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Poesias-->30. EXORTAÇÃO -- 05/02/2003 - 07:25 (wladimir olivier) |
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Cristianismo redivivo,
Quem estuda o Espiritismo
Vai livrar-se desse abismo
Dos males de quem é vivo.
Já perto do cataclismo,
Há de dizer: — “Eu me privo,
Para não ficar cativo,
Dos gozos deste egoísmo.”
Vem ensinar-me Jesus,
Em evangelho de luz,
A dar amor e perdão.
Kardec me persuade
Que fora da caridade
Não existe salvação.
Não queiras decifrar o teu destino.
Espera, com paciência, que o menino
Se transforme em jovem cabeludo.
Na madureza, logo te apresentas
E, quando toda a força experimentas,
Aparece a velhice e leva tudo.
Dessa forma, acontece a toda a gente:
Não se escapa da morte, simplesmente,
Premissa superior de tua vida.
Entretanto, no etéreo, tudo muda,
Mas, se a impressão terrena for aguda,
A existência se torna descabida.
Não queiras competir co’a Providência:
Elege para ti a obediência
Por norma superior do coração.
Faze com que o destino te proteja,
Pois, com amor, o mal se remaneja,
Se a todos estenderes tua mão.
Não percas tempo só pensando em ti.
Mesmo que digas: — “Quão pouco vivi!” —,
Do outro lado irás mais devagar.
Quem faz o bem não pensa haver perdido,
Já que conhece a força do sentido
De se cumprir a lei sem reclamar.
As regras para o etéreo não diferem:
Os renitentes chegam e conferem,
Querendo privilégios desde logo.
Quando percebem que falharam tanto,
Acabam sem dizer seu “entretanto”,
E clamam ao Senhor: — “Perdão eu rogo!”
Não é difícil compreender que o mundo
Comporta esse sentido mais profundo
De que a existência segue cá no etéreo.
Como seria triste a nossa vida,
Se a conclusão se desse na guarida
Do pó da terra lá do cemitério!
Caso não queiras vir muito depressa,
Julgando que a doutrina não é essa
Que os versos broncos põem na tua frente,
Não tenhas medo, pois Jesus não erra:
Se fores bom, ele jamais encerra
Tua jornada em torno do presente.
Virás viver no etéreo com o povo
Que te repetirá tudo de novo,
Em prosa ou verso, como preferires.
Caso não te aproveites da certeza,
Virás dar testemunho junto à mesa,
Que a norma é a da verdade que sentires.
Mas vai dizer-nos: — “Grande barafunda!
Não haverá verdade que contunda
Quem pensa diferente da doutrina?
Você tem liberdade de pensar
E poderá escrever neste lugar?
Ou isso é argumento, não a sina?”
Ninguém virá à mesa sem convite:
Responsabilidade é o limite
De quem se manifesta por si mesmo.
Aí, vai responder perante a lei
E, se errar, irá dizer: — “Errei!” —,
Porque a Criação não foi a esmo.
Que tal principiar com um versinho,
P’ra demonstrar ao Pai o teu carinho
Em aceitar a vida como é?
Coloca tua alma na poesia.;
Não te importes se alguém melhor faria:
O limite do amor é tua fé.
Agradecer ao Pai é o bem supremo,
Pois mostra ao companheiro que é extremo
O sentido da vida e do amor.
Embora a morte chegue qualquer dia,
Quem trabalha é porque muito confia
Em que tudo o que faz terá valor.
Recebe o nosso abraço como amigo.;
Não julgues que aqui corres o perigo
De seres enganado pela gente.
Deus te oferece o manto das virtudes:
Se fores mau, queremos que tu mudes.;
Se fores bom, irás saber quem mente.
Eu me despeço agora, comovido,
E a uma prece ao Pai também convido
Quem está do outro lado da doutrina:
— “Senhor, abençoai a toda a gente.
Se alguém errar, fazei seja consciente
Das leis que o Cristianismo nos ensina.”
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