios da região, 70,3%, ou 327, ascenderam à condição de desenvolvimento moderado e alto. O maior propulsor é o agronegócio: soja, milho e silvicultura (produção de árvores para celulose e madeira). (F S P, 2.12.2012, p. B-11).



DISTRITO FEDERAL



Cerca de 55% do PIB do Distrito Federal, composto por Brasília e suas 20 cidades satélites, provem da administração pública. Com 2,6 milhões de habitantes o PIB per capita de R$ 36.000,00 é o maior das metrópoles brasileiras. No Poder Judiciário a média salarial é de R$ 15.300,00, no Legislativo de R$ 13.300,00 e no Executivo, de R$ 4.300,00. Na cidade existem 200 embaixadas, consulados e escritórios de 20 órgãos multilaterais com representação no Brasil.

A frota é de 1,2 milhão de carros, uma para cada 2,2 habitantes, para uma média nacional de um para cada oito habitantes. Em poder de consumo, Brasília é a terceira cidade no país, com 96% de domicílios com linhas fixas, 50% de domicílios com computadores, 7% dos depósitos bancários do país e 6% dos empréstimos bancários.

Está em construção o Shopping Iguatemy, no Lago Norte, um investimento de R$ 180 milhões em parceria pelos grupos Iguatemy e Paulo Octávio e que será inaugurado no primeiro semestre de 2010, com 160 lojas. (Exame, 1.7.2009, p. 67-70).



GOIÁS



ANÁPOLIS



A 55 km de Goiânia e a 160 de Brasília, desenvolveu-se a partir da implantação do Daia (Distrito Agroindustrial de Anápolis) em 1976.

De 2007 a 2010, foram inaugurados um hotel para executivos, um shopping e os dois primeiros restaurantes japoneses da cidade. (Revista Veja, 1.9.2010, p. 103).

Na cidade instalou-se o maior pólo de fabricação de medicamentos genéricos do país, com 34 empresas e 9.000 funcionários diretos. Estão instalados entre outros os laboratórios Geolab, NeoQuímica, Champion, FBM, Greenfarma, Dicto, Eri-Brasil e Teuto-Brasileiro.

Em 2011 o Grupo Hypermarcas levou toda a operação para a cidade. A mudança envolveu investimentos de R$ 115 milhões e gerou 2.500 empregos. Com 90 mil m2, a fábrica do grupo tem capacidade produtiva de 10 bilhões de unidades por ano e teve, em 2012, um faturamento de R$ 2,8 bilhões até o terceiro trimestre.

A Roche também mantém seu centro de distribuição na cidade desde 2005. Os insumos são importados por Anápolis e enviados para o Rio. Prontos, os remédios retornam para Anápolis, de onde são distribuídos. (F S P, 17.02.2013, p. B-6).

Até 2012, receberá novas linhas de montagem da Hyundai, Caoa, Ypê, AmBev e Pfizer. Só seu porto seco movimentou US$ 2,4 bilhões em 2011. (Revista Veja, 2.11.2011, p. 176).

Anápolis é ligada por malha rodoviária e ferroviária a importantes centros consumidores, como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Nas proximidades da cidade está instalado o Porto Seco Centro-Oeste, onde chegam insumos importados e de onde sai parte da produção. No Porto Seco há unidades da Receita Federal, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde e da Agricultura para favorecer a liberação das mercadorias. (Exame PME, Janeiro de 2011, p. 34).

A Hyundai Caoa vai investir R$ 900 milhões em uma nova fábrica de veículos em Anápolis, com início em 2013 e conclusão em 2014, com três linhas de montagem com capacidade para cerca de 200 mil veículos por ano, além de um parque de fornecedores. O Estado de Goiás vai conceder R$ 4 bilhões em créditos do ICMS para serem pagos até 2020. A nova unidade ficará ao lado da atual, onde são montados o Tucson e dois comerciais leves, o HR e o HD78. (F S P, 30.11.2012, p. B-8).

O governo estadual pretende inaugurar no primeiro semestre de 2014, o segundo maior aeroporto de cargas do país, com investimento de R$ 140 milhões e para receber cargueiros com até 394 toneladas de mercadorias.

