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Artigos-->AGRICULTURA BRASILEIRA -- 02/03/2012 - 11:00 (edson pereira bueno leal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


AGRICULTURA   BRASILEIRA



 



                   Edson Pereira Bueno Leal, março de 2011 .



 



 



AGRICULTURA 1960 – 1990



 



QUADRO 1  CRESCIMENTO  DA AGRICULTURA   1960-1990



 



 













































































































 




1960




1990




VARIAÇÃO (%)




POPULAÇÃO




70




150




111




PROD AGRÍCOLA(ÍNDICE)




100




396




296




LAVOURAS EM MIL T.




 




 




 




ALGODÃO




1829




1945




6




ARROZ




5393




9841




76




BATATA




1080




2300




113




 



 



 




 




 




 




 




1960




1990




VARIAÇÃO (%)




 




 




 




 




CANA




59377




263406




334




FEIJÃO




1745




2745




57




LARANJA




8832




94833




973




MANDIOCA




18058




24503




36




MILHO




9036




23794




163




SOJA




271




14897




5397




TRIGO




545




2915




435




 



         Pela quadro 1 é possível verificar que no período 1960 1990 a agricultura brasileira apresentou forte crescimento apenas nas culturas de exportação como laranja e soja, cana de açucar que também foi estimulada pelo Pro-alcool e trigo que representou substituição de importações, mas mesmo assim a produção nacional é muito inferior ao consumo, Nas demais culturas a única que cresceu mais que a variação populacional foi o milho utilizado como ração. As demais que referem-se ao  consumo de alimentos da população tiveram variação inferior ao crescimento populacional.



Em 20 anos a área plantada com grãos no Brasil aumentou 25% e a produção saltou 154%. ( F S P , 11.09.2010 , p. B-14) .



 



QUADRO 2 - PRODUÇÃO DE CARNE NO BRASIL 1960-1990



 



 






























































 




1960




1990




VARIAÇÃO(%)




BOVINOS




1359




2775




104




SUÍNOS




474




727




53




AVES




6




1527




26016




POP RURAL




38,8




36,86




-5




FERTILIZANTES (MIL T)




303,0




3023,94




998




TRATORES




61000




588650




965




EXPORTAÇÕES




1,0




9,3




930



 

 

 

 

 


 



O  quadro 2 demonstra o extraordinário crescimento da produção de aves, no caso, de frangos que devido ao seu baixo preço conquistou a preferência da população. A estabilidade da população rural deixa claro que o aumento da produção ocorreu com a melhora da produtividade o que pode ser visto pela evolução no uso de fertilizantes e tratores que guarda semelhança com o crescimento das exportações  que também foi bastante elevado no período.



 



 



 



 














































































































































     PRODUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA 1985-2000




 




1985




1986




1987




1988




1989




89/90




90/91




91/92




Produç




58180




54754




64790




66322




71497




58305




57959




68216




Área




39652




41900




42061




42679




42240




38944




37894




38,400




 




92/93




93/94




94/95




95/96




96/97




97/98




98/99




99/00




Produç




68246




75936




81616




73.800




78,900




76,500




82,400




83,3




Área




35632




39,000




38,400




36,800




36,400




35,000




36,700




37,700




 




00/01




01/02




02/03




03/04




04/05




05/06




06/07




07/08




Produç




100,3




96,8




123,2




119,1




114,7




122,5




131,8




144,1




Área




37,900




40,200




43,900




47,900




 




 




 




 




 




08/09




09/10




10/11




 




 




 




 




 




Prod.




135,1




149,2




154,2




 




 




 




 




 




 




 




 




 




 




 




 




 




 




              Fonte : Conab. 2011 Estimativa.



                  



PRODUÇÃO EM 2002



 



De 1999 a 2002 o Brasil passou de sétimo para o terceiro lugar no ranking dos maiores exportadores de carne do mundo . . O maior problema atual nestas exportações são as barreiras fitossanitárias .



Os preços mais atraentes no exterior  com a desvalorização cambial agem como estímulo para o escoamento do excedente de produção , evitando que os preços despenquem por causa da superoferta . Com isso o saldo positivo da balança comercial agropecuária , chegou em 2001 a US$ 17,79 bilhões, passando o Brasil a fazer parte do seleto grupo de 14 países com superávit anual acima dos US$ 10 bilhões



 



 


































































BALANÇA COMERCIAL DO AGRONEGÓCIO  1997-2001




 




1997




1998




1999




2000




2001




Exportação global




52.994




51.140




48.011




55.086




58.223




Importação global




59.744




57.749




49.296




55.816




55.581




Saldo global




-6.750




-6.609




-1.285




-730




2.642




Exportação agron.




23.404




21.575




20.514




20.610




23.863




Importação agron.




8.247




8.106




5.739




5.799




4.847




Saldo agronegócio




15.157




13.469




14.775




14.811




19.016




 



Outros fatores contribuíram para este grande desempenho da agricultura  que foram inovações na comercialização de produtos, com a eliminação de intermediários , o aperfeiçoamento do crédito agrícola pelo Banco do Brasil e a criação de 84 salas de agronegócios , colocando o produtor diretamente em contato com as grandes Bolsas internacionais.  Hoje seguros para proteger o patrimônio do agricultor são feitos até no mercado internacional .



 


























































Balança comercial do agro-negócio  - 1994 2003  US$ bilhões




Ano




1994




1995




1996




1997




1998




1999




2000




2001




2002




Expor




19,1




20,9




21,1




23,4




21,6




20,5




20,6




23,9




24,8




Impor




5,7




8,6




8,9




8,2




8,1




5,7




5,8




4,8




4,5




Saldo




13,4




12,3




12,2




15,2




13,5




14,8




14,8




19,1




20,3




Fontes : Conab , Cepea e CNA , in FSP 30.05.2003, p. B-6



O agricultor brasileiro modernizou-se . O fazendeiro antiquado e desinformado foi substituído por jovens administradores com formação acadêmica, bem informados que sabe usar ferramentas requintadas para cultivar a terra e aprimorar seus rebanhos. Hoje estão sendo utilizadas as novas técnicas de comunicação, como a internet e telefonia por satélite .



Outro aspecto positivo da expansão agrícola é a geração de empregos . No padrão tecnológico atual , para cada 1 milhão de reais investidos na agricultura são criados 202 empregos , contra  apenas 85 na indústria automobilística e 78 na indústria eletroeletrônica . Como os empregos que estão surgindo no campo , cada vez exigem maior qualificação, o salário médio também está se elevando. 



 
















































































PRINCIPAIS EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS  1995-2001 – US milhões




 




95




96




97




98




99




2000




2001




soja




3820




4458




5729




4761




3784




4197




5296




cacau




131




174




127




153




108




101




94




suco




1105




1392




1003




1262




1235




1019




812




carnes




1297




1509




1563




1598




1933




1917




2869




Café




2426




2095




3094




2581




2444




1760




1393




açúcar




1817




1491




1770




1943




1911




1199




2286




Fonte : Ministério da Agricultura .



 



 



PRODUÇÃO EM 2003                    



 



 Os números referentes à safra 2003 revelam um novo record com a produção de 123,6  milhões de toneladas , superando a barreira de 100  milhões de toneladas  e  26,5% acima da safra do ano anterior , enquanto a área plantada aumentou em 9,8% passando de 40 para 43,9 milhões de hectares .



 Este aumento decorreu de excepcionais ganhos de produtividade , pois nos últimos 4 anos o Brasil elevou o volume produzido em 42 milhões de toneladas , sem aumentar a área de produção  de modo significativo e o uso de insumos.  Este aumento de produtividade decorreu  de uso de sementes modificadas geneticamente para resistir a doenças , pragas e mudanças de clima , novos tratores , colheitadeiras  e aperfeiçoamento nos tratos com as culturas .



Destaque em 2003 para o crescimento da produção de soja , mais 10 milhões de toneladas , de milho, mais 12 milhões de toneladas , de trigo cuja produção quase dobrou , chegando a quase metade do consumo nacional . A decepção ficou apenas com o arroz , cuja produção foi 1,9% menor do que a de 2002 e a área cultivada que também diminuiu em 0,9% .



 










































































































SAGRA BRASILEIRA 2002/2003 ESTIMATIVA em milhares de  toneladas




PRODUTO




2001/2002




2002/2003




VARIAÇÃO %




Algodão




1.444,49




1.378,4




10,7




Amendoim




189,4




176,8




-6,7




Arroz




10.626,1




10.427,0




-1,9




Aveia




284,7




377,2




32,5




Centeio




5,8




5,8




0




Cevada




234,8




287,6




22,5




Feijão




2.983




3.261




9,3




Girassol




71




57,5




-19




Mamona




72




86,3




19,2




Milho




35.280,7




47.380




34,3




Soja




41.916,9




52.066




24,2




Sorgo




798,2




1.569




 




Trigo




2.913,9




5.14




76,5




Triticale




138,8




249,7




79,9




Total




96.730,6




120.160,8




24,2




 



Em 2002 o PIB gerado pelo agronegócio cresceu 8%  contribuindo significativamente para o desempenho global da economia que foi de apenas 1,5% . Em 2003 a participação do agronegócio no PIB brasileiro passou de 29 para 31% . O saldo comercial do setor chegou a US$ 25,848  bilhões em 2003, a US$ 34,135 bilhões em 2004 e a US$ 38,417 bilhões em 2005  .



O agronegócio respondeu por 86% do superávit total em 2005 . Do agronegócio foram exportados US$ 43,6 bilhões e importados US$ 5,183 bilhões , resultando em um saldo comercial de US$ 38,4 bilhões .



 


























































Agronegócio na Balança Comercial Brasileira




 




1997




1998




1999




2000




2001




2002




2003




2004




2005




Exportações




23,40




21,57




20,51




20,61




23,86




24,83




30,63




39,01




43,60




Importações




8,24




8,10




5,73




5,79




4,84




4,49




4,79




4,88




5,18




Saldo




15,15




13,46




14,77




14,81




19,01




20,34




25,84




34,13




38,41




Fonte : Ministério da Agricultura , FSP 6.1.2006 , p. B-9 .



 



AGRICULTURA EM 2004



 



A agricultura passou a responder também por 37% dos empregos do país , sendo a grande responsável pela geração de empregos no interior do Brasil .Conforme constata Kevin Cleaver , diretor do departamento de desenvolvimento rural do Banco Mundial , “ durante anos investimos maciçamente em agricultura familiar , mas hoje sabemos que as grandes propriedades têm igual poder de criação de empregos” . ( Veja, 29.09.2004. p. 92) . Como o aumento da produção está ocorrendo devido à utilização de alta tecnologia a lista dos novos empregados inclui um contigente crescente da classe média, especialistas em software , engenheiros e administradores . 



O Brasil que já era líder mundial na exportação de suco de laranja, açúcar , café e tabaco, assume a liderança nos rankings de soja, frango e da carne bovina.



A frota de  tratores foi renovada em 30%  e a  de colheitadeiras em 45% pelos bons preços agrícolas e pelo Moderfrota .As colheitadeiras modernas  têm computador de bordo , câmbio eletrônico de até 24 velocidades  e equipamentos que regulam o sistema hidráulico de acordo com o esforço requerido pelo terreno .



Na chamada agricultura de precisão , realizada com o auxílio de satélites , o plantio é feito com controle automático dos espaçamentos , da profundidade das covas e da quantidade de adubo aplicado.



Nos últimos dez anos os subsídios e recursos governamentais diminuíram muito . Até 1980 o governo aplicava por ano na agricultura US$ 18 bilhões e atualmente investe menos da metade . Em 1981 74% dos recursos do Banco do Brasil eram destinados á agricultura , hoje não superam a 15% . Mesmo assim os agricultores aprenderam a trabalhar com recursos próprios. 



A produção agrícola brasileira começou a se fortalecer a partir de 1996 com a renegociação das dívidas agrícolas . O problema vinha se arrastando desde a época de alta inflação , quando os contratos  eram corrigidos acima dos valores recebidos na produção . Os débitos foram repactuados com prazo de 20 anos . Securitizadas as dívidas os produtores voltaram a investir e a produção nacional passou a dar seguidos saltos no caminho das 100 milhões de toneladas de grãos .



O Brasil já está apresentando uma produtividade média por hectare no caso da soja , de 47 sacas por hectare, superior à americana de 43 sacas por hectare.  O Brasil até 2009 poderá ser o maior produtor mundial de soja . Já no caso de milho estamos longe dos americanos com 60 sacas por hectare contra 140 sacas nos EUA .



 



AGRICULTURA EM 2006



Segundo dados divulgados pelo Censo Agropecuário do IBGE , em todo o país , a área para lavouras cresceu 83,5% de 1996 para 2006 , passando de 41.794 mil para 76.697 hectares  . A área de matas passou de 94.292 para 99.888 mil hectares ( mais 5,9% ) e a área de pastagens diminui em3,0% , passando de 177.700 mil para 172.333 mil hectares . A área total passou de 353,6 milhões  em 1996  para 354,9 milhões de  hectares em 2006 . ( F S P , 22.12.2007 , p. B-5) .



 



PRODUÇÃO EM 2006



 



A produção em 2006 somou 117,3 milhões de toneladas , sendo o Paraná responsável pela produção de 17% do total . Embora a produção de 2006 tenha sido 4,1% maior do que a de 2005 , houve queda de R$  15,1 bilhões no   total da produção de grãos , estimada em R$ 40,961 bilhões .



 



CONCENTRAÇÃO EM 2006.



 



Segundo o Censo Agropecuário de 2006, divulgado pelo IBGE em setembro de 2009, o indicador de desigualdade no campo , o índice Gini da terra subiu 1,9% na média nacional de 1995/1996  a 2006 , tendência apontada na maioria dos estados .



Em 5 de novembro o IBGE corrigiu erro e concluiu que o índice de Gini em 2006 foi de 0,854, cerca de 0,23% abaixo do de 1995/19996 que foi de 0,856 . Em 1985 havia sido de 0,857 , portanto a concentração vem caindo desde 1985. ( F S P , 6.11.2009, p. B-6) .



A agricultura familiar responde por até 70% da produção de alimentos da cesta básica e supera o agronegócio em algumas culturas  . Nas propriedades de agricultura familiar o uso do solo é pastagens 45%, florestas ou sistemas agroflorestais 28%, lavouras 22% e outros 5% .



Em percentagem da produção total a agricultura familiar responde por: Mandioca 87%, Feijão 70%, Suínos 59%, Leite 58%, Aves 50%, Milho 46%,m Café 38%, Arroz 34%, Bovinos 30%, Trigo 21% e Soja 16% .( F s P , 1.10.2009 , p. B-6,7) .



A produtividade do algodão subiu 124% em 10 anos , de 1.333 para 2.986 quilos /hectare /ano . O gado teve aumento de 90% de 22,8 para 43,4 quilos . O milho de 48% , de 2.442 para 3.606 quilos e a soja 12% , de 2.334 para 2.602 quilos . A área efetivamente utilizada recuou 7%, contrariando o discurso segundo o qual a expansão agrícola significa necessariamente avanço sobre matas virgens como a Floresta Amazônica . ( Veja, 7.10.2009 , p. 126) .



Apesar do crescimento da produção , as áreas de mata das propriedades rurais foram ampliadas de 94,3 milhões de hectares em 1996 para 98,5 milhões em 2006. ( Exame, 4.11.2009 , p. 18) .



 



PRODUÇÃO EM 2007



 



O maior estado produtor de grãos em 2007 foi o Paraná , seguido de Mato Grosso , Rio Grande do Sul , Goiás e Minas Gerais .



A produção total em 2007 foi de 133,3 milhões de toneladas , 13,7% a mais do que em 2006 , apesar da redução de 1,5% na área plantada segundo o IBGE .



