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Poesias-->Lageado -- 03/08/2000 - 00:10 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lageado, hoje

eu vejo, essa cidade

cresceu tão demais, que eu

já não venço a pé

o tempo de outros tempos



léguas que me levam

mágoas que me lavam

mato desapareceu



crenças do passado

línguas esquecidas

lambem a ferida aberta

que ficou sangrando

para nunca mais



Lageado, hoje

eu choro, essa cidade

se esqueceu demais de mim

já não vejo a fé

da gente, éramos crentes



hoje esquecimento

hoje não é nada

hoje quem secou fui eu



criança do passado

língua ressequida

lambo a cicatriz medonha

que fechou meu sonho

para nunca mais





[Obs.: Lageado era o nome de um lugar na minha

infância em Sorocaba. Um riozinho de águas claras

(já li isso em algum lugar, digo, em vários

outros lugares)correndo sobre pedras. Lugar comum.

Ali nadávamos aos domingos, as crianças.

Os adultos se sentavam à margem, conversavam.

Às vezes, havia ali um batismo de crentes,

os catecúmenos sendo literalmente metidos dentro

d água. Alguma dificuldade na transcrição

dos versos, que primeiro foram cantados,

e só agora aparecem impressos, como

sendo um poema.]
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