Nosso trabalho socorrista persiste integralmente voltado para os irmãos infelizes internados nas trevas umbráticas. O que evitamos, às vezes, é a presença desses espíritos sofredores junto ao escrevente e isto por várias razões, quais sejam: a inoportunidade dessa presença por violenta e desrespeitosa, a falta de interesse em que o leitor se inteire de determinados problemas inexpressivos, o fato de que o médium se vê envolvido pelos próprios dizeres, o que não nos permite eficaz trabalho de apoio, uma vez que o médium não pode assumir o duplo aspecto da escrita e da doutrinação simultânea, quando se trata de seres extremamente agressivos, e assim por diante.
Hoje, ainda que não colocados junto ao médium, tivemos diversos companheiros em vias de aceitarem internação em instituição de socorro e que puderam presenciar os trabalhos, sendo-lhes explicado cada passo da mensagem, tendo ficado imensamente impressionados com a repercussão da recusa do escrevente em atender ao pedinte. Assustou-os o constrangimento a que foi submetido e admiraram-se das providências que tomamos para explicar o fato, integrando-o ao texto que desenvolvíamos, ao mesmo tempo que tranqüilizávamos o ânimo do amigo, dando-lhe condições de prosseguir ininterruptamente a tomar o ditado.
Essas tarefas que para nós são corriqueiras, são o nosso “feijão com arroz”, como se diz popularmente, para eles foi absoluta novidade, de sorte que lavramos tento importante no nosso trabalho mais efetivo: a assistência socorrista. Portanto, caro irmãozinho, fique bem sossegado que tudo está absolutamente sob controle. Não fuja ao serviço (sabemos que dizer isso é arriscar-nos a ofendê-lo) e fique na paz do Senhor!
Augusto.
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