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Poesias-->A Eternidade -- 09/08/2000 - 15:10 (Jean-Pierre Barakat) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Eternidade

(Texto original em Francês)



O som dos frissons

Palavras nas ondas

Do outono

Vibram na beira

Da desrazão :



Nada surpreende-me...



Teu sorriso porém

Roça-me e permanece

Suspenso e tona

No éter sulfúreo

Desse céu descorado :



Nada surpreende-me...



Eis a renovação

Complexo, sem sexo

Perplexa, a hora toca

No meu claustro

Incerto mas puro :



Nada surpreende-me...



Uma mão invisível

Unge minhas dores secretas

E pousa uma rosa perfumada

Desabrochada, cheia de espinhos mil

Meu coração fere-se, mas jubila :



Morrer, renascer, é a Eternidade...



© Jean-Pierre Barakat

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