a Dalton Trevisan & Guilherme de Almeida,
Millôr, Bashô, Leminski
& toda uma cambada de chupadores
a Marcelo Mirisola, a nível de esquisitice
(esse a nível de é coisa do Cabralzinho,
aquele filho da puta)
a Maximiliano Brandão & seus guardados,
a Alice Ruiz & suas oficinas,
Itamar Assumpção & uma banda de meninas
a Jorge Pieiro, o panapleu, em Fracaleza,
seu "cáos portátil", suas gentilezas,
"fragmentos de panaplo"
& "um vampiro de textos
para sempre àssombradado"
a Ricardo Kremer & seu "guia prático
de sobrevivência para o final dos tempos"
a todos os autores/leitores deste
usinadeletras
a Márcio Scheel, Fernando Brandão, Corleone,
Hilário Antonio Amaral & Alexsandre Escorsi,
Theodora, Stênio, Fábio Lucas Pierini
(quem mais?)
é claro, Júlio Cesar, de Matão, e
ao pessoal do CORO & OSSO
& "os dois lados da janela"
no meio de campo:
Mário Martinez & Biella,
no ataque:
Bartholomeu, Iã, Meirelles, Rochinha & Josaphat
a Arnaldo Antunes & Péricles Cavalcanti
[meu, como era mesmo o nome
daquele maluco lá de Curitiba?
ah! o Carlos Careqa
(é assim que se escreve?)]
sei lá!
um poeta é tanta gente junta
cronistas então, que lance estranho:
"entre a Foz do Itaú e o Banco de Boston,
é todo um Paraguai",
são "sapos, cães, baldes e piscinas",
é o trema no "u"
& os bicos túrgidos dos seios, bem ali,
por baixo da blusinha de "La Bündchen"
valei-me, Nelson Rodrigues,
livrai-nos do complexo
de cachorro vira-lata
e da estudante de letras
Carolina Jéssica, do pé sujo
a Carlos Vogt, Berta Waldmann, Peter Fry &
Agostinho Potenciano de Souza,
em nossas improváveis unicampestres
aventuras
sem esquecer, pois não, os heróis
de um tempo em que ainda não havia
a imagem,
à sociedade do espetáculo
(e da esculhambação, urraria o Cabralzinho,
aquele filho da puta,
amigo do Marcelo,
"o herói devolvido",
mais mirisola do que nunca,
&, por fim,
a todos os artistas
do milionário elenco da valorosa
Rádio Nacional
a Emilinha Borba e Marlene,
Programa Enzo de Almeida Passos,
às irmãs Linda e Dircinha Batista,
e a todas as vozes que ainda e sempre
abrilhantam as serestas
de aniversário da cidade
de Azaraquara,
coração da Califórnia brasileira
e a você, leitor aflito,
que, com razão, vai dizer:
mas o que é que eu fiz
para merecer tamanho despropósito
(ou, se quiserem, despautério)?
a todos
o meu mais sincero
e brasileiro:
HAI
(BALANÇA-MAS-NÃO)-
CAI
um fecho de ouro? - não, nessa eu não caio:
Cabeça da gente, meu, é isso aí,
não passa de um balaio" |