Telescópio
Larí Franceschetto*
Chuva menos ácida
Habite
A hora que me hospeda.
Tenho lua só minha
Adubando aldeia,
Uns cinco dedos na mão direita
Perto.
De janela (in)discreta
Observo
Gado com fome,
Só com fome.
Quero chuva
Matando sede
Porque escasso o pasto
No campo de vasto sono.
Quero o poema
Brotando o verde
Nas cinzas da caminhada
E caminhamos, lado a lado
Mas me desculpe, gado
Tenho sede, a chuva é minha.
*Larí Franceschetto:
Natural de Veranópolis-RS onde reside. Aniversaria dia 21 de outubro. Curso de Letras (incompleto).; premiado em vários concursos literários nacionais. Participa de diversas antologias. Tem na poesia sua grande paixão. Seu trabalho está veiculado na imprensa convencional e alternativa. Atua em publicidade. Apresenta o programa “Momento Lítero-Poético”, aos sábados na nova radio local comunitária “Rádio Plural FM 105.9, onde divulga fanzines, colunas literárias, poemas, endereços para intercâmbio, concursos, etc.
|