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Erotico-->37. SEIS MESES DEPOIS (final de “O APRENDIZ DO EVANGELHO”) -- 04/01/2003 - 08:52 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Terminei o curso de redação literária. Não alcancei louvor, mas obtive aprovação para exercer o direito de elaborar mensagens a serem transmitidas mediunicamente, aos irmãos encarnados.

Em relação às aulas de primeiras letras, considerei que as implicações psicológicas não deveriam afetar o desenvolvimento dos amigos internos, tanto que, através dessa atividade, muitos se distraíam dos problemas que os mantinham presos. Importante meio de ajuda terapêutica, foram os próprios pupilos que deliberaram que não poderia afastar-me. Por outro lado, capacitei-me a ministrar cursos mais completos, chegando a orientar pessoas formadas, para reciclagem voltada aos temas da moralidade cristã. Atualmente, tenho cinco alunos às voltas com “A Arte de Escrever”.

As reuniões de análise individual prosseguiram, uma por dia, por mais trinta e nove dias, até que todos tivessem perpassado pelo crivo da corporação estudantil. Ninguém deu mais trabalho que Reginaldo, criatura extremamente complexa, cuja história mereceria narrador de melhores recursos. Onofre, ao contrário das expectativas, após aceitar o ponto de vista crístico, se tornou ferrenho defensor da categoria dos socorristas, tendo sido difícil controlá-lo, no sentido de aguardar que todos fossem examinados, para ir em ajuda de seu primeiro aprendiz do evangelho.

Após mais dez sessões, em que revisamos todos os pontos da cartilha, recebemos as diretrizes de atendimento primário. Cada aluno pôde escolher, dentre seis personalidades, aquela com a qual melhor se daria. Eu fui apaniguado por especial consideração: poderia eleger um dos alunos do hospital, desde que em condições mentais e emocionais adequadas. Submeti o nome de Xavier à apreciação de Mário. Este, após haver consultado aos médicos, deu-me o alvará, com a condição de que viesse a ser aprovado pelo atendido.

— Com o máximo prazer! — foi a resposta pronta do inteligente discípulo.

Dessa forma, o sonho de ter como orientanda a prima Leocádia se esvaiu completamente.

Xavier vem demonstrando-se muito mais competente que eu mesmo, que passei três anos até que adquirisse condições de freqüentar o curso regular. Pelo andar da carruagem, dentro de seis meses, irá poder libertar-se do “orientador”.

Ainda não me encontrei com nenhum dos familiares. Tive notícia de que meus pais se encontram reencarnados. Só isso. Meus filhos conseguiram registrar saudade de mim, em faixa de onda compatível com minha freqüência. Enviei-lhes fervorosos votos de breve reencontro. Leonor desapareceu-me quase completamente da lembrança. Cheguei à conclusão que nosso conúbio servira para a realização material do reencarne das três entidades. É mistério a ser resolvido. Seu amante, pelo que tudo indica, foi o “acaso” que fez cruzar nossos caminhos, para a prova em que ambos nos perdemos.

Prosseguimos, presentemente, o curso, ainda sob a tutela do Professor Mário, dedicando-nos aos problemas decorrentes da orientação da cartilha. Tive a satisfação de haver partilhado da convivência com todos os colegas, no pequeno grupo.

Quando dá tempo, redigimos a história de nossas vidas ou, como no meu caso, do processo que nos trouxe em contínuo crescimento espiritual desde as Trevas.

Embora seja momento de muita glória, não criamos expectativa quanto ao recebimento do diploma pelas mãos de Maciel. Com certeza, se continuarmos a nos dedicar como até aqui, chegaremos a completar o curso com bom aproveitamento, haja vista a grata oportunidade que nos foi dada desta transmissão.

Devo dizer que vários colegas escreveram textos bem mais interessantes e mais completos. Contrariando o meu voto, a maioria, no entanto, como homenagem ao professorzinho do hospital, resolveu que a composição a ser divulgada seria esta.

Impus aos colegas a necessidade de que exercessem o direito de revisão, dado que muitos foram citados, até em circunstância desabonadora.

Maria abençoou a obra:

— Graças a Deus, fui retratada como realmente sou. Se, no futuro, viermos a contar o restante da jornada, com certeza minha personalidade será apresentada de modo bem mais agradável, pois terei evoluído. Não é isso que se espera de todas as criaturas?

Antes de encerrar, beijo reverentemente a mão de meu avozinho Honorato, em quem reconheço meu ideal de socorrista. Abraço o Professor Mário, cuja lucidez nos tem proporcionado progressos rápidos e significativos. É, para todos nós, verdadeiro Mestre. Agradeço, comovido, a cada irmãozinho da classe pelo estímulo e pela cooperação, porque, sem sua ajuda no campo da imantação e da sustentação fluídica, durante as transmissões ao médium, não chegaria a efetuar tão extenso ditado. Rendo homenagem a todos os professores e mentores da “Escolinha de Evangelização”, especialmente a Petrarca, cuja orientação me permitiu trilhar, desde logo, o caminho mais adequado. Aos enfermeiros e médicos, com destaque para o Doutor Castro, tenho agradecido quotidianamente. Quanto a Homero, pude contactá-lo várias vezes, havendo iniciado juntos o projeto que me levará a visitar os parentes e amigos. Por enquanto, fizemos algumas visitas ao plano material terrestre, com a finalidade de atualização de conhecimentos. Prometeu-me ele que presidirá também à abertura da memória relativa aos dois encarnes anteriores, para o que deverei estar melhor preparado, sentimental e intelectualmente. Encanta-me sua companhia de cicerone.

Muito obrigado ao médium.



Senhor, atendei-me quando vos peço pelos amigos. Atendei-me ainda mais quando rogo pelos inimigos, pois gostaria que me désseis força para dobrar a cerviz do egoísmo. Pai de misericórdia, abençoai os que transformam as lições em conhecimento, a serviço da comunidade. Abri a mente dos empedernidos e favorecei-lhes a compreensão da verdade. Fazei a todos o que vindes fazendo a mim: estendei o vosso manto protetor, para que os conselheiros, na qualidade de anjos tutelares, consigam trazê-los das trevas para a claridade. Enviai-nos Jesus, através de vosso manancial de amor, para nos tornarmos dignos de trabalhar pelo evangelho. Amparai esta mensagem, para que obtenha dos leitores encarnados simpatia e respeito, tornando-a o veículo do nosso desejo de despertar para as virtudes. Assim seja.


Indaiatuba, de 18 de julho a 6 de setembro de 1994.




Existe uma edição impressa pela EDITORA ESPÍRITA “MENSAGEM DE ESPERANÇA”, Rua Madre Valéria, 903, Vila Fornel — Capivari — SP — C. P. 93 — Cep 13360.000 — (019) 491-7000 — (019) 491-5603 — (editoraeme@ncap.com.br).

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