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Ensaios-->Árvore de costado de Ieda Botelho do Amaral -- 30/11/2002 - 10:19 (Pedro Wilson Carrano Albuquerque) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ÁRVORE DE COSTADO DE IEDA BOTELHO DO AMARAL (1)
(esposa de Gladston Carrano)

IEDA BOTELHO DO AMARAL

1- Ieda Botelho do Amaral. C. c. Gladston Carrano, filho de Edson Carrano e de Lucília de Castro Barroso. Filhos: Rodrigo José Américo, Paulo Ernane, Ana Paula e Jaqueline do Amaral Carrano - v. § 41 do Capítulo VII do livro “Encontro com os Ancestrais” (2).

PAIS:
2- Alfredo Américo do Amaral.
3- Marieta Botelho. Farmacêutica.

AVÓS:
6- Luís Emílio Botelho. Farmacêutico. Com Maria Vargas Neto, sua primeira esposa, teve os filhos: Marieta e Lenita Botelho e Luís Smith Botelho. Casou-se em segundas núpcias c. a viúva Mariana Ferreira Neto, com quem teve o filho Hélio Ferreira Botelho.
7- Maria Vargas Neto.

BISAVÓS:
14- João Isidoro Gonçalves Neto. C. em primeiras núpcias c. Cristina Vargas Correia e em segundas núpcias c. a viúva Ambrosina de Carvalho. Filhos: João, Guilherme, Joaquim, Venância, Virgilina, Maria, Antônio e Mariana Vargas, Silvino Vargas Neto e Teófila Vargas (do primeiro casamento) e Wellington Isidoro de Carvalho Neto e Wilson Isidoro Carvalho Neto (do segundo casamento).
15- Cristina Vargas Correia.

TRISAVÓS:
28- João Gonçalves Neto. Fal. em 1893 em Leopoldina (MG). Com Mariana Flausina de Almeida teve os filhos: Francisco Gonçalves Neto, Joaquim Eleotério Gonçalves Neto, Pedro Gonçalves Neto, Maria Teodora Neto, João Isidoro Gonçalves Neto, Rita Teresa de Jesus e Zeferina Damasceno Neto.
29- Mariana Flausina de Almeida.
30- Francisco de Vargas Correia. C. c. Venância Rodrigues Gomes. Pais de: Custódio, Olímpio, Francisco, Maria Teodora, Maria Conceição, Altina, Filomena e Cristina Vargas Correia.
31- Venância Rodrigues Gomes.

TETRAVÓS:
58- Manoel Antônio de Almeida. N. provavelmente em Turvo (MG) em torno de 1777, uma vez que no Mapa Populacional de Leopoldina (MG) de 1838, guardado no Arquivo Público Mineiro, consta que ele possuía 60 anos de idade quando foi recenseado. Assinou a Ata de Fundação da Cidade de Cataguases (Meia Pataca), datada de 25-JAN-1828. Residia em Bom Jardim, atual Bom Jardim de Minas (MG), de onde partiu, em 1-SET-1829, para São Sebastião do Feijão Cru (atual Leopoldina), Minas Gerais, com a família e alguns parentes, chegando ao destino no dia 30 do mesmo mês.3 O Historiador Augusto de Lima Júnior tratava-o com o título de Comendador. C. em Minas Gerais, provavelmente em Bom Jardim, c. Rita Esméria de Jesus, com quem teve os filhos: Mariana de Almeida, Antônio de Almeida Ramos, João Celestino de Almeida, Messias de Almeida, Joaquim Antônio de Almeida Ramos, Venâncio José de Almeida e Costa, Rita Esméria de Almeida, Manoel Teodoro de Almeida, Maria Inocência de Almeida, Joaquina Esméria de Almeida, Maria Venância de Almeida e Luciana Esméria de Almeida (ou Luciana Francelina de Jesus). Fal. em 1872 em Leopoldina (MG), com testamento alforriando todos os seus escravos e premiando onze deles com terras da Fazenda do Feijão Cru Pequeno. Possuía cerca de 95 anos de idade quando faleceu e não mais de cem anos como consignado no livro 'Minhas Recordações', de Francisco de Paula Ferreira de Rezende.
59- Rita Esméria de Jesus. Possuía, pelo Mapa Populacional de Leopoldina de 1838 guardado no Arquivo Público Mineiro, 50 anos de idade, o que indica que teria nascido por volta de 1788. Fal. a 20-JAN-1865 em Leopoldina (MG).
62- Antônio Rodrigues Gomes. C. c. Rita Esméria de Almeida. Filhos: Manoel Rodrigues do Nascimento, Francisco Rodrigues de Almeida, Inácio, João, Luciana, Venância, Messias, Ana, Mariana, Rita e Joaquina Rodrigues Gomes.
63- Rita Esméria de Almeida.

