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Artigos-->ESS BUROCRACIA ARREBENTA -- 30/08/2010 - 08:06 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ESSA BUROCRACIA ARREBENTA



Francisco Miguel de Moura

– Escritor -



A burocracia é um câncer da administração brasileira. Vem de longe, herança do estado português na época do Brasil Colônia. Não adiantam leis, os decretos e portarias, etc. derrubam todas e implantam as suas. Quando vou tratar com repartição pública ou banco, ante a parafernália tecnológica do mundo atual, pergunto-me: A quem interessa tudo isto? Ninguém nunca viu tantas e tamanhas filas. Para cada fila, uma senha com números que devem ser lidos no monitor. Já cansado, chega-se ao atendente. Para pedir uma simples informação há que obedecer ao mesmo ritual. Em alguns lugares, ainda na calçada lhe distribuem uma senha. Ao entrar já vai tirando outra senha. Lá mais na frente, outra senha. Os velhos (mais de 65 anos), deficientes, com criança de braço ou em se tratando de mulher grávida, pegarão uma fila que não anda: – o funcionário atende três normais, para um especial.

– Para que serve o computador? – Dá vontade de perguntar.

Mas não pretendo ficar deitando filosofia sobre o status quo do Brasil, esta beleza de ser cidadão brasileiro. E se der o azar de haver um assalto e o cliente ficar trancafiado pelos “sem lei”? Não! Contarei um fato. Estive na Prefeitura de Teresina lá pelo dia 29 de julho de 2010, quando me fizeram um ofício solicitando uma certidão. No dia 3 de agosto, fui à Prefeitura de Teresina para tirar a “certidão”. Pelo mesmo motivo e objeto, já uma vez, há uns 15 dias, fora eu à referida repartição: Certidão de Integração ao Cadastro e Memória de Cálculo, a fim de conseguir o “habite-se” de uma casa. Na Prefeitura, tirei aquelas senhas recomendadas e me submeti às esperas. A funcionária me solicitou que eu comprovasse um débito perante o fisco.

– Essa conta aí eu já paguei e trouxe o comprovante há poucos dias.

– Senhor, se não trouxer o comprovante, de novo, a certidão não será expedida.

Voltei no dia seguinte, trazendo a prova do pagamento, já pela segunda vez como disse. Tirei cópia do recibo e entreguei-a para a comprovação. Ela informou-me que, dentro de 7 dias a certidão estaria pronta. Depois do sétimo dia, fui buscar o documento. Um rapazinho solícito e atilado me explicou tudo, depois que eu havia tentado o atendimento com uma senhora e não consegui, talvez por ela não saber fazer o serviço.

– Senhor, a retirada do débito do computador demanda tempo, foi esse o motivo da demora. E a certidão só poderia ser expedida depois, não imediatamente – disse o rapaz. E ia lá vinha cá, o “sistema” sempre fugindo e ele se queixando... Finalmente, me deu outro papel – uma ficha de protocolo – e explicou que a certidão me seria entregue até sexta-feira, 13 de agosto.

Fui, de fato, à Prefeitura, no dia aprazado... E ainda esperei umas boas duas horas, mesmo conseguindo falar com outro funcionário e depois com sua chefe, que mandou o papel para ser assinado por seu superior. Finalmente recebi a difícil certidão. Dessa forma, os leitores podem avaliar a via crucis dos clientes de bancos e repartições públicas. Não adiantou a melhora da tecnologia: computadores, sistemas, energia e telefone. Se não for quebrada essa burocracia, cada vez mais o Brasil vai crescer para baixo, diminuir, definhar, sufocado nas leizinhas, decretos e portarias que fazem a festa dos que vivem do erário público e “bancam” de donos do mundo. E pelo que sabemos, quem paga tudo é o contribuinte, o homem comum, o cidadão. E já são tantos os empregados públicos que não há lugar, nas repartições, nem para o “barnabé” sentar-se. E, dentre eles, há os que nunca foram ao trabalho e recebem o contracheque pelo correio Até aposentar-se. Cresce Brasil! Quero ver.





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