Onde estás ?
Em silêncio, com o tom triste dos olhos, meus pensamentos procuram-te nas horas da Sexta.; procuro-te com os ouvidos atentos o teu chamado. Mas quando o sol, a tardinha despede-se e deita no colo nu das trevas, nem tua voz, nem tua luz... adeus .
Sigo solitário na imensidão da cidade, a peito vivo, que lateja o grito aguçado de um sofrimento a exaurir d’ alma toda a força que o dia adormecido levou séculos de seus momentos a construir.
Nada alivia, nada se move, se não ao redor do tempo, queixas ao destino, que teimou em nos apresentar contrários parecido.; queixas a essa saudade que arde feito fogo e apresenta o mundo e o inferno, e o desejo sob o céu de alcance impossível, que enlouquece –me . Se não posso te ter, corte-me a carne, sangre-me as feridas e deixe-me ao relento dessa insanidade morrer, quem sabe assim não viva um pouco, a eternidade dos momento que não fora em fuga, jamais iríamos viver, pois bem sabes, a realidade de quanto vale a dor, pôr esse amor, aparentemente absurdo.
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