Mesmo com impacto na inflação global , as cotações maiores especialmente de soja e milho asseguraram um ganho de 36,5% no valor total da comercialização dos grãos produzidos em 2007 , que atingiu a marca de R$ 55,9 bilhões , ainda distante dos recordes de 2004 ( 63,4 bilhões ) e 2005 ( 58 bilhões ) .A produção distribui-se por soja ( 43,5%) , milho (38,9%), arroz (8,3%), Trigo (3,1%), Feijão (2,4%), Algodão Herbáceo ( 1,9%) ), Sorgo, 1,1%) e outros (0,8%) . ( F S P, 18.07.2008, p. B-5) .



 



POTENCIAL EM 2008


 


 



O Brasil tem a maior fronteira agrícola do mundo , sem contar a floresta Amazônia . São 133 milhões de hectares , dos quais 30% ainda não explorados e 70% que estão sendo usados pela pecuária .Somadas estas áreas equivalem a quatro vezes o território da Alemanha ou 12% das terras que ainda podem ser ocupadas com a agricultura em todo o mundo .


Entre 1975 e 2007 , o aumento da produtividade da agricultura brasileira foi de 3,2% ao ano, bem acima da média internacional .


Com a tecnologia atualmente existente é possível no Brasil quase triplicar a produção de milho sem expansão da área de plantio . No caso da soja em 35% . O mesmo raciocínio vale para as culturas de algodão e de arroz . ( Exame , 4.6.2008 , p. 130-131 ) .


Segundo Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria produtora  e Exportadora de Carne Suína, temos governo demais onde não é preciso e pouco governo onde ele se mostra necessário . ( Veja, 13.08.2008, p. 21) .


 



 



PRODUÇÃO EM 2008



 



Segundo o IBGE a produção nacional de grãos vai ser de 144,3 milhões de toneladas no ano agrícola 2007/2008 . A cifra é recorde  , 8,4% maior do que os 133,1 milhões de toneladas verificados no ano anterior .a Conab chegou a número semelhante , 143,3 milhões de toneladas.



O valor da produção agrícola em 2008 foi de R$ 148,4 bilhões , 27,3% superior ao de 2007. O aumento decorreu principalmente da alta dos preços da soja, milho , feijão e do arroz e a expansão da produção de cana-de-açúcar , café e trigo . A soja respondeu por 26,1% do valor da produção , o milho 14% e a cana 13,9% . ( F S P , 17.10.2009 , p. B-13) .



O cultivo de grãos deve chegar a 47 milhões de hectares, aumento de 3,7% . As maiores áreas foram ocupadas por soja – 21,1 milhões hectares; milho – 14,5 milhões e arroz – 2,9 milhões .



Segundo a Conab , 90% da produção já foi colhida até maio , destaques para 99% de soja e 95% de arroz .



O Centro Sul foi a maior região produtora com 61,6 milhões de toneladas , seguido pelo Centro Oeste ( 49,2 milhões ), Sudeste ( 17,1 milhões ), Nordeste ( 12,6 milhões ) e Norte ( 3,8 milhões ). ( F S P , 10.06.2008 , p. B-11) .



 



PRODUÇÃO EM 2009



 



Em 40 anos a população mundial vai crescer 35% , superando os 9 bilhões e ao mesmo tempo a produção de alimentos precisará ser ampliada em 70% . devido á expectativa de vida maior e à necessidade de mais calorias , associado ao aumento da renda.



A quantidade de cereais produzidos terá de crescer de 2,1 bilhões de toneladas em 2009 para 3 bilhões e a oferta de carne de 270 mihões para 470 milhões de toneladas .



Segundo relatório “ Como alimentar o mundo em 2050” da FAO , 90% do crescimento na oferta de comida se dará pelos ganhos de eficiência nos campos , pois a maior parte do planeta ainda produz comida com tecnologia rudimentar . A cada hectare de milho plantado , são colhidos 38 quilos nos EUA, 24 no Brasil  e apenas 11 na África Subsaariana . ( Veja, 16.12.2009, p. 142-143) ,



A agricultura é atividade que transfere renda do solo para a indústria, comércio e serviços de maneira quase imediata. Cada bilhão de dólares obtido na agricultura gera 500 milhões em outras encomendas, na própria agricultura, comércio e serviços.



         A produção agrícola brasileira depois da queda na produção ocorrida entre 1990 e 1991 retomou o crescimento apresentando safras recordes tendo a produção crescido sistematicamente até 1995,  e depois de 1998 .



O Brasil possui 388 milhões de hectares de terras cultiváveis , sendo 90 milhões ainda não exploradas . Em 2005 é o maior produtor mundial de café, açúcar , álcool , suco de laranja  e o maior exportador de carne bovina , de frango , café, açúcar , etanol , suco de laranja , tabaco e do complexo soja .



Nas 13 safras plantadas até 2002/2003 a área plantada no Brasil cresceu em 1,2% ao ano e a produção em 6,4% ao ano.



A safra passou de 53,9 milhões de toneladas no início da década de 1980 para mais de 120 milhões de toneladas na safra 2006/2007 .



A produtividade passou de 1.268 quilos por hectare na década de 1980 para 2.586 quilos por hectare na safra 2005/2006 , sendo que a área plantada cresceu apenas 10,4% passando de 42,5 milhões de hectares para 46,9 milhões .



 



 



A primeira estimativa do IBG para a produção de trigo na safra de 2008/2009 é de uma colheita de 5,2 milhões de toneladas , 35% superior à do ano anterior e com área plantada de 2,26 milhões de hectares , 24,2% superior .



O governo federal anunciou em julho de  2008 o Plano Agrícola e Pecuário da Safra 2008/2009 com a estimativa de alcançar uma produção de 150 milhões de toneladas de grãos, 5% acima do registrado na safra anterior .



O agronegócio terá R$ 65 bilhões em créditos , volume 12% superior ao liberada na safra passada . Cerca de 70% dos recursos serão oferecidos com taxas fixas de 6,75% ao ano à agricultura empresarial . O BNDES abriu uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para os produtores que quiserem reverter pastagens degradadas em áreas de plantio .A agricultura familiar terá financiamento de R$ 13 bilhões . ( F S P , 3.7.2008 , p. B-6) .



A crise  mundial , segundo o IBGE deverá diminuir em 3,3% a produção para 2009 , que deve somar R$ 140,8 milhões de toneladas . Caso isso se confirme será a primeira queda na produção desde 2005, quando houve problemas climáticos . A produção nacional para 2008 está estimada em 145,6 milhões de toneladas , alta de 9,.4% em relação à de 2007 . ( F S P , 7.11.2008, p. B-4)



A crise mundial pegou os agricultores desavisados devido á crise no setor de crédito. Em Mato Grosso se estima que 70% dos 100.000 agricultores expandiram seus negócios  à base de financiamentos . O crédito fácil e a certeza de repactuações cíclicas dos débitos e anistias viciaram o setor que trabalha com 90% de recursos de bancos e tradings e apenas 10% de dinheiro próprio . O modelo precisa mudar . ( Exame, 8.4.2009, p. 58-61)



 



PRODUÇÃO EM 2011



 



Segundo a Conab a produção agrícola brasileira deve atingir na safra 2010/2011 , 154,2 milhões de toneladas . A produção de soja será de 70 milhões de toneladas , a de milho de 53 milhões e a de arroz 13 milhões de toneladas, as 3 culturas responsáveis por 90% da produção brasileira . A área de plantio , que poderá atingir 49 milhões de hectares nas safras de verão e inverno , 3,1% sobre a de 2010 . ( F S P , 11.03.2011, p. B-6 ) .



 



PERSPECTIVA PARA 2020



 



Dados preliminares do mais novo trabalho sobre projeções do Agronegócio Brasileiro , preparado pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura sinalizam com clareza o imenso potencial da agricultura brasileira , sublinhando o esgotamento das áreas agricultáveis nos países mais populosos e a dificuldade de repor os  estoques mundiais de grãos , sobretudo por causo do aumento do consumo do arroz , trigo , milho e soja .



O milho deverá saltar de uma produção de 51 milhões de toneladas em 2008/09 para mais de 70 milhões em 2019/20 , um crescimento de 37,5%.



A soja, de 52 milhões de toneladas para 82 milhões , crescendo 43,5% .



A carne de frango de 11,13 milhões de toneladas para 16,63 milhões , quase 50% a mais .



O algodão crescerá 68%, saltando de 1,19 milhão de toneladas para 2,01 milhões.



Celulose irá de 12,7 milhões para 18,10 milhões , mais 43% .



Mas a grande vedete mesmo é o etanol , cuja previsão de crescimento é de 127,33% , saindo dos atuais 27 bilhões de litros para 63 bilhões em 2019/20 . ( Roberto Rodrigues, F S P , 13.02.2010 , p. B-2) .



 



 



ESTOQUES REGULADORES


 



 



 


O governo federal vai retomar em 2008 a política de estoques públicos para evitar a falta de alimentos , de caráter estratégico em alguma eventualidade , situação de catástrofe climática ou desabastecimento e um efeito regulador nas Bolsas de Futuros, para conter uma eventual alta especulativa  .


A nova estratégia vai evitar a formação de grandes volumes de estoques , que exigem altos gastos de armazenagem e a Conab vai comprar pequenos lotes de produtos e acompanhará a oscilação dos preços no mercado para ver se é preciso comprar mais ou não . ( F s P ,12.08.2008, p. B-9) .


 



TERRAS POR ESTRANGEIROS



 



O presidente Lula aprovou parecer da Advocacia Geral da União que dá nova interpretação a uma lei de 1971, impondo regras para a  venda de imóveis rurais a empresas com sede no Brasil controladas por estrangeiros .



Essas empresas terão que ter autorização do INCRA para adquirir imóveis rurais podendo comprar no máximo 25% das terras de um município . Não podem fazer aquisições para projetos agrícolas , pecuários e industriais se esses objetivos não estiverem nos estatutos das companhias. Está proibida ainda a venda de terras de mais de 250 hectares a 5.000 hectares, dependendo do Estado ( F s P , 24.08.2010 p. A-11) . 



 


 


TRANSGÊNICOS


 



Em 2003 cerca de 70% da safra de soja gaúcha é de grãos geneticamente  modificados . A soja transgênica , contrabandeada da Argentina , oferece uma economia de 40% em relação à soja comum  e tem produtividade entre 5 e 8% maior. O Rio Grande do Sul é o Estado onde mais se utilizam sementes transgênicas no Brasil.



Em 2007/2008 a colheita de soja  será de 58 milhões de toneladas  sendo mais da metade transgênica . Em 2007 , foram dedicados 15 milhões de hectares destinados para soja e algodão geneticamente modificados, área 30% maior do que a da safra anterior .



Oito países concentram 99% das plantações transgênicas.  De 1997 a 2007 a área com transgênicos no mundo passou de 11 para 114 milhões de hectares .  Os EUA tem 58 milhões de hectares com transgênicos , 32% da área agrícola total ; a Argentina 19 milhões de hectares , 57% da área agrícola total ; o Brasil 15 milhões de hectares , 25% da área agrícola ; o Canadá 7 milhões de hectares , 14% da área agrícola ; a Índia 6,2 milhões de hectares , 3,5% da área agrícola , a China 3,8 milhões de hectares , 3,5% da área agrícola , o Paraguai 2,6 milhões de hectares , 86% da área agrícola e a África do Sul 1,8 milhão de hectares , 12% da área agrícola total ( Exame , 27.02.2008 , p. 42-43) . . 



Segundo o ISAAA, em 2007 o uso de sementes transgênicas fez com que 14,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono deixassem de ser emitidas na atmosfera , equivalente a tirar 6,5 milhões de carros das ruas .



A soja transgênica tem um custo de produção em média 20% menor que o da convencional  e reduz a aplicação de inseticidas a um quinto do necessário em uma lavoura comum . O herbicida ao qual a soja é resistente , combate ervas daninhas , deixando a lavoura mais limpa e mais fácil de cuidar.



A tendência mundial é o crescimento da utilização de alimentos com variedades modificadas genéticamente , que vem sendo usadas desde 1994 sem até o momento terem ocorrido problemas de saúde relacionados ao seu uso .



 






















% lavouras transgências em relação à área plantada




Soja




51




Canola




12




Algodão




20




Milho




9




Fonte : International Service for the Acquisition of Agri-biotech Applications , in Veja, 12.03.2002, p. 59 .



Relatório da FAO divulgado em maio de 2004 conclui que o avanço da biotecnologia poderá aumentar em 60% a produção mundial de alimentos nos próximos 30 anos.



Em fevereiro de 2003 o governo Lula editou uma medida provisória liberando a comercialização da soja transgênica da safra 2002/2003 . Porém, em 12.08.93 a juíza do Tribunal Regional Federal da 1ª Região Selene Maria de Almeida liberou o plantio e a comercialização da soja transgênica em todo o território nacional , a pedido da empresa Monsanto  que detém a patente da semente do produto no Brasil. O cultivo e a venda estavam proibidos desde 1999, por decisão  do juiz da  6ª Vara Federal em Brasília , em ação civil pública movida pelo Idec e Greenpeace  .



Com a decisão , a Monsanto poderá vender sementes da nova safra . ( F S P 13.08.2003, p. B-10) .



Entre os que são contrários aos transgênicos , economicamente, critica-se o seu  uso pelo fato de essa tecnologia ser controlada por poucas empresas multinacionais. Acredita-se que o uso de transgênicos possa tornar a produção muito dependente de poucos fornecedores de sementes e defensivos, possibilitando a formação de práticas como monopólio, oligopólio e cartel.



De ordem ambiental , pode-se destacar a diversidade biológica expressiva com desconhecimento dos efeitos ambientais das sementes transgênicas nos diversos ambientes naturais brasileiros, diferentemente dos EUA, onde o ambiente natural, relativamente mais homogêneo, apresenta menos potencial de impacto.



A questão é polêmica . Um  dos maiores estudos realizados na Europa sobre o impacto do uso de sementes transgênicas , o projeto Bright concluiu que não ocorre degradação do solo e há vários benefícios potenciais para os agricultores . Outro estudo na Inglaterra , o FSA  encontrou menor quantidade de abelhas e borboletas em  torno de plantações de beterraba transgênica , do que em área próxima plantada com a variedade natural . ( Veja , 8.12.2004



Segundo a bióloga Nina Fedoroff, assessora especial de ciência da secretária de Estado Hillary Clinton ,”Creio que hoje há 125 milhões de hectares no mundo plantados com OGMs ( organismos geneticamente modificados) , por 13,5 milhões de agricultores . Ninguém morreu – e as pessoas morrem de envenenamento por pesticidas o tempo todo . Não existe nenhum risco real . Os riscos, depois de 13 anos de plantio comercial , continuam sendo hipotéticos . E, contudo , há muita convicção pública de que há algo errado”. ( F S P , 2.11.2009 , p. A-14) .



 



MUDANÇA CLIMÁTICA E AGRICULTURA BRASILEIRA



 



 



Estudo feito por Eduardo Assa , da Embrapa Informática Agropecuária e Hilton Pinto , da Unicamp , as áreas potenciais para a cultura da cana-de-açúcar vão crescer 139% até 2050, caso a temperatura aumente em média 3% . Esse crescimento significará R$ 23,5 bilhões a mais no PIB do agronegócio nacional .



A área para a mandioca deverá crescer 13% até 2.050 .



Já nas plantações de soja a área adequada ao grão diminuirá 34% até 2.050 . Em termos financeiros isso significa uma queda da produção da ordem de R$ 6,3 bilhões . “Em termos geográfico a soja deverá sumir ,por exemplo , de grande parte do Rio Grande do Sul “, diz Pinto.



O aquecimento global também vai reduzir a área ótima para lavouras de café ( queda de 17% na área  de potencial cultivo), de girassol ( -16%),  de milho ( -15%) , de algodão ( -16%) , de arroz ( -12%), e de feijão ( -10,0%) . Pelos cálculos feitos a preços de hoje ,em 42 anos , o clima vai causar , em todo o Brasil, um prejuízo de R$ 10,7 bilhões , referente ás culturas que perderão territórios adequados .



Parte do semi-árido do Nordeste deverá virar um deserto . No caso da região Nordeste a saída está nas culturas locais , como seriguela, sorgo ,etc. ( F S P , 11.08.;2008, p. A-16) .



