Certa manhã, a Natureza, despertando muito cedo e olhando as flores orvalhadas do seu próprio jardim, sentiu vontade de compor um poema que dissesse de todas as maravilhas que deram a ela própria a dimensão de obra-prima de Deus. A altas horas, ela escrevia as derradeiras estrofes, que diziam da noite, das estrelas, do mar escuro onde a lua se banhava. Concluído o seu trabalho de poetisa, a Natureza, naquele mesmo instante, deu-se conta de que o mundo se tornara inóspito para a poesia. Então, ela, que detém todos os dons, num estalar de dedos, transformou aquele magnífico poema numa bela mulher.
Claudia, o dia em que isto aconteceu foi especial. Coincidentemente, é nele que você, desde sempre e todos os anos, sopra as velinhas de um bolo...
Claudia, você é o poema que virou mulher...
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