PENTAVÓS:
116- Antônio de Almeida Ramos. N. na Freguesia de Landal (orago: Espírito Santo), Concelho de Caldas da Rainha, Distrito de Leiria, Portugal. C. em 28-JUL-1757 na Capela de Santa Rita de Ibitipoca (MG) c. Maria de Oliveira Pedrosa. Pais de: Maria Antônia, Antônio, José e Ana Teodora de Almeida, Francisco, João, Manoel (fal. em 15-SET-1775) e Antônia de Almeida Ramos e Manoel Antônio de Almeida. Deve ser o mesmo Tenente Antônio de Almeida Ramos que, em 1787, possuía um tear no Distrito de Santa Rita (Sertão da Mantiqueira, Rio do Peixe e Pomba), ocupando uma sua filha e duas escravas, para produção de 70 varas de tecido para o consumo de sua família.
117- Maria de Oliveira Pedrosa. Bat. em 20-FEV-1738 na Freguesia da Borda do Campo (atual Barbacena), Minas Gerais.
126- Manoel Antônio de Almeida. V. nº 58.
127- Rita Esméria de Jesus. V. nº 59.

HEXAVÓS:
232- Antônio de Almeida. N. na Freguesia do Espírito Santo de Landal, Concelho de Caldas da Rainha, Distrito de Leiria, Portugal.
233- Teresa Maria. Natural da didade de Lisboa, Portugal.
234- Francisco de Oliveira Braga. N. em Braga, Portugal.
235- Escolástica de Albernaz. N. em Pindamonhangaba (SP).
252- Antônio de Almeida Ramos. V. nº 116.
253- Maria de Oliveira Pedrosa. V. nº 117.

HEPTAVÓS:
470- João Antunes de Brito. N. em Nossa Senhora da Piedade (SP).
471- Apolônia Rodrigues de Albernaz. N. em Taubaté (SP).
504- Antônio de Almeida. V. nº 232.
505- Teresa Maria. V. nº 233.
506- Francisco de Oliveira Braga. V. nº 234.
507- Escolástica Pedrosa. V. nº 235.

OCTAVÓS:
940- Manoel Antunes Barbosa.
941- Maria Ribeiro de Alvarenga.
942- Bento da Costa Preto.
943- Leonor Rodrigues Cide.

NONOS AVÓS:
1882- Francisco Bicudo de Brito. Fal. em 1654. C. c. Tomásia Ribeiro de Alvarenga, com quem teve os filhos: Ana Ribeiro, Francisco Bicudo de Brito, Maria Leme Bicudo, Luzia e Francisca Leme e Maria Ribeiro de Alvarenga.
1883- Tomásia Ribeiro de Alvarenga.

