Usina de Letras
Usina de Letras
78 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62137 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10447)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10331)

Erótico (13566)

Frases (50547)

Humor (20019)

Infantil (5415)

Infanto Juvenil (4748)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140778)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6172)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Infantil-->Rosa Bela e a lenda do Carimbamba -- 25/06/2019 - 15:58 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A  fazenda Campo Grande ficou gravada nos anéis da memória de Corina, mas nem tudo que viu, viveu e aprendeu, veio das cercanias da fazenda, ou  dos almanaques que lia.  Aprendera com o marido que tinha uma sabedoria popular,  e um baú de lendas e fatos com o matiz das cores do Brasil. A lenda da  carimbamba,  por exemplo, Corina achava que era invenção de Generoso. Ele contava que ninguém do sertão ou do mar, jamais viu a carimbamba. Só à noite se ouvia seu lamento triste, semelhante ao clangor da acauã, canglorando, canglorando, agourando morte na aldeia. Dizem que  a carimbamba que há mil anos canta, tem cabeça de gente e asas que não voam e é  igual em malvadeza ao Cabeça de Cuia que, “Sete Marias  precisa tragar. Sete virgens comer pro encanto acabar...”  

Foi assim: no  cair da tarde, Maryula ouviu a carimbamba cantar: “amanhã eu vou... amanhã eu vou...amanhã eu vou... amanhã eu vou.” A menina adentrou a mata, e ao pisar no  junco, a vegetação fronteira se abriu e a lagoa encantada apareceu. A pequena Maryula não voltou para casa e  até hoje, corre o boato, que uma velha encurvada, grasna, em noites de lua cheia, na lagoa que não é mais encantada. 
— A  menina se transformou numa velhinha mesmo, vovó?
— Nunca se sabe. A velhinha faz parte da técnica utilizada pelo autor. Nas lendas e histórias infantis, as personagens não crescem, não envelhecem e não morrem. Até saem dos livros de ficção, e vão morar no mundo real.  
— Conte mais uma história, vovó!
— Hoje não cabe mais. Durma, minha filha!

***
"Amanhã eu vou"
Luiz Gonzaga - AMANHÃ EU VOU - Beduíno e Luiz Gonzaga - Gravação de 1951.
https://www.youtube.com/watch?v=osyO4eA03hU
Adalberto Lima, Beduíno, Luiz Gonzaga e
Enviado por Adalberto Lima em 25/06/2019
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui