Se eu me importar tanto com meus irmãos, quanto eles se importam comigo... e se meus irmãos verdadeiramente se preocuparem com meu bem estar, e eu com o deles, e todos nós uns com os outros... se todos nós nos importarmos uns com os outros, colocando-nos sempre uns nos lugares dos outros, buscando sempre uma certa compreensão, sem resvalar na ingenuidade ou mesmo em sentimentos de superioridade... utilizando sempre boa vontade, uma certa dose homeopática de generosidade, uma dose salutar de amor pela humanidade... Se alguns não tivessem uma necessidade tão grande, imperiosa, de colocar seus interesses num patamar acima dos interesses, direitos e necessidades da grande maioria... Se tantos não ficassem “fazendo corpo mole” e sobrecarregando os demais... Se todos tivessem as mesmíssimas oportunidades, podendo prosperar e evoluir solidamente baseados nos seus próprios esforços e méritos efetivamente conquistados... se a nossa capacidade produtiva, com base no nosso atual nível de desenvolvimento tecnológico, fosse efetivamente utilizada para resolver os problemas de todos e não para gerar excedentes que privilegiam alguns... se todas estas colocações fossem consideradas como realmente são: viáveis, plausíveis, desejáveis; e não fossem relegadas ao campo dos sonhos, ao plano dos contos de fadas, a uma conjuntura onde isto tudo é encarado como mera infantilidade... Tudo são pensamentos. Ninguém (na verdade muitos poucos) está disposto a tentar. Especialmente os donos do mundo. E se o mundo tem dono...