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Ensaios-->Vozes d Brazil ( sob as janelas do Edifio Master) -- 19/10/2003 - 21:01 (Flavia.s) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Curiosidade. A priore esse adjetivo seria o corolário que fascina o cineasta, Eduardo Coutinho a mergulhar na experiência de fazer um cinema não ficcional. Depois de ter produzido os longas-metragens Santo Forte e Babilônia 2000, Edifício Máster dá continuidade às narrativas livres, ou seja, não há nenhum assunto obrigatório. Preocupa-se apenas com a fala dos personagens. A diferença singular do Edifício Máster, é que desta vez Coutinho traz em cena a vida da classe média, fora da confluência de pobreza e violên-
cia, mas que por outro lado revela uma batida triste e monótona que os rodeiam.
O documentário traz em 1’50 min uma polifonia que relata as diversas experiências de vida dos morados de um edifício de 274 andares na zona sul de Copacabana. A explosão de vozes ruma todas as direções que a vida pode tomar.
Diante de uma câmera quase sempre estática, 37 pessoas conversam com Coutinho.
O dialogo lembra uma seção paciente-terapeuta, onde os personagens relatam suas tristezas, sonhos, alegrias, decepções. O monólogo e o diálogo se contrapõem: ao passo em que o personagem real é enquadrado pela câmera, este ao mesmo tempo, responde as perguntas feitas pelo diretor.
Segundo o crítico de cinema Michel Laub, esses dois caminhos interpretativo, “quebra o suposto distanciamento cientifico, que finge flagrar os personagens em seu comportamento natural” diz ele. Por outro lado o veredicto dos personagens é inegável, mostrando que a vida nem sempre precisa de vitórias retumbantes para justificar a existência de quem a viveu. Numa cena gravada no corredor, envolvendo apenas um menino e um gato, Coutinho mostra que o documentário é um gênero sutil a ponto de capturar afetos tão delicados como a gentileza ou a coragem humana numa cena em que um senhor relata que sofreu um acidente numa das escadas do prédio e ainda conseguiu pedir por socorro, depois de ter rastejado até a porta do vizinho.
O certo é que, quem assiste ao Edifício Máster, tem a impressão que a categoria documental ainda tem seus fortes indícios no cinema brasileiro, principalmente no tocante a arte de escutar os outros. Um documental brasileiro mais próximo de seus personagens, desvendando-os sem transparência.
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