DÉCIMOS AVÓS:
3764- Antônio Bicudo. N. em S. Paulo (SP). Foi sucessor de seu pai na Fazenda de Carapicuíba. Fez várias entradas no sertão, onde conquistou muitos índios, que, depois de instruídos nos dogmas do catolicismo, lhe prestaram serviços na cultura de sua fazenda e na extração de ouro da Serra do Jaraguá e do Ribeirão de Santa Fé. Esteve na invasão do Guairá, em 1628. C. c. Maria de Brito em São Paulo (SP), onde fal. em 4-DEZ-1650. Filhos do casal: Margarida, Isabel, Maria, João, Antônio, Francisco e Domingos Bicudo de Brito.
3765- Maria de Brito. Fal. após 22-DEZ-1648 em S. Paulo (SP).
3766- Francisco de Alvarenga. N. em S. Paulo (SP), onde fal. em 1675. Residiu em Parnaíba (SP), onde foi Capitão e teve as rédeas do Governo. C. c. Luzia Leme. Pais de: Ana Ribeiro, Francisca e Luzia Leme de Alvarenga, Frei Bento da Trindade, Antônio Pedroso de Alvarenga, Aleixo, Sebastião e Maria Leme de Alvarenga, Tomásia Ribeiro e Inês Dias de Alvarenga.
3767- Luzia Leme. N. em S. Paulo (SP), onde fal. em 1653.

DÉCIMOS PRIMEIROS AVÓS:
7528- Antônio Bicudo Carneiro. N. na Ilha de S. Miguel, Arquipélago dos Açores, Portugal. C. em S. Paulo (SP), onde exerceu vários cargos governamentais, como os de Juiz em 1574 e 1584, de Vereador em 15675 e de Ouvidor da Capitania em 1585, quando mandou levantar pelourinho na vila. Como sertanista, participou das entradas de Afonso Sardinha, o Moço, ao sertão do Jeticaí, em 1593, de Nicolau Barreto, em 1602, e de Antônio Raposo Tavares9. C. em S. Paulo com Isabel Rodrigues, com quem teve os filhos: Antônio Bicudo, Domingos Nunes Bicudo, Maria Bicudo, Marta e Jerônima de Mendonça e Guiomar Bicudo.
7529- Isabel Rodrigues. N. em S. Paulo (SP).
7530- Diogo Pires.
7531- Isabel de Brito.
7532- Antônio Rodrigues de Alvarenga. N. em Lamego, Distrito de Viseu, Portugal. Passou, a serviço do Rei, a ser um dos primeiros povoadores da Vila de S. Vicente, fundada em 1531 pelo Donatário Martim Afonso de Sousa, por concessão de D. João III. De S. Vicente passou para S. Paulo, conseguindo ali, por sua distinção, o respeito e veneração de todos. Foi proprietário, por mercê do Donatário, do Ofício de Tabelião do Judicial e Notas de São Paulo. Fal. a 14-SET-1614 em S. Paulo (SP), deixando testamento. C. em S. Vicente (SP) c. Ana Ribeiro. Pais de: Maria Pedroso, Inês Monteiro, Francisco de Alvarenga, Luís Monteiro, Estêvão Ribeiro de Alvarenga, Ana de Alvarenga, Antônio Pedroso de Alvarenga, Frei Bento, Tomásia de Alvarenga, Maria Rodrigues de Alvarenga e Jerônimo de Alvarenga.
7533- Ana Ribeiro. Silva Leme, em seu 'Genealogia Paulistana', informa que seu nascimento se deu no Porto, Portugal. Tal informação não guarda consonância com depoimentos de Ana Ribeiro constantes do processo de canonização do Padre José de Anchieta, publicados na Revista da ASBRAP nº 3, onde é dito que seu nascimento ocorreu na Vila de São Vicente (SP) em torno de 15608. Fal. a 23-OUT-1647 em S. Paulo (SP) com testamento, tendo sido sepultada na capela-mor da igreja dos carmelitas, em jazigo próprio.
7534- Aleixo Leme. N. em torno de 1544 em S. Vicente (SP), onde C. em torno de 1610 c. Inês Dias, com tem teve os filhos: Luzia, Brás e Aleixo Leme, Francisco Dias Leme, Francisca Leme, Inês Dias, Leonor Leme, Maria da Silva, Maria Leme e Manoel de Chaves. Em 1617, residindo em São Paulo (SP), recebeu através de carta de sesmaria, juntamente c. Francisco de Alvarenga, duas léguas de terras próximas ao Rio 'Gerabatiba'. Conforme seus depoimentos de 5-ABR-1622 e 23-OUT-1627 constantes do processo de canonização do Padre José de Anchieta, era agricultor e havia sido tratado pelo jesuíta durante período de cerca de 20 anos4. Fal. em 16-NOV-1629 em S. Paulo (SP).
3695- Inês Dias. N. em S. Vicente (SP). Fal. em 1655 em S. Paulo (SP).

