CAMINHO DO AMOR
Há em mim desenhado,
Com arte e maestria,
Um caminho sagrado,
Pleno de amor e magia.
Começa na minha boca
De lábios encarnados,
Molhados, salgados,
Que guardam, ciumentos,
Um sabor de pecado.
Contorna, lento, os seios,
Macios, generosos,
Dengosos meneios,
Taças de néctar e mel,
Que ao simples toque seu,
Enrijecem, apontando o céu.
Desce até um ventre cheiroso,
Quente, fremente, fiel,
Onde, lascivos despontam
Negros pelos cacheados,
Que, maliciosos, encobrem
O vértice que as coxas descobrem,
O meu farto ninho de amor.
E é nesse lugar profundo,
Que a dor sai do mundo,
E todos desejos arrefecem,
Você me faz fêmea,
Eu faço você homem!
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