A cidade vai ter concluído também em 2014 o terminal da ferrovia Norte-Sul que interligará o porto de Itaqui (MA), ao Porto Seco do Centro-Oeste, sediado em Anápolis, com movimentação de US$ 1,9 bilhão em 2012. Em 2013, o transporte de cargas é feito pela BR-153 e pela ferrovia Centro-Atlântica.

O PIB da cidade está crescendo 17% ao ano entre 2009 e 2012, chegando a R$ 13,5 bilhões em 2012, 10,3% do PIB de Goiás. A cidade tem em 2012, 334.163 habitantes e um PIB per capita de R$ 30 mil. (F S P, 17.02.2013, p. B-6).



APARECIDA DE GOIÂNIA



Criou dois distritos industriais desde 2.000. Os serviços cresceram 320% entre 2003 e 2008 puxados por empresas de logística. Abriga centros de distribuição da BR Foods, Unilever e Drogasil. Em 2012 construirá um porto seco, um aeroporto executivo e um campus da Universidade Federal de Goiás. (Revista Veja, 2.11.2011, p. 176).



BELA VISTA





A fabricante de leite e derivados Piracanjuba, contratou de 2009 a 2011 15 gerentes egressos de companhias como Hypermarcas, Brasil Foods e Parmalat e com as mudanças, em três anos o faturamento da empresa cresceu 80%%, alcançando R$ 670 milhões em 2010. (Revista Exame, 14.12.2011, p. 97-98).







CATALÃO



As imensas jazidas de Titânio, Nióbio e Fosfato, abertas no solo da cidade de Catalão são um reflexo do avanço da nova fronteira do agronegócio brasileiro. A cidade de 90 mil habitantes, viu seu PIB crescer 478% em dez anos até 2010. No período o PIB per capita saltou para R$ 45,8 mil, superior ao de São Paulo, (R$ 39,5 mil).

A cidade fica a 100 km de Uberlândia (MG) e a 260 km de Goiânia, o que ajuda a escoar a produção.

O desempenho se deve à indústria, responsável por metade do PIB de R$ 3,97 bilhões em 2010 e pela extração mineral, setores que são movidos pelas demandas da agricultura.

A Vale possui um complexo focado na extração de fosfato e na produção de compostos químicos. Com área de 2.600 hectares, emprega 1.500 profissionais e tem capacidade para produzir um milhão de toneladas de rocha fosfática por ano.

A britânica Anglo American, por meio da Copebrás, também explora o fosfato na região e emprega 900 de seus 1.300 funcionários, produzindo 1,3 milhão de toneladas de concentrado de fosfato por ano.

A Ultrafértil faz o beneficiamento de minério fosfatado.

O rico subsolo de Catalão também possui jazidas de titânio, urânio e terras-raras, elementos minerais de difícil obtenção, porque estão muito dispersos pela crosta terrestre.

A John Deere se instalou na cidade em 1999 para produzir colhedores de cana e pulverizadores. Em 2011 e 2012, investiu R$ 60 milhões para ampliações.

A Dupont Pionner do Brasil inaugurou na cidade em novembro de 2012, uma unidade de produção de sementes de alta qualidade, com capacidade de processar dois milhões de sacas de 40 quilos ao ano. É a maior e a mais moderna unidade de beneficiamento de sementes de soja da empresa no mundo.

A montadora Mitsubishi emprega 2.700 funcionários. Ela passa por um processo de ampliação, com investimentos de R$ 1,2 bilhão e deverá começar a montar em 2013 o modelo ASX. Quando chegou ao Brasil em 1998, produzia 15 veículos. Até 2014 deve produzir 400 veículos por dia, dobrando a produção atual. A Mitsubishi Motors Corporation Automotores do Brasil é constituída de capital 100% nacional, única empresa que não pertence à montadora fora do Japão e foi a primeira montadora a se instalar no Centro-Oeste, atraída pelas políticas de incentivos fiscais concedidos às empresas que se fixam em Goiás. (F S P, 6.1.2013, p. B-6, 7).