DÉCIMOS SEGUNDOS AVÓS:
15060- Salvador Pires. Paulista, figurou nas primeiras expedições contra o gentio hostil à vila nascente (São Paulo, SP), na segunda metade do Século XVI. Foi pessoa importante no governo da Vila de São Paulo, tendo exercido as funções de Procurador do Conselho em 1563 e Juiz Ordinário em 1573. Teve grandes lavouras, mantidas com a utilização de muitos trabalhadores, geralmente índios catequizados. Sua fazenda de cultura tinha uma légua de terras. Conforme Ata de 26-JUN-1563 do Conselho Municipal de São Paulo, de que era Procurador, proibiu aos moradores da vila o transporte de índios ou pessoas para outras localidades, mar ou sertão, para evitar a redução do número de habitantes do lugar e, conseqüentemente, uma maior vulnerabilidade diante do perigo de ataques de índios hostis. Sua primeira esposa tinha o sobrenome 'Brito'. Em segundas núpcias, foi casado com Mécia Fernandes, conhecida por Mécia-Açu. Filhos: Beatriz, Diogo, Amador e Domingos Pires (do primeiro casamento) e Maria Pires, Catarina de Medeiros, Ana Pires, Isabel Fernandes, Salvador Pires de Medeiros, João Pires, Custódia Fernandes e Antônio Pires (do segundo matrimônio). Faleceu em 1592 em São Paulo (SP).
15061- ..... Brito.
15066- Estêvão Ribeiro Baião Parente. N. em Beja, Portugal. Chegando de Portugal, estabeleceu-se em S. Vicente e, posteriormente, em S. Paulo (SP), com a esposa e filhos. Foi Almotacel em São Paulo (SP) em 1587, 1588 e 1590. Em 1592, interferiu a favor dos padres da Companhia de Jesus na questão de proteção ao gentio. Com Madalena Fernandes Feijó Madureira teve: Ana e Cecília Ribeiro, Leonor e Pantaleão Pedroso e Estêvão e Ascenso Ribeiro.
15067- Madalena Fernandes Feijó Madureira. N. no Porto, Portugal.
15068- Brás Teves (seu nome, no Brasil, foi alterado para Brás Esteves). N. e C. na Ilha da Madeira, Portugal. Foi, por muitos anos, morador em São Vicente, onde era proprietário do engenho de açúcar chamado de São Jorge dos Erasmos, que o tornou um homem abastado. Posteriormente, mudou-se com a família para a Vila de São Paulo, onde se estabeleceu e teve as rédeas do governo. Fal. antes de 1633, provavelmente em São Paulo (SP). Do casamento c. Leonor Leme originaram-se os filhos: Pedro, Mateus e Aleixo Leme, Brás Esteves Leme e Lucrécia Leme.
15069- Leonor Leme. Há um seu depoimento, de 7-ABR-1622, no processo de canonização do Padre José de Anchieta, em que informa: a) ter nascido em Óbidos, Portugal, e possuir, na ocasião, mais de 80 anos de idade; b) que conheceu muito bem ao Padre Anchieta, tendo assistido à primeira missa do sacerdote em São Vicente, em 1567; c) que o jesuíta era tido por santo por todos e com ele se confessou muitas vezes; d) tinha conhecimento de milagres realizados por Anchieta, que possuía o dom da profecia, tendo previsto a quebra da paz pelos tamoios. Fal. em 1633 em S. Paulo (SP).