Congregando diversos segmentos do setor agropecuário brasileiro está em elaboração o documento “Iniciativa Brasileira para a Criação de um Sistema de Verificação da Atividade Agropecuária” .



Tendo como pressuposto a verificação voluntária , inclui a certificação independente , e como unidade de monitoramento a propriedade rural , esse sistema está fundamentado em um elenco de 5 princípios e 15 critérios , que darão ao mercado a garantia de origem e qualidade socioambiental de toda e qualquer produção realizada em um empreendimento verificado sob essas condições .



Por meio desse sistema , aspectos fundamentais da gestão ambiental e social da propriedade , como a manutenção de reservas legais , proteção dos recursos hídricos e garantir boas condições de saúde e segurança de trabalhadores rurais além de respeito aos legítimos direitos de propriedade,  posse e uso da terra , são consignados como princípios básicos para todo empreendedor disposto a submeter sua forma de produzir à verificação . ( Roberto Rodrigues, F S P , 16.08.2008 , p. B-2) .



 



INDÚSTRIA DE DEMARCAÇÕES



 



Áreas de preservação ecológica , reservas indígenas e supostos antigos quilombos representam em 2010 , 77,6% da extensão do Brasil. Se a conta incluir também os assentamentos de reforma agrária , as cidades, os portos , as estradas e outras obras de infraestrutura , o total alcança 90,6% do território naciona,.



O governo pretende ainda criar outras 1.514 reservas e destinar mais 50000 lotes para a reforma agrária .



Os dados apontam para uma verdadeira indústria da demarcação a pretexto de preservar e proteger a cultura dos nativos e expiar os pecados da escravatura . Pelas leis atuais , uma comunidade depende de apenas duas coisas para ser considerada quilombola ou indígena : uma declaração de seus integrantes e um laudo antropológico . A maioria desses laudos é elaborada sem nenhum rigor científico e com claro teor ideológico de uma esquerda que ainda insiste em extinguir o capitalismo , imobilizando terras para a produção . Alguns relatórios ressuscitaram povos extintos a mais de 300 anos . Outros encontraram etnias em estados da federação nos quais não há registro histórico de que elas tenham vivido lá . Ou acharam quilombos em regiões que só vieram a abrigar escravos negros depois que a escravatura havia sido abolida .



As regiões Nordeste e Norte lideram os pedidos de reconhecimentos apresentados à FUNAI . Em dez anos a população que se declara indígena triplicou . Em 200, o Ceará contava com seis povos indígenas e em 2010 passou para doze . Na Bahia, catorze populações indígenas reivindicam reservas . Na Amazônia, quarenta grupos de ribeirinhos de repente se descobriram índios . Em vários destes grupos ninguém é capaz de apontar um ancestral indígena nem de citar costumes tribais . ( Veja, 5.5.2010, p. 154-161) .



 



O CERRADO BRASILEIRO



 



  70% do território brasileiro é formado por terras cultiváveis. Apenas 10% da área está ocupada. Na média mundial o índice de aproveitamento é de 22%.Na China apenas 13% da terra serve para o plantio e os chineses produziram em 1996 430 milhões de toneladas de grãos. Além disso o Brasil tem 35% do estoque de água fluvial do mundo.



O Brasil possui uma das últimas fronteiras agrícolas do mundo  ainda a ser ocupada. É a área dos cerrados  que soma mais de 200  milhões de hectares , pelo menos metade com possibilidade de exploração agrícola ,  com potencial de produção de 400 milhões de toneladas de grãos. É uma  área equivalente aos territórios somados de Portugal, Espanha , França, Inglaterra , Itália , Holanda e Bélgica . Deve-se salientar por exemplo que os EUA já ocuparam praticamente toda a sua área com  potencial agrícola .



         A região possui solo ácido que parecia ter poucas possibilidades. Porém , a Embrapa há 20 anos começou a desenvolver por meio de melhoramento genético  variedades próprias para cada tipo de microclima da região e técnicas de manejo de solos. Conseguiu chegar a uma fórmula para a correção do solo , utilizando basicamente calcário , após milhares de tentativas . Mudou-se o sistema de preparo da terra para o plantio direto , em que a semente é jogada diretamente no solo coberto de palha .



O resultado pode ser visto em Lavouras na cidade de Lucas do Rio Verde que alcançam produtividade de até 3000 quilos por hectare de soja, superior à média americana de 2700 quilos. Pelo clima o cerrado é um dos poucos lugares do mundo onde é possível plantar o ano inteiro .



A soja , uma planta chinesa típica de clima frio demandou 16 anos de pesquisa em biologia e genética e teste de 2.000 linhagens até chegar a sementes ideais para o nosso clima .



         O cerrado é uma região com  grande diversidade biológica pois contém cerca de 6.000 espécies de plantas e ainda mais espécies de animais . A exploração precisa ser feita com cuidado pois é grande o risco de danos ecológicos com o desmatamento de matas ribeirinhas, o desvio de rios para irrigação e a erosão ou degradação do solo decorrente do manejo incorreto.



Entre Mato Grosso e o Sul do Piauí há 45 milhões de hectares em terras planas , que facilitam a operação de grandes tratores e colheitadeiras . É equivalente ao território de toda a Espanha .   Só na Chapada de Parecis  , ao redor de Sapezal , há 20 milhões de hectares a serem explorados . 



            Os cerrados já produzem 25% da colheita de grãos do Brasil. Produção de 20 milhões de toneladas de grãos e rebanho de 45 milhões de cabeças de gado, 30% do rebanho bovino nacional.



Do cerrado já sai em 2003 metade da safra nacional de grãos , além de uma farta produção de outras culturas como algodão m trigo e girassol . A região abriga 40% do rebanho bovino nacional e é um dos pólos principais   de produção de aves e suínos . 



Mato Grosso se tornou o maior ,produtor nacional de algodão e o segundo de arroz . “A soja abre caminho para outras lavouras , pois é uma cultura desbravadora , que fixa nitrogênio e deixa vários nutrientes no solo após sua colheira “ , explica o pesquisador Amélio Dall”Agnol da Embrapa . ( Veja, Especial Agronegócio , abril 2004 , p. 26 . )



A soja segundo estudo divulgado em 2005 pelo Ipea  não é responsável pelo desmatamento do cerrado e da Amazônia . Sua proliferação se deu básicamente em terras usadas  para a criação de gado . Segundo o estudo o preparo da terra virgem demanda  cinco anos o que inviabiliza o plantio de soja em áreas desmatadas . ( Veja , 19.01.2005 , p. 82) .



Esta grande região já conta com dois corredores de exportação que possibilitam o barateamento dos custos de transporte viabilizando a produção em grande escala:



        



HIDROVIA PORTO VELHO - ITACOTIARA:



 



         Ao custo de US$ 60 milhões já está funcionando (BNDES 24 milhões;governo do Amazonas 12 milhões e família Maggi 24 milhões- renda por colheita de 110 milhões).



         A hidrovia , pelo rio Madeira  liga Porto Velho capital de Rondônia com o porto de Itacotiara no Amazonas a 200 km de Manaus. Balsas gigantescas com soja produzida em Mato Grosso, Rondônia, Acre e Sul Amazonas embarcadas em navios graneleiros  que , descendo o rio Amazonas vão direto para os portos europeus e asiáticos. O frete de Mato Grosso a Roterdã é de US$ 75 por tonelada, contra US$ 105 por Paranaguá. Com isso  é evitado um percurso de 2.500 quilômetros em estradas esburacadas até o porto de Paranaguá .



         BALSAS - S. LUÍS:



         A produção da região de Balsas é transportada até a estação ferroviária em Imperatriz e segue nos trens da CVRD até o porto de S. Luís.



Frete de Balsas até Roterdã fica em US$ 37 a tonelada enquanto no Paraná fica em US$ 41 com terras cinco vezes mais caras que no Maranhão.



 



DIVERSIFICAÇÃO NAS ATIVIDADES AGRÍCOLAS



 



Outro  aspecto importante a ser destacada nas mudanças ocorridas no setor agrícola nos últimos anos é que 40% dos trabalhadores adultos nas áreas rurais , exercem atividades não agrícolas. Estas atividades envolvem hotéis fazenda e pesqueiros por exemplo , com inúmeras novas funções – garçom, arrumadeiras , balconistas , motoristas , guias de turismo, etc. Estas mudanças contribuíram significativamente para reduzir o êxodo rural.



 . A modernização com o uso intensivo de fertilizantes e defensivos agrícolas e aumento no número de tratores e colheitadeiras , reduziu a necessidade de trabalhadores e criou novas funções como a de operador de máquinas agrícolas .



Estas novas atividades no setor agrícola tem gerado uma renda média superior à tradicional . A renda média no setor tradicional é de R$ 264 e em atividades não agrícolas é de R$ 543 .  , e o setor rural está ficando cada vez mais parecido com a área urbana .  Nos anos 90 o número de casas com televisão no meio rural aumentou em 70% , geladeiras em 50% , máquina de lavar em 35% e freezer em 55% .  ( Revista Veja , 20.09.2000 , p. 50-55) .



 



MODELOS DE GESTÃO



 



No Brasil existem dois modelos de produção agropecuária diferenciados segundo critérios da FAO e do Incra . O patronal e o familiar .



No modelo familiar de agricultura, pode-se dizer que trabalho e gestão estão estreitamente relacionados pela própria condição dessa modalidade agrícola, em que o agricultor, contando com o seu próprio trabalho e de familiares, decide o que produzir.



 A diversificação se faz necessária em virtude de esse modelo ser tipicamente de pequena propriedade, na qual a monocultura se mostra economicamente inviável. Eventualmente, de acordo com o que se produz e a época do ano, pode-se empregar mão-de-obra assalariada.



Do mesmo modo, também pode-se fornecer mão-de-obra para o trabalho assalariado em outras propriedades, nos períodos de entressafra.



 



AÇÚCAR



 



O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar , o maior exportador mundial e o que possui os menores custos de produção .



 























































Produção  . Exportação e Custos de Produção do Açúcar em 2003




Produção




Exportação




Custos Produção




1. Brasil




22,4




1. Brasil




13,3




1. Brasil




174




2. Índia




19,1




2. EU




4,6




2. Austrália




203




3. União E.




17




3. Tailândia




4,1




3. Índia




240




4. China




10,4




4. Austrália




4




4. Tailândia




284




5. EUA




7,3




5. Cuba




2,1




5. EUA




329




Produção e Exportação , em milhões de toneladas . Custo de produção dólares por tonelada . Fonte : Votorantin Ventures , in Veja, 11.8.2004 , p. 99 .



Em 2006 foram moídas 428 milhões de toneladas de cana e em 2007 devem ser moídas 465 milhões de toneladas . O faturamento do setor deve diminuir de R$ 36,5 bilhões em 2006 para R$ 28 bilhões em 2007 em função na queda dos preços do açúcar branco de US$ 460 por tonelada em 2006 para US$ 310  em 2007 . ( Veja, 8.8.2007 , p 53) .



Acordo firmado entre usineiros e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo fixou para 2017 a data em que toda a colheita de cana deverá estar mecanizada . Segundo pesquisa da ESALQ , o número de trabalhadores bóias frias caiu 20,9% entre 1981 e 2004 , passando de 625 mil para 494 mil . No mesmo período houve um aumento de 166,3% na produção de cana passando de 156 para 415 milhões de toneladas . Parte da mão de obra no corte da cana será absorvida em outras funções como tratorista ou operador de caldeira  de usina , mas a grande maioria ficará desempregada . ( F s P , 11.09.2007 , p. B-12) .



 



ALGODÃO



 



O Brasil voltou a ser um grande produtor de algodão . Na safra 2003/2004 deve produzir 1,255 milhão de toneladas , com produtividade três vezes maior. A produção que era mais acentuada no sul sudeste , mudou-se para o nordeste , centro oeste . Na safra 2003-2004 o Centro Oeste deverá produzir 820 mil toneladas , o Nordeste 283 mil toneladas , o Sudeste 116 mil toneladas e o Sul apenas 32 mil toneladas .



O produtor superou na praga do bicudo que atacou os algodoais no final de década de 80, a produção se profissionalizou , os investimentos aumentaram e a atividade passou a ser exercida por grandes produtores .



Os cotonicultores do sudeste de Mato grosso organizaram uma cooperativa , a Unicotton e investiram US$ 1,5 milhão para montar uma estrutura eficiente de análise da pluma produzida no país . De cada fardo de algodão para exportação é retirada uma amostra para análise num equipamento que faz a classificação tecnológica da fibra quanto a resistência , uniformidade de comprimento e relação entre maturidade e espessura .



A novidade é o algodão em fibras naturalmente coloridas , pesquisado pela Embrapa , já nas tonalidades marrom e verde e outras em pesquisa . Como não precisa de tintura o tecido resultante é indicado para pessoas alérgicas a corantes .



Outra questão é a produção de algodão transgênico que foi adotada em muitos países concorrentes do Brasil e que continua proibida no Brasil.



 


























































PRODUÇÃO BRASILEIRA DE ALGODÃO EM PLUMA 1990-2005




1990/91




717




1996/97




305,7




2002/03




848




1991/92




667




1997/98




411




2003/04




1.150




1992/93




420




1998/99




520




2004/05




1.255




1993/94




484




1999/00




700




 




 




1994/95




537




2000/01




939




 




 




1995/96




410




2001/02




766




 




 




Em mil toneladas . 2004/2005 projeção .



O Brasil passou de importador para exportador de algodão . O volume de exportações será 150% maior do que em 2003 e 1500 vezes superior ao de 1997 . A receita em 2004 deverá chegar a US$ 528 milhões . A importação caiu de US$ 438,5 milhões em 1997 para US$ 95 milhões em 2004 .



 



AVICULTURA



 



O rebanho de aves passou de 718.538 mil em 1996 para 1.244.261 mil em 2006 .



Na avicultura o Brasil é o segundo maior produtor de frango e o primeiro exportador . A epidemia de gripe aviária deverá aumentar as exportações do produto . As granjas brasileiras se sofisticaram , as aves recebem rações com alto teor de proteína , vivem sob temperatura controlada e praticamente não tem contato com humanos. O tempo de abate foi reduzido de 80 para 42 dias .



O Brasil devido à boa qualidade da carne de frango produzida no país associado à saída parcial do mercado da China e da Tailândia , devido á gripe aviária deve alcançar em 2004 cerca de 2,2 milhões de toneladas exportadas de carne de frango e um faturamento de US$ 2,35 bilhões  , ultrapassando os EUA que exportam 2 milhões de toneladas por ano e tornando-se o maior exportador mundial .



A produção de 1986 a 2005 quintuplicou passando para 9,3 milhões de toneladas , sendo 29% comercializado com  142 países , sendo o país o maior exportador mundial do produto.



Em  2005 está prevista  a entrada no mercado de um novo comprador que é a Coréia do Sul  estando previstas compras de 200.000 toneladas anuais .



O Oriente Médio é o maior importador do Brasil , seguindo-se a Ásia .  



BORRACHA



 



O Brasil  que já foi o maior produtor mundial de látex atualmente importa 144.000 toneladas por ano . Porém cresce a exploração de borracha em São Paulo . Já são 2.500 produtores em 203 municípios



O número de seringueiras em produção no Estado de São Paulo passou de 11,565 milhões em 1998, para 19,331 milhões em 2008 . Como cada hectare tem , em média , 450 árvores , isso significa uma área ocupada de 42 mil hectares .Há mais pelo menos 42 mil hectares plantados no Estado q      ue começarão a produzir nos próximos anos . O número de pés de seguingueira em São Paulo aumentou 67% em dez anos . ( F S P , 21.07.2009, p. B-10) .



 



CAFÉ



 



Na safra 2008/2009 pelo sexto ano consecutivo , a produção será insuficiente para atender às necessidades do mercado , segundo projeção da Conab.