GOIANÉSIA



Nos anos 1980 a prefeitura de Goianésia incentivou a instalação de uma usina de açúcar para dar emprego aos peões demitidos das fazendas de gado. Na década de 2.000 o negócio deslanchou. A usina responde por 60% do PIB da cidade e 70% da arrecadação municipal. É a quarta maior geradora de empregos de Goiás. Instalaram-se na cidade uma malharia, uma mina de níquel e um frigorífico. Toda a população tem água tratada e a rede de esgoto já chegou a 75%%. (Veja, 23.07.2008, p.82)



JATAÍ



Em 27 de maio de 2010 a Cosan inaugurou a usina de Jataí (GO), com investimento de R$ 1 bilhão, a mais moderna do mundo, com capacidade na safra de 2010 de moer dois milhões de toneladas de cana e produzir 180 milhões de litros de etanol e capacidade máxima de produção de 370 milhões de litros. (F S P, 28.05.2010, p. B-7).



QUIRINÓPOLIS



No sul da Goiás a cidade é conhecida como “Sertãozinho de Goiás”, com 45.000 habitantes, 3.600 trabalham diretamente na usina Boa Vista, uma associação entre o grupo São Martinho e a Petrobrás, com capacidade de moer oito milhões de toneladas de cana por dia e que se prepara para receber o título de maior usina de etanol do mundo, e na usina São Francisco, do grupo paulista USJ e da Cargill. As duas usinas, novas, já tem projetos de expansão que vão consumir mais de R$ 1 bilhão. Em cinco anos a cidade passou da 39ª para a sexta posição entre as de melhor qualidade de vida de Goiás. Desde 2005 o número de empresas na cidade cresceu mais de 250% para 3.300. A rede hoteleira ampliou sua capacidade em 70%. A cidade está a 80 km de São Simão. Quirinópolis conta ainda com um dos portos da hidrovia Tietê-Paraná e será cortada pela ferrovia Norte-Sul (Revista Exame, 14.12.2011, p. 68-69).





SÃO SIMÃO



Em São Simão fica o aeroporto com a segunda maior pista de Goiás. Pela cidade passam a BR-364, ligação com Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e a rodovia estadual GO-164, com destino a Goiânia. Tem uma unidade de beneficiamento de soja da Caramuru e os canaviais da cidade, zero em 2007, já ocupam mais de 6.000 hectares em 2011. (Revista Exame, 14.12.2011, p. 68-69).





MATO GROSSO



O Estado de Mato Grosso que quando foi dividido em 1979 era considerada a parte mais fraca, vem mudando. Um dos responsáveis por essa mudança é a soja. De 1985 para 1998 a produção de soja no Estado aumentou de 1,6 para 7 milhões de toneladas , tornando-se o Estado o primeiro produtor nacional de soja , de algodão , carne bovina e o segundo em arroz . O Estado está crescendo a taxas anuais de 8%%.

O preço da terra, bem abaixo do praticado no Sul e no Sudeste, atraiu produtores de commodities importantes para a exportação como soja e algodão. O Centro-Oeste ofereceu várias vantagens para a produção agrícola em larga escala. Além da terra mais barata, a topografia plana é afeita a plantios com um alto grau de mecanização. O clima também ajuda com sol abundante e chuvas bem distribuídas entre os meses de setembro a dezembro. (Exame PME, Janeiro de 2011, p. 34).

De 1979 a 2002 a população aumentou uma vez e meia, alcançando 2,7 milhões de pessoas e a arrecadação do ICMS cresceu 5.000 %%, metade proveniente dos negócios ligados à soja.

Com relação ao algodão, o “ouro branco”, em apenas quatro safras Mato Grosso passou de três para 40% da produção nacional e só em 1998 instalaram-se 48 beneficiadoras de algodão, com geração de 48.000 empregos diretos e indiretos em três anos.

Os fazendeiros criaram no Estado a Fundação MT, centro de pesquisa agropecuária e como resultado das pesquisas a produtividade média da soja em 1998 foi de 2800 quilos por hectare, igual á americana e 20% superior à brasileira.

Com a expansão da agricultura surgiram novas cidades como Sapezal, Lucas do Rio Verde e Primavera do Leste. (Veja, 1.9.1999, p.130-131).



Mato grosso e Mato grosso do Sul 1979 e 1998

1979 1998 1979 1998

População 1,1 2,3 1,4 2

Arrecadação R$ 40 milhões 900 80 700

Produção agríc. 1,2 milhão t 10,4 1,7 4,9

Fonte: Conab, IBGE, Simonsen Associados e Fundação MT.



