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Ensaios-->Animais perigosos para o Homem. -- 23/10/2006 - 09:03 (Giovanni Salera Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ANIMAIS PERIGOSOS PARA O HOMEM

Logo que o Homem começou a se organizar em grupos, passou a transmitir à sua descendência inúmeras informações valiosas que acumulava ao longo de suas experiências cotidianas. Com certeza um dos conhecimentos mais prioritários na vida comunitária tratava-se da classificação de plantas e animais.
Uma das formas mais simples e práticas de identificação de plantas e animais que ainda estão presentes em diversas comunidades tradicionais e povos indígenas referem-se à sua utilização. De forma geral, pode-se agrupar plantas e animais em dois grandes grupos: (1) úteis e (2) perigosos, venenosos e peçonhentos. No primeiro grupo estão incluídos aqueles animais e plantas que podem ser utilizados, principalmente por serem comestíveis e/ou dos quais se extraem produtos e subprodutos valiosos, como por exemplo: palha para construção de casas; sementes e penas para confecção de adornos; gordura, óleo e essência para preparo de medicamentos etc. No outro grupo estão aqueles considerados perigosos, venenosos e peçonhentos, pois de alguma forma podem colocar em risco a vida dos integrantes da comunidade.
Segundo a literatura corrente, os animais causadores de injúrias ao ser humano classificam-se em tóxicos ou venenosos, peçonhentos e mordedores. Aqui se incluem também os animais que emitem descargas elétricas.
Os animais venenosos produzem injúrias através da liberação de toxinas no meio circundante ou quando a vítima os ingere. Esses animais não apresentam nenhum aparelho inoculador de toxinas. Um exemplo bem comum de animal venenoso são os sapos. Quando algum cachorro morde e come um sapo, ele pode se intoxicar com as substâncias venenosas presentes na pele desse anfíbio. O mesmo pode ocorrer com uma pessoa que manipula tais animais sem maiores cuidados.
Os animais peçonhentos são aqueles que produzem injúrias pela inoculação de toxinas através de um aparelho especializado nessa função (dentes ou esporões). Nesse grupo existem vários animais, dentre os quais, cobras, escorpiões, aranhas, potós, abelhas, vespas, lacraias etc. As arraias são peixes bastante conhecidos em nossa região pelos inúmeros acidentes que causam todos os anos. Elas possuem um enorme esporão na ponta de sua cauda que usam para atacar quando são importunadas por banhistas ou pescadores. A esporada de uma arraia é extremamente dolorosa e o ferimento causado leva várias semanas para cicatrizar. Atualmente existem estudos mostrando que as arraias não são animais peçonhentos, pois não possuem nenhum tipo de toxina no seu ferrão. A justificativa para a intensidade da dor durante a ferroada, trata-se do imenso número de cerdas (pequenas pontas) presentes no ferrão e que se desprendem durante a penetração na vítima. O processo infeccioso, de difícil cicatrização, é ocasionado pela grande presença de impurezas nessas cerdas que ficam pressas à vítima.
Entre os animais perigosos têm-se os mordedores que causam lesões em suas vítimas através da ação de dentes especializados para rasgar e dilacerar. Como exemplo de animal mordedor, podemos citar a piranha, muito comum nos rios de nosso Estado.
Alguns animais são também considerados perigosos, pois emitem descargas elétricas capazes de paralisar um homem adulto. Eles são conhecidos como poraquê ou peixe-elétrico.
Vale lembrar que muitos animais, apesar de sua aparência agressiva, não passam de tímidas criaturas que, quando importunadas, recorrem instintivamente a mecanismos naturais de defesa. Tais mecanismos são os resultados de milhões de anos de evolução e demonstram, de maneira geral, algumas das adaptações e estratégias de defesa e sobrevivência dos seres vivos.
É importante ter em mente que exterminar esses animais é um erro irreparável, pois, como qualquer outro ser vivo, eles integram um complexo ecossistema.

Publicado no Jornal Chico, edição n. 21, p. 05, de 01/09/2006. Gurupi – Estado do Tocantins.

Publicado no Jornal Mesa de Bar News, edição n. 287, p. 10, de 21/11/2008. Gurupi – Estado do Tocantins.

Giovanni Salera Júnior é Mestre em Ciências do Ambiente e Especialista em Direito Ambiental.
E-mail: salerajunior@yahoo.com.br
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