 






































































































































Produção nacional de Café , em milhões de sacas de 60 kg




2001/02




2002/03




2003/04




2004/05




2005/06




2006/07




2007/08




2008/09




31,300




48.480




28.820




39.272




32.944




52,512




33.740




42.731




Estoques iniciais de café em milhões de sacas de 60 kg




38,602




32,030




36.897




26.621




25.187




18.719




17.583




7.777




Oferta dos leilões do governo em 1000 sacas de 60 kg




147




203




291




1.664




1.206




1.003




1.150




652




Importações de café em 1.000 sacas de 60 kg




4,1




5,3




4,0




4,0




2,9




4,4




5,1




6,0




Total disponível de café em milhões de sacas de 60 kg




70,054




80,718




66.011




67.561




59.340




62.238




52.478




51.166




Exportação em milhões de sacas de 60 kg




21.71




27.146




22.107




24.169




21.794




25.598




24.798




25.000




Exportação de café solúvel em milhões de sacas de 60 kg




2.753




2.859




3.014




3.216




3;167




2.963




3;275




3.400




Venda externa de café torrado e moído  em 1.000 sacas de 60 kg




62,6




66,5




69,5




38,4




60,4




94,5




128,4




174,0




Consumo doméstico em milhões de sacas de 60 kg




13,49




13,75




14,20




14,95




15,60




16,00




16,50




17,00




Fonte : Conab – 2008/2009 projeção .



A demanda para 2008 é calculada em 45,6 milhões de sacas  e a primeira previsão da safra 2008/2009 é de 42,7 milhões . O carryover para a nova safra é de 7,8 milhões , mais do que suficiente para cobrir o déficit de 2,9 milhões de sacas . Porém a tendência de queda dos estoques pode causar problemas de oferta nos anos seguintes a 2008, pois a safra seguinte deverá ser menor devido ao ciclo bienal do café  . Embora a exportação tenda a se estabilizar o consumo nacional cresce continuamente ano a ano .  ( F S P , 5.2.2008 , p. B-6) .



 



LARANJA



 



A laranja é o sexto produto mais importante na pauta de exportações agrícolas do Brasil. Em 2002 cerca de 70% do suco consumido no mundo é plantado ou industrializado por brasileiros.



“ O mercado de laranja é um dos mais concentrados do mundo, tanto do ponto de vista geográfico , quanto do ponto de vista econômico . Cerca de 90% dos laranjais se  situam em apenas dois lugares : O Estado da Flórida nos Estados Unidos e o Estado de São Paulo , no Brasil. Essas regiões concentram milhares de plantadores  que vendem a produção a apenas quinze empresas que fazem o concentrado para distribuição em escala mundial . Delas, nove são companhias nos Estados Unidos  e seis no Brasil . Entre as estrangeiras , atuam no setor a Cargill , uma das maiores empresas de alimentos do planeta , e a gigante francesa Dreyfus . Entre os competidores nacionais , destaca-se a Votorantim , um dos maiores grupos empresariais do país . Até a década de 80, as fábricas americanas mantinham-se na liderança do mercado de suco , mas uma geada que arrasou os laranjais da Flórida mudou  o cenário e o Brasil assumiu a frente . O grande diferencia entre São Paulo e a Flórida  se dá no preço . O custo da colheita e do transporte por caixa na Flórida é quase quatro vezes mais alto do que em São Paulo . A diferença se deve principalmente ao peso da mão-de-obra no preço final , que no Brasil é muito mais baixo . Os Estados Unidos compensam a desvantagem  comparativa com tarifas alfandegárias elevadas . No fim dos anos 90 a Cutrale conseguiu colocar seu pé em solo americano ao comprar da Coca Cola duas fábricas de suco localizadas na Flórida . ( Veja, 14.05.2003 , p. 43). 



 



MADEIRA



 



O Brasil é o maior produtor mundial de celulose de eucalipto , a Aracruz , com capacidade de 3 milhões de toneladas anuais , 30% da oferta global do produto .



 



MILHO



 



O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho e 80% da colheita é consumida na forma de óleo vegetal e ração para animais . Técnicas de cultivo e maquinário sofisticado já permitem colher duas safras por ano . A produtividade varia , sendo de 1,2 t por hectare no Nordeste e 5,2 t no Centro Oeste .



A Embrapa desenvolveu um super-milho , com mais proteína do que o grão convencional .



A produção em 2004 deve atingir segundo a CONAB 43,1  milhões de toneladas , cerca de 30 % a mais do que em 2001/2002 . Para efeito de comparação a safra dos EUA para 2004/2005 deve atingir 284 milhões de toneladas .



 



PECUÁRIA DE LEITE



 



O rebanho bovino aumentou de 153.058 mil cabeças em 1996 para 169.900 mil cabeças em 2006 .



A produção de leite aumentou de 8 para 26,4 bilhões de litros em 2007  pela melhora na produtividade . A média de produção por animal passou de 700 para 1500 litros por animal/ano em três décadas . O Brasil é o sétimo maior produtor de leite do mundo com 20 milhões de vacas nas ordenhas , caminhando para a autosuficiência , tendo sido reduzida a importação de leite em pó de US$ 500 para US$ 60 milhões de dólares no período 1998/2003 .



 


































Produção brasileira de leite em bilhões de litros




Ano




produção




Ano




Produção




Ano




Produção




1980




11,162




2000




19,767




2003




22,595




1990




14.484




2002




21,644




2004




23,521




A balança comercial do setor lácteo , altamente deficitária até 2000 mudou completamente o perfil . O Brasil aumentou sua capacidade técnica e produtiva , ficou mais competitivo, as exportações aumentaram significativamente e deve ser obtida pela primeira vez um superávit em 2004 .O Brasil já foi o segundo maior importador de leite do mundo .



 


















































Balança comercial do setor láteo 1998 2004




Ano




exportações




importações




ano




exportações




Importações




1998




8,1




444,3




2002




40,2




247,6




1999




7,5




439,9




2003




48,5




112,3




2000




13,4




373,1




2004




49,5




54,3




2001




25,0




177,5




 




 




 




A Nova Zelândia é ao maior exportador de leite do mundo com produção de 14 bilhões de litros ,vendendo para fora 85% do que produz . A exportação brasileira em 2007 foi de apenas US$ 300 milhões .



A demanda mundial tende a crescer principalmente devido á China . Em 1990 cada chinês consumia 5 litros de leite por ano . Em 2007 a média saltou para 22 litros . Mesmo no caso brasileiro o consumo per capita aumentou de 121 quilos em 2001 para 140 em 2007 . Na Argentina o consumo é de 240 quilos e nos EUA 260 .



Algumas empresas estão partindo para a produção integrada para aumentar a produtividade e a qualidade do leite , no mesmo modelo desenvolvido para a produção de aves pela Sadia e Perdigão . A laep/Parmalat constituiu a Integralat com esta finalidade . ( Exame , 7.5.2008 , p. 40-42) .



 



PECUÁRIA DE CORTE



 



Quanto ao boi o Brasil com o maior rebanho comercial do mundo , cerca de 195,5 milhões de animais em 2005 , sendo a produção de carne em 2005 de 8,7 milhões de toneladas , ou seja 62,8% em relação a 1994 .



As exportações de carne vem crescendo continuamente desde 2000 : 2.000 – US$ 0,8 bilhão ; 2001 – 1,0 bilhão ; 2002 – 1,1 ; 2003 – 1,6 ; 2004 – 2,5 ; 2005 – 3,1 ; 2006 – 4,0 ; 2007 – 4,4 bilhões .



Com isso em 2007 o Brasil assumiu a liderança no setor com 2,5 milhões de toneladas em 2007 , ficando em segundo lugar a Austrália com 1,4 milhão de toneladas , Índia 800 mil ; Nova Zelândia , Estados Unidos e Uruguai 500 mil cada.



A liderança obtida pelo Brasil ocorreu com a diversificação dos mercados pois para a Rússia vão 29% das exportações ; a União Européia 21% , Egito – 11% , Hong Kong 6% , Irã e EUA 4% e outros países 25% . ( Exame , 27.02.2008 , p. 33) .



Na década de 90 o abate do boi gordo brasileiro caiu de 4 para 3 anos . Por melhoria genética  já há casos de novilhos que chegam ao peso aos 14 meses . Em Uberlândia já funciona um confinamento onde o gado recebe alimentação balanceada , quarentena sanitária  e identificação feita com brinco eletrônico e código de barras .



O Brasil , em 2004 está vendendo carne bovina para 108 países . A União Européia compra 40% do volume exportado. Japão e EUA ainda não aceitam carne “in natura” por rejeitarem o programa de zonificação da febre aftosa .



 














































































Exportação Brasileira – janeiro agosto 2004 em US$ mil




In natura




 




 




Industrializada




 




 




1. Holanda




144.938




7. Alemanh




58.941




1.EUA




124.381




7.Cuba




4.511




2. Chile




140.556




8. Irã




57.360




2.Reino U




81.776




8.Japão




4.026




3. Rússia




139.159




9. Arábia S




47.358




3.Itália




16.544




9.JAmaica




3.623




4.Egito




117.514




10.Espanha




45.063




4.Holanda




9.766




10.França




3.323




5. Reino U




87.281




Total




1249126




5.Venez




8.924




Total




306848




6. Itália




83.474




 




 




6.Aleman




6.562




 




 




Fonte : Abiec .



 



Segundo Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria produtora  e Exportadora de Carne Suína, prometemos aos europeus rastrear os animais , mas montamos um sistema sem nenhuma credibilidade . ( Veja, 13.08.2008, p. 20) .



Em 2006 , o Brasil atingiu o recorde histórico de abate de gado nos frigoríficos com 47 milhões de animais . Desde então , o volume entrou em declínio e em 2008 a previsão é de abate de 43 milhões de cabeças . No entanto , a capacidade de abate continuou crescendo e está em 70 milhões de animais por ano , e de acordo com as previsões da consultoria MB Agro ela somente será atingida em 2023 .



Com isso os frigoríficos estão trabalhando com grande ociosidade : UniAlimentos resultante da associação do Quatro Marcos e Margen 50% , Mercosul 50% , Marfrig 45% , Friboi 35% , Minerva 20% e Independência 15% . O encarecimento da matéria prima e a valorização do real resultaram em queda nas exportações em 2008 . Com a baixa oferta , o preço da arroba aumentou em 40% entre julho de 2007 e junho de 2008 daí a redução nos abates . ( F s P , 18.06.2008 , p. 122-124).



 



Pecuária 2008



 



Após dois anos de queda , o rebanho de bovinos do país voltou a crescer em 2008 e a expansão foi puxada principalmente pelo Pará , estado onde o governo combate a criação ilegal em áreas provenientes de desmatamento irregular e de preservação ambiental . De 2007 para 2008 o rebanho brasileiro subiu 1,3% na média do país , segundo a Pesquisa de Pecuária Municipal , do IBGE . No Pará o crescimento foi maio : 5,8%, o que corresponde a quase 900.000 cabeças de gado . O IBGE não pesquisa a origem do gado , nem se ele é criado em áreas desmatadas ou de proteção ambiental . ( F S P , 20.11.2009 , p. B-11) .



 



SOJA



 



A soja é a mais patente demonstração da evolução da agricultura brasileira . Em 1980 os EUA  produziam 206% a mais de soja do que a América do Sul . Na safra 2002/2003 a América do Sul  produziu 16% a mais que os americanos.



A safra dos EUA em , 2001/2002 foi de 78,7 milhões de toneladas e a de 2004 /05 está prevista para 80 milhões de toneladas e a do Brasil deve chegar a 66 milhões e da América Latina  109 milhões de toneladas . O Brasil é o segundo maior exportador de soja .



O consumo mundial de soja é de 209 milhões de toneladas já abaixo da produção de 223 milhões de toneladas , 18% maior do que a de 2003/2004 , indicando que os anos de bons preços parecem ter chegado ao fim . O preço por saca que chegou a US$ 18,5 em fevereiro de 2004 , deve cair para  US$ 12 por saca no porto de Paranaguá em março de 2005 .



Segundo a consultoria Agroconsult , a soja deve alcançar 108 milhões de toneladas até 2017 . A China deve importar quantidades crescentes de grãos e carne e só o Brasil tem condições de atender , porque americanos e argentinos tem limitações físicas para a expansão . ( Exame, 5.11.2008, p. 28) .



A soja caracteriza-se por proporcionar preços atrelados ao dólar e demanda mundial crescente . A liquidez da soja é tão grande que os produtores  conseguem vender o produto com até um ano de antecedência e os exportadores têm crédito fácil para as exportações . O ganho líquido atual dos produtores em reais chega a 140% por saca e em dólares 100% . O saldo das exportações do grupo soja atingiu  em 2003 US$ 8,1 



 










































































PRODUÇÃO MUNDIAL DE SOJA   milhões de toneladas




País




1990/91




1993/94




1996/97




1999/00




2002/03




EUA




52,4




50,9




64,8




72,2




71,5




Brasil




15,7




24,7




27,3




34,2




48




Argentina




11,5




12,4




11,2




21,2




30




País




2004/05




 




 




 




 




EUA




78,3




 




 




 




 




Brasil




66,0




 




 




 




 




Argentina




36,0




 




 




 




 




O Mato Grosso já é o maior produtor nacional  onde a produção saltou de 2,7 para 12,6 milhões de toneladas de 1987/88 para 2002/2003 . O Centro Oeste que respondia por apenas 2%  da produção nacional , em 2003 deve representar 60% da safra brasileira de soja .Mato Grosso com 50 milhões de hectares de terras cultiváveis disponíveis , pode responder por metade  da produção brasileira.   



Todo ano no Brasil são desenvolvidas 75.000 linhagens de soja , das quais apenas cinco se tornam comercialmente viáveis .



A Basf isolou em seu laboratório nos EUA , um gene que amplia a resistência a herbicidas . Já sua aplicação à variedade de soja mais adaptada ao Brasil , foi realizada pela Embrapa . Os roylaties do produto final , que deverá chegar ao mercado em dois anos , serão divididos entre a Basf e a Embrapa . ( Exame , 5.11.2008 , p. 77) .



Os agricultores de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso , Goiás , Paraná e Rio Grande do Sul responsáveis por 83% da produção nacional bancaram R$ 5,3 bilhões a mais do que na safra anterior . Enquanto na safra 2007/2008 os produtores bancaram apenas 6% do custeio , na safra 2008/2009 precisaram desembolsar 40% , caindo a participação das tradings no financiamento de 52% para 25% e dos bancos de 13 para 11% . ( F S P , 21.04.2009,  p. B-11) . 



 



Em 2009 a soja transgênica responde por 58% da safra nacional . Porém , ervas daninhas resistentes ao glifosato se disseminaram e reduziram a produtividade da soja e q         uatro tipos de ervas já se disseminaram pelo território nacional e nas áreas mais atingidas , como o norte do Rio Grande do Sul e o Oeste do Paraná , o custo de produção destes grãos já é equivalente ao da soja convencional , pela qual se obtém um valor melhor no mercado . A Europa , um dos maiores mercados , prefere a soja convencional, restrita a 13% da produção mundial e da qual o Brasil é o único fornecedor em larga escala . Cada tonelada de soja sem transgenia recebe na Europa um prêmio de 40 dólares .



As ervas daninhas ocorrem devido ao fato de os agricultores não terem efetuado o rodízio de culturas , intercalando o plantio da soja transgênica com o milho e demais culturas , pois estas ervas não convivem bem com outras culturas . Portanto a solução para o problema está na mudança de comportamento por parte dos agricultores .



A Monsanto pretende lançar no Brasil em 2012 mais uma variedade de soja transgênica que combinará a resistência ao glifosato com o combate ás lagartas de soja . Os bichos morrerão se comerem a planta originada dessa semente . ( Veja, 12.08.2009, p. 122-123) .



 



SUINOS



 



O rebanho de suínos passou de 27.811 mil em 1996 para 31.949 mil em 2006.