Segundo a consultoria Deloitte, os 22 municípios que compõe as regiões de Alto Teles Pires, Arinos, Parecis e Primavera do Leste, no norte e sudeste mato-grossense são uma das regiões mais dinâmicas do país e juntas respondem por 17% de toda a soja produzida no Brasil e se formassem um país à parte, seriam o quinto maior produtor mundial. ( Revista Exame, 14.12.2011, p. 65) .



BARREIRAS



Em 2001 a região onde se situa Barreiras cresceu 10% e a população dobrou.





CUIABÁ



A Vicunha Têxtil assinou em 16 de março um protocolo de intenções que prevê a implantação, em três anos, de uma das maiores fábricas de tecido do mundo em Cuiabá, com investimentos de R$ 350 milhões e possibilidade de geração de 2.000 empregos diretos e pelo menos 6.000 indiretos e capacidade de processar 65 mil toneladas de algodão e produzir 72 milhões de metros lineares de tecido por ano. A localização justifica-se pelo fato do Mato Grosso ser o maior produtor de algodão do país . (F S P, 17.03.2010, p. B-10)





LUCAS DO RIO VERDE



A cidade de Lucas do Rio Verde consolidou-se como polo exportador altamente competitivo na venda de grãos, aves e suínos para o exterior. A cidade, com 27.000 habitantes em 2002, exibe o quarto melhor índice de desenvolvimento humano entre os 139 municípios do Estado têm 80% das ruas asfaltadas e 100% das casas da área urbana com água tratada. Nove ginásios poliesportivos, dez postos de saúde e dez escolas municipais e um hospital construído com dinheiro doado por sojicultores.

A Sadia vai aplicar mais R$ 308 milhões na segunda etapa de sua unidade na cidade, devendo atingir em 2011 uma meta anual de 145 milhões de aves e 2,5 milhões de suínos. O projeto prevê unidades de abate e uma fábrica de industrializados , com investimento total de R$ 800 milhões . (F s P, 5.9.2008, p. B-12).

A Perdigão mantém na cidade o maior complexo agroindustrial da América Latina, com cerca de 8.000 funcionários e capacidade para abater 2,5 milhões de aves e 27.000 suínos por semana, além de produzir 250.000 toneladas de embutidos e pratos prontos congelados por ano. (Você S A, julho de 2009, p. 31).



NOVA MUTUM



A Perdigão (BR Foods) montou um frigorífico de frangos com capacidade de 230.000 abates por dia. A Bunge começou a operar uma esmagadora de soja, e em 2012 a empresa deve abrir na cidade a sua primeira usina de biodiesel no Brasil. (Revista Exame, 14.12.2011, p. 65).





PRIMAVERA DO LESTE



O sudeste de Mato Grosso onde está Primavera do Leste, alcançou a impressionante taxa de 26% ao ano. A cultura de soja está 100% mecanizada e estão sendo utilizadas colheitadeiras monitoradas por satélite para levantar informações a cada metro do solo.



A Cargill abriu uma fábrica de produção e refino de óleo de soja, que processa 3.000 toneladas por dia, e a mineira Granja Mantiqueira, uma das maiores produtoras de ovos do país, inaugurou sua principal unidade de produzir três milhões de ovos por dia. (Revista Exame, 14.12.2011, p. 65).



RONDONÓPOLIS



O grupo Cluster de Energia S A, formado em 2007 e que reúne 21 investidores de diversos setores, pretende investir R$ 3 bilhões na implantação de um complexo de quatro usinas para a produção de um bilhão de litros de álcool por ano e 500 megawatts de energia na região de Rondonópolis, que deve estar em plena atividade a partir de 2.013.

A demanda de matéria prima, de 12 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra, será obtida a partir de uma área de cultivo estimada em 180 mil hectares. O projeto prevê a formação de uma rede de produtores locais. O grupo planeja empregar parte das áreas de pecuária para a produção de cana-de-açúcar, passando o gado para criação intensiva, com o uso do bagaço de cana hidrolisado como ração para o gado, ou seja, poderão aumentar os rebanhos na região apesar da diminuição da área com pecuária. Serão gerados 7.500 empregos diretos e 20.000 indiretos. (F S P, 19.08.2008, p. B-10).





