Ria palhaço ! Ria Farias !
Ainda assim, dia é dia .
Andando no tempo, ainda província,
Já era Belém, quando de uma revolução,
Cabanos foram para o porão,
Esquecidos ou deixados, sofreram com
Gritos e morreram com a sede à fome
Das horas de então.
Ria palhaço ! Triste visão !
Voltando as ruas em noite sem lua,
Gemidos de copos confundem-se com
Jornais e televisão, são operários que
Vivos afundam no solo da edificação.
Ria Farias ! Um novo refrão !
Dizem os dias, pela boca dos homens,
Cura ferida, que aquelas vidas tiveram de
Conhecer pelas mãos, de um pedaço de pão.
Belém flutua.;
Belém nos avisa.; acorda a justiça dizem
As crianças.; nem sei das famílias, que na
Na certa não sabem o que fazer, uma vez que
Fome, é sempre fome pela lei do Brasil,
Enquanto aqueles Homens, são senhores e os que
A morte morreram apenas trabalhadores,
E que há de se fazer ?
Esquecer o riso dessas duas face vividas.
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