Segundo Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria produtora  e Exportadora de Carne Suína, se o Brasil “erradicasse de vez a febre aftosa, o país poderia elevar em 1 milhão de toneladas suas vendas de carne de porco – o equivalente a dez vezes o ganho potencial com Doha . ( Veja, 13.08.2008, p. 20) .



 



TRIGO



 



Em 2003 o Brasil conseguiu pela primeira vez em muitos anos uma produção superior às importações . A ampliação da produção nacional de 2002 para 2003 foi de 76,5% .



 










































TRIGO NO BRASIL 1999-2003




 




1999




2000




2001




2002




2003




Produção




2,40




1,66




3,19




2,91




5,14




Importação




7,72




7,63




7,06




6,85




4,97




Consumo




9,98




9,32




10,19




9,77




10,11




Em milhões de toneladas . Fonte : Conab . FSP 18.11.2003 , p. B-10



.



 



 



EXPORTAÇÕES



 



 



O Brasil tornou-se nos últimos anos um grande exportador de produtos agrícolas .É o principal fornecedor de uma série de produtos


 




















































Exprotações Brasileiras de produtos agrícolas em relação a outros exportadores  2003




Açúcar




1. Brasil  14,5 M T




2. Tailândia 5,2




3.União Europ. 4,7




Café




1.Brasil 23,8 M saca




2.Vietnã 11,6




3.Colômbia 11,3




Soja




1.Brasil US$10,6 bi




2.Argentina 9,2




3. EUA 8,0




Suco Laranja Conc




1.Brasil 1.252 Mil T




2. EUA 100




3. Espanha 73




Frango




1.Brasil 2.249 Mil T




2. EUA 2.248




3. Canadá 780




Carne Bovina




1. Brasil 1.600 Mil T




2. Austrália 1.300




3. Canadá 560




Tabaco




1. Brasil 466 Mil T




2. EUA 155




3. China 146




 



O Brasil é o primeiro maior exportador mundial de soja ,  de carne  , de açúcar , café e laranja e frangos, álcool , couro curtido e calçados de couro . Vende 23% do tabaco consumido no mundo .


        



AGRIBUSINESS



        



Neologismo inglês , criado na década de 60 que se refere a todos os negócios que envolvam a produção agropecuária. No Brasil a agricultura representa aproximadamente 35% do PIB, emprega 40% da força de trabalho e produz quase 70% do consumo da população.



         Exportações do agrobusiness brasileiro - União Européia US$ 7.560 milhões (43,3%); EUA l.760 milhões (10,5%) ; Mercosul 1.530 (9,2%); Asiáticos l.870 (11,21%); outtros 3.960 (23,7%).



 














































































































































Balança comercial do agronegócio  1999-2005  US$ bilhões




 




1999




2000




2001




2002




2003




2004




2005




2006




soja




3,62




4,00




5,10




5,72




7,82




10,00




9,50




10,30




carnes




1,79




1,78




2,80




3,04




4,02




6,15




7,65




8,60




café




2,46




1,78




1,41




1,38




1,54




2,05




2,90




3,30




açúcar




1,95




1,25




2,37




2,19




2,27




2,80




4,00




5,40




milho




-0,10




-0,17




0,44




0,24




0,32




0,62




0,14




0,50




suco la




1,33




1,10




0,96




1,09




1,27




1,13




1,19




1,30




trigo




-0,87




-0,90




-0,90




-0,89




-1,00




-0,53




-0,63




-0,70




couros




0,48




0,59




0,71




0,88




1,15




1,43




1,40




1,30




algodã




-0,35




-0,29




0,06




0,03




0,06




0,24




0,40




0,40




leite der




-0,43




-0,36




-0,15




-0,21




-0,06




0,11




0,10




0,10




agroneg




14,78




14,81




19,02




20,35




25,85




30,00




32,00




36,00




Fontes : Instituto FNP , Conab , CNA , Céleres , Agência Rural ; 2006, estimativa  .in FSP 3.1.2006 , p. B-8 .



 



         BARREIRAS À EXPORTAÇÃO AGRÍCOLA:



 



         SUCO DE LARANJA -exportações para os EUA gravadas com tarifa protecionista de US$ 454 por tonelada o que eleva em 40% o custo para o consumidor americano;



         FRUTAS E LEGUMES - barreiras fito-sanitárias que exigem controle rigoroso de doenças e pragas;



         AÇUCAR - comércio com EUA limitado a quota de 280000 toneladas quando o mercado americano importa 27 milhões t/ano;



O açúcar de beterraba produzido na Europa custa 600 dólares e é vendido no mercado mundial pelos mesmos US$ 200 do açúcar de cana .



         ÁLCOOL - imposto anti-dumping de US$ 0,54 por galão;



         FUMO -  restrições der tarifas elevadas e quota de 80.000 t. ;



         CARNE -  só entra nos EUA na forma de hamburger ou outros produtos já industrializados. Carne in natura é vetada devido à febre aftosa. A restrição atinge também as carnes suína e de frango;



A carne brasileira chega aos portos europeus  custando cerca de US$ 2000 a tonelada . Taxas alfandegárias elevam seu preço para US$ 5.000 a tonelada.          



ARROZ  - O custo de produção do arroz no Japão é um dos mais altos do mundo . Mesmo assim o país tem uma taxa de 1.000% para a entrada de arroz estrangeiro.



 



         PRINCIPAIS PORTOS DE EMBARQUE:



 



         Paranaguá (PR) 1995  8 milhões toneladas



         Rio Grande (RS) -       4    “



         Santos (SP)                 2    “




  1. Francisco do Sul(SC) 300.000 t



      Ponta da Madeira(MA)   240.000 t



      Tubarão (ES)              1,1, milhão t.



       A hidrovia Tietê - Paraná já escoa soja de S. Simão no sul de Goiás até Pederneiras e depois por ferrovia até Santos..



 



 



 



         SUBSÍDIOS À AGRICULTURA:



 



         Os países desenvolvidos de modo geral subsidiam intensamente a agricultura.O Japão gasta por ano a fundo perdido US$ 5 bilhões para que os produtores de arroz não larguem as suas pequenas propriedades. Os países europeus gastam US$ 50 bilhões / ano para sustentar 11 milhões de agricultores. O produtor americano de cereais chega a receber 40.000 dólares por ano para permanecer na fazenda, mesmo que a produção não compense.



No caso da soja entre 1999 e 2002 , o subsídio americano permitiu aos sojicultores locais exportar soja a preço abaixo do custo de produção o que reduziu artificialmente o preço da saca em 36% . Com isso os produtores brasileiros perderam 70 dólares por tonelada de soja , um prejuízo de US 3,5 bilhões entre 1999 e 2002 .



No caso do algodão , entre 1999 e 2003 , os EUA deram US$ 12 bilhões a seus agricultores em forma de subsídios , permitindo-lhes vender o produto no mercado externo abaixo do custo de produção . O preço internacional caiu 50% e os brasileiros não conseguiram competir . Em 2004 o governo brasileiro criou seu próprio programa de apoio aos exportadores , minorando o problema .



No caso do milho os subsídios americanos baixaram artificialmente o preço do produto  exportado o que manteve o Brasil quase fora do mercado. Em 2005 o subsídio americano foi reduzido e as exportações brasileiras cresceram . Em 2004 a exortação caiu de 5 milhões para apenas 1 milhão de toneladas.



No caso do arroz , o subsídio chegou a representar 55% da renda do agricultor americano entre 1999 e  2002 , quando os EUA concedeu US$ 1,2 bilhão por ano . O preço do produto caiu 52% e o Brasil só entrou no mercado a partir de 2.005 . ( Veja, 30.07.2008 , p.80-81 ) .



 



 



        



         DINAMISMO AGRÍCOLA EM VÁRIAS REGIÕES:



 



Estudo da Embrapa mostra que o aumento da renda no campo provoca um aumento na mesma proporção da renda na indústria e nos serviços. Com o grande aumento da produtividade no campo observado nos últimos anos tem acontecido uma verdadeira revolução econômica em algumas áreas rurais .



Como é possível verificar pela tabela a seguir , inúmeros municípios que graças à agricultura  , tiveram uma evolução econômica superior  à média nacional



 














































Municípios brasileiros agrícolas  - evolução anual do PIB de 1975 a 1996




Município




Evolução PIB




Município




Evolução do PIB




Barreiras  BA




12,3




Paracatu MG




4,7




Balsas MA




6,5




Chapecó SC




4,5




Rondonópolis MT




6,4




Dourados MS




4,2




Juazeiro BA




6,4




Barretos SP




4




Petrolina PE




5,6




Brasil




3,2




  Fonte IBGE in Veja , 13.06.2001, p. 135 .



        



OESTE DE SANTA CATARINA



         12 grandes frigoríficos e cooperativas produzem por ano 1,2 milhão de t. de carne de porco e 2,8 milhões t de carne de frango com renda de US$ 1,6 bilhão por ano. Um em cada dez frangos consumidos no mundo sai da região.



         Os fornecedores são 30.000 pequenos produtores em áreas de tamanho médio de 20 hectares, sendo a renda per capita regional de US$ 5300



         As indústria entregam os pintinhos e fornecem ração, remédios e tecnologia para a criação de frangos e garantem a compra de toda a produção.



 



         VALE DO SÃO FRANCISCO:



 



         Divisa de Pernambuco com a Bahia existem 220.000 hectares irrigados. 70.000 de projetos do governo federal e 150.000 de  grupos privados Varig, American Express, OAS e Bom preço. A fruticultura emprega 50.000 pessoas com investimentos de US$ 700 milhões de 45 empresas e rendimentos de US$ 40 milhões em exportação e US$ 20 milhões no mercado interno. Em Petrolina colhem-se 50t de uva por hectare, três vezes mais que a média obtida no Rio Grande do Sul . Na região , desde 1975 a agricultura cresceu 13,3% contra 2,7 % de Pernambuco . A população da cidade cresceu de 7600 habitantes para 52.200  e a cidade transformou-se em um polo urbano com duas faculdades , 425 indústrias  e um shopping center . A cidade já vem sendo chamada de capital da “Califórnia brasleira “ ( Veja , 13.06.2001 , p. 134-135 ) . .       



CERRADO



O cerrado , área de 204 milhões de hectares foi a região brasileira que mais evoluiu em termos agrícolas nos últimos anos . Com a evolução das técnicas de correção do solo esta imensa região que era praticamente inexplorada está prestes a tornar-se líder na produção de grãos , Mato Grosso já   tendo se tornado o maior produtor nacional



 



SAPEZAL



         Localizada no norte de Mato Grosso. Em 1997 suas fazendas produziram 510.000 t de soja, 1000 t de milho e 450 de arroz, vendidas por US$ 110 milhões. O PIB per capita da região chega a 27500 dolares.



 



         RIO GRANDE DO SUL



 



         Pequenos produtores gaúchos plantam fumo em regime de consórcio com a Souza Cruz. A renda média mensal é de R$ 7000,00.



        



         MODERNIZAÇÃO NA AGRICULTURA BRASILEIRA:



 



         O potencial da tecnologia é imenso. Os americanos em 1940 produziam 56 milhões de toneladas em 31 milhões há. Hoje produzem 230 milhões de t. em 28 milhões de ha. A utilização de máquinas se de um lado representou grande aumento de produtividade , de outro levou à substancial redução do uso da mão de obra . Supercolheitadeiras utilizadas pelos americanos , são capazes de realizar cada uma , o trabalho de 600 homens . Os americanos com apenas 2% da população no campo , cerca de cinco milhões de pessoas , produzem cinco vezes mais do que o Brasil , com 40 milhões de pessoas no campo.  Mesmo assim , no caso da soja o Brasil já está conseguindo apresentar índices de produtividade semelhantes aos EUA .



          O   frango brasileiro custa 60% do valor de 20 anos atrás. Atualmente produzem-se mais de 100 variedades de soja no país, adaptadas a todo tipo de solo e clima. No Sul consome-se caju e acerola , frutas típicas do nordeste, produzidas em Valinhos. Melões, pessegos e maças, frutas típicas de frio são produzidas no Nordeste e exportadas para a Europa.



A Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária , fundada em 1973 realizou verdadeira revolução na agricultura brasileira .Em três décadas de pesquisa inúmeros produtos foram desenvolvidos isoladamente ou em parceria com outras instituições : algodão colorido ; supercaju ; uva sem semente ; cenoura com mais vitamina A ; acerola com mais vitamina C ; detector de prenhez ; porco light ; clone bovino ; galinha colonial ; língua eletrônica ; cupulate , girassol multicolorido , espectômetro para sementes , tomógrafo para análise de solo .



A Embrapar tem 37 centros de pesquisa no país . Graças à pesquisa da Embrapa no cerrado o Brasil tornou-se o segundo maior produtor do mundo e o primeiro exportador. Como a soja fixa nitrogênio e deixa vários nutrientes no solo após a colheita , sua exploração abriu caminho para outras culturas como o algodão .



As pesquisas da Embrapa foram decisivas para transformar o semi-árido  nordestino, nos vales do São Francisco e do Açú , no principal polo de fruticultura do Brasil . A técnica de indução floral permite a colheita de manga durante todo o ano  .



No sertão nordestino ainda foram desenvolvidas três variedades de uva sem semente produzidas nos centros de pesquisa de uva e vinho em Bento Gonçalves , no Rio Grande do Sul e de agropecuária do semi-árido em Petrolina no Estado de Pernambuco .



As pesquisas transformaram ainda o Brasil em grande produtor de maça , com produção de 1,1 milhão de toneladas em 2004 .



Diversas empresas estão crescendo no Brasil nesta área . A Alellyx Reinach criada em 2002  pela Votorantim e Fapesp pesquisa soluções para o problema da morte súbita nos laranjais .



E Empresa Biobrás criada em Minas em 1976 , começou com a produção de enzimas , como o coalho , passou para a produção de insulinas por métodos tradicionais e posteriormente por meio de engenharia genética . A empresa foi comprada pela companhia dinamarquesa Novo Nordisk.



Outra empresa é a Cana Vialis , empresa de genômica criada após o sequenciamento parcial da cana de açúcar .



 



EMBRAPA



 



A Embrapa ( Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), passará a ser uma empresa internacional , o que facilitará suas operações de cooperação técnica fora do país , atendendo à demanda crescente da África e da América Latina .



Haverá mudança na lei atual que só permite à empresa tenha unidades próprias no Brasil . Em junho a empresa iniciará um plano de rizicultura no Senegal , e prepara-se para instalar em Moçambique três projetos financiados pela ABC e as agências de cooperação internacional do Japão ( Jica) e dos EUA ( Usaid). ( F s P , 10.05.2010 , p. B-4) .



 



 



 



DESEMPREGO



Ao lado da modernização , a mecanização inevitavelmente provoca o desemprego da mão de obra menos qualificada . Culturas mecanizadas como a soja, o algodão e a cana geram, em média , apenas um emprego para cada 200 hectares .



O maior produtor individual de algodão do Brasil , o prefeito de Acreúna (GO) , Wander Carlos de Souza , demitiu 2.000 empregados de suas fazendas em naio de 2004 após ter adquirido 18 colheitadeiras por um valor estimado de R$ 7,2 milhões .



Segundo Ernani Lopes Sobrinho , gerente da Agência Rural de Goiás , orgão da Secretaria da Agricultura , em 2004 , até agosto, cerca de 3.905 famílias deixaram empregos em fazendas monocultoras e foram para acampamentos , aumentando de 6.560 para 10.465 as famílias acampadas em Goiás , desde o começo da safra em abril de 2004. ( F S P 12.09.2004, p. B-8 ) .



        



         DESPERDÍCIO NA COLHEITA E ARMAZENAGEM:



 



         Calcula-se uma perda anual de 14 milhões de toneladas, equivalente à produção do Japão. Equipamentos mal ajustados e máquinas obsoletas perda de 10%; cargas transportadas de forma inadequada em caminhões que trafegam por estradas esburacadas - perda de 1,5% : deterioração na armazenagem pela umidade ou por ratos e carunchos - 8,5% : pelo menos 40% das frutas, verduras e legumes estragam antes de chegar ao consumidor.



