No restaurante, a menina, filha dos proprietários, saltitava orgulhosa. Nas mãos, um estojo de maquiagem que um freguês lhe dera de presente. Ela própria, já inteiramente rebocada. E queria porque queria me maquiar enquanto eu jantava. Rouge, sombra azul, baton verde-musgo, amarelo nas sobrancelhas, deixei que se exercitasse em sua meninice.
Terminado o trabalho, para poder conferir os resultados, pediu que olhasse em sua direção.
Perguntei: "E então? Fiquei bonito?"
Pensativa, ela riu meio desenxabida. Depois, desviou o olhar, como que avexada da conclusão a que chegara: "Hm, hm! Você fica bem melhor de você mesmo."
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