Na verdade só coloquei este texto aqui porque não existe a categoria 'resumos', que no meu entender seria mais apropriada para ele. Mas isso não há de ser nada, tendo em vista que tem usináceo plagiando na caruda, e exibindo seu 'trabalho' com 'um orgulho sem vergonha'.
QUADRINHOS-WALT DISNEY
No Brasil, a chegada dos quadrinhos norte-americanos se dá após a 2º guerra mundial.
Em 1950, surge a Editora Abril, de propriedade de Victor Civita, um nova-iorquino, filho de imigrantes italianos. Desde então os quadrinhos norte-americanos tem dominado nosso mercado.
Com forte conteúdo ideológico, cerca de 50% das histórias apresentam os personagens envolvidos com outros povos e nações, à procura de tesouros, segundo análises realizadas por estudiosos do assunto. Esses povos apresentam similaridades com o estereótipo corrente a respeito do habitante do 3º mundo.
Em geral são musculosos e fortes, de bom coração e com cérebro infantil, passando a idéia de servirem como mão de obra em trabalhos braçais e de necessitarem da tutela de pessoas “mais capazes”.
Esses nativos vivem em paraísos, sem a necessidade de trabalhar, e as riquezas que lá existem são fruto do acaso aparecendo por obra do mar, chuva, vento, vulcão, céu, vindas de outro planeta, etc...
Por bugigangas, as riquezas são trocadas. Sem condições de entender os presentes produzidos por uma civilização mais avançada (a de Patópolis), utilizam-nos como objetos mágicos, de adoração.
Assim justifica-se a ação dos patos em retirarem as riquezas de povos para as quais elas não têm serventia, além de não lhes pertencerem, pois não foram por eles criados.
A divisão internacional do trabalho, é assim sutilmente repassada como natural para as crianças e a exploração fica também justificada.
Em muitas dessas histórias, os “selvagens bonzinhos” aprendem que há “patos bons” e “patos maus”. Os primeiros pagam pelas riquezas (com bugigangas) e os segundos não. Os “patopolenses” mostram-se sempre como defensores da justiça e da lei, invariavelmente conseguindo restabelecer a ordem, e, portanto, adquirindo o direito de decidir sobre a riqueza do país.
“... essas histórias todas, de conteúdo eminentemente imperialista, são traduzidas em mais de 30 idiomas, e lidas em mais de 100 países. Seus personagens aparecem em relógios, roupas, sapatos, enfeites para quartos, lustres e moveis infantis. Enquanto seus produtores e o país ao qual pertencem obtém lucros inestimáveis e garantem sua hegemonia no mercado internacional de produtos culturais, nós, os selvagens bonzinhos do terceiro mundo, por alguns minutos de diversão, continuamos pela vida afora, pagando o pato ...”
“... todo movimento de emancipação é minimizado, ridicularizado, apresentado como subversão da ordem natural do mundo social. Passeatas, atos públicos, seqüestros, terrorismo, tudo é mostrado como fato passageiro, ato isolado de pessoas mentalmente abaladas...“
A invasão cultural norte-americana Júlia Falivene Alves
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