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Contos-->Vulnerabilidade da arte -- 29/11/2002 - 17:31 (Jose Angelo Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Telas e mais telas começaram a aparecer na casa de Juliano. Ele disse à mulher que elas pertenciam a um amigo do Departamento de Arte e Cultura do Governo. - Disse que ele estava apenas ajudando um colega a vender os quadros, em troca de uma pequena comissão. Mas Debora começou ter desconfiança de seu marido Juliano. Quando ela surpreendeu o mesmo passando lama numa tela. De acordo com ele, o quadro tinha ficado muito tempo num depósito e parecia ser muito mais novo do que realmente era. Era uma cópia de uma obra de Portinari. Juliano, um professor de arte, quando conheceu Debora, já tinha sido abandonado pela mulher e, ficara com os dois filhos para criar. Dando aulas de arte , no Centro Cultural da cidade. Poucos anos antes um amigo lhe dera US$ 400, Para que ele copiasse uma tela de Picasso. E ele fez, a cópia era tão boa que , segundo o amigo muitos especialistas acreditavam que fosse original. Como precisava de dinheiro, Juliano colocou um anuncio em vários jornais da região, dizendo que fazia cópias de telas do século 19 e 20 por US$ 240. Foi quando recebeu um telefonema de um tal professor Henrique, que afirmou estar precisando de alguns quadros para sua casa. Juliano aceitou por um bom preço, primeiro ele fez um Matisse, depois um Klee, em seguida duas Marinas, no estilo dos mestres holandeses do século 17. Mas Juliano perguntou ao professor Henrique, em que estilo gostaria que ele pinta-se, -respondeu que sempre quisera tentar cubismo. O resultado foi uma tela de Braque. " Foi quando um negócio legal se transformou em crime ". Mesmo os preços de telas de pintores pouco conhecido, dispararm e os quadros de Juliano transformaram-se em mercadoria quente. Ele levou 5 horas para pintar um Giacometti e, partiu para a produção de obras de Nicolas de Stael, , Le Corbusier, Matisse e Roger Bissiere. Juliano era uma pessoa com grande conhecimentos das artes, pintava depressa, sem a menor preocupação com a tecnica e, apesar de sua negligência, suas telas passavam por genuinas. Nenhum outro falsificador trabalhou tanto e em tão variados estilos como Juliano. Era uma espécie de vício e, às vezes ficava apavorado pensando no dia em que uma dessa telas fosse para o restauro, quando a fraude seria descoberta. Eu como artista plastico, escrevo-lhe este conto ficticio, para mostrar ao leitor , como é dificil obter dados concretos sobre falsificação no mercado de arte, em parte porque quando a fraude são descobertas, elas são abafadas, para não comprometer a confiança do público do mercado. A jornalista Britânica.- Geraldine Norman, afirma que 10% das telas impressionistas de pintores importantes são falsificações. Até aluns parentes , foram acusados de vender certificado de autenticidade. A arte moderna é particularmente vlnerável á fraude. Suas abstrações são muitas vezes dificies de compreender ou apreender e, geralmente uma tela moderna é amada não tanto pelas suas qualidades, sua beleza, no sentido convencional, mas por causa da identidade do artista por exemplo Polok. Colecionadores e especialistas nem pensam na possibilidade de serem vitimas de uma fraude e, geralmente não suportam a humilhação de reconhecer que foram enganados. Alguns consegue o que quer e fica sabendo que a obra não é genuina, geralmente diz coisas como, " não me importa, para mim é um Renoir e pronto". Como diz Geraldine Norman, para muitos o interesse em arte é reflexo da ascenção social e do romantismo, que cerca certos nomes, coisas que nada têm a ver , com a obra de arte. O falsificador é geralmente um artista frustado, que engana o mundo da arte e então se expõe. A policia apertou o cerco , e Juliano confessou tudo e foi preso. A despeito de todas as provas, insistiu em dizer que as telas eram originais, foi solto sob fiança e desapareceu. A aura de sofisticação do mundo da arte, cria uma falsa sensação de segurança, mas esse universo é extremamente vulnerável à mediocridade. -Jose Angelo Cardoso.-Poeta, contista, artista plástico. Presidente.fundador da Academia Guairense de Letras.-SP.
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