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Artigos-->Falando de Amor (soneto duplo) -- 29/01/2012 - 00:52 (Armando A. C. Garcia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:143768998945428900




Falando de Amor (soneto duplo)





É inútil querer fingir que não te amo


É tão fútil como um frágil desengano


Ato mal contente dum amor profundo


Estranho desatino a complexar o mundo





Bem que eu poderia, qual um moribundo


Nos fúnebres lamentos, últimos segundos


Esquecer-me de ti, de tuas feições primor


Não lembrar-me mais de meu imenso amor





Assim não quer a vida, a paixão tem preço


O triste pagamento, é tudo que mereço


A dor da saudade, é minha companheira





O tempo implacável, traga-me a ilusão


Como a devorar-me a alma e o coração


Tu, foste o sonho, que sonhei a vida inteira








II








Fogem-me os sentidos, em busca de espaço


Noite e dia, vejo em você, meu fracasso


A cada dia que nasce, renovo a esperança


Mas tu, não retornas, tua ausência cansa





A cada manhã, desabrocha o meu sonho


Devastado pela solidão, vivo tristonho


Cruel solidão, que aporta este mundo


Ansiedades, angustias, são panos de fundo





Inesquecível lembrança, profundo amor


Imenso vazio, tristeza, aflição e dor


Só um conto de fadas, dará outro rumo





Navegando meus sonhos em tuas fantasias


Voltarei a sorrir, e a viver harmonias


Ternura infinita, contigo, me aprumo





São Paulo, 29/01/2012


Armando A. C. Garcia





Visite meu blog: http://brisadapoesia.blogspot.com




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