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Ensaios-->KID PARANÓIA e o exercício da imaginação -- 25/10/2001 - 06:06 (VOGELHEIM) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ser ou não ser paranóico... já se disse que um otimista é apenas um realista que ainda não está inteirado da gravidade da situação. Num mundo em que o sensacionalismo e o alarmismo 'vendem muito jornal', acompanhar os noticiários, mesmo que pouco avançando além das manchetes é uma tarefa que acaba por nos deixar literalmente esgotados. Haja coração, adeus esperanças, é agora que a vaca vai pro brejo, essa ninguém segura, é o fim do mundo. Chega-se à conclusão infantil e escapista de que o melhor seria não ler nada, não saber de nada, só tomar conhecimento do problema depois de surgida alguma solução. Mas, infelizmente não é possível voltar a ser criança. O 'faz-de-conta' da Emília (Monteiro Lobato) não é viável... somos adultos demais, responsáveis demais...
Saturado com os noticiários, mudei de página, e de canal, e resolvi assistir aos documentários (os filmes estão ficando incomodamente reais...). Num deles, se falava numa das iminentes tragédias que pairavam sobre a cabeça da humanidade, tal qual a mítica espada de Dâmocles, e que implicava num risco de extinção da espécie. Era um fenômeno classificado como 'supervulcão', que já teria quase provocado a extinção do homem há uns setenta mil anos atrás, e que contaria com uma imensa probabilidade (cientificamente corroborada) de tornar a ocorrer em pouquíssimo tempo.
Depois dos meteoros destruidores de dinossauros, da ameaça de holocausto nuclear na guerra fria, do Apocalipse bíblico, dos Borboletas Azuis, e demais nostradamices da vez, não é o suprasumo da paranóia...?!? E com base científica, veiculada em horário nobre...
Já está tão difícil viver, sem a presença refrescante da social democracia propiciada pela sombra do Muro de Berlin, num panorama em que o capitalismo selvagem está mais selvagem e antropófago que nunca... Não conseguimos planejar nem para o mês seguinte, não enxergamos o futuro próximo, vivemos com medo de fantasmas reais (desemprego, recessão, falência das instituições estatais, violência desenfrada e crescente, etc.). Será que a única alternativa que nos resta (além de mandar para o mundo pra que possamos descer...) é a realidade virtual? É o tudo bem hipócrita de cada dia? É o otimismo acrítico e premeditado dos livros de auto-ajuda?
Bem, meu caro leitor: escolha sua catástrofe. Se virá a neo-escravidão, ou a inviabilização da vida humana, ou o horror da guerra, ou aquele fantasma escondido no canto mais escuro da sua mente, será com você. Eu, por meu turno, exerço a minha salutar paranóia, cultivando meu medo pelo que vai por aí... Aliás, se o que estou vendo me preocupa, me aterroriza o que não estou vendo, o que eu não percebo, o que estão escondendo dos meus olhos... Caro leitor, se você consegue suportar tudo isto, a ainda consegue arrumar tempo pra ser feliz, você é um herói, você é uma pessoa imensa, o protótipo do super-homem. Tenha um maravilhoso dia... (mas reze bastante...)!!!...
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