Sem lenha há fogo
aqui no meu quintal,
percorro o meu morro,
feliz sem igual,
eu menina brejeira,
olhar rasgado,
fatal,
sorvo a tua fogueira
incendeio-te com agrado,
lábio molhado,
e tu,
com medo do pecado,
serás assado cru,
terás de ser julgado!
Quanto mais afastado,
mais te tenho em mim nu!
Desprezas-te e esqueces
que o tempo és tu!
Rio-me quente, desejo ardente...
e tu, coitado, tão carente!
Elvira:) |