Eu nunca vi elefante
Durante toda minha vida,
Mêrmo dispois de murrido.
Vagando assim sem guarida
Nunca avistei esse bicho
Quitem a venta cumprida.
Vi té image colorida
Do bicho cum dois dentão,
E achei o jeito Dele
Paricido ao dum barrão,
Mais nos pé num tinha o casco,
Si num foi algum fiasco,
Diz qui é grande cuma o cão.
Qui é tamãe dum caminhão
Ôvi um cabra dizê,
Mais nunca purêsse mundo
Pude esse bicho Vê
Amigo Daniézim,
Se exeste diga pramim
Qui Iêu vô crê em suncê.
Lião Ieu já pude vê,
Em um circo certa vez,
Paricia inté mintira,
Qui aquilo foi Deus qui fez,
Um bicho deu um gimido
Qui duêu nos meu uvido,
I Iêu sonhei cum ele um mêiz.
Podi ingulí duma veiz,
Um home apetrechado,
Cum carça i gibão di côro
Qui nem fica ingasgado,
Qui dirá um elefante
Qui tem uns dente possante
I um narizão dipindurado.
Discurpe num tê falado
Desse bichão no cumeço.
É qui num vivo a falá
Das coisa qui num cunheço
Num digo pru vaidade
Num sei se ele é verdade,
I verdade num tem prêço
Um abração di Limêrinha do Tauá, prêto véi infumaçado, qui já morrêu, i num têm medo di quei tá vivi.
Btêu agora uma sardade do Anecirdo Neto. Sabe donde êle anda?
Limeirinhadotaua@yahoo.com.br
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