DIFERENÇA
Raul Pereira Monteiro
Meu irmão José Monteiro
Não gosta de ficção,
Porquanto seu coração
Só investe no verdadeiro
A propósito, outro dia,
Ao Tempo dei um machado,
Transformando-o em celerado
Matador da Ecologia.
Foi num caso do Ipanema,
Lá no Poço do Juá,
Onde a cheia foi roubar
Um marco do meu poema.
Respondo agora ao José:
O tempo mata e assume,
Como criminoso impune,
Que sempre foi e inda é.
Se o vesti de modo agreste,
Qual machadeiro assassino,
É porque desde menino,
O considero uma peste...
Digo, enfim, a Zé Monteiro:
Cheia, incêndio – não discuto!
São do Tempo um amargo fruto,
Veros filhos de sendeiro.
Raul Pereira Monteiro (80 anos) Alegre e brincalhão. - Alagoano de Santana do Ipanema, radicado na Paraíba. Primeiro em Campina Grande depois em João Pessoa-Pb, onde reside atualmente. Agente Fiscal do Estado da Paraíba. Formado em Ciências Jurídicas. Poeta e escritor, com obras publicadas, inclusive um romance: “Quando a vida era mais doce”. Faz trovas, sonetos e poesias rimadas em geral. Obras: Mosaico Poético (poesia).; Imagens do meu Caminho (poesia).; Espinhos na Estrada (estórias diversas em prosa).; Lembranças ( histórias do passado). No prelo: Nunca mais e Arengas Mesquinhas.
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