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Poesias-->RENASCIMENTO -- 06/02/2003 - 14:43 (J. B. Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
RENASCIMENTO

J.B.Xavier





Primeiro considera profunda e sinceramente

Se tens que reformar teu próprio interior.

Se concluíres que sim,

Saibas, desde já, que não será tarefa fácil.

Terás teu próprio eu como teu maior adversário

Nessa grande reforma.

Se, mesmo assim,

Decidires que teu tempo de mudança chegou,

Não cometas o erro de tentar,

Porque tentar, apenas, é pouco!

Faça ou não faça!



Entretanto,

Se te julgas suficientemente forte

Para vencer teu dragão interior,

Então, começa pelo coração!

E não deixes pedra sobre pedra,

Sequer aqueles entulhos de sentimentos

Tão carinhosamente guardados

Para quando um dia possas vir a utilizá-los.



Desfaz-te dos antigos quadros que já nada dizem,

Apenas doem,

Pregados com pregos enferrujados na parede da alma...

Abre as janelas de tuas aspirações

Para o sol da manhã de um novo dia de realizações,

E deixa a luz purificadora do sol das ousadias

Invadir os cantos escuros de tuas preocupações

- por perigos, talvez imaginários -

Onde escondias tuas dores irreveladas.



Ouve os trinados dos pássaros de teus sonhos

A te entoarem novas e reveladoras melodias.

Abre a porta de tua mansão do passado,

E vejas o caminho dos teus ideais

Abrindo-se em felizes e brilhantes futuros,

Enfeitados pelas flores das muitas alegrias

Que te esperam ao longo da jornada.



Caminha por ele.

Não! Não leves nada!

Não cedas à tentação de levar contigo

Aquela enganadora linda caixinha de veludo,

Que contém doces lembranças de um passado feliz.

Ela será o teu veneno,

E te fará verter lágrimas

Por algo que não pode ser revivido nem alterado,

Quando deverias sorrir

Pelo verdejante vale de alegrias

Que te aguarda e com as quais nem sonhas.



Abre as janelas de teus embolorados projetos

Há tanto adiados

E deixa o frescor da brisa de novas metas

Estabelecerem novos rumos para tua vida.

Pinta de cores novas e alegres

Teus ensombrecidos porões,

E deixa que a luz de novas promessas de vida os ilumine

E invadam os nichos de tuas reticências.



Não temas a noite silenciosa de tuas incertezas,

Nem as chuvas ocasionais de tuas tristezas.

Elas virão, com certeza.

Mas, noites podem ser belas,

Se, ao contrário de olhares para a escuridão

Que nada transmite,

Decidires olhar para o céu e contar estrelas,

E vê-las como purpurinas

Com que Deus enfeita a festa

Da descoberta do encontro com teu próprio eu.



Chuvas podem ser revigorantes,

Se decidires não apenas

Olhar para os rios de tuas atribulações,

Transbordantes de preocupações,

Mas te detiveres a observar

Os novos ramos de esperança de vida

Que nascem após a tormenta.



Abre as portas daquele armário de espelhos,

Onde guardavas apenas os reflexos de tuas boas intenções,

E olhando tua própria imagem refletida,

Faze valer a pena ser tu

A única coisa de valor que vale a pena ser guardada ali.

Desfaça-te de tudo o que possa ser apenas miragens,

E vá à feira de novas aspirações,

Onde poderás adquirir novos adornos para tua alma.



Não te deixes iludir por muitos brilhos.

Procura as coisas simples,

Porque serão sempre as mais verdadeiras.

Sai de tua pálida estada

Nas sombras da saudade e da desesperança

E vai para a luz irradiante do sol das novas perspectivas.



E quando estiveres caminhando

Pela estrada do encontro com teu próprio coração,

Olha, de vez em quando, para o alto,

Para o cimo das montanhas,

Porque é lá que nascerá, para sempre, a cada manhã,

O raiar de um novo dia!



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