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Artigos-->Brasil - Mortalidade Infantil -- 04/05/2012 - 09:03 (edson pereira bueno leal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


BRASIL - MORTALIDADE INFANTIL



 



Edson Pereira Bueno Leal, maio de 2012.



 



 



A meta de Desenvolvimento do Milênio para 2015 é de reduzir em dois terços a mortalidade de crianças menores de 5 anos , em relação a 1990  . O Brasil deve alcançar a marca de 18,2 para cada mil nascidos em 2015, para uma meta de 15,6 por mil . 



Deve-se salientar que a Organização Mundial de Saúde recomenda para os países em desenvolvimento uma média de até 20 mortes por grupo de mil nascimentos. O Estado de São Paulo já atingiu a este índice com uma média de 15 mortes em 2002 . Porém , em 2002 ainda existiam 40 municípios no Estado com média acima da recomendada pela OMS .



 






































ÍNDICE DE MORTALIDADE INFANTIL 1000 nascidos vivos antes 1 ano




1930




1940




1950




1960




1970




162,4




150,0




135,0




124,0




115,0




1980




1990




2000




2020




 




82,8




48,0




29,6




27,11




 




Fonte : IBGE



 



A velocidade de queda tende a diminuir  com o tempo .  Por exemplo , entre 1980-85 a queda foi de 24% ( de 82,8 para 62,9 mortes ) e de 1995 a 2000 de 18,9% ( de 36,5 para 29,6 mortes) .



O interessante dado revelado pelo Censo de 2.000 é que no Brasil nascem mais homens , mas eles sobrevivem menos do que as mulheres e a partir dos 20 anos passam a ser minoria . Na população de zero a quatro anos há um excedente de 278.000 homens , que vai diminuindo a cada ano , chegando aos 20 anos onde as mulheres já passam a ter um excedente de 3.300 pessoas , aumentando a partir daí .



Desta forma a relação entre homens e mulheres passou de 97,5 para 96,93 homens para 100 mulheres entre 1991 a 2.000



A razão mais importante desta alteração é a taxa mais alta de mortalidade por causa externa entre os homens jovens . Segundo pesquisas do IBGE a chance de um homem morrer dos 20 aos 25 anos é 3,5 vezes maior que a de uma mulher . Esta diferença vem aumentando em razão da ampliação dos índices de violência , pois as causas de mortalidade são crimes e acidentes .



A taxa de mortalidade apresenta grandes variações regionais , estando acima da média nacional no Nordeste , conforme quadro abaixo.


 
























































































MORTALIDADE INFANTIL POR REGIÕES – 2000




Região




Brasil




Nordeste




Norte




Centro Oe




Sudeste




Sul




Taxa




29,6




44,2




29,2




21,2




20,6




19,7




Maiores quedas 90/00




Maiores taxas




Menores taxas




 




Roraima




56,1%




Alagoas




62,54




RS




15,96




 




Ceará




45,1




Maranhão




49,01




Santa Cat




18,05




 




Piauí




43,1




Paraíba




48,25




S Paulo




18,57




 




Tocantins




40,9




Pernambu




47,97




Roraima




18,74




 




S Paulo




40,1




RN




44,73




DF




18,99




 




Paraná




40,1




 




 




 




 




 




Fonte : IBGE , in FSP  21.12.2002, p. C-1



Ao se analisar os índices de mortalidade de 1990 e 2000 percebe-se a grande evolução do Nordeste , cujo índice que era bastante  superior , caiu para mais próximo da média nacional em 2000 .


 





































MORTALIDADE INFANTIL POR REGIÕES 1990 – 2000




 




Brasil




Norte




Nordeste




Sudeste




Sul




Centro O




1990




47,5




45,1




73,4




32,5




28,0




33,3




2000




29,7




29,5




44,7




21,3




18,9




21,6




Fonte : IBGE .



O quadro a seguir apresenta um panorama geral dos países em melhor ou pior situação em 2002 


 


























































RANKING INTERNACIONAL DE MORTALIDADE INFANTIL



País



Classificação



país



Classificação



Suécia



193



Venezuela



120



Cingapura



192



Equador



98



Noruega



191



Brasil



92



EUA



158



Irã



81



Cuba



152



Bolívia



58



Chile



147



Timor Leste



36



Argentina



130



Serra Leoa



1



 Fonte : Unicef , in FSP 12.12.2002, p. C-5


Cuba é o país latino-americano em melhor situação com nove mortes para mil nascimentos. A  Suécia está em primeiro  lugar com três mortes para mil nascidos e  Serra Leoa ocupa a última posição com 316 óbitos para mil  nascidos.  


Pelos dados de 2002 a  taxa de mortalidade infantil do Brasil em relação a vários países da América Latina é muito mais alta .



 










































Mortalidade Infantil na América Latina 2002




Cuba




7,3




Argentina




20




Brasil




28,4




Chile




11,6




Colômbia




25,6




 




 




Uruguai




13,1




El Salvador




26,4




 




 




Venezuela




18,9




México




28,2




 




 




Fonte : IBGE .



No contexto internacional o Brasil ocupa em 2004 o 99°posto  na taxa de mortalidade infantil , entre 192 países  . Isto significa que há 93 países em situação pior .


