Já pensou se ela acessa?
Vai descobrir os textos que desenhei outras vezes.
Vai sorrir, chorar, troçar sobre eles? Não sei. Um dia desses olhei para ela de relance. Cabelos negros. Nem tinha reparado direito no tamanho. Grandes, belos, muito belos.
Meus olhos fizeram com que ficassem mais belos ainda, visto que deles não tirei os olhos.
Depois ela sentou quieta num canto. Olhos atentos ao que acontecia. Falou com uma amiga e inventei uma coisa qualquer para perguntar outra bobagem que permitisse esticar conversa.
Criatura majestosa. Pensei em criar novo texto e deixar ao seu lado, para uma eventual olhada.
Pensando bem, como fazer isso sem ser desastrado?
Esse negócio de paixão nos remete ao senso de quebrar as cascas. Não, no momento não.
Bem, está certo. Ela é bonita, não, linda. Inteligente, inacessível talvez.
Talvez por isso a musa ideal. Não posso tocá-la.
Mas ao invés da musa desta vez eu gostaria mais de ter a mulher.
Nem todas as musas precisam ser tão intangíveis.
Tocá-la, ainda que tangencialmente, seria muito mais interessante.
Gostaria de beijá-la, e muito. Coisa de poeta apaixonado, desses que perdem o juízo por uma mulher jovem e bonita, não, linda.
Um dia desses ela descobre, se já não o fez.
Vou torcer que o desfecho seja bom, não, ótimo.
Seria ótimo beijar uma mulher tão linda, fazer amor com ela. Que coisa linda.
Se eu pudesse contaria a um pé de planta qualquer, que levaria uma flor para ela e diria à flor que eu a quero, quero mesmo... |