DÉCIMOS TERCEIROS AVÓS:
30120- Salvador Pires. Filho de João Pires, o Gago. N. no Porto, Portugal, veio para o Brasil em 1531, com o pai, em companhia de Martim Afonso de Sousa, estabelecendo-se na Vila de S. Vicente (SP), como consta de uma carta de sesmaria que lhe concedeu o Governador Jerônimo Leitão em 1573. Teve com Maria Rodrigues os filhos Manoel e Salvador Pires. Américo de Moura, em artigo publicado na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (Tomo XLVII), registra o seu entendimento de que o Salvador Pires aqui citado seria a mesma pessoa referida no tópico 15060, tida como seu filho.
30121- Maria Rodrigues. Filha de Garcia Rodrigues e de Isabel Velho. N. no Porto, Portugal, vindo para o Brasil (São Vicente) com seus pais e irmãos. Fal. no Estado de São Paulo antes de 1580.
30132- João Ribeiro.
30138- Pedro Leme. Filho de Antão Leme.
30139- Luzia Fernandes.

Notas Explicativas:

1- Botelho é sobrenome português proveniente de alcunha obtida por algum fabricante de botelhas (garrafas). O primeiro a usar o apelido, segundo pesquisas efetuadas, foi Pedro Martins Botelho, filho de Martim Vasques Barba. O sobrenome Amaral, por seu lado, originou-se do lugar de Amaral, situado na Comarca de Viseu, em Portugal, que deve ter tomado tal denominação pela existência de amaros (espécie de salva) na localidade.