Apenas 5% das colheitas nacionais são armazenadas junto das lavouras , enquanto na Argentina este índice chega a 25% .  e nos Estados Unidos 65% . Porém a capacidade está crescendo. A Kepker Weber  ,a maior fabricante de silos do país instalou de 2002 a 2003 cerca de 2.000 novos armazéns em fazendas . A demanda é tão grande que a companhia investiu R$ 100 milhões na construção de uma nova fábrica , em Campo Grande , Mato Grosso do Sul . Armazenando sua safra o produtor pode vender a produção no momento em que o preço estiver mais favorável .  



 



FERTILIZANTES



 



Segundo estimativas o Brasil até 2018 terá um consumo interno de fertilizantes de 25 milhões de toneladas por safra , 15 milhões a mais do que o consumo previsto para 2008 . O custo deste total em importações , a preços atuais será de US$ 15 bilhões o que pode representar a anulação do saldo comercial do agronegócio .O consumo aumentou no Brasil de 8,9 milhões de toneladas em 2006 para 10,9 milhões em 2008 e se consolida como o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo , atrás de China (53,4 milhões ), Índia ( 24,6 milhões ) e EUA (21,2 milhões ) .



Por esta razão o governo brasileiro busca expandir a produção interna de nitrogênio, fósforo e potássio , insumos básicos para a produção de fertilizantes . O preço chegou a subir 300% em um ano e meio .



Potássio



A dependência do Brasil é de 91% de matéria prima importada . Existe uma reserva de potássio em uma região chamada Nova Olinda , às margens do rio Madeira , a 1,2 mil metros de profundidade , concessão da Petrobrás , mas que a Vale poderá explorar . O custo é de US$ 2 bilhões , fora o custo ambiental . Milhões de toneladas de rejeitos terão que ser transportadas para o oceano .



Fósforo



Hoje o país possui dez minas em operação e outras nove em vários estágios de estudo . Uma das minas fica no município de Iperó , na região de orocaba SP , dentro da floresta Nacional de Ipanema , concessão da Bunge , sem licença ambiental para produzir .



Gás Natural e Nafta



Matérias primas básicas para a produção de fertilizantes nitrogenados , como nitrato de amônia e uréia . O país depende de nafta importada e o gás natural tem outros usos como geração de energia elétrica e combustível automotivo. ( F S P , 12.05.2008, p. B-6) .  



 



 



PARÁ CANCELAMENTO DE REGISTROS



 



O CNJ – Conselho Nacional de Jutiça, determinou o cancelamento de 5,5 mil registros de terra do Estado do Pará, considerados irregulares. Grande parte deles é fruto de grilagem. O CNJ cancelou todos os imóveis com área superior a 10 mil hectares registrados de 1934 ate 1964; com mais de 3.000 hectares registrados de 1964 até 1988 e com mais de 2.500 hectares a partir de 5 de outubro de 1988 . A Constituição veda a cessão a particulares de grandes extensões de terras públicas sem autorização do Senado  e os imóveis cancelados referem-se aos limites estabelecidos pelas Constituições de 1934, 1964 e 1988 respectivamente .



Somando-se as áreas dos terrenos relativos a 6.102 títulos irregulares de terra localizados no Pará  chega-se a 110 milhões de hectares, ou 88 % da área do Estado  . Os cartórios do Estado terão 30 dias para cancelar os registros . Caso não comprovam a legalidade da posse , os imóveis voltam para o Estado . ( F S P , 20.08.2010, p. A-13).



 



COMPRA DE TERRAS POR ESTRANGEIROS



 



Conforme dados do SNCR – Sistema Nacional de Cadastro Rural , entre novembro de 2007 e maio de 2008 , estrangeiros adquiriram pelo menos 1.523 imóveis rurais no país , numa área somada de 2.269,2 km2 . No mesmo intervalo, eles se desfizeram de ao menos 151 imóveis rurais , que totalizam 216 km2 . Entre compras e vendas o saldo é de 2.053,2 km2 . O total de áreas em nome de estrangeiros passou de 38,3 mil km2 para 40,3 mil km2, puxado pela soja , pecuária , pelos incentivos fiscais à produção de etanol e biodiesel e pelo avanço do preço da terra . O número de propriedades passou de 33.219 para 34.591 . O levantamento não inclui as empresas nacionais de capital estrangeiro nem aqueles que se utilizam de “laranjas”  brasileiros para passar desapercebidos pelos cartórios . O total de terras de estrangeiros , 5,5 milhões de hectares , representa 0,47% da área total do país .



No mesmo período , o governo assinou decretos de desapropriação de 1.760 km2 .Atualmente é permitido que pessoas físicas de outras nacionalidades residentes no país e  pessoas jurídicas autorizadas a atuar no Brasil podem comprar áreas rurais . Empresas brasileiras controladas por capital estrangeiro também podem comprar propriedade segundo parecer da AGU . ( F S P , 7.7.2008 , p. A-10) .



Terras ao longo da fronteira não podem ser compradas e fora dessas áreas o tamanho das propriedades é limitado a 5.000 hectares para cidadãos estrangeiros e 10.000 hectares para empresas sem sede no país .



A Calyx Agro Brasil foi formada em maio de 2008 pelo Louis Dreyfus , grupo francês do ramo de  commodities agrícolas , e  pela seguradora americana AIG . Por US$ 28 milhões, o grupo comprou 11.000 hectares no sudoeste baiano .



A sollus Capital , empresa que une o fundo de investimento PCP , o grupo Los Grobo , maior produtor de soja da Argentina e o fundo de investimento americano Touradji por US$ 12 milhões compraram 4.000 hectares na divisa da Bahia com Goiás . ( Exame, 17.12.2008 , p. 75) .



Nos EUA cada um dos 50 estados tem sua própria regra. Há desde limites de tamanho da propriedade até a exigência de tempo mínimo de residência . Oito estados não tem restrição alguma .



No México para comprar terras em áreas de fronteira ou do litoral é preciso ter empresa sediada no país ou transferir o título de propriedade para um banco mexicano .



Na Argentina não existe nenhuma restrição . Em áreas de fronteira basta ter aprovação do governo;



No Paraguai não podem ser compradas terras em áreas de fronteira . Em outubro de 2008 o governo proibiu também que estrangeiros comprem áreas provenientes de reforma agrária .



Na Itália não podem ser compradas terras em áreas de fronteira .



Na Alemanha e França não há nenhuma restrição . ( Veja, 22.10.2008,p. 117) .



Em novembro de 2008 o Palácio do Planalto determinou à AGU ( Advocacia Geral da União ) que mantenha na gaveta as propostas de mudanças na legislação para restringir a compra de terras por estrangeiros no país .



O argumento para segurar pelo menos por ora essas medidas é que, em um momento de escassez de crédito e de contenção de recursos , o governo não pode vetar ou restringir a entrada de qualquer tipo de investimento internacional . ( F S P ,24.11.2008 , p. B-1) .



 



ALUGUEL DE ÁREAS AGRÍCOLAS



 



Um fenômeno que poderia ser interpretado como a volta da colonização tem ocorrido em várias regiões do mundo . De acordo com um relatório divulgado em abril de 2009 pelo grupo de análise International Food Policy Research Institute , de Washington, cerca de 20 milhões de hectares de terras foram arrendados ou vendidos em mais de 40 transações desde 2006 . A maior parte das propriedades adquiridas está em países pobres da África e da Ásia . Carentes de dinheiro e de investimentos – mas ricos em solos férteis – eles aceitam vender ou arrendar nacos substanciais de seu território em troca de capital ou das promessas de geração de emprego e de investimentos em infraestrutura .



O Emirado do Catar tem apenas 21.000 hectares , dos quais menos de 2% são próprios para o cultivo agrícola  e arrendou 40.000 hectares no Quênia  e em troca vai investir US$ 3,5 bilhões na construção de um porto na ilha turística de Lamu.  Outros acordos permitirão ao país plantar arroz no Cambodja, milho e trigo no Sudão e vegetais no Vietnã .



Os Emirados Árabes Unidos tem 1,28 milhão de hectares no Paquistão , Filipinas , Sudão e Argélia .



Em 2007 , um grupo japonês adquiriu 100.000 hectares no Maranhão , em Minas Gerais e na Bahia , destinados á plantação de soja .Os japoneses tem terras ainda na Nova Zelândia, EUA,. Egito e China . 



A Índia tem 10.000 hectares no Paraguai . ( Veja, 10.12.2008, p. 157) .



A China, com 20% da população mundial e apenas 7% da área arável e 7% da água doce , o país não tem outra opção senão buscar no exterior o seu abastecimento . A China comprou ou arrendou 5,1 milhão de hectares no Congo , Zâmbia e Tanzânia . A Coréia do Sul 690.000 hectares no Sudão, o Vietnã 100.000 hectares no Cambodja , o Catar 40.000 hectares no Quênia e a Arábia Saudita 9.200 hectares , no Sudão .



A Arábia Saudita teve que abandonar sua própria produção de trigo no começo de 2008 , pois o cultivo do grão era capaz de suprir todas as necessidades do país , mas consumia boa parte de seus já limitados estoques de água . O país pretende investir US$ 100 milhões na compra e arrendamento de terras na Etiópia para o cultivo de trigo a partir de 2.010 .



Em novembro de 2008 o conglomerado sul-coreano Daewoo e o governo da ilha africana de Madagascar fizeram um acordo pelo qual a empresa faria o arrendamento gratuito , por 99 anos , de 1,3 milhão de hectares na ilha , para produzir grãos para a Coréia do Sul e em troca a ilha se beneficiaria dos empregos gerados e os investimentos em estradas e irrigação . A população se revoltou  e o presidente Marc Ravalomanana renunciou em março . Ao tomar posse, o novo líder do país , Andry Rajoelina, cancelou o contrato . ( Exame, 1.7.2009, p 92-94) . .A Coréia do Sul tem terras ainda na Argentina, Sudão , Mongólia e Indonésia .



 



 



 



 



VESTIBULAR TESTES



1. UFSCAR 2004 . Em 1994, a FAO e o INCRA diferenciaram os dois principais modelos de produção agropecuária do Brasil: patronal e familiar. Assinale a alternativa em que aparecem as características que melhor representam o modelo familiar.



a) Trabalho e gestão intimamente relacionados / trabalho assalariado predominante / agricultura de capital intensivo.



b) Ênfase em práticas agrícolas padronizáveis / tendência à especialização produtiva / a propriedade é o local de residência.



c) Separação entre gestão e trabalho / lucro é o fator determinante de todas as ações / ênfase na diversificação produtiva.



d) Agricultura de capital intensivo / trabalho assalariado predominante / prevalência de práticas agrícolas padronizáveis.



e) Trabalho e gestão intimamente relacionados / ênfase na diversificação produtiva / trabalho assalariado complementar.             



 



2. UFSCAR 2004 -  A Medida Provisória editada pelo Governo em 25.09.2003, que autorizou o plantio da soja transgênica na safra 2003-2004, acirrou os debates em torno do uso de sementes geneticamente modificadas no Brasil. Em relação a esta questão, responda.



a) Qual o Estado brasileiro que apresenta maior proporção de produtores utilizando sementes geneticamente modificadas?



b) Considerando os argumentos usualmente presentes no debate sobre alimentos transgênicos, cite um argumento de ordem econômica e um de ordem ambiental, utilizados pelos grupos contrários ao uso de sementes geneticamente modificadas.



 



AGRICULTURA BRASILEIRA



MACKENZIE JULHO DE 2004



3. As lavouras fundamentais à alimentação diária do brasileiro, como a do a arroz, a do feijão e a da mandioca, sempre ocuparam uma posição secundária no decorrer  de nossa história e na política agrícola governamental.  Considere as afirmações abaixo, a respeito dos fatores que deram origem a essa situação.



I. Aplicação da tradicional divisão internacional do trabalho, priorizando o mercado externo.



II. As instituições de pesquisas agronômicas têm dirigido suas atenções mais para os produtos de  exportação do que para os produtos de consumo  interno.



III. O nosso meio natural dificulta a produção das culturas  citadas.



Assinale:



a) se apenas I estiver correta.



b) se apenas II estiver correta.



c) se todas estiverem corretas.



d) se apenas I e II estiverem corretas.



e) se apenas II e III estiverem corretas.



 



 



AGRICULTURA NO BRASIL



UNESP JULHO 2004



4. Aprodução agrícola brasileira é grande, diversificada e  de distribuição geográfica bem ampla. No entanto, quando se consideram os valores recentes da produção  de cada estado em relação ao valor total do país, nota-se, por exemplo, que a produção da laranja, da  cana-de-açúcar, do café e do cacau, respectivamente, é mais elevada em



a) São Paulo, São Paulo, Minas Gerais e Bahia.



b) São Paulo, Alagoas, Minas Gerais e Pará.



c) Alagoas, Pernambuco, São Paulo e Bahia.



d) Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Bahia.



e) São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Pará.



 



AVICULTURA



FGV JULHO 2004



5. Apartir da década de 1960, este tipo de criação teve grande desenvolvimento em alguns estados, notadamente em São Paulo, Minas Gerais e em toda a região Sul. De produção de “fundo de quintal”, esta criação assumiu um caráter industrial em grande escala, acompanhando o crescimento do consumo no país e tornando-se um novo item de exportação. Contrariando o perfil agrário nacional, predominam as médias e pequenas propriedades e o trabalho familiar. O quadro acima descreve as transformações ocorridas



na:



a) Piscicultura. b) Ovinocultura. c) Apicultura. d) Avicultura. e) Caprinocultura.



 



6.  FUVEST 2005 AGRICULTURA BRASILEIRA Pode-se caracterizar parte da complexidade sócioeconômica  do Brasil pela



a) elevada dívida externa, usada para financiar o alto Índice de Desenvolvimento Humano do país.



b) elevada concentração de terras que são utilizadas como reserva de valor e para agronegócios.



c) exportação de produtos tecnológicos, principal componente da balança comercial brasileira.



d) concentração da renda no eixo Sul-Sudeste, em virtude  da presença de imigrantes europeus.



e) queda da produção agrícola para exportação, devido ao  protecionismo de países centrais.



 



 



7. FUVEST 2005  AGRICULTURA BRASILEIRA



Nos últimos 20 anos, houve mudanças sócio-econômicas significativas no Brasil. Entre elas, observa-se que



a) a produtividade agrícola avançou, mas não eliminou os movimentos sociais no campo.



b) o país entrou na era da globalização e a produção industrial alcançou autonomia tecnológica.



c) as crises econômicas não foram superadas, mas o produto interno bruto (PIB) cresceu continuamente.



d) as políticas para o meio ambiente ocuparam o centro da agenda governamental e suas metas principais foram implementadas.



e) o desemprego se agravou, mas as políticas públicas  compensaram seus efeitos negativos.



 



 



 



8. FUVEST 2005 AGRICULTURA BRASILEIRA



Pode-se caracterizar parte da complexidade sócioeconômica  do Brasil pela



a) elevada dívida externa, usada para financiar o alto Índice de Desenvolvimento Humano do país.



b) elevada concentração de terras que são utilizadas como reserva de valor e para agronegócios.



c) exportação de produtos tecnológicos, principal componente da balança comercial brasileira.



d) concentração da renda no eixo Sul-Sudeste, em virtude  da presença de imigrantes europeus.



e) queda da produção agrícola para exportação, devido ao  protecionismo de países centrais.



 



 



 



 



9



AGRICULTURA BRASILEIRA  ENEM 2004



 



A produção agrícola brasileira evoluiu, na última década, de forma diferenciada. No caso da cultura de grãos, por exemplo, verifica-se nos últimos anos um crescimento significativo da produção da soja e do milho,  e estabilização na produção de arroz e feijão .



É   possível verificar que, no período considerado,



a) a produção de alimentos básicos dos brasileiros cresceu muito pouco.



b) a produção de feijão foi a maior entre as diversas  culturas de grãos.



c) a cultura do milho teve taxa de crescimento superior à da soja.



d) as culturas voltadas para o mercado mundial decresceram.



e) as culturas voltadas para a produção de ração animal  não se alteraram.