SANTA RITA DO TRIVELATO



Com apenas 4.000 habitantes foi o município com maior crescimento econômico de 2000 a 2005. É vizinha de Sorriso, campeã brasileira do cultivo de soja. (F s P, 30.11.2008, p. B-6).



SAPEZAL



Sapezal que era uma vila de colonos com a soja tornou-se uma cidade com 12.000 habitantes, com quase todas as ruas asfaltadas e rede de telefonia com cabos de fibra ótica. É o terceiro maior centro de soja do Estado.



SINOP



À beira da rodovia BR-163, fundada em 1974 pela Sociedade Imobiliária Noroeste do Paraná que loteou a região, a cidade possui em 2008 105.000 habitantes, cuja renda vem principalmente de indústrias e serviços ligados ao agronegócio. De 2000 a 2008 o número de empresas instaladas na cidade mais que dobrou, passando para 10.100 indústrias e pontos comerciais. (Exame, 13.08.2008, p.139).

Desde 1990 cerca de dez universidades instalaram-se na cidade, com 9.000 alunos em 2010. Com 114.000 habitantes em 2010 a cidade tornou-se um centro regional dos trinta municípios do seu entorno, por isso é chamada de Capital do Nortão. (Revista Veja, 1.9.23010, p. 97).



SORRISO



Sorriso a 462 km de Cuiabá tem a maior área plantada de soja do mundo. Produz em 2008 2,5 milhões de toneladas de soja por ano com produtividade de 55 sacas por hectare, a maior do mundo. É o município do Brasil que tem a maior proporção do território coberta por lavouras .

A cidade possui 590 mil hectares de soja divididos entre 1.600 propriedades. E empregado rural de Sorriso com bônus anual recebe em média R$ 2.000,00 por mês. Porém, cerca de 70% dos funcionários das fazendas trabalham sem registro em carteira e sem equipamentos de proteção e segurança. A cidade tem o maior IDH de Mato Grosso.

Em 2005 a prefeitura contratou o urbanista Jaime Lerner para elaborar o Plano Diretor até 2020, quando a população deve atingir 200.000 habitantes. A receita da prefeitura atingiu R$ 77 milhões, dez vezes maior do que em 1986 quando o município foi emancipado. A cidade possui água tratada e energia elétrica em 100% das residências. As 19 escolas da rede municipal possuem laboratório de informática com internet de banda larga. (Veja, 23.07.2008, p.81)





VARZEA GRANDE



Vizinha de Cuiabá sedia o principal aeroporto de Mato Grosso. A indústria cresce com a expansão de gigantes como Sadia e Coca Cola. , o PIB do setor dobrou entre 2003 e 2008. Em 2012, inaugurará o seu primeiro shopping. Até 2014, devido aos investimentos relacionados à Copa do Mundo, seus hotéis terão 3.000 novos leitos. (Revista Veja, 2.11.2011, p. 181).



MATO GROSSO DO SUL







CAMPO GRANDE



Segundo a consultoria McKinsey, o centro urbano de Campo Grande tem potencial de crescer duas vezes mais que São Paulo e Rio de Janeiro.

Campo Grande é um exemplo de crescimento ordenado. Suas ruas são largas como nas cidades americanas para facilitar a circulação de 790.000 habitantes e 392.000 veículos. A economia se concentra no comércio e nos serviços. Nos últimos quatro anos o número de usinas de açúcar no entorno passou de dois para 21. Cinco pólos empresariais foram criados desde 2.000. O setor de construção civil ocupou um terço do espaço oferecido. (Exame, 5.10.2011, p.68-70).





PANTANAL



O Pantanal Mato-Grossense é um dos maiores, mais complexos e mais frágeis ecossistemas do planeta. Abriga uma biodiversidade apenas menos do que da Amazônia. São 665 espécies de aves, 95 de mamíferos, 162 de répteis. 40 de anfíbios, 1100 de borboletas e mais de 1.700 de plantas.

A planície pantaneira caracteriza-se por sua baixa altitude e funciona como uma grande bacia que recolhe a água dos rios do planalto ao redor.

Levantamento feito em 2005 pela ONG Conservação Internacional revelou que 17% da cobertura vegetal original do Pantanal já foi destruída para a abertura de pastagens, quase o dobro do registrado em 2.000.