2- Os dados registrados neste Capítulo foram extraídos das seguintes fontes: Anuário Genealógico Latino (Vol. Nº 1); de apontamentos do Genealogista Douglas Fazolatto, gentilmente transmitidos ao autor por escrito; de cartas de Lucília de Castro Barroso e de Mauro de Almeida Pereira dirigidas ao autor; do Dicionário Etimológico de Nomes e Sobrenomes, do Professor Rosário Farâni Mansur Guérios, de inventários arquivados na Comarca de Leopoldina (MG); dos mapas de população de municípios mineiros guardados no Arquivo Público Mineiro, do trabalho inédito “Antepassados e Descendentes de Sebastião de Almeida”, de Moacir Rodrigues de Almeida e de Nilza Maria Almeida Santos, e dos livros “Os Almeidas, os britos e os Netos em Leopoldina – MG”, de Mauro de Almeida Pereira; “Encontro com os Ancestrais”, de Pedro Wilson Carrano Albuquerque; “Minhas Recordações”, de Francisco de Paula Ferreira de Rezende, e “Os Sertões de Leste – Achegas para a História da Zona da Mata”, de Celso Falabela de Figueiredo Castro.
3- Vale transcrever, aqui, o que Francisco de Paula Ferreira de Rezende (n. em 1832; foi advogado, juiz, fazendeiro de café e quando faleceu, em 1893, era Ministro do Supremo Tribunal Federal) diz a respeito de Manoel Antônio de Almeida em seu livro 'Minhas Recordações': 'Em 1829, Manoel Antônio de Almeida, que morava na Freguesia de Bom Jardim, que hoje pertence ao Turvo ou Lima Duarte, dirigiu-se para aqui a fim de examinar a mata e ver se havia modo de aqui estabelecer-se. Tendo chegado onde existe a velha Fazenda do Feijão Cru, aí encontrou um certo Felipe que lhe propôs vender a posse que nesse lugar havia feito. Manoel Antônio respondeu-lhe que a posse lhe agradava e que o seu desejo era de aqui estabelecer-se, mas que, à vista da grande multidão de índios que ocupavam toda a mata, ele não se animava a trazer a família e vir se expor a si e a ela a um tão grande perigo. Felipe, porém, tendo lhe dito que os índios eram muito pacíficos e desde que não se procurasse envolver-se lá nos seus negócios nada absolutamente havia que deles se pudesse recear, acabou por convencer Manoel Antônio, e este fez a compra da posse. Tendo Felipe estabelecido a sua posse um pouco acima da confluência do Feijão Cru pequeno com o grande e tendo feito talvez algumas pequeninas abertas por este último ribeirão acima, a sua posse veio por esta forma a compreender todas as vertentes desse mesmo ribeirão; e o que é certo é que, apesar de ter-se dela destacado a grande Fazenda ou Sesmaria da Constança, a minha pequena Fazenda da Filadélfia, e ainda alguns outros pequenos sítios que Manoel Antônio durante a sua vida foi dando ou vendendo, no inventário a que por morte de sua mulher se teve de proceder as terras que nele entraram ainda montaram à quantia de mais de oitenta contos de réis à razão de cem mil réis o alqueire. Este mundo de terras foi no entretanto comprado por Manoel Antônio a troco, por assim dizer, de um mau cavalo arreado, pois que o preço da venda havia sido esse mesmo cavalo de que Felipe precisava para retirar-se e mais uma pequena quantia em dinheiro (cerca de duzentos mil réis se não me engano), da qual ou de cuja maior parte Manoel Antônio passou crédito que afinal, segundo ouvi dizer, não chegou a pagar; porque Felipe desde então sumiu-se e nunca mais apareceu para receber o importe. Eu ainda alcancei aqui a Manoel Antônio e sua mulher. Esta morreu algum tempo depois já quase centenária. O marido sobreviveu-lhe ainda alguns anos e morreu maior de cem anos. Quando aqui cheguei, estava ele ainda tão forte que nas festas de S. João trepava pelo mastro acima com tanta facilidade quase como os netos que assistiam também à festa. Ainda nas vésperas de morrer andava a cavalo por toda a parte sem nenhuma companhia; mas sempre a falar sozinho planejando casamento com as moças ou queixando-se das moças que pretendiam casar com ele. Como disse, ele morreu com idade maior de cem anos: e ainda assim morreu porque quis, pois que tendo nas pernas umas feridas já bastante antigas, de repente embirrou em querer curá-las, e quando elas de todo se finaram ele também morreu. Sobre seus defeitos e virtudes nada posso dizer com muita certeza. Sei, porém, que era um grande sovina ou que era tão ignorante sobre trabalhos de advocacia que nem de leve lhes conhecia o valor. Tendo-lhe falecido um neto de quem herdava cerca de vinte contos de réis ou talvez mais, procurou-me para tratar da arrecadação da herança. Como eu tinha acabado de casar-me naquela ocasião, disse à minha mulher que, uma vez que era aquele o primeiro serviço que fazia depois de casado, havia de ser ela quem escreveria a petição e que os honorários desse negócios lhe ficariam pertencendo. Minha mulher ficou muito contente contando que teria de receber talvez alguns centos de mil réis. Tendo, porém, eu dito a Manoel Antônio que ele daria por aquele meu serviço o que por acaso entendesse o mesmo valer, quando ele recebeu a herança mandou de presente à minha mulher, julgando talvez ter pago e muito bem pago o meu trabalho, um simples balainho com joás. Foi no dia 1º de setembro de 1829 que Manoel Antônio partiu de Bom Jardim com a família e alguns parentes, e foi a 30 desse mesmo mês que ele chegou ao Feijão Cru; tendo, desta sorte, consumido exatamente um mês, em uma viagem que hoje se faz em muitos poucos dias. Tendo passado por S. João Nepomuceno, até onde as comunicações pareciam ser um pouco mais fáceis, Manoel Antônio tratou de procurar a atual Freguesia do Rio Pardo, onde já havia então um começo de povoação, e da que desceu com toda a sua comitiva aquele mesmo rio, por uma picada ou por um caminho que já então havia mais ou menos transitável; porém em vez de dirigir-se um pouco mais para o sul, em demanda do Feijão Cru pequeno ou grande, foi ter, pelo contrário, ao lugar onde se acha hoje a ponte que fica na estrada de Leopoldina para Cataguases, e onde passava outro caminho ou picada, que, vindo dos lados do Meia Pataca, chegava apenas à atual Fazenda da Providência. Desde que Manoel Antônio aqui se estabeleceu, começou sem mais se interromper uma verdadeira corrente de imigração, que, sendo ao princípio dos parentes e conhecidos que ele havia deixado na freguesia natal, foi desde logo e cada vez mais se ampliando às freguesias e municípios vizinhos'.
4- Em seus depoimentos, Aleixo Leme afirmou que forte chuva estava para cair sobre o local onde iria iniciar espetáculo teatral, tendo o Padre José de Anchieta dito ao povo que deixassem estar que não havia de chover, previsão que se concretizou.
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