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Artigos-->MITO DA CAVERNA E O BBB -- 17/02/2011 - 20:02 (Antônio Carlos Tórtoro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


“Ah, esses moralistas...não há nada que empeste mais do que um desinfetante”.



Mário Quintana



Quando converso com algumas pessoas e pergunto se gostam do BBB, de imediato me respondem: é um horror, uma afronta ao bom gosto, um abuso da Globo que tira dinheiro do povo inculto, um desrespeito ao ser humano.

Mais um pouco de conversa e descubro que esses detratores conhecem bem alguns personagens desse e de outros BBBs.

Na mídia , sobram críticas ao Boninho e à Globo, mas não faltam artigos em jornais, revistas, blogs e sites resenhas sobre os últimos acontecimentos na “casa mais vigiada do Brasil” , como costuma dizer o Bial.

Por sua vez, Pedro Bial é sempre criticado pelos seus comentários que todos dizem que não os ter ouvido nem visto: mas sabem sempre o que ele disse nos mínimos detalhes.

Eu gosto de ver o BBB — não temo ser tachado de politicamente incorreto dentre meus amigos intelectuais — um reality show que não tira de mim nem um centavo, porque não voto nem pela internet, mas que me faz lembrar o Mito da Caverna e me faz “ler” melhor as atitudes e posturas das pessoas , alunos, pais e professores, com os quais trabalho.

Na vida real, tenho a sensação de que todas as pessoas, de alguma forma, representam, e o que vemos não são sombras no fundo da caverna mas, quase da mesma forma, não são a realidade, são parte de uma peça de teatro, arte, ficção, representação: não temos acesso aos bastidores.

No BBB, a falta de coerência, a falsidade, a dupla face, a manipulação dos conceitos de ética e moral de acordo com o momento e interesses particulares e imediatos, fica evidente. O BBB escancara as relações e os bastidores da vida real, que parecem não ser comuns no cotidiano, porque não são gravados, documentados . Os participantes, escolhidos cuidadosamente pelos produtores (gama de perfis psicológicos) jogam na cara da sociedade suas feridas: preconceitos, as fraquezas, a falta de valores. Quando o programa nos faz conviver, via telinha, com transsexuais, gays, lésbicas, psicopatas, exibicionistas, narcisistas, artistas, esportistas — enfim, toda a variedade de seres humanos e seus defeitos e virtudes que todos tentam esconder a qualquer preço em suas relações — ele incomoda.

Da mesma forma que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas — quando mostrou com sua alegoria da caverna que tudo que vemos é falso — aqueles que aprovam o BBB são execrados por perceberem que o programa mostra a realidade das relações humanas deixando evidente os bastidores do teatro da vida real, representado no dia a dia. Essa constatação não aceita racionalmente produz, em alguns, uma reação de indignação por, inconscientemente, estarem se identificando com “brothers” de conduta nem sempre elogiável ou aprovada pela moral vigente: é como se vissem seus atos serem expostos ao público no Maracanã lotado.

Enfim, a tela da TV, durante o BBB, é uma fresta que nos permite espionar e ver o quanto o ser humano é capaz de fazer/jogar quando o objetivo é ganhar um milhão e meio de reais: a realidade nua e crua escandaliza os falsos moralistas.











































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