 



 



 



10. AGRICULTURA BRASILEIRA   SOJA   ENEM 2004



 



A grande produção brasileira de soja, com expressiva participação na economia do país, vem avançando nas regiões do Cerrado brasileiro. Esse tipo de produção  demanda grandes extensões de terra, o que gera preocupação, sobretudo



a) econômica, porque desestimula a mecanização.



b) social, pois provoca o fluxo migratório para o campo.



c) climática, porque diminui a insolação na região.



d) política, pois deixa de atender ao mercado externo.



e) ambiental, porque reduz a biodiversidade regional.



 



 



11. FUVEST 2005 2 FASE  AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO



 



 Trata-se de um conjunto de atividades econômicas que inclui a produção do campo em que a biotecnologia tem um papel fundamental. Também estão compreendidas atividades nas quais matérias-primas animais e vegetais são transformadas em produtos de maior valor agregado.



a) Identifique o assunto central do texto e cite duas localidades e dois produtos brasileiros em que a situação descrita se aplica.



b) Faça uma análise crítica do uso da biotecnologia nesse processo quanto a conseqüências ambientais e sociais.



 



12 MACKENZIE  JULHO  DE 2005



BRASIL MECANIZAÇÃO NO CAMPO



No Brasil – máquinas avançam e campo tende a ficar com menos empregados.



Folha de São Paulo– 22.09.04 Assinale a alternativa que interpreta corretamente a



notícia acima.



a) Com a mecanização, a oferta de gêneros alimentícios irá aumentar, pois a política agrária brasileira prioriza o mercado interno, em detrimento dos produtos destinados ao mercado externo.



b) Imprimiu-se, no país, um novo padrão agrícola, representado por mudanças nas bases técnicas de produção agropecuária, comandada, agora, pelos complexos agroindustriais.



c) A modernização da economia do país reflete-se no campo sob dois aspectos: privilegiar lavouras para exportação e reduzir atividades do setor secundário.



d) A inserção do país no contexto da globalização significou, entre outros aspectos, a transferência do excedente da população economicamente ativa do setor secundário para as atividades do setor terciário, carente de mão-de-obra.



e) Foi necessário investir maciçamente nas atividades agrárias, para que não houvesse comprometimento no abastecimento do mercado interno, em virtude da avançada transição demográfica em que o país se encontra.



 



13  MACKENZIE  JULHO  DE 2005



AGRICULTURA NO CENTRO SUL



Assinale a alternativa que contém, respectivamente, as produções voltadas para exportação, das áreas 1 ( norte do Rio de Janeiro ) , 2 ( Zona da Mata Mineira e Sul de Minas Gerais ) , 3 ( Triângulo Mineiro ) , 4 ( centro norte de São Paulo ) , indicadas na região sudeste do Brasil.



a) Cana-de-açúcar, café, soja e laranja.



b) Pecuária de corte, café, trigo e arroz.



c) Frutas tropicais, cana-de-açúcar, pecuária leiteira e  café.



d) Cana-de-açúcar, arroz, café e laranja.



e) Soja, café, pecuária leiteira e trigo.



 



14.MACKENZIE  2 SEM 2005



 



 DESMATAMENTO



Considere as afirmações abaixo, relativas ao desmatamento.



I. Diminuição da biodiversidade do planeta, com a destruição da população endêmica de animais e plantas.



II. Desproteção do solo, tornando-o exposto ao intemperismo químico e físico.



III. Alteração no índice pluviométrico, ao impedir que a umidade retorne para a atmosfera por meio da transpiração das árvores.



Assinale:



a) se somente I estiver correta.



b) se somente I e II estiverem corretas.



c) se somente II e III estiverem corretas.



d) se somente I e III estiverem corretas.



e) se todas estiverem corretas.



 



15  MACKENZIE  2 SEM 2005



 



AGRICULTURA E PIB EM PAÍSES DESENVOLVIDOS



Em face da diminuição da participação da agricultura no PIB de alguns dos países desenvolvidos, é correto afirmar que



a) isso se deve à priorização de investimentos nas atividades dos setores secundário e terciário, uma vez



que o produto final desses setores é mais valorizado no mercado mundial.



b) a diminuição vem ocorrendo ano a ano, pois a produção agrícola não é importante no consumo local de



cada um desses países.



c) essa redução se deve à inexistência de interesse pela produção de gêneros agrícolas, pois o preço



desses produtos no mercado mundial é baixo.



d) a queda se deve à ausência de trabalhadores no meio rural, em virtude da elevada mecanização no



campo, que compromete a produtividade agrícola desses países.



e) a redução se deve à obrigatoriedade de os países citados importarem gêneros agrícolas dos países



subdesenvolvidos.



 



 



16.  MACKENZIE  JULHO  DE 2005



REVOLUÇÃO VERDE



Assinale a alternativa correta, relativa aos efeitos da implantação da Revolução Verde, a partir da década de 50, que acentuou profundas alterações no espaço agrário mundial, sob o pretexto de eliminar a fome no mundo.



a) Eliminação das práticas de plantations, nos países subdesenvolvidos, que vinham sendo utilizadas desde a época das colonizações, nos séculos XVI e XVII.



b) Ampliação das práticas da agricultura com base familiar, levando, aos países subdesenvolvidos, sustentação tecnológica.



c) Definição, nos países subdesenvolvidos, de uma estrutura fundiária injusta, com a reafirmação da concentração de terras.



d) Utilização, nos países onde se implantou, de terras devolutas, visando à criação de cooperativas.



e) Implantação de áreas para a produção de hortifrutigranjeiros, denominadas cinturões verdes, para atender à demanda de consumo urbano.



 



 



17 ENEM 2005 AGRICULTURA



 




























Área plantada no Brasil em milhões de hectares




1990




1996




2002




36,8




36,3




37,8




Produção no Brasil em milhões de toneladas




56,0




73,6




97,5




 



Considerando os conhecimentos sobre o espaço agrário brasileiro e os dados apresentados no gráfico, é correto afirmar que, no período indicado,



(A) ocorreu um aumento da produtividade agrícola devido à  significativa mecanização de algumas lavouras, como a da soja.



(B) verificou-se um incremento na produção de grãos  proporcionalmente à incorporação de novas terras produtivas.



(C) registrou-se elevada produção de grãos em virtude do uso  intensivo de mão-de-obra pelas empresas rurais.



(D) houve um salto na produção de grãos, a partir de 91, em decorrência do total de exportações feitas por pequenos agricultores.



(E) constataram-se ganhos tanto na produção quanto na produtividade agrícolas resultantes da efetiva reforma agrária executada.



 



 



18 FUVEST 2006 AGRICULTURA  CANA DE AÇÚCAR      



 



No Brasil, o setor agroindustrial prevê aumento significativo da produção de cana-de-açúcar para os próximos anos. Isso pode ser atribuído



a) à maior flexibilidade da nova regulamentação ambiental, que implicará uma importante diminuição de custos.



b) ao atual acréscimo de subsídios governamentais para a produção de álcool, chegando a valores semelhantes aos do Pró-álcool na década de setenta.



c) à diminuição gradativa de áreas de produção da soja  transgênica, aparecendo a cana como alternativa  econômica e ambientalmente viável.



d) à recente ampliação da demanda externa por todos os subprodutos da cana devido à desvalorização do  real nos últimos dois anos.



e) ao aumento do interesse internacional por fontes renováveis de energia, em função do Protocolo de Kyoto.



 



19 ENEM 2005 AGRICULTURA   



 




























Área plantada no Brasil em milhões de hectares




1990




1996




2002




36,8




36,3




37,8




Produção no Brasil em milhões de toneladas




56,0




73,6




97,5




 



Considerando os conhecimentos sobre o espaço agrário brasileiro e os dados apresentados no gráfico, é correto afirmar que, no período indicado,



(A) ocorreu um aumento da produtividade agrícola devido à  significativa mecanização de algumas lavouras, como a da soja.



(B) verificou-se um incremento na produção de grãos  proporcionalmente à incorporação de novas terras produtivas.



(C) registrou-se elevada produção de grãos em virtude do uso  intensivo de mão-de-obra pelas empresas rurais.



(D) houve um salto na produção de grãos, a partir de 91, em decorrência do total de exportações feitas por pequenos agricultores.



(E) constataram-se ganhos tanto na produção quanto na produtividade agrícolas resultantes da efetiva reforma agrária executada.



 



20 UFSCAR 2006   AGRICULTURA     



 



São descritos dois processos de degradação ambiental que ocorrem no Brasil:



I. Nesta área o processo de “desertificação” decorre  da intensificação das atividades tradicionais de pastoreio, acima dos níveis de suporte do ecossistema; da realização de práticas agrícolas sem conhecimento técnico e do corte de  vegetação nativa para servir como lenha. A área atingida pelo processo de desertificação é superior  a 600.000 km2.



II. Nesta área o processo é de “arenização”, causado pela ação das águas e do vento sobre depósitos arenosos pouco consolidados em ambiente de clima úmido. O constante pisoteio do gado, o uso  do fogo para eliminar as sobras secas da pastagem  após o inverno e o uso de máquinas pesadas na atividade agrícola criam sulcos que aceleram o  processo de formação dos areais. A degradação atinge 10 municípios e corresponde a uma área de 3,67 km2. 



Os domínios vegetais que envolvem as áreas I e II são,  respectivamente:



a) Caatinga e Campos.



b) Caatinga e Cerrado.



c) Cerrado e Mata Atlântica.



d) Pantanal e Mata de Araucária.



e) Cerrado e Mata de Araucária.



 



 



 



 



21 UNESP 2006 AGRONEGÓCIO  2005   



 



Em março de 2005, o faturamento do setor agropecuário brasileiro apresentou diminuição de  13,6% em relação ao mesmo período de 2004. Analise  o gráfico.



 



 








































BRASIL: VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA EM BILHÕES DE REAIS, A



PREÇOS DE MARÇO/2005.




 




2004




2005




safra grãos




76,3




51,2




Outros produtos agropec.




48,5




46,5




agricultura




124,8




97,7




pecuária




71,9




72,2




agropecuária




196,7




169,9




CNA 2005



A queda no valor total da produção agropecuária brasileira, de R$ 196,7 bilhões em março de 2004 para R$ 169,9 bilhões em março de 2005, ocorreu pela  redução dos valores da:



a) safra de outros produtos agrícolas e da pecuária.



b) safra de grãos e da pecuária.



c) safra de grãos e de outros produtos agrícolas.



d) pecuária.



e) safra de grãos.



 



22  UNICAMP 2006 AGRICULTURA E MÃO DE OBRA



 



Estima-se que, somente na região de Ribeirão Preto, existam mais de quinhentas colheitadeiras de cana, sendo que cada uma tem capacidade de colher  setecentas toneladas por dia, o que corresponde à substituição de cem homens. Desse modo, o equivalente a cinqüenta mil trabalhadores seria o saldo total das demissões provocadas por essas máquinas. Segundo cálculos existentes, para cada cem demissões, são abertas doze vagas para funções especializadas, dentre as quais, aquelas referentes aos condutores dessas máquinas. Essas máquinas operam durante as 24 horas do dia, subvertendo completamente os limites impostos pela natureza ao trabalho na agricultura.



(Adaptado de Maria Aparecida Moraes Silva. “Se eu pudesse, eu quebraria todas as máquinas”, em Ricardo Antunes e Maria Aparecida Moraes Silva (orgs.), O avesso do trabalho. São Paulo: Expressão Popular, 2004, p.31.)



a) As demissões de que trata a autora apontam o aumento da precarização do trabalho na agricultura moderna brasileira, particularmente na cultura da cana-de-açúcar. Quais as principais conseqüências da precarização do trabalho na agricultura canavieira?



b) A modernização da agricultura no Brasil foi identificada com a “Revolução Verde”. Quais os principais elementos definidores da chamada  “Revolução Verde”?



 



 



 



23  FATEC 2006 AGRONEGÓCIO    



 



Considere os textos a seguir:



I. Os canaviais paulistas devem crescer dos atuais 3,3 milhões de ha para 4,3 ha em 4 ou 5 anos. As perspectivas para o agronegócio sucroalcooleiro passam por uma boa fase, especialmente por causa do preço do petróleo e já se prevêem possibilidades de novas expansões capazes de dar ao Brasil posição geopolítica relevante no mundo.



II. Cerca de 40 mil migrantes, a maior parte deles nordestinos, representam a mão-de-obra utilizada nos canaviais da região de Ribeirão Preto. A produtividade média por homem tem crescido rapidamente, mas a remuneração pelo trabalho continua evoluindo em ritmo lento.



A leitura dos textos e os conhecimentos sobre a agricultura brasileira permitem afirmar que



a) o crescimento tecnológico do setor agrícola ainda está restrito aos estados do Sudeste e do Sul do país, justamente onde a mão-de-obra é mais numerosa.



b) o agronegócio ligado à produção de açúcar e álcool é,atualmente, o único em expansão no país justamente por concentrar-se na região que mais recebe migrantes.



c) uma das principais características do agronegócio no Brasil é sua grande capacidade de gerar novos empregos, sobretudo para mão-de-obra migrante.



d) a modernização do campo aumentou a competitividade do país em nível internacional, mas ainda não foi suficiente para aprimorar as relações de trabalho no setor agrícola.



e) a ampliação das atividades agrícolas modernizadas tem sido responsável pela criação de novas oportunidades de emprego para as populações rurais mais carentes.



 



 



24   PUC SP 2006   BRASIL FRUTAS COMÉRCIO EXTERIOR 



 



“O setor de frutas é um mercado em expansão no  Brasil. O país é o terceiro maior produtor mundial, atrás da China e da Índia. Os dados da Secex (Secretaria de  Comércio Exterior) indicam receitas de US$ 592  milhões para o ano passado no item mais amplo do setor”.



(Folha de S.Paulo, Brasil só perde para China e Índia na produção mundial de frutas, 08 de fevereiro de 2005)



Sobre a fruticultura no Brasil pode-se dizer que



a) seu crescimento e sua expansão no mercado internacional devem-se à incorporação de novas terras agrícolas da região dos cerrados, no centrooeste  brasileiro.



b) ela recentemente vinha conhecendo um grande crescimento no nordeste brasileiro, mas essa expansão está sendo prejudicada pela ausência  regular de água nas lavouras.



c) mesmo como terceiro produtor mundial, a posição do país no mercado externo é frágil, por se venderem apenas frutas in natura, sem processamento, o que  barateia os preços.



c) o pólo mais dinâmico da fruticultura brasileira usa  terras agrícolas (inclusive construindo-se, em seu meio, agroindústrias) de uma área outrora usada para  o cultivo do café.



e) a condição tropical do país representa uma vantagem  no mercado externo, pois permite produzir frutas que a China e a Índia não podem produzir, por  estarem em zonas de clima temperado.



 



25  MACKENZIE 2006  COMMODITIES CONCEITO   



 



Folha de São Paulo



Na última década, as exportações brasileiras de commodities para a China mantiveram-se crescentes em relação aos outros produtos exportados, como  demonstra o gráfico.



São considerado como commodities:



a) soja, minério de ferro e celulose.



b) veículos, máquinas agrícolas e embarcações.



c) combustíveis, eletrodomésticos e fibras sintéticas.



d) insumos agrícolas, materiais elétricos e computadores.



e) equipamentos de telecomunicações, materiais  eletrônicos e aços finos.



 



 



26   ENEM 2007 CANA DE AÇÚCAR



O açúcar



O branco açúcar que adoçará meu café



nesta manhã de Ipanema



não foi produzido por mim



nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.



Vejo-o puro



e afável ao paladar



como beijo de moça, água



na pele, flor



que se dissolve na boca. Mas este açúcar



não foi feito por mim.



Este açúcar veio



da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,



[dono da mercearia.



Este açúcar veio



de uma usina de açúcar em Pernambuco



ou no Estado do Rio



e tampouco o fez o dono da usina.