O maior desmatamento para a pecuária decorre da busca de maior produtividade para o gado e a chegada à região de pecuaristas de outros Estados, que não se interessam pelo modo pantaneiro de criar gado, além da diminuição do tamanho das propriedades fruto da divisão por heranças que gera maior utilização do espaço disponível. De novembro a março, época das cheias o gado é levado para terreno mais alto que permanece seco.

Outro problema sério no Pantanal é o desmatamento gerado para a produção de carvão. Estima-se que em Mato Grosso do Sul, onde se localiza 65% do Pantanal, existam 5.000 carvoarias, das quais apenas 468 tem existência legal.

Com o avanço do desmatamento pela pecuária a produção de carvão ocorre a redução progressiva das matas de cerrado e da tropical, nichos importantes para muitas espécies. A introdução da braquiária, também tende a afastar alguns animais.

Outros problemas estão se agravando na região. A poluição das águas está aumentando, pois a maioria das cidades não possui tratamento de esgoto. O excesso de material orgânico reduz o nível de oxigênio, causando a morte dos peixes.

Está aumentando a erosão do solo causada pela agricultura e pecuária no planalto. O Pantanal recebe por ano 35 milhões de toneladas de sedimentos. Com isso os rios ficam mais rasos, aumentando a área alagada. O rio Taquari transformou-se em uma imensa lagoa.

Como ponto positivo, estão localizadas no Pantanal as maiores reservas particulares de proteção natural do país, abrangendo perto de 5% da área total.

Segundo estimativa feita pelo economista e oceanógrafo André Stefens Moraes, em sua tese de doutorado, o Pantanal vale US$ 112 bilhões por ano, no mínimo. Um hectare preservado do bioma que detém a maior concentração de fauna das Américas vale entre US$ 8.100 e US$ 17.500 por ano. Na conta estão incluídos valores potenciais de coisas como a madeira, produtos florestais não madeireiros e eco-turismo e coisas não tangíveis ou colocáveis no mercado como o valor da polinização feita por aves e insetos e, principalmente, a oferta e regulação de água, produtos e serviços que são perdidos quando a vegetação tomba pelo desmatamento.

A pecuária é uma atividade altamente adequada ao Pantanal com as terras alagadas até oito meses por ano. Em 2008, segundo o IBGE a região tem 5,3 milhões de cabeças de gado. O capim faz parte do ecossistema, e não é preciso recorrer ao desmatamento. Com a coexistência única no Brasil entre gado e fauna, os fazendeiros acabam se tornando conservacionistas. (F S P, 29.09.2008, p. A-16).



SIDROLÂNDIA



Com 38 mil habitantes, tornou-se em 2008 um dos pólos de avicultura do país.



TRÊS LAGOAS



A cidade vai abandonar definitivamente a alcunha de capital do gado para a de capital mundial da celulose.

Em novembro de 2012 foi inaugurada a Eldorado Brasil, para produzir três milhões de toneladas de celulose por ano, com investimento de R$ 6,2 bilhões do grupo JBS, com 13 mil empregos no pico da construção e 600 na operação.

A Fíbria inaugurou na região em 2009 uma fábrica com capacidade para produzir 1,3 milhão de toneladas por ano.

A Cargill inaugurou em agosto de 2012 uma fábrica de biodiesel, com investimento de R$ 130 milhões e geração de 200 empregos. .

A Sitrel, do grupo Votorantim vai inaugurar uma siderúrgica em novembro de 2012, com investimento de R$ 250 milhões e geração de 200 empregos diretos.

A Petrobrás vai inaugurar uma fábrica de fertilizantes em setembro de 2014, com investimento de R$ 4,25 bilhões e geração de 7.000 empregos no pico da obra e 510 na operação.

O PIB local dobrou entre 2005 e 2009. A cidade atingiu em 2010 a maior média salarial dos setores da indústria e da construção civil em Mato Grosso do Sul, de R$ 1.427,00. As concessionárias Nissan, Renault e Mitsubishi abriram lojas na cidade e o primeiro shopping center, em construção pela Vértice, do grupo WTorre, empreendimento de R$ 110 milhões, tem previsão de inauguração em 2013. (F S P, 16.09.2012, p. B-8. 9).



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