Sinto-me assim com o peito virado para o futuro, com sabor a mosto nos lábios rosáceos, vermelho no rosto, alegre, absinto, seria no teu tempo Baudelaire, Pessoa, Sá Carneiro...handicap da fusão equilibrada dos estímulos que o exterior nos afeiçoa em tom de madrugada...prosa versificada, quase com rima...
Não dormi de noite, pensei nela, de cigarro na boca, aliciando os mancebos, jurando vinganças,numa voz alva, melodiosa,quase matreira...não esquecera..., seria melhor ser rameira?Preço elevado, teria o raciocínio lógico de pagar!São tempos árduos, desgosto, desilusão, corpo ainda muito bom, entregando-se à paixão!Paixão?A razão ria-se...no seu leito molhado, entregava-se, mas dentro de si havia uma outra mulher,que só a memória poderia destruir!Uma alzheimer seria a solução...brindou com um fino os olhos verdes, de ambos, fim?A traição.Alguns disseram que fora tudo fruto do lirismo, outros, mais cépticos acreditam que fora virginal sedução.Que interessa?Ninguém mais pode apagar a história dela, só morrendo...coisa que ela queria deixar para muito mais tarde, depois de sentir em si o corpo dele, pois a alma já a tinha escondido há muito!Lirismo...diria antes, sadismo.Porém vive-se no Planeta Terra, e dele já recebu umas rosas, cor de sangue.O tempo não volta para trás...
Elvira:) |
