François Pécori Massa
Conterrâneo cordelista
Esse vate é de primeira
Vai entrar em qualquer lista
Como poeta é excelente,
Mas como gente é demente
Devido ser cachacista.
Mentindo a perder de vista
Esse é um grande defeito
O outro é beber cachaça
Só nisso perde o respeito
Da sua sogra fala mal
Na coitada desce o pau
Por ódio ou por desfeito.
Já perdeu todo direito
Devendo pra todo mundo
Se acabando na birita
Já é quase um moribundo
A mulher lhe abandonou,
Porque nunca agüentou
Esse desprezo profundo.
Lá no bar do sêo Raimundo
O François é conhecido
Como bêbo caloteiro,
Um mentiroso metido
Vive contando lorota
É motivo de chacota
Até por desconhecido.
Tava desaparecido
Já chegou me provocando
A história da calcinha
Na calúnia afirmando
Que a calcinha é do cunhado
O seu parente viado
Que vive me perturbando.
François tá delirando
Fazendo essa afirmação
Na certa escreveu de fogo
Com a tentação do cão
Pra ele eu deixo a véia
E fico com a tetéia
E sua calcinha na mão.
Nessa nova situação
Eu é que não fico só
Ficando com a menina
Pro François deixo a vó
Vou ficar com a marcela
Essa ninfeta tão bela
Sou manezinho de Icó.