O ANJO DA VILA
Raul Pereira Monteiro
Eu vi a séria e formosa
Jovem de Vila do Conde,
Mas enfim não sei aonde
Foi parar a estranha rosa.
Creio, voltou ao Azul,
Qual uma estrela cadente
Que vai e vem de repente,
Via norte ou via sul.
Em Portugal há uma serra
Que me parece sagrada
Eu a vi longe da estrada
Cheia de mato e de terra.
Hei de ver se lá se esconde
A chave desse mistério
Portanto, falando sério,
Vou rever Vila do Conde.
Da jovem a fantasia,
Esmerada na beleza,
Retrata bem a riqueza
Dos salões da burguesia.
Para mim, a vida unira
Ao seu olhar de princesa
A chama de luz acesa
Do seu colar de safira.
Não faço comparação
Ao seu porte sem rival,
Mas um dia, no Natal,
Vi, em sonho, uma versão...
E deveras esquecido
Do mundo material,
Na visão angelical
Me senti estarrecido.
Posso morrer amanhã
Sabendo que não mereço,
Mesmo assim, jamais esqueço
O meu luso talismã.
Raul Pereira Monteiro (80 anos) Alegre e brincalhão. - Alagoano de Santana do Ipanema, radicado na Paraíba. Primeiro em Campina Grande depois em João Pessoa-Pb, onde reside atualmente. Agente Fiscal do Estado da Paraíba. Formado em Ciências Jurídicas. Poeta e escritor, com obras publicadas, inclusive um romance: “Quando a vida era mais doce”. Faz trovas, sonetos e poesias rimadas em geral. Obras: Mosaico Poético (poesia).; Imagens do meu Caminho (poesia).; Espinhos na Estrada (estórias diversas em prosa).;
Lembranças ( histórias do passado). No prelo: Nunca mais e Arengas Mesquinhas.
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