Este açúcar era cana



e veio dos canaviais extensos



que não nascem por acaso



no regaço do vale.



(...)



Em usinas escuras,



homens de vida amarga



e dura



produziram esse açúcar



branco e puro



com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.



Ferreira Gullar. Toda Poesia. Rio de Janeiro:



Civilização Brasileira. 1980. p. 227-8.



A antítese que configura uma imagem da divisão social  do trabalho na sociedade brasileira é expressa poeticamente  na oposição entre a doçura do branco açúcar e



a) o trabalho do dono da mercearia de onde veio o açúcar.



b) o beijo de moça, a água na pele e a flor que se dissolve  na boca.



c) o trabalho do dono do engenho em Pernambuco,  onde se produz o açúcar.



d) a beleza dos extensos canaviais que nascem no regaço  do vale.



e) o trabalho dos homens de vida amarga em usinas  escuras.



 



 



27  UFABC Agricultura



 



Segundo técnicos do setor, se todos os carros do  mundo rodassem apenas com etanol, o Brasil seria



capaz de atender uma parcela considerável da demanda  mundial. Para produzir tanto álcool, áreas de cerrado e  pastagens se transformariam em plantações de cana-de-açúcar, que passariam a cobrir 40% da área agrícola  do país, o equivalente a duas vezes o tamanho do estado  de São Paulo. Hoje, a cana-de-açúcar ocupa apenas  5% da área agrícola do país. A área ocupada hoje pela  cana-de-açúcar equivale, da área do estado de São  Paulo, a



a) 35%. b) 25%. c) 20%.  d) 12%. e) 8%.



 



 



28 ENEM 2007 AGRICULTURA



 



 













































Produção de Mel em 2005 ( em milhares de toneladas




Posição




País




Produção




1




China




276




2




Eua




82




3




Argentina




80




4




Turquia




75




5




México




55




15




Brasil




33




 



Globo Rural, jun./2007.



É título adequado para a matéria jornalística em que o  gráfico acima seja apresentado:



a) Apicultura: Brasil ocupa a 33ª posição no ranking  mundial de produção de mel – as abelhas estão desaparecendo  no país.



b) O milagre do mel: a apicultura se expande e coloca o  país entre os seis primeiros no ranking mundial de  produção.



c) Pescadores do mel: Brasil explora regiões de mangue  para produção do mel e ultrapassa a Argentina no ranking  mundial.



d) Sabor bem brasileiro: Brasil inunda o mercado mundial  com a produção de 15 mil toneladas de mel em  2005.



e) Sabor de mel: China é o gigante na produção de mel  no mundo e o Brasil está em 15º lugar no ranking.



 



 



29 AGRICULTURA BRASILEIRA  



 



 



Analise as seguintes afirmações, relacionadas à agricultura brasileira.



I. A introdução de técnicas que aumentam a produtividade no campo ampliou a concentração de



terras.



II. Há, de forma crescente e evidente, a articulação entre indústria e agricultura.



III. Houve um avanço do capital na agricultura brasileira e a introdução exclusiva do trabalho assalariado.



IV. Os pequenos produtores tornaram-se independentes, tanto em relação aos produtos a serem comercializados quanto aos recursos financeiros.



Estão corretas somente as afirmações



a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) III e IV.



 



30 UNESP JULHO 2009 AGRICULTURA BRASIL



 



Numere, no quadro, a coluna da esquerda de acordo com a da direita, associando cada área do Brasil à respectiva característica predominante quanto à organização do espaço agrário.



 (Magnoli e Araujo, Geografia: a construção do mundo. Moderna,



2005. (Adaptado)



Organização do espaço agrário brasileiro



Áreas – Características predominantes



() São Paulo, sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul         



() Faixa Litorânea do Nordeste extensiva                                                      



 () Algumas regiões interiores distantes dos centros urbanos e industriais                      



() Amazônia legal                



1. Agropecuária moderna



2. Pecuária tradicionalN



3. Agricultura comercial tradicionalES



4. Extrativismo vegetalH



 



Assinale a opção que apresenta a associação correta.



a) 1, 2, 3 e 4. b) 1, 3, 2 e 4. c) 2, 3, 4 e 1.



d) 3, 4, 2 e 1. e) 4, 3, 1 e 2.



 



31 FATEC 2009 AGRICULTURA BRASILEIRA ATUAL



 



O campo brasileiro tem passado por intensas transformações e disputas econômico-sociais nas últimas décadas. Sobre esse tema, foram feitas as seguintes afirmações.



I. O trabalho assalariado convive ainda hoje com relações de trabalho familiares camponesas (posseiros e arrendatários) e relações de peonagem ou “escravidão branca”.



II. A reforma agrária, apesar de assegurada na Constituição Federal vigente, até hoje tem sido um processo lento e ainda com pequenos resultados efetivos no país.



III. As grandes propriedades, caracterizadas por relações assalariadas e melhor nível tecnológico, são responsáveis pela maior parte da produção de alimentos da cesta básica nacional.



IV. A maior parte do crédito agropecuário, nos últimos 30 anos, se destinou a pequenos e médios camponeses, o que fez florescer a agropecuária tecnológica intensiva em várias regiões.



É correto afirmar o contido em



a) I, II, III e IV. b) I, II e III, apenas.



c) I e II, apenas. d) I e IV, apenas.



e) III e IV, apenas.



 



32   PECUÁRIA COLONIAL E CONTEMPORÂNEA  FUVEST 2 FASE 2009



 



No período colonial, a escravidão africana e a pecuária bovina interligaram, de algum modo, as várias “ilhas regionais” daquele antigo “arquipélago econômico” , conforme definido por alguns autores. Com base nessas informações e em seus conhecimentos,



identifique



a) as duas principais portas de entrada e respectivas rotas de penetração do gado nordestino sertão adentro, durante a fase colonial;



b) a frente pioneira da expansão pecuária bovina no Brasil de hoje.



 



33 FGV ECONOMIA 2012AGRICULTURA BRASILEIRA



 



Considere as assertivas sobre a agricultura brasileira.



I. A modernização do campo brasileiro possibilitou o crescimento da agricultura familiar comercial, ampliando a produção e a produtividade.



II. Nestas ultimas décadas, a agricultura camponesa tornou-se antieconômica, porque não conseguiu incorporar mudanças estruturais e, praticamente, desapareceu do campo brasileiro.



III. Nas ultimas décadas, a industrialização da agricultura contou com o apoio do Estado que, oferecendo financiamentos e infra-estruturar, priorizou os produtos destinados a exportação.



Esta correto somente o que se afirma em



a) I. b) II. c) I e II. d) I e III. e) II e III.



 



34bUNICAMP 2012 AGRICULTURA NO BRASIL



 



“A produção de grãos no Brasil na safra 2009/2010 será recorde (147,10 milhões de toneladas), superando em 8,8% o volume produzido na safra 2008/2009 (....). A área plantada na safra 2009/2010 é de 47,33 milhões de



hectares, 0,7% menor que a cultivada na safra 2008/2009.” (Jornal Brasil Econômico, 06/08/2010, p. 17.)



O aumento de produção de grãos em área menor indica um aumento da produtividade, em função dos seguintes fatores:



a) uso de sementes geneticamente modificadas, baixa utilização de insumos agrícolas e de maquinário, mão de obra predominantemente assalariada e uso intensivo do solo.



b) uso de sementes de melhor qualidade, maior utilização de insumos agrícolas e de maquinário, mão de obra predominantemente assalariada e uso intensivo do solo.



c) uso de sementes de melhor qualidade, maior utilização de insumos agrícolas e de maquinário, mão de obra predominantemente familiar e uso extensivo do solo.



d) uso de sementes geneticamente modificadas, maior utilização de insumos agrícolas e de maquinário, mão de obra predominantemente familiar e uso intensivo do solo.



 



35. FGV 2012 ADMINISTRAÇÃO AGRICULTURA NO BRASIL



 



Sobre as causas e/ou as conseqüências das mudanças registradas na dinâmica espacial da cultura de soja no Brasil ocorridas entre o Censo Agropecuário de 1996 e o de 2006, assinale a alternativa correta:



a) A política de incremento da produção de alimentos para o consumo interno resultou em intenso crescimento da produção de soja no Centro-Oeste brasileiro.



b) Nos cerrados nordestinos, o aumento da área plantada resultou no parcelamento das grandes propriedades e na democratização do acesso a terra.



c) A diminuição da área plantada nos Estados do sul ocorreu em virtude da implementação do novo Código Florestal brasileiro.



d) O aumento da área plantada nas franjas meridionais da Amazônia pode ser relacionado ao fim da obrigatoriedade da manutenção de uma reserva legal nas propriedades rurais.



e) O cerrado foi o bioma brasileiro mais afetado pelo avanço da fronteira agrícola e pelo aumento da área plantada.



 



36  ENEM 2011 AGRICULTURA CANAVIEIRA 



 



No Estado de São Paulo, a mecanização da colheita de cana-de-açúcar tem sido induzida também pela legislação ambiental, que proíbe a realização de queimadas em áreas próximas aos centros urbanos. Na região de Ribeirão Preto, principal pólo sucroalcooleiro do pais, a mecanização da colheita já e realizada em 516 mil dos 1,3 milhão de hectares cultivados com cana-de-açúcar. BALSADI, Q. et al. Transformação Tecnológica e a forca de trabalho na agricultura brasileira no período de 1990-2000. Revista de economia agrícola, V. 49 (1), 2002.



O texto aborda duas questões, uma ambiental e outra socioeconômica, que integram o processo de modernização da produção canavieira. Em torno da associação entre elas, uma mudança decorrente desse processo e a



a) perda da nutrientes do solo devido a utilização constante de maquinas.



b) eficiência e racionalidade no plantio com maior produtividade na colheita.



c) ampliação da oferta de empregos nesse tipo de ambiente produtivo.



d) menor compactação do solo pelo uso de maquinário agrícola de porte.



e) poluição do ar pelo consumo de combustíveis fosseis pelas maquinas.



 



37CFATEC 2012  AGRONEGÓCIO



 



O agronegócio envolve operações desde as pesquisas científicas relacionadas ao setor até a comercialização dos produtos, determinando uma cadeia produtiva entrelaçada e interdependente.



(Albuquerque, Maria Adailza Martins de et alii. Geografia: sociedade e cotidiano. São Paulo: Escala, 2010.)



Podem-se acrescentar outras características ao agronegócio, dentre as quais a seguinte:



a) manter centros de tecnologia avançados, voltados a agricultura orgânica.



b) expande os cultivos de grãos da região Centro-Oeste para a região Sudeste.



c) promove a concentração de terras e o desemprego no campo.



d) possibilita ao pais a auto-suficiência nas matérias-primas para a industria.



e) planeja a expansão das lavouras, barrando o desmatamento e os impactos ambientais.



 



 



38   MACKENZIE JULHO DE 2.011 PRODUÇÃO DE SOJA - BRASIL



 



Produção de Soja – Brasil e principais estados produtores



 



 

















































Estado




Média 1998



a 2000




Média 2001



a 2003




Média 2004



A 2006




Mato Grosso




7.825




11.400




15.958




Pará




7.419




9.721




9.691




Goiás




3.641




5,259




6.364




Rio G. Sul




5.232.




7.381




5.182




Mato G. Sul




2.535




3.491




3.718




Brasil




31.705




43.984




51.066




Em mil toneladas.



Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal



O comportamento gráfico observado acima se deve



a) as melhores condições ambientais, principalmente no Cerrado, onde as condições naturais reduziram custos  de correção de solos e outras medidas técnicas.



b) a necessidade de atender os maiores mercados consumidores do pais, pois se trata de um produto fundamental na alimentação nacional e com reduzida importância na pauta de exportações.



c) as combinações entre condições naturais favoráveis, como no Sul, e grandes incentivos governamentais do passado, que permitiram a expansão no Centro-Oeste principalmente.



d) a produção de biocombustiveis que utilizam a soja como matéria-prima, sobretudo o Biodiesel, que conta com mais de 40% na matriz energética brasileira.



e) a utilização de mao de obra de base familiar e tradicional, característica muito freqüente nesse tipo de cultivo.



 



39 FGV JULHO 2011 AGRICULTURA FAMILIAR



 



Nos termos da legislação em vigor, considera-se agricultor familiar àquele que pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos:



I. não detenha, a qualquer titulo, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais;



II. utilize predominantemente mao de obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento;



III . tenha renda familiar predominantemente originada  de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento;



IV. dirija seu estabelecimento com sua família.



IBGE: Censo Agropecuario 2006.



Sobre a estrutura produtiva da agricultura familiar no Brasil, assinale a alternativa correta:



a) A agricultura familiar e praticada em mais de 80% dos estabelecimentos rurais brasileiros.



b) A área media dos estabelecimentos rurais familiares e maior do que a área media dos estabelecimentos rurais não familiares.



c) A maior parte da produção nacional de soja provem de estabelecimentos rurais familiares.



d) Mais de 70% do pessoal ocupado na agropecuária brasileira trabalha em estabelecimentos classificados como não familiares.



e) A agricultura familiar responde por mais da metade da receita dos estabelecimentos agropecuários brasileiros.



 



Gabarito 



 



1 E   2      3 D    4  A  5 D  6 B  7 A 8 B 9 A 10 E



 



Resposta 11



a) O conjunto de atividades a que o texto se refere é o  agronegócio, agroindústria ou agribusiness. Trata-se de um conjunto de atividades econômicas agrícolas que em função do avanço tecnológico integram-se com atividades industriais e de serviços , gerando uma forte integração entre campo e cidade e aumentando o valor agregado dos produtos agrícolas . O agronegócio está espalhado pelo Brasil , destacando-se por exemplo a produção de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo, , na região de Araçatuba e Ribeirão Preto , com diversas usinas e a produção de soja em Mato Grosso e Goiás , em diversas cidades , como  Rio Verde , Sapezal e Sorriso, na região do cerrado .



b) A biotecnologia vem sendo utilizada com cada vez mais intensidade . A própria produção de soja no cerrado brasileiro é resultados de intensas pesquisas feitas pela Embrapa . Os riscos associados a esta tecnologia estão associadas à contaminação do solo e  dos recursos hídricos, em razão da erosão e do uso de agrotóxicos , além de efeitos ainda não definidos pelo cultivo das sementes transgênicas em crescente expansão .O aumento da mecanização gera diminuição do uso do trabalho braçal , mas em contrapartida gera maior oferta de trabalho em outras áreas mais técnicas e melhor remuneradas .



 



12 B 13 A  14 E  15 A  16 C  17 A  18 E  19 A  20 A 21 C



 



Resolução  22



a) No caso da lavoura canavieira a precarização do trabalho apontada resulta no aumento do desemprego , na queda da renda das famílias de trabalhadores rurais , na migração desta população para outras áreas e no aumento das desigualdades sociais .



b) A agricultura brasileira vem passando por um intenso processo de modernização com o aumento da mecanização , maior utilização de adubos , de tecnologia na seleção de sementes , das técnicas de plantio  e como resultado final ocorreu um elevado aumento da produção e da produtividade , daí a denominação de "Revolução Verde " , para esre processo .



 



23 D 24 D  25 A 26 E  27 B 28 E  29 A 30 B 31 C



 



Resolução 32



 



a) a pecuária no Brasil colonial iniciou-se como atividade complementar à produção de cana de açúcar no Nordeste ,  para garantir fonte de alimento para a população . O gado avançou pelo sertão adentro , ocupando o Vale do São Francisco , que recebeu o apelido de rio dos Currais e na direção norte , ocupando o Vale do Parnaíba , formando os Estados do Piauí , Maranhão e Ceará .



b) Atualmente o gado que já ocupou grande parte do Centro Oeste , avança em direção á região Norte , na borda da floresta amazônica , sendo a pecuária apontada como a principal causa de desmatamento da região , favorecida pelas estradas que cortam a região e pela consolidação da cultura de soja e algodão no Centro-Oeste



 



33 D  34  B        35  E   36  B  37  C   38  C  39 A  


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