Muito se tem escrito a respeito da liberdade que têm os seres de agir segundo seu desiderato. O que temos a acrescentar de original é o fato de, para que haja real liberdade, é preciso que as ações não configurem qualquer violência do mesmo direito à liberdade de quem quer que seja. Vejam bem, queridos leitores: não se trata do princípio conhecido de que “a liberdade de uns termina quando inicia a dos outros”. Neste caso, haverá restrição da liberdade e ninguém possuirá realmente livre-arbítrio.
O que estamos querendo ressaltar é o fato de que a ninguém está restrito o direito de agir segundo as leis de Deus e, dentre elas, se encontra a lei do livre-arbítrio, que nada tem de ver com liberdade de ação. A vontade será tolhida pela limitação dos atos, na medida em que ferirem os direitos dos compatrícios. Mas o livre-arbítrio nunca se encerra dentro das quatro paredes da voluntariedade humana baseada no egoísmo, no orgulho, na ambição, na prepotência e demais vícios que muitas vezes são até tidos na conta de virtudes. A liberdade é limitada no campo da malignidade, mas é infinita no âmbito do bem, do amor, da fraternidade. E não há como obstá-la, graças a Deus!
Por outro lado, anima-nos falar a respeito do livre-arbítrio o fato de que somos muito atrasados moralmente, mas, apesar disso, conseguimos a anuência dos superiores para comparecer diante dos encarnados com textos preparados de acordo com as orientações evangélicas. Se tivermos o atrevimento de elaborar mensagens em desacordo com os ensinamentos que vimos recebendo nas aulas, aí nada poderemos transmitir, a menos que abramos mão de todos os benefícios morais que se acrescentam ao nosso cabedal, sempre que procedemos em harmonia com a verdade e com os ensinamentos de Jesus.
Comentário
Este texto simplesinho foi entregue a nós por um dos mais tímidos. Não se considera adiantado, embora se esforce bastante. Pareceu-nos tão compenetrado dos rigores da disciplina da “Escolinha de Evangelização”, que tomamos a iniciativa de dá-lo aos leitores, para que meditem a respeito dos conceitos nele contidos, bem assim na atitude de quem o redigiu.
Se todos os homens se compenetrassem dos deveres e não ficassem tão-só cônscios dos direitos, o mundo teria progresso imenso. Por isso, honramos o fiel condiscípulo, com o intuito de demonstrar que a semeadura está sendo feita e a colheita começa a ser proveitosa.
O irmãozinho não deseja revelar o nome nem deixar subscrito o texto por alcunha que o pudesse identificar. Pede-nos que, humildemente, seja deixado na obscuridade e diz-nos que, quando for o momento, Jesus saberá orientá-lo para o trabalho maior. Vamos satisfazer-lhe o pedido.
Felicidades, irmãos! Fiquem na paz do Senhor!
Otávio (pela equipe).
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