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Poesias-->MARINHA -- 25/01/2003 - 23:49 (Tânia Cristina Barros de Aguiar) |
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há neblina e o mar bravio rasga a areia
do rochedo vislumbro a espuma e a voz das ondas
como amo a praia e sua umidade
o cheiro das algas e maresia
não tem fim o mar
para mim que, do rochedo
me quedo a pensar
talvez pudesse entregar-me ao mar
e nas profundezas buscar
as velhas lendas
há um poema doce que vem das águas
intenso como a tempestade da minha alma
ainda há barcos ao mar
porque há que se trazer o peixe ou ficar
há que se trazer o peixe ou soçobrar
como eu
- arranco ao mar uns versos
repletos de lembranças doces
há em mim mais que marolas
ternuras piedosas
doçuras inoportunas
toda essa natureza furiosa
que me contém e perpassa
toda a essa tempestade marítimo-noturna
feito um mar prateado pela lua insone do poema
o que há de lua e mar em mim
rochedo e maresia
estrelas brilhantes de poesia
pérolas nacaradas ocultas
- segredos embalados nas ondas.
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