 



2005



 



O índice de mortalidade infantil  vem diminuindo rapidamente , mas a posição do Brasil ainda é muito ruim no contexto internacional  Em 2005 a taxa atingiu o índice de 25,8 crianças mortas com menos de um ano de idade por mil nascidas vivas .  Houve uma melhora significativa e o Brasil conseguiu atingir as metas estabelecidas pela ONU em 1990 na Sessão Especial sobre a Criança. Tem ocorrido um índice de redução de 0,8 ao ano , desde 2000 .



 










































TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL BRASIL 1992-1999




 




1992




1993




1995




1996




1997




1998




1999




 




44,3




42,5




39,3




37,9




36,7




35,5




34,5




 



 

 

 

 

 

 

 

 

 


 



2006



 



A mortalidade infantil caiu 65% entre 1990 e 2006 . Em 1990 o Brasil estava em 86º lugar no ranking mundial de mortalidade infantil , calculado pela Unicef . Subiu para a 88ª posição em 2004 e para a 113ª em 2006, entre 189 países . Com o melhor índice 3 por 1.000 estão empatados Andorra , Islândia , Liechtenstein , San Marino, Cingapura e Suécia . Na pior colocação em 2006  está Serra Leoa com 270 mortes por mil nascidos vivos . ( (F S P , 23.01.2008 , p. C-1) . 



A posição do Brasil na América Latina mesmo com esta melhora ainda  é muito ruim .



 Há grandes diferenças regionais . A menor taxa foi verificada em 2005 no Rio Grande do Sul , com 16,7 mortes por mil nascidos vivos , patamar próximo ao verificado em 2004 na Rússia ( 16,9) e Argentina ( 15) . No outro extremo, Alagoas apresentou o pior indicador com 63,8 por mil , uma taxa superior à do Haiti ( 61,6) ou de Bangladesh ( 58,8) .



 



2007 .



 



A mortalidade infantil em 2007 foi de 24,3 bebês mortos por 1.000 nascidos vivos . Em Alagoas o índice é de 50 por 1.000 e no Rio Grande do Sul de 13,5 por mil , mesmo patamar da Argentina ( 13,4) . ( F S P , 2.12.2008, p. C-5) .



 



2008



 



Em 2008 o índice caiu para 23,3 por mil nascidos vivos



Segundo a Tábua de Mortalidade 2008 , em Alagoas ,a taxa é de 48,2 mortes a cada mil bebês nascidos vivos e no Rio Grande do Sul é o menor índice 13,1  .( F s P , 2.12.2009, p. C-3) .



O índice ainda é alto se comparado com o de países desenvolvidos como Japão (3), França ( 4), Canadá (5)  e mesmo na América Latina : Cuba ( 5) , Chile (8) e Costa Rica (10), dados de 2007, mas São Paulo ganha longe de Alagoas (41,3), Maranhão ( 30,07) , mas perde do Distrito Federal ( 11,09) e Santa Catarina ( 12,46) . ( F S P , 16.07.2009, p. C-1) .



Cada vez mais as mortes de recém-nascidos ( com até 28 dias de vida), são maioria nas estatísticas de óbitos de crianças de até um ano , já que só caíram 36% , ante 54% de redução na morte dos bebês em geral .



O problema é que a melhora não é muito grande nos cuidados com recém-nascidos e os problemas são muitos : má qualidade das consultas de pré-natal e da assistência ao parto , falta de UTI neonatal e de estrutura para a gestante e para o bebê de alto risco .



Entre 1990 e 2008 , quando a mortalidade infantil total caiu 54% ( de 95.475 para 43.601 bebês por ano), o  percentual de recém-nascidos no número total passou de 49% para 68% .( F s P , 30.07.2010, p. C-1) .



 



2010



 



A mortalidade infantil segundo dados do Censo , caiu de 29,7 por mil crianças vivas em 2000  para 15,6 em 2010 , uma redução de 47,6% . Apesar da melhora , o Brasil ainda está atrás de países como o Chile, Uruguai , Argentina , México e Porto Rico. Segundo os pesquisadores , os fatores que contribuíram mais para a queda , foram a redução na taxa de fecundidade ( de 2,38 filhos para 1,9 filho por mulher)  e os aumentos da escolaridade e da renda real média no período . A maior queda aconteceu no Nordeste , de 58,6 % de 44,7 para 18,5 por mil crianças nascidas vivas, mais mesmo assim o Nordeste mantém as maiores taxas no país , mas agora mais próximas da média , portanto houve redução significativa da distância em relação às outras regiões . A Região Nordeste também registrou a maior alta ( 21,7%) na renda real média da população, mas ainda mantém o menor valor do país : R$ 946 por mês e a queda na fecundidade foi de 23,4%, de 2,69 para 2,06 filhos por mulher .  A queda na taxa de fecundidade  foi maior nos grupos etários mais jovens, resultado da opção das mulheres em ter filhos com mais idade, associado à sua maior participação no mercado de trabalho.



 Na Região Norte o índice caiu de 29,5 para 18,1 , na Região Centro Oeste de 21,6 para 14,2 , Na Região Sudeste de 21,3 para 13,1 e na Região Sul, a de menor taxa, de 18,9 para 12,6.   ( F S P, 28.04.2012, p. C-6) . 


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